NA DISCUSSÃO DA COMPRA DO TERRENO DA FURB, KLEBER ESCONDE QUE JÁ POSSUI A ARENA MULTIUSO A IGUAL FIM

Apesar de já estar acostumado e metido em sucessivas polêmicas, nada foi tão desgastante nestas últimas duas semanas para o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, Marcelo de Souza Brick, Patriota, e a Bancada do Amém, quanto à forçada compra do milionário terreno da Furb, e que ela recebeu em doação, há décadas, da Souza Cruz, onde era seu campo experimental, em Gaspar, para fomento e manejo da cultura do fumo no Vale do Itajaí.

Os vereadores da Bancada do Amém – por estarem mais expostos à comunidade – são os que mais reclamam do bafo do povo no cangote sobre este assunto. Estão incomodados. Estão apontando culpados, ou seja, os outros, não eles próprios que validaram tudo isso pelo silêncio ou alimentando a polêmica com provocações desnecessárias.

Tanto que, na última sessão ordinária, depois do brutal desgaste criado pelo assunto na sessão extraordinária de quinta-feira da semana passada, o líder do governo, Giovano Borges, PSD, o que naturalmente pela função devia dar explicações complementares, pediu para sair mais cedo. Ele e José Hilário Melato, PP.

Aliás, isso já virou rotina para alguns vereadores na única sessão semanal a que estão obrigados a comparecerem. Teve sessão que se registrou a saída antecipada de cinco dos 13 vereadores.

Retomando o fio da meada.

Sobrou, mais uma vez, para o vice-líder de Kleber e Marcelo na Câmara, Francisco Hostins Júnior, MDB. E aqui um outro parêntesis. O governo Kleber e Marcelo já não aprovou a matéria e se desgastou tanto com ela, qual é mesmo a razão para continuar expondo à ferida que teima em não fechar? Só faz isso, quem tem que dar explicações de coisas que não conseguiu explicar no momento em que deveria explicar: a quinta-feira da semana passada. E pelo jeito vai continuar.

E por quê?

Porque Hostins Júnior voltou com a mesma ladainha conhecida de que as avaliações eram válidas, de que nada do dinheiro tirado para as obras e levado para essa compra milionária, vai prejudicar as obras no presente e no futuro, mesmo que por enquanto, oficialmente, não haja dinheiro rubricado no Orçamento depenado para a compra milionária.

Resumindo: é algo mágico próprio de discurso e manobras orçamentárias de políticos quando no governo. Discurso apropriado e talhado para analfabetos, ignorantes, desinformados, bem como para alimentar sua massa de apoiadores incondicionais. É apenas, e tão somente, para justificar à escolha da prioridade errada.

Simples de se perceber tudo isso.

Tanto que discurso argumentativo desta terça-feira feito por Hostins e representando o governo Kleber e Marcelo, foi tomado pelo esquecimento, pela amnésia e pelo jogo do faz de conta.

Ele esqueceu, propositadamente porque é um profundo conhecedor da cidade – e o local e até está nominado por Lei, de Francisco Hostins – que a prefeitura já dispõe de um local para a construção de um “novo prédio para ser sede da prefeitura”, a custo bem menor e bota menor nisso, por metro quadrado, mais próximo do Centro, mais amplo, mais acessível, e que Kleber, ao mesmo tempo, nega-se a resolver á pendência judicial que se há sobre ele criada por outro político vingativo, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT.

Aliás, esta pendência, por má escolha e má gestão do político contra a sua cidade – Zuchi e Kleber -, mais cedo ou mais tarde, obrigarão os gasparenses a arcar nos seus pesados impostos com mais essa viagem dos políticos: a Arena Multiuso.

É isso que está pegando. Ao invés de resolver problemas antigos criados na cidade, cria-se mais um outro, e justamente, tirando dinheiro de obras necessárias e tão reclamadas e prometidas por Kleber, Marcelo e os vereadores da Bancada do Amém quando foram buscar votos na comunidade para se elegerem. Aliás, essa gente toda está na rua pedindo votos mais uma vez. E isso é que verdadeiramente está lhes incomodando

Rasgaram na cara dura o discurso e ainda acham que estão com a razão. Debocham das necessidade e da memória do povo.

Pior.

No jogo da falta de transparência mínima necessária e tão comum no governo Kleber, Marcelo e da Bancada do Amém, Francisco Hostins Júnior, funcionando como advogado do governo e comprometendo mais uma vez a sua carreira política – em passado recente manobrou para enterrar para Kleber, Melato, então presidente do Samae, e o vice da época Luiz Carlos Spengler Filho, PP, a CPI da drenagem da Rua Frei Solano -, faz do ilusionismo, um espetáculo para esconder o que verdadeiramente está por acontecer.

Hostins Júnior usou a tribuna da Câmara no horário da liderança do governo para reapresentar velhos argumentos e documentos, usando emaranhado de leis e números. Coisa velha. Ultrapassada. Matéria vencida no voto. Isso só voltará, se voltar, na Justiça e se houver alguma coisa para discutir, porque na Câmara não há mais nada para se falar sobre a legalidade dela.

É esse ilusionismo que impressiona. Ele é bom como matéria para os meus comentários e expor ainda mais essa gente que nada de braçada quando intimida imprensa, adversários e até seus próprios pares.

É que em nenhum momento Hostins disse como, quando, em que tempo, quanto custará, apresentou projeto, quem de fato ocupará, quanto se economizará, se economizar, e principalmente quem vai construir aquele prédio. Esta sim é a nova discussão em paralelo à outra que se dará no Ministério Público, no Tribunal de Contas e talvez, no Judiciário.

É um mistério este futuro. Usa-se matéria vencida, para desviar a atenção da população e dos vereadores. E pelo jeito, já comeram a isca. E o desgaste de Kleber, Marcelo e da Bancada do Amém só aumenta, porque corre pela cidade cada história de arrepiar qualquer um. E o governo sabe onde se meteu. Se sabe, avaliou o risco. E por isso, não há razão nenhuma para estar tão nervoso como está.

A “esperteza quando é demais, ela come o dono”, dizia o ex-primeiro ministro do Brasil, Tancredo de Almeida Neves, o que se elegeu mais tarde presidente e nem assumiu devido a diverticulite que o matou.

Com tanto problemas de como drenagens que não drenam, obras que não se completam e de custos duvidosos, esgoto quando não inundam casas vão parar em rios e ribeirões, Ideb que mostram que as nossas crianças foram emburrecidas pelos educadores, Hospital que é uma casa de problemas e não de saúde, postinhos comprometidos, filas longas para exames laboratoriais e atendimentos especializados, reurbanizações com a cara de quem fez como o do Santa Terezinha, Gaspar agora tem três mostrengos que exibem desperdício de dinheiro, ou escolha errática de prioridade, ou má gestão mesmo: o prédio do Besc pago e não utilizado há três anos, a Arena Multiuso desapropriada e em litígio há mais de dez anos e agora, um terreno milionário, que ninguém sabe dizer de onde virá o dinheiro para construí-lo e quem vai verdadeiramente ganhar com essa manobra. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

A sessão ordinária desta terça-feira da Câmara de Gaspar não teve nenhum projeto em pauta para ser votado, ou seja, ela bem que poderia servir para a discussão e votação do projeto da compra do terreno da Furb. Prazo legal para isso se tinha, mesmo dentro do regime de urgência, o dia dez de maio.

Os “çábios” do paço e que habitam o imaginário estratégico de Kleber, Marcelo e da Bancada do Amém, quiseram adiantar o assunto para escondê-lo do debate público numa sessão extraordinária vapt-vupt. Deu tudo errado: Kleber, Marcelo e a Bancada do Amém ficaram mais expostos ainda mais.

É uma atrás da outra. A Bancada do Amém tem maioria, mas lhe falta, as vezes, inteligência, paciência e por vezes, o silêncio. Ela alimenta, uma minoria que só sai da toca porque as coisas são tão acintosas que é impossível não aproveitar a oportunidade.

Veja esta. Desqualificou-se à avaliação do agente imobiliário, com Creci, Laércio Krauss, sobre o terreno e que os vereadores contrários a compra Alexsandro Burnier, PL, Dionísio Luiz Bertoldi, PT e Amauri Bornhausen, PDT, usaram-no para argumentar de que a compra estava fora dos padrões de mercado.

Primeiro, esta avaliação só apareceu porque a mesa diretora da Câmara, toda da Bancada do Amém, recusou-se a atender no tempo, sob todo o tipo de artimanha banal, o pedido para a contratação de um avaliador-perito pela Câmara para instruir o debate. Então…

Segundo, ferozmente acusou-se de o documento ser mentiroso – até falaram em ele ser falso -de se basear em meias verdades etc e tal, pois não se tratava de um laudo, e de quem teria esta condição do Crecipara fazê-lo. Realmente, não era um laudo, era uma avaliação, e o avaliador tinha essa prerrogativa profissional para fazê-lo.

Terceiro, a Bancada do Amém na defesa incondicional do governo e desprovida de argumentações foi capaz de ser engolida pelas próprias acusações que fez contra a avalição de Laércio. As avaliações da prefeitura e da Furb, padecem do mesmo vício, ou seja, não são laudos. São avaliações. Impressionante.

E para completar o show de horrores da sessão desta terça-feira e que mostrou que Gaspar dos políticos demora para virar a página e me alimenta com suas incoerências e imprudências.

O vereador Dionísio Luiz Bertoldi, PT, ao questionar o pedido de proteção policial para a sessão extraordinária da quinta-feira da semana passada, gesto que segundo ele, igualou a plateia presente como se perigosa fosse, disse que isso foi em decorrência da falta de pulso para a presidente, Franciele Daine Back, PSDB, na condução dos trabalhos.

Em novo acesso de imaturidade, arrogância e despreparo. Franciele, a jornalista, disse que muito do debate acalorado que ela não teve condição de gerenciar e precisou dos policiais para ajudá-la a por ordem na Casa, sob constrangimento e intimidação, deveu-se à falta de educação de alguns vereadores. Quem mesmo? Meu Deus!

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