O PT DE GASPAR DIZ QUE NÃO ESTÁ PREOCUPADO EM ATRAIR “MULTIDÕES”. PENSA QUE O FIASCO DO ATUAL GOVERNO DE GASPAR É O SUFICIENTE PARA LEVÁ-LO DE VOLTA AO PODER SEM SE COMPROMETER COM MUDANÇAS E DESENVOLVIMENTO

Esta foto acima revela um fato patético, histórico e revelador deste mês: 1.600 pessoas num mega evento político-sindical em São Paulo patrocinado pelas centrais sindicais, esquerda do atraso, PT e o próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Patético, se considerarmos que o PT – o salvador da nossa democracia – está no poder de plantão no Brasil há mais de um ano. Patético, se considerarmos que estava presente o maior líder sindicalista que se conheceu até agora no país e que se tornou pela terceira vez presidente da nação pelo voto direto e muito recentemente, no “livramento” da nossa democracia, Luiz Inácio Lula da Silva.

É patético se considerarmos que era um encontro de trabalhadores, e se deu no berço do PT, do sindicalismo de resultados; evento movido por então poderosas e aparelhadas centrais sindicais – as mesmas querem impor via os nossos deputados e senadores à volta do imposto sindical e pasmem, mais turbinado do que antes para a satisfação de uma casta que não trabalha, mas manipuladora ideológica e de pelegos. Pior do que isso: o evento foi realizado com caros patrocínios estatais via a Lei Rouanet – a lei que diminui os impostos disponíveis para socorrer a sociedade naquilo que é mais urgente e primário e no meio artístico desiquilibra contra os e eventos populares e sem padrinhos políticos fortes. 

É patético se considerarmos que era um ato festivo e comemorativo do Dia Primeiro de Maio – que em outros tempos chegou a bater perto de um milhão de pessoas presentes – e neste ano, estava, sorrateiramente, estava marcado para o apadrinhamento explícito de Lula à candidatura da esquerda do atraso, Guilherme Boulos, PSOL e MTST, na periferia da Capital paulista, Itaquera, onde está o Corínthians e bem servida de metrô. 

Boulos que ganhou a mídia gratuitamente e as redes sociais, inversamente ao esperado, diante da esperteza, aquela que come o dono, de dominante em todos os cenários de pesquisas, na primeira feita realizada próximo ao evento (pela Paraná Pesquisas), perdeu a liderança para o atual prefeito, Ricardo Nunes, MDB, muito criticado até então. Nunes era vice do falecido, Bruno Covas, PSDB.

GENTE QUE NÃO CHEGOU AO PRESENTE

Tudo simbólico. Nada podia dar errado. E deu. Afinal, fez-se tudo como no século 20 e já estamos em meados dos anos 20 do século 21. É aí que mora o perigo. Esta gente ainda teima em nos lembrar para as sombras e nos amarrar na Caverna, aquela do Mito do ateniense Platão (428 – 348 antes de Cristo)

A única coisa que se salvou, isto porque existe redes sociais e aplicativos de mensagens do século 21, foi o “lançamento e comício pró candidatura fora do tempo”, em crime eleitoral tipificado, de Lula pedindo votos para Boulos. Se não fossem as redes e os aplicativos, ainda mal usados por essa gente que quer regular e censurar as redes sociais por incapacidade de compreendê-las, usá-las e dominá-las, teria ficado na bolha de 1.600 pessoas ouvintes no convescote, a maioria, obrigada a estar lá por várias situações e que por isso, já seriam, naturalmente, eleitora de Boulos. Faltaram pão-com-mortadela, ônibus, prêmios e cachês de comparecimento que eram bancados pelo extinto imposto sindical para “inchar” o encontro.

E o que o PT de Gaspar tem a ver com isso? 

O PT daqui subiu num incrível pedestal. Faz tempo. Depende de um único nome e não percebeu ainda que a sua permanente arrogância, bem como a constante negação aos avisos – como o acontecido neste Primeiro de Maio em São Paulo – podem lhe custar o que que espalha na praça como certo: a eleição de Pedro Celso Zuchi pela quarta vez em seis outubro deste ano. O PT não quer se comprometer com nada, com o novo, com o futuro, com a mudança, com os cidadãos e com a cidade, minimamente, naquilo que é necessário e viável. 

O PT e Zuchi estão, de braços cruzados, com pesquisas debaixo do braço, esperando a má fruta chamada Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP, cair da árvore. E quando ela cair, poderá perceber, tardiamente, por estar bichada, também estará sem alimento diante do silêncio proposital que faz para chegar ao poder sem qualquer esforço e discurso.

Retomando.

O CEGO, O TEIMOSO E A SURPRESA

Eu exagero? Veja mais este exemplo de que Gaspar está caminhando para o pior. E quanto pior, o PT acha que só ele levará a melhor, mesmo em ambiente claramente conservador e até bolsonarista, a outra face desse poetismo de oportunidade e predador.

Em Gaspar, uma semana antes deste fiasco monumental de comunicação, adesão e validação popular em São Paulo para quem vive disso, o único vereador do PT de Gaspar, Dionísio Luiz Bertoldi, vindo de Brasília e em prestação de contas de sua viagem, incomodado com cobranças e comparações de seus colegas, tascou essa na tribuna da Câmara: “O nosso presidente [Lula] não está preocupado em reunir multidões. O presidente [Lula} está preocupado em consertar as cagadas que o Bolsonaro [ex-presidente] fez lá atrás. É por isso, que ele está apresentando programas e programas para recuperar o Brasil e tirá-lo da queda em que está“.

Quem está certo? Dionísio, Zuchi, o PT de Gaspar ou Lula que no palanque acusou o golpe da falta de companheiros e gente para ouvi-lo, num evento tão simbólico e outrora referência de aceitação popular?

O próprio presidente Lula ficou incomodado em voar de Brasília para São Paulo – mais uma vez às custas do povo brasileiro – falar para 1.600 pessoas e diante delas, assinar a nova isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos. O PT de Gaspar, o sábio, por sua vez, não enxerga problemas neste sinal preocupante. Incrível.

Lula pode estar até gagá, mas ele sabe o que representam esses 1.600 gatos pingados para a imagem dele, do PT e de um governo que como diz Dionísio, que “está preocupado em consertar as cagadas de Bolsonaro“. E por quê? Mesmo com essas cagadas, Bolsonaro continua a reunir multidões, espontaneamente, repito, espontaneamente, mesmo estando inelegível para 2026, apesar de que da Justiça brasileira se espera tudo e contra a lei e o devido processo legal. É só olhar para o TSE, STF e a destruição da Lava Jato para favorecer a corrupção e os corruptos, bem como Lula se tornou candidato limpo para vencer as eleições de 2022.

Retomando pela segunda vez

Primeiro, o PT, a esquerda do atraso e Lula não estão consertando nada; estão conflitando – e em todos os campos. E isto é um modo de sobrevivência tanto de Lula como de Bolsonaro. Os dois precisam salvar este modelo para ficarem vivos e não surgir uma terceira via sem este modo e extremos, como por exemplo, Tarcísio Gomes de Freitas, Republicanos, em São Paulo. E com ele, ou ouro de mesmo perfil, o Brasil, virar de ponta cabeça para a se inserir no desenvolvimento, competitividade e potência do século 21. Estes líderes populistas nos querem como miquinhos amestrados, na coleira e sob atrasos de tempos que já passaram há muito.

E o PT não está inovando. Está sim, como bem disse o vereador Dionísio, oferecendo um monte de programas. Mas, todos requentados e desatualizados do contexto de futuro. Está como nunca se viu antes neste país, propondo mais impostos, mais arrecadação e implantando sigilo até em carta de apoio à guerra que Lula fez – em nosso nome, por isso não deveria ser segredo – para o criminoso de guerra Putin, muito recentemente. Está correndo com os investidores internacionais daqui – por insegurança política, legislativa e jurídica -, está afugentando empreendedores nacionais e demonizando os produtores rurais que trazem dólares na balança de pagamentos. Está inchando a máquina pública e deixando a corrupção correr solta, mais uma vez. Está até escondendo os números dos presos fugidios, está…

Segundo, se Bolsonaro atrai mais gente espontaneamente do que Lula com as tradicionais mortadelas – tanto que num evento privado das centrais sindicais, Lula queria que a estrutura do Palácio do Planalto e governo Federal, em outro crime, se metesse para inflá-lo e não deixar o rei nu, como ficou, todo mundo sabe que não é exatamente pelo que Bolsonaro fez, que ele atrai essas supostas multidões – todas verificadas, filmadas e fotografadas -, mas, como explica qualquer tratado de sociologia e psicologia, trata-se de uma resposta coletiva a Lula, ao PT, à esquerda do atraso e ao poder de plantão que sacrifica não só as pessoas, mas o próprio país. Esta parcela expressiva da sociedade está descontente com o atual governo. Simples assim. Bolsonaro, na falta de outro, é o aviso visível. Só isso.

AFINAL QUAL É A PROPOSTA DO PT PARA GASPAR?

Mas, a arrogância histórica do PT impede à renovação, atualização e até os bons conselhos dos seus próprios parceiros. Basta passar os olhos nas redes sociais e nas entrevistas para ver o que dizem o próprio Lula, Janja, Gleisi Hoffmann, o “comunicador” Paulo Pimenta, Rui Costa, Alexandre Silveira (este PSD) e o incrível bélico, Celso Amorim entre outros, além dos bobos da corte como Geraldo Alckimin e Simone Tebet.

Igualzinho o que acontece em Gaspar.

O povo deve se submeter ao politburo (comitê central do partido comunistas da antiga União Soviética). O politburo escolhe quem vai governar, as prioridades e os que vão penar para serem exemplo na vingança de sempre. Não antecipa. Não discute. Não convence. Anuncia. O PT, Zuchi e os seus estão tão confortáveis e a cidade por outro lado, tão dopada nesta armadilha, que sequer consegue aponta os erros da atual administração e não é capaz de dizer o que vai fazer de diferente do que está aí. Talvez, fará igual, por exemplo e ninguém poderá cobrar mais por exatamente faltar este debate e comprometimento com a sociedade. Se não fizer pior, ao tomar o Brasil de Lula 3 como exemplo.

Tanto que quando se olha as pesquisas de trabalhos de todos os partidos e grupos de interesses, a quais estão guardadas em cofres para não se mostrar estas fraquezas – e os números que se espalham clandestinamente para burlar a lei, são as da mentira repetida -, o PT não domina mais o voto dos jovens e o feminino em Gaspar.

O PT e Zuchi por estarem velhos e ultrapassados, por terem exercido ao extremo vinganças, não são mais um voto de mudança – o que é necessário e urgente em Gaspar -, mas um voto de repulsa ao que está aí e que ainda não se viu consagrado nos candidatos bolsonaristas ou do centrão que estão na praça. Quem vem resistindo e ocupando este espaço, mesmo diante de tantas escaramuças e do próprio campo conservador, é Oberdan Barni, Republicanos. 

E se isto prosperar e acontecer, o PT de Gaspar que encarnaria à lição ao que está aí, vai murchar na mesma proporção que os desgastes de Brasília tenderão ser um problema ao PT de qualquer lugar em Santa Catarina até outubro se Lula não mudar o seu jeito de governar. Se é verdade que Gaspar já está acordada, então está na hora de trocar de slogan por aqui: muda, Gaspar!

TRAPICHE

Verde Vale x Expresso Presidente. Na segunda e terça-feira da semana passada, os políticos no governo de plantão em Gaspar soltaram foguetes. Na imprensa e nas redes sociais anunciaram e comemoram à troca da permissionária da linha entre Ilhota, Gaspar e Blumenau. Tripudiaram naquilo que já foi a joia da coroa para eles em tempos de eleições, a Verde Vale, e louvaram a nova amizade. Faziam filas na sede da empresa e nos encontros casuais no Retaurante Raul onde a diretoria da Verde Vale almoçava cotidianamente.

A Expresso Presidente já faz emergencialmente o serviço municipal de transporte coletivo e não se sabe quanto de subsídios ela recebe aqui. Ingratidão com a Verde Vale? Pode ser. Mas, ela esticou a corda, e não podia mais transportar o passageiro, o pobre, o estudante, o consciente, pagar expondo-os ao risco de vida e à precariedade do serviço. Certa a decisão do governo do estado, e da secretaria de Infraestrutura e Modalidade, onde está o deputado Jerry Comper, MDB, indicado por Jorginho Melo, PL.

Mas, o mesmo governo de Gaspar que comemorou, foi o que se omitiu na solução dos problemas decorrentes desta mudança brusca e que queria. Jogou a parte desta agonia no colo do governador Jorginho Melo, PL. E aí faltou ação enérgica do PL de Gaspar e do seu presidente Bernardo Leonardo Spengler Filho. Ele deixou todos expostos e sendo tripudiados. E em tempo de pré-campanha eleitoral, onde está à deriva da maré. Os cartões com créditos dos passageiros da Verde Vale não são aceitos pela Expresso Presidente.

Quando fez a mudança, a secretaria de Jerry Comper, que é de Jorginho, já deveria ter previsto e proposto uma solução. Mas, não. Deixou o assunto rolar. E tem trabalhador com créditos de até R$600 micados (por enquanto). Políticos são todos iguais. Quando investidos de gestores fazem tudo pela metade e ainda se vestem de heróis. E quando o problema se apresenta, todos se escondem e transferem para os outros. E a politicalha aparece e correndo solta pelas redes sociais. Benefícios para uns e prejuízos para outros. Perguntar não ofende para outro assunto ainda não resolvido? Quando os ônibus do Consórcio Siga, de Blumenau, vão poder entrar no Bela Vista, em Gaspar? Todos mudos na prefeitura, governo estadual e Câmara. Mais uma vez.

Campanha política. Esta foto é a prova de que o asfaltamento de um trecho da Rua Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo, Distrito do Belchior é eleitoreira. Prometida há oito anos, com financiamento a disposição, mas ela vai iniciar só com uma emenda parlamentar. Qual a data para ela terminar, se terminar? 25 de setembro deste ano. No dia seis de outubro é o dia de eleições. Nada é mera coincidência. É cálculo. É espertezxa. A que trabalha contra os próprios políticos que perdem votos com isso e ainda reclamam dos eleitores.

Num governo que perdeu a credibilidade por sete anos nesta promessa, esta obra será um recibo de que falhou na gestão e na escolha de suas prioridades por dois mandatos seguidos. E Kleber Wan Dall, MDB, Marcelo de Souza Brick e Luiz Carlos Spengler Filho, ambos PP, ainda dizem não entender a rejeição deles quando fazem pesquisas para avaliação do governo deles. Eles por acaso não sabem o que rola no escurinho dos aplicativos de mensagens e que desmontam a frágil, antiga e desconetada cara propaganda oficial?

Mais uma sexta-feira de chuva em Gaspar. E os caminhões das empreiteiras recolhidos no pátio da secretaria de Obras e Serviços Urbanos, como se dia normal de trabalho fosse. E para completar o ócio, uma churrascada para comemorar o Dia do Trabalho, e que foi na quarta-feira passada, feriado. E com a presença de que se diz pré-candidato ao governo de Gaspar validando tudo isso. Impressionante. Tudo dominado.

O PT quer vencer nas cidades catarinenses. E para vencer e dizer que existe, inventou uma greve nas escolas estaduais. É uma greve política, travestida de melhorias para a corporação, como se aqui estivesse o melhor ensino do país. A greve explicitamente é contra o conservadorismo e o governador Jorginho Melo, PL. Ele acerta em endurecer o confronto. Erra, ao anunciar concurso antes de criar mecanismos de atrelar à produtividade dos professores ao conhecimento dos estudantes, o controle do absenteísmo e o vício de professores trocarem as salas por salas pelas de administração. O vencimento não deveria estar apenas atrelado à titulação e atualização desta titulação. Diz pouco, se não revertido em resultados para os estudantes.

Sabesp foi privatizada – ainda há contestações do rito legislativo na Câmara de Vereadores de São Paulo para aceitar a nova empresa. Quando é que o governador Jorginho Melo, PL, tomará o mesmo rumo corajoso do que o governador paulista Tarcísio Gomes de Freitas, Republicanos, em relação à nossa Casan? Perdeu o timming político e lhe falta visão. E Santa Catarina, a turística, a carente de balneabilidade, ficará cada vez mais poluída pela incapacidade financeira, de investimento e de gestão da Casan para dar a solução óbvia aos nossos problemas de coleta e tratamento de esgotos?

A comunicação do século 20. O PT nacional não consegue se comunicar com a sociedade. Não percebeu que estamos nos meados dos anos 20 e do século 21. À beira da terceira geração da Inteligência Artificial, brinca de usar as redes sociais e a imprensa tradicional. Igualzinho o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP. Ambos se queixam que fazem muito pela cidade e não são percebidos. Se isto é verdade, há erros e gente que está fazendo errado. João Santana, há 20 anos, era muito mais eficiente nos resultados para o PT, Lula e até, Dilma Vana Rousseff. Nem petista. Era um competente profissional da área. Só isto. Difícil de entender que ideologia não é sinônimo de competência?

Termômetros dos nossos políticos. Nas festas das tradicionais comunidades católicas deste ano, excepcionalmente, quase todos lá. Teve gente que nunca apareceu nelas e se sente um peixe fora d’água. Desconfianças, mas são os ossos do ofício. Se não aparecer, é cobrado. Se aparece, é criticado. O eleitor e eleitora não perdoa. Minha opinião. Melhor aparecer e dizer que faz isso como pré-candidato. Qual a saída para este desconforto? Valorizar o líder da comunidade. Ele é a porta de entrada e o avalista. E o problema pode estar nesta escolha.

Torneio de Primeiro de Maio do Tupi e Stammtisch do Cruzeiro do Vale, este na Arena Multiuso. Iguaizinhos. Foram para lá os pré-candidatos também, a maior parte, como se fossem peixes fora d’água. No Tupi teve gente que se chateou, porque descobriu, muito tardiamente, que a empresa Massa Super Forte, do Oberdan Barni, é patrocinadora, há muitos anos, de vários grupos de várzea que foram lá participar do evento. Então… tardia descoberta.

Falta iluminação na Ponte do Vale. Faz tempo. Uma empurra daqui e dali. Estórias. Uma carta do DNIT esclareceu: é da prefeitura de Gaspar esta responsabilidade, inclusive nos trevos de acesso. A prefeitura de Gaspar não se deu por vencida. Pelo líder do governo na Câmara, Francisco Solano Anhaia, MDB, voltou a culpar o DNIT por danificar parte da rede – a outra foi vandalizada com o roubo dos cabos. E o vereador governista Giovano Borges, PSD, inventou que o projeto de iluminação estava errado. Descobriram isto depois de oito anos da ponte pronta? Não foi possível refazer o projeto? Este é o tempo que conspira contra o governo. O que deixa o tempo levar tudo para se deteriora ainda mais.

Por outro lado, pouco se falou daquilo que pega e incomoda muito os motoristas passam pela ponte do Vale; o desgaste e espaçamento da junta de dilatação da ponte no lado do ginásio João dos Santos. Quando ela foi inaugurada, as pressas, pelo ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, este lado teve que ser interditado e consertado por Kleber Edson Wan Dall, MDB. Um espetáculo. Este conserto, como se vê, durou sete anos. E agora, teimam em levar o problema reincidente para o próximo prefeito, se antes não acontecer um grave acidente por causa disso.

Credo. Cada vez mais a proteção ao crime e aos criminosos. E nós cidadãos e cidadãs, pagando tudo isso com cada vez mais pesados impostos e ao mesmo tempo sendo engolidos pela malta que diz nos governar (com aval da Câmara e Senado). Qual a penúltima? “Governo coloca em sigilo números de fugas em presídios brasileiros. O Ministério da Justiça e Segurança Pública alega que a divulgação dos dados de fugas poderia colocar em risco a segurança de instituições“.

É preciso trocar o exemplo. O prefeito citado em convescote por empresários em discurso aqui como exemplo para o PL de Gaspar imitar, Douglas Elias da Costa, PL, de Barra Velha, está afastado e continuará preso por conta da “Operação Travessia”. A decisão é de quinta-feira do Tribunal de Justiça.

Quando uma criança percebe o que lhe parece errado na vida coletiva das pessoas, é porque os adultos erraram há muito e já estão acostumados com a mazela. Esta participação é significativa e ao mesmo tempo alentadora. O vereador mirim José Carlos Nascimento (foto ao lado), representante da Escola de Educação Básica Ferandino Dagnoni, de Gaspar, usou a tribuna na Sessão Mirim do dia 24 de abril para falar sobre as péssimas condições da Capela Mortuária Bom Pastor, no Bairro Santa Terezinha, e já fez indicação ao Executivo Municipal pedindo providências. Mais uma, entre dezenas.

Perguntar não ofende. Este assunto não é novo para os adultos. Todos que vão lá velar seus entes queridos, incluindo os políticos e entre eles, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, o vice Marcelo de Souza Brick, PP e vereadores, estão carecas de saber da situação e das queixas do povo. O governo de Kleber e Marcelo, muito recentemente, mandando bananas ao povo que reclamava da canetada, com a anuência indireta da Câmara, aumentou exageradamente por decreto, as taxas de manutenção dos cemitérios. Nada disso foi suficiente para os gestores públicos gasparenses tomarem alguma providência, ou ao menos, ensaiar uma maquiagem? Muda, Gaspar!

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6 comentários em “O PT DE GASPAR DIZ QUE NÃO ESTÁ PREOCUPADO EM ATRAIR “MULTIDÕES”. PENSA QUE O FIASCO DO ATUAL GOVERNO DE GASPAR É O SUFICIENTE PARA LEVÁ-LO DE VOLTA AO PODER SEM SE COMPROMETER COM MUDANÇAS E DESENVOLVIMENTO”

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  2. O FIM DO DEBATE PÚBLICO? por Joel Pinheiro da Fonseca, no jornal Folha de S. Paulo

    Por mais que os progressistas desejem e sonhem com isso, os quase 50% dos votos válidos para Bolsonaro não desaparecerão tão cedo, e boa parte deles será transferida para algum candidato que tenha o apoio de Bolsonaro. Resta saber se será tão extremista quanto ele ou se será mais moderado.

    Independente de quem seja, a própria discussão sobre se é possível alguém próximo de Bolsonaro ser menos extremista do que ele já salientou um fato inescapável: a polarização continuará dando as cartas no debate público. Ou seja, a visão do outro lado como irremediavelmente maléfico —ou, na hipótese mais caridosa, burro— veio para ficar. Qualquer reação que não seja o combate irrestrito a tudo que o outro polo representa é tida por suspeita.

    O efeito dessa polarização é que há cada vez menos debate real. Cada formador de opinião —conceito que está cada vez mais fluido, dado que hoje todo mundo pode se fazer ouvir nas redes— fala quase que unicamente para quem está do mesmo lado. Seu papel é menos o de levantar discussões e mais o de jogar para a torcida. Entregar ao torcedor motivos engenhosos pelos quais o seu lado está sempre correto e —ainda mais importante— o outro lado é perverso. Na medida em que é bem-sucedido, consegue os aplausos e o engajamento.

    Nas poucas ocasiões em que o conteúdo gerado para um dos lados da polarização chega ao lado contrário, é apenas para servir de espantalho. Um dos recursos favoritos do brasileiro para evitar discutir qualquer assunto importante é a confusão entre rotulagem e refutação. A insinuação de intenções perversas é o bastante para desqualificar um argumento sem ter que respondê-lo.

    Ao classificar um adversário como pertencendo a uma categoria indesejável, não é mais preciso refutar diretamente nada do que ele diz. Na esquerda, os grupos malditos são burgueses, neoliberais, reacionários, fascistas. Na direita, elitistas, globalistas, woke, comunistas. Em ambos os casos, o que move o adversário são interesses inconfessáveis e não qualquer fato da realidade. Basta colar um desses que o público-alvo saberá reagir de acordo.

    Por trás desse tipo de argumento está a pressuposição de que a realidade já é conhecida, basta pertencer ao lado bom para aceitá-la. E quem pertence ao lado mau seguirá empedernido no erro que lhe é conveniente. Com essa lógica, as convicções ficam cada vez mais extremas; as posições políticas cada vez menos negociáveis. E a perspectiva da vitória do adversário cada vez mais apocalíptica. No limite, as palavras perdem qualquer capacidade de persuadir, restando apenas o recurso final às armas.

    E, no entanto, não conseguimos abrir mão das palavras. É necessário não apenas vencer, mas ter razão e mostrar que se tem razão. Existe uma realidade que pode ser em alguma medida conhecida pela razão humana? Se não existe, então as palavras não passam de um artifício enganador e não há por que perder tempo lendo, falando e escrevendo. Se existe, então a identidade ou mesmo os supostos interesses do interlocutor jamais serão suficientes para se avaliar um argumento, e pode bem calhar de aquela pessoa que consideramos a mais pérfida estar certa em algum ponto e, nós, errados.

    No passado, o ajuste e a moderação do debate público dependiam de editores capazes de avaliar o que era ou não digno de chegar às massas. Hoje, cada um é seu próprio editor e nada mudará isso. E a única coisa que pode evitar a completa desagregação social é a disposição de cada um de não ceder aos encantos da certeza moral.

  3. ZANGADO, por Dora Kramer, no jornal Folha de S. Paulo

    Dizem que o presidente Luiz Inácio da Silva não é mais o mesmo. Depende do ponto de referência. A mim soa muito parecido com o figurino pré-Lulinha paz e amor feito sob medida para ultrapassar a barreira de três derrotas e ganhar a eleição de 2002.

    A zanga que distribui a torto e a direito agora lembra o personagem criado por Laerte Coutinho para o jornal dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP) na década de 1980. João Ferrador, sempre amofinado, cobrava dos patrões condições dignas de trabalho com o bordão “hoje eu não tô bom”.

    Quando do ressurgimento do movimento sindical, na descendência da ditadura e a partir das greves do ABC, fazia todo sentido. Atualmente, no mundo muito diferente e sendo o reclamante presidente da República, não mais.

    Nos palanques e reuniões oficiais, Lula tem assumido essa feição. Nunca está “bom”. Principalmente quando as coisas não vão bem. Espalha broncas e denota irritação com os auxiliares. Contraria, assim, uma regra que a gente, ou boa parte de nós, aprendeu em casa: no destratar para cima, a depender das circunstâncias, está liberado mau trato; para baixo, nunca. É falta da educação, para não dizer falha de caráter.

    Mais que isso. No caso de um político com necessidades objetivas de composição, tal braveza é contraproducente. Enrola o autor. Quando faz isso com ministros, o presidente conta com a impossibilidade funcional de reação.

    Mas, se atinge aliados partidários, o buraco fica muito mais em cima. No frustrante 1º de Maio, Lula disse que a eleição será uma guerra contra adversários que, no âmbito federal, compõem a sua base de apoio e ocupam ministérios.

    Tratados como inimigos, estrilaram, ameaçaram adotar o mesmo critério de confronto no Congresso quanto aos interesses do governo; e o que ganhou Lula com isso? Nada, a não ser a impressão de que foge da reta da colisão porque não assume o BO da má articulação, transferindo a culpa ao alheio.

  4. STF PRECISA RESTABELECER O CONTROLE NAS ESTATAIS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

    Com grande atraso, o Supremo Tribunal Federal deve retomar nesta semana o julgamento de ação que pretende derrubar regras moralizadoras da Lei das Estatais, de 2016.

    Mais de um ano atrás, em março de 2023, houve pressa em atender o pleito, de óbvio interesse do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —e o então ministro do STF, Ricardo Lewandowski, hoje no ministério de Lula, concedeu liminar que abriu caminho para indicações políticas ao comando das empresas controladas pelo Tesouro.

    A lei determina, entre outras normas de governança, exigências para nomeações. Não podem ser nomeadas para a direção de estatais pessoas que tenham atuado, nos últimos três anos, como dirigentes de partidos ou na organização de campanhas eleitorais.

    Também se proíbe que ministros de Estado e secretários de estados e municípios participem de conselhos de administração.

    Em sua decisão monocrática, Lewandowski considerou tais restrições excessivas e, por isso, inconstitucionais, conforme argumenta-se na ação movida pelo PC do B.

    O assunto voltou a ser examinado pelo plenário da corte em dezembro último, quando o ministro André Mendonça votou por restabelecer os dispositivos da legislação. O julgamento, porém, foi interrompido por um pedido de vista de Kassio Nunes Marques.

    Enquanto tarda a decisão, estatais de todos os portes estão sujeitas a indicações temerárias.

    Levantamento feito no final do ano passado pelo jornal O Globo apontou ao menos 18 postos de direção e 40 em conselhos de administração preenchidos por nomes que estariam vedados pela lei.

    Há ainda casos importantes que já suscitaram dúvidas, como os dos presidentes da Petrobras, Jean Paul Prates, e do BNDES, Aloizio Mercadante —o primeiro, eleito senador pelo PT, e o segundo, ex-dirigente de fundação ligada ao partido.

    Ainda que o STF possa orientar interpretações do texto da lei, não pode restar dúvida de que o correto a fazer é manter restrições ao aparelhamento das empresas.

    As bem-sucedidas normas de 2016 foram aprovadas pelo Congresso na esteira de prejuízos bilionários e escândalos de corrupção que compuseram a ruína econômica sob Dilma Rousseff —o descalabro nas estatais, acrescente-se, antecede as administrações petistas.

    Não se trata de panaceia, muito menos de criminalização da política como querem alguns críticos.

    A repartição de cargos de governo entre partidos aliados é normal nas democracias e particularmente inevitável no contexto brasileiro. O que a legislação faz é tão somente estabelecer limites em setores nos quais as decisões precisam ser técnicas e qualificadas.

  5. CASHBACK É MELHOR QUE ISENÇÃO, por Deborah Bizzaria, no jornal Folha de S. Paulo

    O sistema tributário brasileiro, como bem sabemos, é um labirinto de complexidades. Além de termos uma alta carga, as múltiplas alíquotas aplicadas de forma distinta para produtos e estados diferentes geram uma distorção palpável no mercado. As empresas passaram a tomar decisões baseadas mais em vantagens fiscais do que em eficiência operacional. Este cenário faz com que a necessidade de uma reforma tributária seja mais urgente do que nunca.

    Nesse contexto, a promulgação da Emenda Constitucional 132 que substitui cinco tributos disfuncionais por um IVA Dual de padrão internacional é um enorme progresso. No entanto, a preservação da isenção total para a cesta básica, uma política tradicional, e consequente enfraquecimento do sistema de cashback, uma proposta mais inovadora e direcionada, mostra como os interesses políticos ainda moldam as decisões cruciais.

    O modelo de isenção fiscal para itens básicos, apesar de suas boas intenções, muitas vezes promove a desigualdade de duas maneiras. Primeiramente, pessoas com maior renda, que consomem mais e produtos de qualidade superior, acabam se beneficiando mais dos descontos fiscais do que os mais pobres. Um estudo do Banco Mundial publicado em 2023 corrobora essa constatação.

    Em segundo lugar, na cadeia de produção de alimentos, tanto produtores quanto mercados tendem a absorver parte da redução de impostos como lucro adicional, especialmente as empresas com mais influência no mercado. Assim, a redução esperada nos preços finais para os consumidores geralmente é menor do que o total da isenção fiscal.

    O modelo atual de isenção tributária, ao definir de forma arbitrária quais produtos são considerados essenciais, acaba complicando o sistema tributário e abrindo brechas para manipulações e favorecimentos indevidos. Isso frequentemente inclui na lista de isentos itens como leite condensado, salmão e queijos caros em alguns estados, demonstrando como políticas mal projetadas podem favorecer interesses específicos e prejudicar a equidade e a eficiência fiscal.

    Em contraste, o sistema de cashback, que reembolsa uma porcentagem do valor gasto em compras ao informar o CPF durante a transação, oferece uma abordagem mais direta e equitativa. Esse reembolso pode ocorrer imediatamente como desconto, ser creditado em conta-corrente, ou adicionado a benefícios sociais, favorecendo principalmente famílias de baixa renda ao mitigar o impacto dos impostos indiretos em seus orçamentos.

    O sucesso do programa “Devolve ICMS” no Rio Grande do Sul ilustra bem a eficácia desse tipo de política. Esse programa aumentou a renda mensal das famílias beneficiadas em 16%, melhorando significativamente suas condições de vida com maiores gastos em alimentos e remédios. A devolução média de R$ 37,81 por mês impulsionou um aumento de consumo de R$ 32,47, com a maior parte desses gastos concentrada em supermercados, açougues e padarias, além de uma parcela significativa em farmácias. O programa beneficiou 618 mil famílias, que receberam os valores por meio de um cartão cidadão, facilitando o acesso ao benefício e incentivando o consumo no comércio formal.

    Assim, além dos estudos, essa experiência evidencia como o cashback não apenas apoia efetivamente os mais necessitados, mas também dinamiza a economia local. Ao invés de perpetuar um sistema de isenções que pode ser facilmente distorcido para beneficiar interesses particulares, o cashback oferece uma solução focada e direta que realmente atende às necessidades da população mais vulnerável.

  6. O ANTIOCIDENTALISMO, por Denis Lerrer Rosenfield, no jornal O Estado de S. Paulo

    O antiocidentalismo faz parte da cultura ocidental. O Ocidente sempre esteve permeado por contradições internas, algumas das quais atentaram contra os seus próprios fundamentos. Propostas liberais e democráticas foram se desenvolvendo concomitantemente ao racismo, à escravidão, ao antissemitismo e ao colonialismo. Mais radicalmente ainda, o Ocidente gerou em seu seio regimes totalitários como o nazismo e o comunismo, que conflagraram a Europa, colocando-a a perigo. No entanto, o Ocidente soube se reinventar, fortalecendo valores de cunho universal.

    No núcleo dessas contradições, convém salientar o papel do marxismo e, sobretudo, de seus prolongamentos no comunismo soviético, no maoísmo e em outros ismos como os que levaram a mortandades monstruosas como no Camboja e na Ucrânia. A história desses horrores está repleta de exemplos, a única dificuldade reside na escolha de alguns deles. O destaque deve ser, assim, ressaltado, visto que tal concepção nasceu de princípios universais, como a igualdade entre os homens, que seria contraposta à liberdade, embora a realização dessa proposta tenha logo ganhado um caráter perverso. A violência foi generalizada e valores universais foram simplesmente destruídos em nome das “transformações sociais” em curso.

    O Ocidente voltou-se contra o Ocidente. Lenin e Trotsky ainda ostentavam valores universais, sobretudo esse último, já como profeta desarmado, para utilizar essa expressão de Isaac Deutscher. Contudo, mesmo eles, no auge da revolução, não hesitaram em eliminar todos aqueles que com eles não concordavam, instaurando uma ditadura de partido único. O massacre dos anarquistas em Kronstadt e dos mencheviques, aliados e amigos naquele então, assim como de todos os outros socialistas, é uma amostra do apreço pela violência e do desprezo para com a democracia e com ideias verdadeiramente universais.

    Com Stalin, nem mais a aparência dos valores universais do Ocidente foi resguardada. Instaurou um regime totalitário, controlando a vida das pessoas, criando o gulag para onde eram enviados para os trabalhos forçados e à morte os seus dissidentes. Só intelectuais amigos e professores universitários fecharam os olhos diante do horror, procurando justificá-lo. Stalin não hesitou, inclusive, em se aliar a Hitler no famoso Pacto Molotov-Ribbentrop, de 1939 a 1941. Tudo valia contra o Ocidente, o “capitalismo”. Note-se que já estamos em plena guerra, com a França derrotada, o Reino Unido resistindo e os Estados Unidos hesitando em entrar no conflito. Contra o Ocidente, naquele momento representando claramente a democracia e as liberdades, comunismo e nazismo se irmanaram. Apenas a invasão da Rússia, na Operação Barbarossa, pela Alemanha, rompeu com esse pacto. Stalin ficou tão atônito, que chegou a não acreditar que os nazistas estavam invadindo o seu território. Acreditou no “amigo”, que compartilhava valores seus.

    Atualmente, estamos vivenciando uma volta dessa proposta antiocidental, isso quando os princípios da liberdade e da igualdade, por intermédio da democracia, do Estado de Direito e dos direitos humanos, tinham conseguido se sustentar e desenvolver. A especificidade, porém, consiste em que o seu aliado maior reside no terror islâmico e em regimes de cunho totalitário como o Irã. Qualquer resquício de valores universais simplesmente se evaporou. A esquerda identitária, dita anticolonial, uniu-se a uma proposta ancorada no ódio do outro e no culto da morte, como tão bem mostra o Hamas, voltado ao aniquilamento de Israel, à utilização dos palestinos como escudos humanos, tornando o “martírio” um exemplo a ser seguido. Ou os iranianos que assassinam mulheres, às centenas, se não milhares, por não se vestirem de acordo com suas regras rígidas de vestimentas. O antiocidentalismo se posicionou contra aquilo que o Ocidente de mais alto moralmente criou.

    Curioso que o antiocidentalismo, ao tecer essa aliança, se volte contra aquilo que diz defender. Homossexuais e LBGT+ são simplesmente presos e assassinados nesses regimes de puro domínio da polícia islâmica. E, no entanto, prezam os seus potenciais assassinos. A esquerda, e nesse caso a brasileira também via PT e PSOL, se cala diante de tão flagrantes contradições. Um país colonialista como o Irã, que já domina partes do Iraque, do Líbano, do Iêmen e da Síria, pretendendo alongar os seus tentáculos para a Jordânia e Israel, é hoje um grande aliado do atual governo.

    O tal posicionamento do dito Sul Global tem como “inimigo” os países ocidentais, naquilo que essa cultura produziu de melhor, em uma comunidade de países autocráticos e ditatoriais, que comungam de valores liberticidas. Nada compartilham de universal no combate comum ao Estado Democrático de Direito e à afirmação da liberdade em seus mais diferentes domínios.

    No discurso e na prática, essa tem sido a posição do governo petista, de sua política diplomática e de partidos como o PT e o PSOL. Já passou o momento de o País mudar de rumo.

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