A GASPAR NOS TRINQUES É MAIS UM TRUQUE MARQUETEIRO PARA ESCONDER QUE O GOVERNO DE GASPAR NÃO DÁ CONTA DO MÍNIMO E DO BÁSICO: A MANUTENÇÃO DA CIDADE

Em sucessivos artigos, já perguntei aqui o que significava o tal achado e mal-acabado slogan do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, ou PL, sei lá, ou PP, talvez, “Avança Gaspar”. O governo até hoje não respondeu a algo tão vago. Cada fica, todavia, fica mais claro, que este slogan mequetrefe se encaixa bem aos resultados que o governo está entregando à população. Nem vou escrever sobre as interpretações dos leitores, leitoras e políticos adversários para tal slogan. E quanto mais se aproxima o final do mandato de Kleber, fica claro de que se trata de mais uma petulante bobagem na falta de outra pior.

Também não vou me alongar em perguntar qual é a obra física estruturante – que os governantes do passado realizavam para serem lembrados como referência de seus governos – que Kleber e seus “çábios” deixarão de legado para a cidade, os cidadãos e cidadãs. É pedir demais para quem gastou muito, atrelou-se à má eficiência administrativa, não entregou o prometido até agora, atrasou-se e se atrapalhou em coisas básicas como a Saúde e Educação, Desenvolvimento Econômico, Turismo para não listar outras deficiências, as quais deixaram expostos os seus próprios apoiadores.

Vou me ater a última invenção marqueteira do governo Kleber e Marcelo. 

Ela foi feita sob medida para criar cortinas de fumaça naquilo que é primário para uma cidade, sociedade, gestores e pela esperteza dos políticos na busca de votos para se sustentarem no poder. Eles “descobriram”, e muito tardiamente, que, além de não fazerem obras físicas que possam ser reconhecidos e as melhorias nos atendimentos na área da Saúde e Educação, as que fizeram, estão malfeitas ou sob dúvidas. 

Resumindo: não cuidaram daquilo que outras administrações públicas municipais com menos recursos, menos tecnologia, menos estrutura, menos marquetagem fizeram muito mais pela cidade e para os que moram aqui.

A verdade é que a simples manutenção da cidade está em frangalhos. Um horror.

Com o tal Gaspar nos Trinques, atestou-se – e muito tardiamente – que a secretaria de Obras e Serviços Urbanos é um pesadelo neste quesito. Tanto que seu ex-titular, o agente de trânsito efetivo, ex-vereador e ex-vice-prefeito do próprio Kleber, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, está hoje “encostado” como Chefe de Gabinete por não ter dado conta do recado na secretaria. E o “novo” nomeado secretário e em campanha, Roni Jean Muller, MDB, está na onda do engana que eu gosto. Ele inventou uma “operação espetáculo” batizada de “Gaspar nos Trinques” só para criar narrativas e com isso, gerar entrevistas sem perguntas, ter palanques a ele e à turma do governo para discursos e assim, preencher as redes sociais, como se alguém finalmente estivesse se mexendo no governo pelo povo cansado de tanto reclamar e sem retorno naquilo que é óbvio e necessário.

Na verdade, esta “operação” é uma espécie de mutirão. 

Nele se reúne máquinas e trabalhadores próprios bem como os caros terceirizados. Eles rumam para algum canto da cidade para “consertar” o que há anos não se conserta e que é da obrigação da rotina cotidiana mínima. Consequentemente, tudo se deteriora, sob testemunho e forte queixas dos moradores locais.

A ideia não é ruim, não. 

Contudo, no fundo, e ninguém do governo quer que se explique isso, A tal “Gaspar nos Trinques” só mostra e reafirma, por outro lado, que são legítimas as queixas que inundam as redes sociais e aplicativos de mensagens contra o governo de Kleber e Marcelo, bem como seus vereadores apoiadores, sobre o estado lastimável da cidade de um governo desleixado.

E logo um governo que ao mesmo tempo vive se gabando a todo momento de planejamento, mas que deixou a cidade ficar estropiada por falta de fiscalização, metodologia sistemática e preventiva contra aquilo que o uso e o tempo exigem conservação, atualização e até substituição. Quem demorou duas semanas para tirar a figueira caída defronte à própria prefeitura, mostra muito bem a que veio e é capaz.

E esta operação “Gaspar nos Trinques” só veio para remediar o que não pode mais esperar. Os prejuízos políticos são cada vez maiores. E disso, eles entendem.

E por quê? 

Simples: estamos se aproximando de novas eleições municipais e os vereadores começaram a sentir a batata deles assando naquilo que eles possuem de diferencial dos demais candidatos. A coisa é tão complicada, que na Câmara, e também registrei isto em outros artigos aqui, houve discursos de gente da própria Bancada do Amém reclamando – e fortemente – que além de pedirem, não serem atendidos, a suprema arrogância, desorganização e até incompetência do governo de Kleber e Marcelo, nem satisfação via os comissionados e servidores responsáveis por providências mínimas lhes dão. E aí a coisa pegou.

E onde está o retrato deste desleixo impressionante da prefeitura? Na Ouvidoria que não ouve e outros canais difíceis para os cidadãos e cidadãs acessarem? 

Não. Incrivelmente na própria Câmara. Neste ano, até agora, foram registradas mais de 450 indicações dos vereadores. Destas, 95% são de coisas ligadas à manutenção da cidade e pasmem, a mais básica e até barata. E de onde vêm quase 70% delas? Dos onze vereadores da Bancada do Amém. E pior: 40% são repetições de pedidos não atendidos neste e em anos anteriores. É pracabá.

Se você se tiver tempo e paciência pode acessar o site da Câmara e ler nele as indicações dos vereadores da bancada governista. São coisas repetidas como substituição de lâmpadas queimadas ou então do atual sistema para o de LED – sabendo-se que há um plano e emprestou-se dinheiro para isso -, conserto de buraco na ruas, reparos na pavimentação de paralelepípedos, reparos na pavimentação asfáltica, reparos na pavimentação de lajotas sextavadas, limpeza e desobstrução com hidrojateamento de galerias pluviais, instalação de lixeira container, limpeza de terreno público municipal, limpeza de ribeirão, conserto de infiltração, troca de meio-fio, limpeza de boca de lobo, limpeza de ruas, corte de vegetação em ruas, limpeza e manutenção de praça de lazer, pintura de faixa de pedestres, pintura de indicação de estacionamento de idoso, troca da grelha de boca de lobo, dar nome a rua…

Se Gaspar perdeu a mão naquilo que é básico, como que ela pode estar nos trinques ou até avançar? Conta outra.

Se a secretaria de Obras e “Serviços Urbanos” pegasse esta listinha, só naquilo que é necessário, óbvio e fosse atrás da solução, da conversa e negociação com os pagadores de pesados impostos da cidade, já aliviaria muito a sua barra com a cidade, os cidadãos, cidadãos e pasmem, com os próprios vereadores e os políticos que gravitam em torno do poder de plantão. Melhor, ganhar-se-ia dinheiro. 

Algo que fica se deteriorando por muito tempo, aumenta o custo de reparo e, na maioria dos casos, torna-se um problema grave e custoso aos cofres públicos e até na imagem como aconteceu por exemplo, para não lembrar de outros como foi o caso da Ponte Hercílio Deecke,  mas muito recentemente, com o barranco da Rua José Rafael Schmitt que escorregou para o rio por meses afio aqui no Centro, ou então passarela da ponte do Alvorada que interditou parte da ponte por quase um ano infernizando a vida de muita gente. E por aí vai.

Impressionantemente como não se viu nuca antes, o governo de Kleber, Marcelo e seus “çábios” estão abusando tão frontalmente na inversão da lógica gerencial. E estão se dando mal. E não é de hoje. Gente estranha. 

Há um conceito que diz que o maior problema de todos é, na verdade, a soma de pequenos problemas. Pois é, o governo de Kleber e Marcelo resolveram desconstituir este conceito gerencial e estão colhendo à própria desaprovação. E querem continuar por mais tempo assim. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O ex-procurador do município de Gaspar, o advogado focado na área criminal,  Aurélio Marcos de Souza, não pretende abandonar a banca, mas, silenciosamente, resolveu ampliar os seus conhecimentos acadêmicos fora dela. Acaba de concluir a graduação de Gestão Pública na Udesc, e de Educação Física na Uniasselvi. Se isto não fosse pouco, ainda estuda Engenharia Civil na mesma Uniasselvi onde se gradua em poucos semestres.

Perguntei qual a razão disso. “Conhecimento, meu caro”. Se ele fosse a um cargo público, além do conhecimento na área do direito, não seria trapaceado pelo improviso de muitos curiosos que estão em cargos públicos e sem qualquer conhecimento de Gestão Pública, por exemplo. “Hoje tenho visão diferenciada e de mais clara de futuro”, sintetizou.

Estou de alma lavada por lágrimas e ao mesmo penalizado. Sempre escrevi, indignado, como o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, maltrata a Educação em Gaspar. Reiteradamente me queixo da falta de turno integral e ao menos contraturno escolar. Uma vergonha próxima de um crime, mesmo se tendo o maior orçamento municipal. E todos zombam das minhas queixas.

Para se safar, como aqui tudo avança, até na esperteza, muito recentemente, montou-se uma salinha para aulas de robóticas numa única escola municipal. E se faz propaganda disso como se fosse algo que incluía todos ou uma maioria dos nossos estudantes municipais. Incrível como tem gente que cai no conto do vigário hoje em dia. As redes sociais e a marquetagem fazem coisas a favor dos políticos. Até entrevistas dando conta que era a melhor equipada do estado foram cara-de-pau de anunciá-la.

O que o governo anunciou nesta segunda-feira? A ampliação do sistema de escola em turno integral para o ensino básico e fundamental. Vai investir R$4 bilhões para que isto aconteça em convênios com estados e municípios. Espera-se que finalmente, o governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, ou PL, ou PP, talvez, acorde e faça jus a seu slogan e avance a favor de vulneráveis e faça a verdadeira inclusão do conhecimento para crianças e jovens. Só neste ano o governo federal pretende atingir um milhão de alunos e até 2026, 3,6 milhões. E não é só ampliar o horário em sete horas, mas, cumprir uma estrutura pedagógica e socioeducacional.

Qual é a marca de Gaspar que avançou na educação do governo Kleber Edson Wan Dall, MDB? No primeiro mandato, a técnica e secretária de educação Mônica Sansão Benevenutti, botou para baixo antes da pandemia o Ideb. Pior impossível contra crianças e jovens. Para piorar, foi ela quem acordou com o Ministério Público para dar creche em meio período a trabalhadores, trabalhadoras e desempregados a procura de emprego, ao invés de construir mais, abrir mais vagas com convênios com entidades e particulares. Como prêmio, o mecanismo a elegeu vereadora.

E no segundo mandato, o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, resolveu dar a vaga do PSD de Gaspar a um curioso na área, jornalista Emerson Antunes, vindo de Blumenau, aparentado e indicado pelo novo prefeito de fato de Gaspar, e irmão de congregação, deputado Ismael dos Santos, PSD. Agora, pela prestação de contas do primeiro quadrimestre feita recentemente na Câmara, descobre-se que se está economizando naquilo que é investimento obrigatório de 25% na educação para sustentar o caixa da prefeitura.

Para encerrar este assunto e comparar o quanto o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, é padrasto da educação em Gaspar? Segundo o Censo Escolar de 2022, 6,9% das escolas públicas no país possuíam entre 20% e 50% dos seus alunos matriculados em tempo integral. Em Santa Catarina, era 1.557 escolas, ou seja 32,1%. E a Gaspar que avança? ZERO! E o governo de Kleber, Marcelo de Souza Brick, Patriota, PL, sei lá, ou PP, talvez, fazendo propaganda de uma salinha de robótica para esconder o emburrecimento das nossas crianças e jovens. Impressionante!

O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, veio a Santa Catarina neste final de semana para aparecer no encontro do PL Mulher, onde a estrela deveria ser a sua mulher, Michelle. Fez contatos, articulou, “cheirou” bastidores e tirou fotos com futuros candidatos a prefeito. Tudo com o governador Jorginho Mello a tira colo. Mais uma vez, por motivo de “força maior” o pré-candidato a prefeito de Gaspar, o engenheiro Rodrigo Boing Althoff, PL, com as bençãos do governador Jorginho Mello, PL, e sob tiroteio na região, se esconde? E os bolsononaristas quietinhos? Hum!

Quando começar a aparecer fotos de Rodrigo Boeing Althoff dos tempos de secretário do prefeito petista Pedro Celso Zuchi e de vice-prefeito na candidatura perdida na parceria que fez com Kleber Edson Wan Dall, MDB, em 2012, reclamará, outra vez, da má sorte

E por falar em má sorte e foto, o candidato do bolsonarismo nas eleições suplementares em três de setembro em Brusque, o vereador e atual prefeito, André Vechi, Democracia Cristã, e seu vice, o empresário Deco Batistti, PL, fizeram a foto com o Bolsonaro. Será o primeiro teste do bolsonarismo e principalmente do governador Jorginho Mello, PL, nas urnas após as eleições de outubro do ano passado. E o empresário Luciano Hang não está com nenhum deles, desta vez. Vai fazer o seu “próprio” teste.

O novo slogan do governo de Gaspar e dos que querem sucedê-lo, é: “a máquina não pode parar”. Sintomático.

Dois dos tradicionais produtos de Gaspar deixam de ser feitos pela Momil Alimentos, que hoje é tocada pelo presidente da ACIG, Edemar Ênio Wieser: fubá e farinha de polenta pré-cozida. No lugar delas, polenta congelada.

As cobranças e novas regras nos dois únicos cemitérios municipais de Gaspar está levando a um desgaste incomum ao governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, PL, sei lá, ou PP, talvez. São assustadores a quantidade e o tom de revolta dos gasparenses nas redes sociais. E só é assim, porque o governo quis dessa forma, a Bancada do Amém (MDB, PP, PSD, PDT e PSDB) protegeu de todas as formas e a oposição (PT e PL) ficou muda e deu o voto para estas mudanças que agora geraram tanta gritaria.

Vou repetir: o povo que está gritando inconformado é parte do problema. Não acompanha o governo, não acompanha a câmara e tem medo de se manifestar e criar antecipadamente discussões e interferências nas intenções e ações do governo. O prefeito esperou anos para o cemitério ficar sem vagas. Quando isso aconteceu, mandou o projeto alegando que não tinha tempo discutir e lugar para enterrar. Até uma audiência pública, o relator do projeto Giovano Borges, PSD, cortou. Tudo para passar o que passou e abrir espaço para a cremação. 

O governo de Gaspar espera que os gasparenses, mais uma vez, fiquem conformados e aposta que até as eleições do ano que vem, como de costume, todos já tenham esquecido mais esta. O suplente de vereador, Eder Muller, PL, está agitando. Se não encontrar erro na lei, ou no procedimento como ela foi aprovada e não levar isto ao Ministério Público, ficará rouco. Mas, não deixa de ser uma iniciativa na falta de senso comunitário da maioria dos gasparenses.

Alívio. O Dnit acaba de liberar a ampliação do viaduto da Fortaleza, sob a BR 470, em Blumenau. Isto facilita o tráfego dos entram e saem do Belchior Central e Alto, no Distrito do Belchior. A improvisação era perigosa, mas durante o tempo que durou a interdição, não houve acidentes significativos. Apenas paciência para os congestionamentos e os apressadinhos que usavam o acostamento.

Já começou a mudança das cadeiras e arranjos pré-campanhas no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, Patriota, PL, sei lá, ou PP, talvez. É para privilegiar o último suspiro do MDB. Acorda, Gaspar!

O PT como o PT e a esquerda do atraso são, gulosos contra o nossos imposto, inchamento da máquina pública, aparelhamento do estado com a falta de competitividade. Com dado num dado do IPEA, essa gente diz que o Brasil possui 11 milhões de funcionários públicos, ou seja, 12,45% do total de trabalhadores. E aí compararam com a OCDE (média 24%), Estados Unidos (13,56%) França (20,28%), Suécia (29,28%) e Dinamarca (30,22%).

Este é mais um exemplo de como os políticos nos enganam. Em Gaspar é igual. O que a esquerda de considerar é o custo do funcionalismo em cada país. E o nosso, aparentemente menor, é na verdade inchado e improdutivo para o cidadão e cidadã, que sustenta toda essa gente com os pesados, e cada vez mais pesados impostos.

Estes 12,45% de funcionários públicos do total de trabalhadores no Brasil que o PT e a esquerda do atraso dizem ser pouco e que há espaço para se contratar mais carimbadores de papéis e conferidores de assinaturas, custam 13,4% do PIB. Enquanto na OCDE, notoriamente mais qualificados e com regras mais rígidas de produtividade 9,9%; Estados Unidos, 8,8%; França, 12,1%, Suécia 12,7% e Dinamarca 15,3%. O Chile, para ficar na América do Sul, por exemplo, possui 13,1% dos trabalhadores como servidores públicos e que representam apenas 6,8% do PIB.

Definitivamente, não somos mais o país das chuteiras. E ainda não nos demos conta disso… E Marta se despediu.

Compartilhe esse post:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Email

8 comentários em “A GASPAR NOS TRINQUES É MAIS UM TRUQUE MARQUETEIRO PARA ESCONDER QUE O GOVERNO DE GASPAR NÃO DÁ CONTA DO MÍNIMO E DO BÁSICO: A MANUTENÇÃO DA CIDADE”

  1. DE VOLTA AO VERMELHO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

    Era previsível que as contas do governo federal voltariam ao vermelho, o que se confirmou no fechamento do resultado do primeiro semestre deste 2023. Mais preocupante é que as perspectivas de reequilíbrio permanecem nebulosas.

    De acordo com o balanço do Tesouro Nacional, as despesas primárias —com pessoal, custeio administrativo, benefícios sociais e investimentos— superaram as receitas em R$ 42,5 bilhões, de janeiro a julho último. Trata-se de uma reviravolta ante o superávit de R$ 54,3 bilhões obtido em período correspondente do ano passado.

    Decerto que o saldo positivo anterior se devia, em grande parte, a recordes temporários da arrecadação em razão da disparada de preços do petróleo. Também é fato que as contas já mostravam deterioração no final da gestão de Jair Bolsonaro (PL), com a ofensiva tresloucada e malsucedida pela reeleição.

    A questão, como se sabe, é que Luiz Inácio Lula da Silva não se limitou a aumentar a despesa prevista neste ano para contemplar a justa e necessária preservação dos novos valores do Bolsa Família —o petista decidiu promover uma ampla elevação de programas já no início de seu terceiro mandato.

    Como resultado, os gastos do ano acabam de serem recalculados para exorbitantes R$ 2,055 trilhões, um salto de 14% (quase 9% acima da inflação esperada) em relação ao R$ 1,802 trilhão de 2022.

    Os excessos na largada acentuam as dúvidas quanto ao plano de ajuste prometido para os próximos anos, ainda em tramitação no Congresso. O resultado do Tesouro em junho foi pior que o esperado por analistas; a própria projeção oficial para o déficit primário de 2023 já subiu de R$ 107,6 bilhões para R$ 145,4 bilhões.

    É muito difícil crer no cumprimento do objetivo de fechar o ano com rombo igual ou inferior a 1% do Produto Interno Bruto (cerca de R$ 107 bilhões) e, mais ainda, na meta de equilibrar receitas e despesas já em 2024 —principalmente porque o governo quer depender unicamente de uma descabida escalada da arrecadação.

    Será ilusão perigosa imaginar que a recente melhora de humores no mercado e as menções favoráveis de agências de risco significam que os temores quanto à solidez fiscal do país estejam dissipados. Por ora, apenas saiu de cena o risco de descontrole.

    Sem restaurar a credibilidade das finanças governamentais, o país continuará tendo dificuldade em reduzir inflação e juros de forma duradoura, comprometendo o crescimento econômico essencial para a redução da pobreza.

  2. PARA QUÊ? por Willian Waack, no jornal O Estado de S. Paulo

    Lula 3 caminha para ser o governo coração de mãe, onde sempre cabe mais um. No caso, mais um partido numa megacomposição governista em linha com a essência da política brasileira: a acomodação dos mais variados interesses privados e setoriais via cofres públicos.

    Essa fórmula de amplo espectro nada tem a ver com um “pacto” ou uma “concertación” nacional diante de crises ou desafios importantes para o País. Ela espelha uma enorme dispersão de projetos, impulsos, problemas a serem resolvidos e linhas de atuação, sem uma clara direção central.

    Lula 3 quer gastar mais sem tributar mais, reindustrializar via Estado sem ter recursos suficientes, corrigir distorções sem mexer nelas, atender a interesses contraditórios (como na transição energética) sem antagonizar nenhum. As negociações com o Centrão expressam exatamente essa salada de linhas de atuação, sem que se possa esperar o “triunfo” decisivo de qualquer uma delas (incluindo as do PT).

    Em linhas gerais, é o resultado permitido pelo sistema político brasileiro. Medido pela capacidade de gerar crescimento e prosperidade, esse sistema merece uma péssima nota.

    O Brasil exibe produtividade estagnada há décadas e renda per capita na mesma distância em relação às economias avançadas há uns 40 anos.

    Embutido nesse sistema político, o de governo, na prática, impede qualquer “atuação transformadora”. Nesse sentido, Lula 3 e seus arranjos de governabilidade são um retrato nítido da incapacidade geral das instâncias políticas no Brasil de romper a paralisia e encontrar impulsos convergentes em torno de estratégias mais ou menos definidas.

    Mas sobra distração política, e não se trata apenas da persistente polarização das bolhas e seus “fatos” políticos que só os adeptos de cada lado reconhecem. As demoradas tratativas para a distribuição de pedaços do governo Lula 3 entre mais de uma dezena de partidos sugerem que dessas minuciosas negociações sairia algo “decisivo” ou “definidor” por um bom tempo.

    Essa ilusão se desfaz, porém, bastando perguntar “para quê?” Para que o partido “x” pretende o ministério “y”? Para que o partido “z” almeja os cargos de autarquias e estatais? A resposta é óbvia e não se trata necessariamente da oportunidade de praticar ilícitos.

    Essas agremiações apelidadas de partidos consideram que participar de governos é o que garante em primeiro lugar a própria sobrevivência. Esses acertos de participação e apoio em geral não envolvem discussões sobre ideias, plataformas, projetos ou políticas públicas. Por isso é sempre tão fácil achar lugar para mais um.

  3. LULA X LIRA, por Malu Gaspar, no jornal O Globo

    Já fez “mesversário” a negociação para a entrada da trupe de Arthur Lira no governo Lula. A conversa começou animada e com o PP confiante, reivindicando uma cesta de cargos em que o Ministério da Saúde ocupava o topo das prioridades. Lula mandou dizer que nada feito. A pretensão foi mudando, e agora o partido quer a presidência da Caixa e mais um ministério, de preferência o do Desenvolvimento e Assistência Social. Nos dois casos, os nomeados seriam parceiros incondicionais do presidente da Câmara: a ex-deputada federal Margarete Coelho, do PP do Piauí, que iria para o banco estatal, e o deputado André Fufuca, do PP do Maranhão, a quem caberia o ministério.

    Depois de um julho de muita conversa e telefonemas entre Lula e Lira intermediados pelo ministro Alexandre Padilha, o Congresso voltou do recesso contando que o chefe do Centrão e o do Planalto se reuniriam logo nos primeiros dias de agosto para desfazer o impasse. Pois agosto começou, os parlamentares desembarcaram em Brasília, Lula analisou as propostas de Padilha para acomodar os interesses de todos na reforma ministerial e… nada aconteceu.

    O presidente atrasou quanto pôde a conversa com Lira, prometida para hoje, e vem fazendo mistério sobre como pretende acomodar o Centrão no governo. Contrariado, o presidente da Câmara convocou na terça-feira uma reunião de líderes com a presença dos petistas Zeca Dirceu e José Guimarães para dizer que, enquanto as trocas na Esplanada dos Ministérios não forem definidas, não se vota nada na Câmara. Auxiliares contam que Lula se irritou. Mas, em público, deu de ombros, enquanto os nervos de aliados de Lira fritavam nos bastidores.

    Pode-se classificar essa demora de muitas maneiras, menos como hesitação. Lula não gosta de Lira e gosta menos ainda da ideia de ser seu refém político. Antes mesmo da posse, convencido de que não tinha poder para derrotá-lo na eleição para a presidência da Câmara, aceitou não lançar um candidato alternativo para não pôr em risco a aprovação da PEC da Transição. Considera, porém, que pagou caro pela decisão — a criação das CPIs do 8 de Janeiro e do MST e a derrota na tentativa de mudar o marco do saneamento são parte da fatura — e não quer continuar pendurado em Arthur Lira para sempre.

    Para se livrar desse fardo, Lula precisa primeiro demonstrar ao Congresso que o poder de Lira tem limites e que quem os define é ele, o presidente da República. Não foi por outra razão que Lula já disse mais de uma vez que “o Centrão não existe” e afirmou também que só conversa sobre mudanças em ministérios com os presidentes de partidos — e não com “esse amontoado que vocês chamam de Centrão”. Um claro recado para Lira, que maneja com orgulho e mão firme o tal “amontoado”.

    Esse movimento é essencial para fazer deslanchar a segunda etapa da estratégia — criar condições para que o governo tenha um aliado disputando a sucessão de Lira em 2025, quando termina seu mandato. Candidatos não faltam, e o Planalto está avaliando todos eles. Nos bastidores, auxiliares próximos de Lula não escondem que a escolha dos novos ministros levará em conta o fator Câmara.

    Lira, por sua vez, não pode mais disputar a reeleição, mas precisa garantir que um aliado ocupe seu lugar. Sem controlar a distribuição de emendas e votações importantes, ele fatalmente deixará de ser o todo-poderoso do Congresso para ser mais um no “amontoado”. Isso pode tornar muito difícil, e talvez inviável, seu plano de concorrer ao Senado por Alagoas em 2026 contra o clã do arquirrival Renan Calheiros, pai do ministro dos Transportes e aliado histórico de Lula.

    Lira não ignora o jogo do presidente da República, mas já topou entrar nele. Tratou de enviar seus próprios recados na entrevista que deu ao “Roda viva” na última segunda-feira. Primeiro, disse que quem garante os votos do PP para as pautas de interesse do governo é ele, e não Ciro Nogueira, presidente do partido e ex-ministro de Jair Bolsonaro. Depois, disparou:

    — A (minha) sucessão não está aberta. O primeiro que botar a unha de fora vai arrumar problema comigo, porque eu nunca fiz isso com ninguém, não é justo. Nós ainda temos um ano e seis meses para o fim do mandato de presidente da Câmara. Nós vamos exercer.

    O desafio está lançado, e o embate é inevitável. Do resultado depende o destino de Lula e Lira — e, por tabela, o nosso.

  4. A suplente de vereadora Rafa Vancini assumiu a Fundação Municipal de Esportes. Qual a qualificação da mesma?
    Parece que para ser secretário quanto mais incompetente e tanso na área melhor….

    Ninguém irá falar nada do reajuste do contrato do trecho 4b publicada no Diário Oficial segunda-feira? Mais R$1.000.000,00 e cacetada para a empresa dona da obra.

    1. Pois é. Isto porque ainda não censuraram o Diário Oficial dos Municípios. Como diz o pré-candidato que quer suceder o que está aí, mas por enquanto não tem votos: a máquina não pode parar. Ou seja, nem disfarça. Tudo a ver.

  5. ESTADO CARO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

    Levantamento publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que o número de servidores públicos no Brasil não é elevado segundo padrões internacionais. Os dados, que confirmam estudos anteriores sobre o tema, ajudam a qualificar o debate a respeito das distorções do funcionalismo nacional.

    De acordo com o Atlas do Estado Brasileiro, há 11,3 milhões de funcionários na União, nos estados e nos municípios, o equivalente a 12,5% de um total de 91 milhões de trabalhadores do país. Trata-se de patamar inferior aos de nações ricas como Reino Unido (22,6%), França (20,3%), EUA (13,6%) e aos de vizinhos como Argentina (19,3%), Uruguai (16,9%) e Chile (13,1%).

    Números do gênero têm sido usados desde os anos 2000 para rebater críticas mais e menos fundamentadas às dimensões do setor público brasileiro —ou mesmo para defender a ampliação do quadro de pessoal do governo. Entretanto é preciso adicionar outras considerações à análise.

    Por si só, o quantitativo total pouco esclarece se há falta ou excesso de servidores. É plausível que haja carências em determinados setores e regiões, como no caso de médicos para o Norte e o Nordeste, e superabundância em outros.

    Não resta dúvida, contudo, que o funcionalismo brasileiro está entre os mais caros do mundo, devido a salários acima da média do setor privado e outros privilégios.

    Segundo a base de dados do Fundo Monetário Internacional que permite comparar estatísticas orçamentárias, nosso gasto público com pessoal, incluindo contribuições sociais e previdenciárias, correspondeu a 11,9% do Produto Interno Bruto em 2021, depois de uma redução forçada por contenção de salários —em anos anteriores, a cifra ficava na casa dos 13%.

    Esse dispêndio supera com folga o de países com relativamente mais servidores, como Reino Unido (9,4%), Estados Unidos (8,5%), Alemanha (7,9%) e Chile (6,8%). Dito de outro modo, funcionários públicos se apropriam de uma parcela muito elevada da renda nacional.

    Outra questão importante se refere à qualidade do serviço prestado. Esse tipo de aferição é decerto complexa, mas indicadores do país em educação e saúde, por exemplo, sugerem que o gasto nessas áreas é pouco eficiente.

    Tudo considerado, uma reforma administrativa deveria fazer valer um teto salarial, reduzir remunerações iniciais e limitar o alcance exagerado da estabilidade no emprego —não para promover demissões em massa, mas para elevar a produtividade do Estado.

  6. A LIÇÃO CHINESA PARA O BRASIL, por Elio Gaspari nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo

    Está nas livrarias “Como a China escapou da terapia de choque”, da economista alemã Isabella M. Weber. O livro vai além, mostra por que e como a China deu certo. Ele é produto da qualidade de sua formação intelectual e do vigor da academia chinesa. A professora serviu-se de uma bibliografia rica e, sobretudo, de entrevistas, em chinês, com 44 economistas e burocratas.

    Quem quiser cortar caminho poderá começar assistindo à entrevista de Weber ao repórter Mario Sergio Conti no programa Diálogos, da GloboNews, que irá ao ar nesta sexta-feira. Nele, virá a revelação das conversas de chineses com o então ministro Delfim Netto nos anos 1980, durante o ocaso inflacionário do Milagre Brasileiro.

    Weber faz um estudo erudito da economia chinesa e chega ao momento das reformas que acordaram o gigante:

    — A mão invisível [do mercado] foi introduzida sob a orientação da mão visível [do Estado].

    Muitos países em muitas épocas tentaram isso e deram com os burros n’água. A China conseguiu porque suas decisões foram tomadas por meio de um sutil processo de consultas.

    Na cúpula, a política chinesa é feroz. O presidente Liu Shaoqi morreu em 1969 numa enxovia, e a poderosa mulher de Mao Tsé-Tung matou-se na cadeia. (Pelo menos 16 milhões de chineses, possivelmente 40 milhões, morreram de fome.) Depois da morte de Mao, a sutileza operou no meio de campo.

    No renascimento da China surgiram figuras que, durante a Revolução Cultural (1966-1976), haviam sido desterradas ou presas. Sun Yefang dizia que “a lei do valor não era a marca registrada do capitalismo, mas uma regra econômica universal”.

    Em 1977, quando o general Sylvio Frota achava que o presidente Ernesto Geisel tinha algo de socialista por ter restabelecido as relações com a China, o sucessor de Mao, Hua Guofeng, mandou missões exploratórias ao mundo para estudar as reformas necessárias para a China. Em 1978, quando começou a era de Deng Xiaoping, ele tinha um slogan simples:

    — Buscar a verdade pelos fatos.

    O livro de Weber é também um mergulho nas ideias dos economistas de todas as correntes. Os chineses ouviam ex-defensores da ortodoxia stalinista e liberais como Milton Friedman. (Em 1973, Friedman esteve no Brasil, mas o presidente eleito Ernesto Geisel não teve agenda livre para recebê-lo.)

    Weber mostra que o modelo maoista foi virado de cabeça para baixo por um gradualismo experimental. As lutas internas persistiram. O primeiro-ministro Zhao Ziyang morreu em 2005, em confortável prisão domiciliar. A despeito disso, os economistas e os burocratas chineses ouviam-se. Numa comparação grosseira, os tucanos chineses ouviram Eduardo Suplicy, e os petistas ouviram Pedro Malan.

    Duas gerações que poderiam ter se chocado convergiram, olhando para a frente. Mao mandou milhões de jovens para reeducarem-se no campo. Alguns deles estiveram no núcleo da virada porque entenderam a pobreza. Um deles foi Zhou Jiaming, o que conversou com Delfim. Ele ralou um exílio até 1989.

    Em Pindorama, ao tempo em que Geisel não teve agenda para Friedman, a editora de um banqueiro conseguiu que o professor americano Paul Samuelson concordasse com a supressão de alguns parágrafos de seu livro onde previa que aquele Milagre Brasileiro poderia azedar.

    Weber fecha seu livro com a voz do poeta Antonio Machado (1875-1939):

    — Caminhante, suas pegadas são o caminho e nada mais; caminhante, não há caminho, o caminho se faz ao caminhar.

  7. LULA ENQUADRA A PETROBRÁS, por Vera Magalhães, no jornal O Globo

    Numa série de reuniões nas últimas semanas, o presidente Lula conseguiu dobrar as resistências da diretoria da Petrobras à ideia de que a empresa deve ser parte de uma visão estratégica de Estado, afinada com as diretrizes do governo, seu maior acionista, para o desenvolvimento do país.

    O resultado mais imediato dessa rodada de conversas, que acabou por reduzir a chama em que a batata do presidente da empresa, o ex-senador Jean Paul Prates, era posta para assar, é que deve demorar um pouco até que a companhia anuncie reajustes nos preços dos combustíveis, embora o mercado já aponte descompasso entre os valores praticados aqui e os preços internacionais.

    Quem tem acompanhado essas reuniões nota em Prates e nos demais diretores uma disposição maior em aquiescer diante do discurso do governo, que não é novo em relação à maneira com que os governos anteriores de Lula e de Dilma Rousseff enxergavam o papel da Petrobras: gerar empregos, fortalecer a indústria nacional (a expressão “valorização do conteúdo local”, tão em voga naqueles anos, voltou à mesa de negociações com força), investir em refino e em gás e descasar os preços dos combustíveis do valor internacional — o que já foi anunciado meses atrás.

    Quando se indaga se essas diretrizes não implicam intervenção do governo na petroleira, uma empresa de economia mista regida por regras de governança próprias, os integrantes do governo dizem que não, mas que a empresa precisa estar mais “alinhada com os interesses do país”.

    Em relação aos demais acionistas e ao mercado, a visão da gestão Lula é que eles têm de estar cientes de que a Petrobras não está mais sendo preparada para ser privatizada, como pretendia o ex-ministro Paulo Guedes, nas palavras de seu ex-assessor Adolfo Sachsida. O discurso é que a Petrobras será uma empresa rentável, “perene” (nova máxima nessas mesas de negociação), que investe em refino, dialoga com o exterior e com investidores interessados no longo prazo.

    Quando se argumenta com o risco de perda de valor da companhia e até de desabastecimento, caso a decisão de vender combustível internamente abaixo do preço internacional leve a uma defasagem muito grande, a resposta colhida é que o governo não será irresponsável e que, mesmo com o anúncio do fim da política de paridade internacional, a empresa tem ganhado valor nos últimos meses.

    Na Petrobras, Lula vem praticando o que pretendia fazer no saneamento e na Eletrobras, mas até aqui não pôde em razão de as decisões concernentes às duas áreas terem sido chanceladas pelo Congresso: reafirmar a visão mais estatista da condução econômica, um tanto diferente da que Fernando Haddad vem procurando imprimir nas decisões da Fazenda, sobretudo as concernentes à política fiscal.

    São decisões que representam um “lado B” em relação às manifestações otimistas que bancos internacionais e agências de risco têm emitido sobre o Brasil. Todas enaltecem justamente o lado “pragmático” de um governo que não é liberal, mas vinha anunciando medidas no sentido do pragmatismo, tanto ao se mostrar fiscalmente comprometido quanto ao entender que as reformas liberalizantes levadas a cabo nos últimos anos — além das citadas acima, as reformas da Previdência, a trabalhista e a autonomia do Banco Central — são fatos consumados.

    Nas áreas em que ainda pode fazer prevalecer sua visão de desenvolvimento, Lula fará. Prates começou a entender como a banda toca e, depois de ser acusado por setores do governo e do PT de ter sido cooptado pela visão dos acionistas privados da Petrobras, parece disposto a rezar pela cartilha do presidente. Dançar conforme a música para não dançar, em resumo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não é permitido essa ação.