O GOVERNO DE KLEBER E MARCELO ESTÁ DETERMINADO SUPRIR OS CAIXAS DA FURB E DA PREFEITURA DE BLUMENAU

O que aconteceu na sexta-feira à tarde, dia em que o governo queria uma sessão extraordinária da Câmara para passar um tema sensível e não conseguiu? Coincidências? Jogos de forças, ou demonstração de sucumbência de que tem voto para fazer o que quer sem dar satisfação à sociedade e que paga esta pesada conta?

No mesmo instante em que os vereadores Dionísio Luiz Bertoldi, PT, Alexsandro Burnier, PL e Amauri Bornhausen, PDT, protocolavam um ofício à presidência da Câmara pedindo a contratação de um profissional habilitado e perito da área imobiliária para avaliar o valor do terreno que a prefeitura quer comprar da Furb, por R$14 milhões, no bairro Sete de Setembro, em Gaspar, e lá construir o novo paço municipal, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, inconformado com a demora na decisão deste assunto que o quer resolvido ultra urgentíssimo, não perdeu tempo, e jogou a sua última cartada para enterrá-lo de vez no ritual da necessária legalidade.

Kleber mandou bananas para o suposto desgaste político. Afinal não é mais candidato a deputado estadual, e o vice Marcelo de Souza Brick, Patriota, que pulou na vaga dele, por jogada de bastidores, até agora também não bem esclarecidas, acha que este tema não vai lhe causar embaraços. Igualmente como Kleber, trabalha pela aprovação, por isso, está na mesma barca que sonega dar explicações à sociedade.

Então. Um ofício dirigido à presidência da Câmara, Kleber pediu para ela colocar em pauta nesta quinta-feira que vem, em sessão extraordinária às 18h30min, o Projeto de Lei 13/2013, que tem como relator o vereador de Francisco Hostins Júnior. Kleber esperava que este PL estivesse no gabinete na sexta-feira passada para ele sancionar e comemorar com os seus “çábios”.

Mas, um pedido de vistas de vereador Alexsandro na comissão de Legislação, Justiça, Cidadania e Redação onde o relator Hostins Júnior é presidente, colocou água no chope.

Ninguém quer debatê-lo. Nem a gestão de Kleber e Marcelo, nem os vereadores da Bancada do Amém que dará os dez votos caixão – pois não conta com o de Amauri que vem insistindo em mais explicações – possíveis dos 13, para aprovação.

Também não querem barulho em torno desta compra polêmica, com a Furb e nem a prefeitura de Blumenau, a qual ficará aliviada quando a Furb aportará no Instituto de Seguridade dos Servidores Municipais de lá, quase todo o valor da compra milionária do imóvel e que já serviu de base experimental de pesquisas para a outrora Souza Cruz, que doou o imóvel à Furb. O dinheiro desta compra virá dos pesados impostos dos gasparenses.

Até mesmo um grupo de corretores imobiliários de Gaspar que colocava defeitos nos números do negócio e pedia explicações, como num passe de mágica, vem desistindo dos questionamentos sobre os valores da compra.

Os três vereadores – Dionísio, Alexsandro e Amauri – não são propriamente contra o negócio. Só querem esclarecimentos. Mas, é exatamente isso que não quer o governo de Kleber e Marcelo, seus vereadores e os envolvidos no negócio.

Aliás, o ofício que os três protocolaram na sexta-feira, estava à disposição para os demais assinarem. E os dez outros vereadores ficaram longe dele. “O nosso papel é fiscalizar o dinheiro público e não dar um cheque em branco para o prefeito“, esclareceu Alexsandro que publicou um vídeo nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Está claro que nem a presidência da Casa, nem a mesa diretora da Câmara – todos da Bancada do Amém – vão atender o que pedem Alexandro, Dionísio e Amauri. A prioridade será o ofício de Kleber e correr para formalizar a sessão extraordinária na quinta-feira.

Resumo da história. A Furb com problemas de caixa, vai conseguir vender para a prefeitura de Gaspar o que não conseguiu em três leilões públicos mesmo diante do aquecido mercado de imóveis em Gaspar. E por outro lado, além de não querer debater com a sociedade, o governo de Kleber e Marcelo, ignoram que já possuem uma área muito melhor e proporcionalmente bem mais barata, que está em discussão judicial, a Arena Multiuso.

Outro fato interessante é que este assunto não encontra nenhum eco na imprensa gasparense e até mesmo a regional. Ele está sendo tratado apenas em diversos artigos e notas aqui neste blog e nos debates nas redes sociais. Na sexta-feira produzi este artigo A MENTIRA, OU É FALTA DE PLANEJAMENTO, PRIORIDADE COMBINADOS COM MAU USO DO DINHEIRO PÚBLICO?

Nele demonstrei que a prefeitura de Gaspar adquiriu um bem em privilegiada condição como ente público, dizendo que teria um uso, e para economia de alugueis, mas três anos depois não concretizou isso. E agora quer dar destino bem diferente ao proposto no Projeto de Lei que aprovou na Câmara. É repetição de uma prática de Kleber, Marcelo e o ex-vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP.

Detalhes desta compra do terreno da Furb – onde se tenta a todo custo esconder os detalhes e as explicações mínimas necessárias da sociedade -, inclusive levando-a para uma sessão extraordinária vapt-vupt, alimentam ainda mais as desconfianças contra os políticos e os gestores públicos.

Detalhei parte destas dúvidas aqui no dia 12 de abril em POLÍTICOS ABAFAM COMPRA DO TERRENO DA FURB. EVITAM DISCUTIR PRIORIDADE, ALTERNATIVAS E TRANSPARÊNCIA e anteriormente no dia seis de abril em, POR FORA UMA BELA VIOLA. POR DENTRO UM PÃO BOLORENTO. ASSIM É EM SÍNTESE, O GOVERNO DE KLEBER.

É só voltar e lê-los. Está tudo explicado e tão atual.

Kleber, Marcelo, os vereadores da Bancada do Amém e os “çábios” do paço municipal estão orando para que o negócio se legalize logo, e que a cidade esqueça este assunto como esqueceu a compra do BESC, na Arena Multiuso que viraram fantasmas – com o dinheiro de todos os gasparenses – sem cumprir o devido papel que prometeram os políticos para a cidade, cidadãos e cidadãs.

TRAPICHE

Onde está o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, nesta segunda-feira? Em Brasília. Fazendo o quê? Segundo se explicou nas suas redes sociais, participando da Marcha dos prefeitos, com as diárias dos gasparenses.

Gaspar se assanhou. Poderá ter uma mulher candidata a deputada estadual.

Perguntar não ofende. A atual legislação eleitoral não permite mais o financiamento privado de campanha, certo? Então, qual a razão de gente vestida de candidato estar de pires na mão pedindo ajuda financeira para a campanha eleitoral, se ainda nem teve o nome homologado pelo partido e convenções partidárias?

Trata-se de chantagem? É uma espécie de golpe? Esperteza? Ou é uma prática de enriquecimento ilícito? O que será deste suposto candidato se eleito? Tem gente juntando provas. Ai, ai, ai!

Depois das minhas justificativas, voltamos à normalidade da cidade de Gaspar. Não é que a administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, acabam de achar os culpados pela grave crise de dengue que assola Gaspar? Os cemitérios municipais.

Não, naturalmente, naquilo que cabe ao poder público, mas no que supostamente o privado descuidou e sob, vejam só, à falta de fiscalização do público. É prácabá!

Mas, vejam só como são os nossos políticos que se acham vivos. Quem cuida dos cemitérios da nossa cidade? O ex-vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, que não se elegeu, até porque quando no exercício da função, achava enfadonha e extenuante uma reunião por semana na Câmara.

As gravações estão lá para serem testemunhas do que já escrevi e escrevo sobre isso. E os eleitores então mandaram a conta. E o poder público, o contracheque para seu apadrinhado e cabo eleitoral.

Como “deretor” dos campos santos de Gaspar, o “Vando” não cuidou, não verificou, não fez o que deveria ter feito, no tempo em que isso já ocorria, não se exigia esses “cuidados” devido à pandemia de Covid, não administrou e agora, está ele se reinventando na importância que não possui.

“Vando” e a turma da Vigilância Sanitária estão culpando os parentes dos mortos que zelam pela memória e o legado familiar. Pior. Há relatos de depredação de vasos e decoração túmulos em nome da morte das larvas dos mosquitos transmissores da dengue.

Ou seja, os políticos como Kleber, Marcelo e “Vando” para salvarem as suas peles em tempos de cobrança e de eleições, estão colocando pelo em ovo, para não usar a famosa frase experimentado político José Hilário Melato, PP, em recente pronunciamento na Câmara, sobre o cavalo de Parada de Sete de Setembro.

Impressionante estes nossos políticos. Leram muito o dramaturgo Dias Gomes, na sua insuperável Sucupira, de “O Bem Amado”. Até quando erram, eles sem peroba na cara, não se furtam em colocar a culpa nos outros. E olha que não são outros quaisquer, mas seus próprios eleitores e eleitoras. Impressionante!

Mortos não votam. E os políticos sabem disso. Seus entes queridos vivos, sim. E por isso mesmo, sabem que devem deixá-los de crista baixa, sentindo-se culpados para não crescerem para cima dos políticos, exigirem postura de gestores, os verdadeiros culpados disso tudo. Inacreditável!

As três fotos abaixo, e há muito mais e depoimentos de gente indignada nas redes sociais – e que resolveu se expor pois está cansada de receber paulada e ficar quieta – ilustram bem este tipo de abuso contra as pessoas, o patrimônio público e o desleixo dos agentes administrativos.

Lixo acumulado onde a dengue se prolifera nos cemitérios é de responsabilidade de quem o administra. Água acumulada e a falta de limpeza nos acessos dos cemitérios são de responsabilidades de quem o administra. Água nos vasos é de responsabilidade solidária de quem administra o cemitério. É falta de um plano de comunicação e ação preventiva de quem se acha um expert em redes sociais, mas só para se autopromover.

Túmulos quebrados sob a desculpa de estar combatendo a dengue – e punindo, ou marcando quem também tem culpa solidária – é de quem precisa criar fatos, arrumar culpados e abafar à falta de iniciativa para antecipar e resolver o problema, bem como falta de respeito pelo patrimônio alheio. Acorda, Gaspar!

Aviso. O blog – que era apenas um passatempo à aquilo que se esconde dos gasparenses -, em pouco mais de um ano se tornou algo essencial para parte da cidade interessada em bastidores do poder e da política. E está sofrendo tecnicamente por conta disso: há acessos demais ao conteúdo do presente e pesquisas ao passado.

Por conta disso, o blog Olhando a Maré vem se tornando lento e em alguns momentos, algumas publicações desaparecem momentaneamente dele. Duas coisas então devem ser procedidas: o leitor ou a distinta leitora deverá dar um “F5”. Isso, fará retornar o conteúdo ao local de origem para ser acessado novamente. Desculpe-me.

E do meu lado, estou procedendo à escolha de uma plataforma mais robusta para migrar o conteúdo e superar este problema técnico decorrente da demanda, que não pensava ser alcançável. Mais alguns dias, e o blog terá condições plena de satisfazer os que o acessam e o querem sem problemas de navegação.

Por fim, lembro, que o blog não é patrocinado por ninguém – privado, público -, não recebe “oferendas” de qualquer tipo e também – por enquanto – não usa qualquer ferramenta de impulsionamento, ou de compartilhamento, pagos. Vive da graça e boa vontade dos leitores e leitoras que o tornaram líder em acessos.