ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCIII

Negociatas e conveniências sepultam os termos éticos. As semelhanças são mera inveja dos que estão fora do ambiente de trocas

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24 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCIII”

  1. Miguel José Teixeira

    Meu BomJe! E. . .como sobreviveremos a isso?

    “Pela 1ª vez em 21 anos, Globo não terá mulher como autora de novelas em 2024”
    (+em: https://f5.folha.uol.com.br/televisao/2023/11/pela-1a-vez-em-21-anos-globo-nao-tera-mulher-como-autora-de-novelas-em-2024.shtml)

    PeloAmorDeDeus, janja! Revele logo para a gloBBBo, seus primeiros seis meses de viagens internacionais por conta do erário, em lua de mel com o lula!

    A PaTuleia irá à loucura!

  2. Miguel José Teixeira

    Não é nada, não é nada. . .dá quase 6 (seis) viagens por dia!

    “Mordomia abusiva: somente este ano, já são 1.765 voos em jatinhos da FAB”
    (Cláudio Humberto, Diário do Poder, 02/11/23)

    Ministros de Lula, presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal (STF) e comandantes militares abusaram da mordomia dos jatinhos FAB, realizando 1.765 voos desde o início do ano. Os presidentes das casas legislativas, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, usaram aeronaves oficiais por 217 vezes. O governo mantém sigilo sobre voos do presidente e da primeira-dama. Flávio Dino (Justiça) é o ministro que mais usa a mordomia: até agora, desde a posse, ele viajou 85 vezes.

    Só governistas
    A)penas os ministros do governo foram responsáveis por 1.403 do total de voos de jatinhos até outubro, a mais recente atualização da FAB.

    Luxo fácil
    Os jatos do Grupo de Transporte Especial da FAB ficam à disposição das autoridades, que apenas reservam o voo e determinam os passageiros.

    Na outra ponta
    Anielle Franco (Igualdade Racial) viralizou após ir a um jogo de futebol em jato da FAB, mas é das ministras que menos usa o mimo: nove voos.

    Hábito rápido
    O presidente do STF, Luis Roberto Barroso, tomou posse no início de outubro, mas antes de o mês acabar já havia realizado 11 voos da FAB.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/mordomia-abusiva-somente-este-ano-ja-sao-1-765-voos-em-jatinhos-da-fab)

    Pátria mamada Brasil!

  3. Miguel José Teixeira

    Sossega, “lambisgóia das araucárias”! O presidente da CPI da CLDF é, nada mais nada menos, que o “pioco da casa do espanto”. . .

    “PT e Planalto temem relatório final da CPI da Câmara Legislativa sobre 8 de janeiro”
    (Ana Maria Campos, Eixo Capital, Correio Braziliense, 01/11/23)

    O Palácio do Planalto e a cúpula do PT estão preocupados com o relatório da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa. A CPMI do Congresso apontou a responsabilidade de Jair Bolsonaro e pediu o indiciamento do ex-presidente, além de militares do governo anterior próximos a ele, como o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa general Walter Braga Netto; o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno; o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência general Luiz Eduardo Ramos; e o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid. No total, o relatório pede o indiciamento de oito generais das Forças Armadas. Na CPI da Câmara Legislativa, não haverá o indiciamento de Bolsonaro e há risco de sair a responsabilização do general Gonçalves Dias, conhecido como general G. Dias. Imagens divulgadas mostraram o militar caminhando no Palácio do Planalto no dia da invasão e depredação. Ele era o chefe do gabinete de Segurança Institucional do governo Lula e tem relação de confiança com o presidente. Atuou na segurança pessoal de Lula durante seus primeiros mandatos, entre 2003 e 2009, como secretário de Segurança da Presidência da República. Na campanha eleitoral de 2022, G. Dias voltou a colaborar na segurança de Lula.

    Orientações do comando do PT
    Para tratar dessas questões, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, convocou uma reunião com a bancada do partido na Câmara Legislativa, que deve ocorrer nesta sexta-feira. Gleisi quer uma conversa especialmente dirigida ao deputado Chico Vigilante, presidente da CPI dos Atos Antidemocráticos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/11/01/interna_cidades,391357/eixo-capital.shtml)

    . . .que é, nada mais nada menos, que “cumpadre” de 2 ex presidiários da corja vermelha!

    Portanto, tudo em quadrilha!

  4. Miguel José Teixeira

    Preocupantemente, preocupante!

    . . .”Por falta de informação e de conhecimento, ou preguiça de pensar, deixamos que outros pensem por nós.”. . .

    “Hora de pensar”
    (Alexandre Garcia, Correio Braziliense, 01/11/23)

    Domingo último foi Dia Nacional do Livro. O genial Castro Alves escreveu: “Ó bendito o que semeia livros a mancheias/ e manda o povo pensar”. Há 150 anos o poeta sentia a necessidade de mandar o povo pensar e, em consequência, buscar informação e conhecimento. O povo pensar é essencial para que ele exerça o poder que dele se espera se o regime for democrático, em que “todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”, como estabelece o primeiro artigo da Constituição. Povo que pensa, elege bons representantes; povo que pensa fiscaliza seus representantes; povo que pensa não permite que seus representantes ou seus servidores se desviem de seus deveres; povo que pensa não permite que quem não tem representação do voto vá além de seus limites; povo que pensa não se deixa enganar por falsos rótulos, falsas verdades, falsos arautos.

    Se estamos satisfeitos com a segurança pública, com nossas cidades, com os nossos políticos, com nossa perspectiva de futuro para nós, nossos filhos ou netos, então talvez seja porque nos alienamos e estamos à espera da mão divina para nos trazer um país melhor. Anteontem fez um ano que Lula foi eleito presidente. Suponho que seus eleitores pensaram antes de votar, pensaram mil vezes antes de votar e se informaram, para exercer a pesada responsabilidade do voto. Suponho que saibamos do peso de nossas decisões nas urnas e que pensamos muito antes de dar o voto aos nossos representantes nos governos e legislativos. Não sei se os deputados, vereadores, senadores também são pessoas que pensam a respeito do que eles representam e no que se espera deles. Não consigo imaginar o que pensam os ministros do Supremo quando lêem a Constituição ou recordam as aulas de Direito que frequentaram.

    Parece que vamos vivendo uma ficção bem acima da realidade; e a realidade fica embaixo do tapete da alienação que insiste em esperar a salvação vinda de fora de nós. Não existe essa salvação, a não ser aquela que construirmos. Não será Deus nem os marcianos, nem a ONU. O crime tomou conta do Rio de Janeiro porque os cariocas ficaram esperando uma salvação. Ou houve omissão ou concordância por décadas e o crime foi se consolidando, a ponto de criar territórios próprios. E esses territórios vão estar maiores nos anos que vierem. Para um território gigantesco, a Amazônia, damos as costas, como se estivesse muito além de Gaza. Nessa parte tão rica do Brasil com milhares de ONGs estrangeiras, uma CPI está a nos alertar que com o tempo vamos ser surpreendidos e perder metade do nosso país. Nosso umbigo nos prende num cordão ainda não cortado. Não nos interessamos nem pelo ensino, pelas escolas que formam o futuro, e o atraso se amplia. E, logo, estaremos em busca do futuro perdido.

    Por falta de informação e de conhecimento, ou preguiça de pensar, deixamos que outros pensem por nós. E temos um 1984 de Orwell com o “Grande Irmão” esperando para tomar conta de nossas liberdades, apenas para nos usar. O teste da pandemia mostrou como não pensamos, e aceitamos até o absurdo de que “esta doença não tem tratamento”. E fomos morrendo por causa de uma mentira repetida, ensinada pelo nazista Goebbels. Mais do que nunca, é preciso pensar que a verdade vos libertará, do Evangelho de João, que o jovem Castro Alves resumiu em mandar o povo pensar. O futebol, o samba, a praia, podem trazer alegrias. E elas podem ser anuladas pela falta de direitos e liberdades. Imagino variantes para Descartes: Penso, logo sou cidadão. Sou cidadão, pois penso.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2023/11/01/interna_brasil,391342/hora-de-pensar.shtml)

  5. Miguel José Teixeira

    Quem mesmo presidiu o Conselho de Segurança da ONU no mês do fracasso?

    “Fracasso atrás de fracasso”
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 01/11/23)

    A Organização das Nações Unidas (ONU) não teve força nem para conter a guerra na Ucrânia nem tampouco para conseguir um cessar fogo entre Israel e o Hamas. O Conselho de Segurança, conforme avaliam os diplomatas, perdeu sua capacidade de negociação. As guerras não têm prazo para acabar.

    Hein? O CS/ONU no mês de outubro estava acéfalo?

  6. Miguel José Teixeira

    Eleições 2024: o divisor de águas!

    Extratos da Coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg, Correio Braziliense, hoje:

    “Se quiserem as emendas, votem”
    A reunião do Conselho Político do presidente Lula deixou claro que haverá deficit fiscal e, agora, é preciso cuidar do tamanho desse rombo nas contas públicas, de forma a evitar corte de despesas no Orçamento de 2024. Nesse contexto, o presidente e seus ministros deixaram claro que esperam dos partidos a aprovação das propostas que o Planalto encaminhou ao Congresso para ampliar a arrecadação. Especialmente, a Medida Provisória 1185, que tem resistências na Câmara.

    O governo, porém, foi incisivo, conforme relato dos líderes: não pretende cortar nada em 2024, mas, sem receita adicional, todos sabem que, se a tesourada for necessária, as emendas ao Orçamento sempre acabam ficando para depois. E, num ano eleitoral, ninguém deseja ficar a ver navios quando o assunto é dinheiro para as bases políticas.

    “Agora vai”
    Dada a presença maciça dos líderes aliados na reunião do Conselho de Lula — inclusive o do PP, doutor Luizinho —, a frente ampla que o presidente prometeu formar na campanha está consolidada. Ou seja, agora é aprovar as medidas que faltam.

    “Sensação geral”
    Líderes aliados de Arthur Lira (PP-AL) acreditam que o momento é de aprovar as pautas do governo até o final do ano. A guerra ficou para a eleição de 2024.

    “Onde mora o perigo”
    No primeiro governo Lula, deu tudo certo até a eleição municipal de 2004. Ali, que surgiram o mensalão e as primeiras rusgas.

    Periga a “caravana do retrocesso” não chegar lá. . .

  7. Miguel José Teixeira

    13 na cabeça!

    “O jogo da meta fiscal”
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 01/11/23)

    “Cada um tem a sua: a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é zero, a do ministro da Casa Civil, Rui Costa (foto), é 0,5% e a do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) é 0,8%. Pelo menos, foi isso que ele defendeu na Comissão de Constituição e Justiça para quem quisesse ouvir.”

    E o aritmético Matutildo calcula:
    0 + 0,5 + 0,8 = 0,13

    Matutando bem. . .
    Lula está correto! Quem quer ser defenestrado não precisa atentar para a meta fiscal!

  8. Miguel José Teixeira

    UAU!!! A “lambisgóia das araucárias” foi promovida!!!

    “Gleisi, a garota de recados de Lula”
    (Redação O Antagonista, 31/10/23)

    A Folha revela, na edição desta terça-feira, 31, que Lula tem usado a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para mandar recados tanto ao mercado quanto para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e a sua militância.

    “Gleisi tem a função de liderar o enfrentamento a questões caras para o partido, como nas discussões de controle de gastos públicos, e em temas políticos mais sensíveis, seja sobre a relação entre Poderes ou mesmo sobre a guerra entre Israel e o Hamas”, informa o jornal.

    “É raro haver desentendimento entre Lula e Gleisi, afirmam integrantes do PT. Eles costumam pensar de forma alinhada e constantemente se falam para compartilhar suas visões e avaliações da política”, acrescenta a Folha.

    De fato, Gleisi sempre foi uma espécie de garota de recados do Lula. O que surpreende é que, apenas agora, parte da imprensa deixou isso claro para o leitor.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/gleisi-a-garota-de-recados-de-lula/?utm_medium=email&_hsmi=280690029&_hsenc=p2ANqtz-_EclRq0q4OF4YUTfEuNz0eo9vGVPjUPZ2U-p_ET8JawNQLgUIGLJbbJbJwK1A8vwUPiigNvpU_VZrv78gxdWJ6DTXpiw&utm_content=280690029&utm_source=hs_email)

    Só pra PenTelhar:
    Te cuida, janja! A Rosemary Noronha pode entrar no circuito!

  9. Miguel José Teixeira

    Lembrando que a anta mor está presidindo o banco do BRICs

    “Problema não é matar um leão por dia, é desviar das antas, diz Mercadante sobre BNDES; veja vídeo”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2023/10/problema-nao-e-matar-um-leao-por-dia-e-desviar-das-antas-diz-mercadante-sobre-bndes-veja-video.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)

    Só pra PenTelhar:
    Afinal o MERcaDAnte é presidente do BNDES ou zelador de zoológico?

  10. Miguel José Teixeira

    A nossa Bela e Próspera Pomerode, arrebata até os vikings!

    . . .”O Morro Azul da Pomerode Alimentos homenageia um dos símbolos da cidade de Santa Catarina. Após passar por um processo de produção voltado para a retenção de umidade, ele é salgado e posteriormente envolto em um anel de madeira. É um queijo muito suave e muito cremoso, com notas amanteigadas e lácteas predominantes. Além da Super Ouro, a Pomerode levou duas medalhas de ouro, uma de prata e mais duas de bronze.”. . .

    “Noruega ganha ‘Oscar dos queijos’ e Santa Catarina produz o melhor latino”
    (Juliana Simon, Editora do UOL, 30/10/23)

    O queijo Nidelven Bla foi escolhido o melhor do mundo pelo World Cheese Awards 2023, considerado o Oscar dos queijos. O Brasil também trará medalhas para casa e teve o Morro Azul, da Pomerode Alimentos, eleito o melhor da América Latina.

    A base de leite de vaca, o queijo azul suave campeão do mundo é maturado por seis a nove meses em uma fazenda no centro da Noruega, a duas horas da cidade de Trondheim e foi batizado com o nome do rio que atravessa o distrito de Trondelag…

    O Nidelven Bla já é produzido há três gerações e hoje a produção da Gangstadt Gardsysteri é comandada pelo casal Maren e Ole Gangstadt.

    É a terceira conquista deste queijo na competição: em 2019 foi escolhido o melhor queijo norueguês e em 2020, ganhou a Super Ouro.

    Brasil melhor latino
    O Morro Azul da Pomerode Alimentos homenageia um dos símbolos da cidade de Santa Catarina. Após passar por um processo de produção voltado para a retenção de umidade, ele é salgado e posteriormente envolto em um anel de madeira. É um queijo muito suave e muito cremoso, com notas amanteigadas e lácteas predominantes. Além da Super Ouro, a Pomerode levou duas medalhas de ouro, uma de prata e mais duas de bronze.

    Além da Pomerode, mais queijarias brasileiras ganharam medalha:
    Bela Fazenda, de São Paulo (1 ouro, 1 prata, 1 bronze);
    Laticínios Paiolzinho, de Minas Gerais (2 prata);
    Vigor Alimentos, de São Paulo (1 prata, 2 bronze);
    Queijo com Sotaque, de Santa Catarina (1 prata, 1 bronze); (a)
    Casa da Ovelha, do Rio Grande do Sul (1 prata);
    Laticínios São João, de Santa Catarina (1 prata, 1 bronze); (b)
    Serra das Antas, de Minas Gerais (2 bronze);
    Queijaria Alpina, de Goiás (1 bronze); e
    Queijos Perosa, de Santa Catarina (1 bronze). (c)

    A competição
    Realizada há 35 anos, a World Cheese Awards de 2023 aconteceu na última sexta em Trondheim.

    (Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/noticias/redacao/2023/10/30/noruega-ganha-oscar-dos-queijos-e-santa-catarina-produz-o-melhor-latino.htm#:~:text=Nossa%20Cozinha-,Noruega%20ganha%20'Oscar%20dos%20queijos'%20e%20Santa,Catarina%20produz%20o%20melhor%20latino&text=O%20queijo%20Nidelven%20Bla%20foi,o%20melhor%20da%20Am%C3%A9rica%20Latina.)

    (a) Paulo Lopes-SC
    (b) São João do Oeste-SC
    (c) Iraceminha-SC

    O que falta para nós, Catarinenses, deixarmos de ser o zero da rodovia que corta a região Sul?
    Simples! Basta elegermos políticos comprometidos com nosso potencial!

  11. Miguel José Teixeira

    E a pergunta desse fatídico dia das bruxas:

    Qual foi o montante do repasse ilegal, suposta ou provavelmente, feito pelo governo federal para o MST, pelo fornecimento de 2 toneladas de alimentos que foram enviadas para Gaza?

    Com a palavra, os senhores parlamentares!

  12. Miguel José Teixeira

    Efeito da “prorrogação janja”!

    . . .”É impressionante como os deslizes verbais do presidente Lula são capazes de mexer com o humor dos investidores.”. . .

    “Ninguém mais acredita na possibilidade de deficit zero em 2024”
    (Amauri Segalla, Mercado S/A., correio Braziliense, 31/10/23)

    Depois da desastrada declaração do presidente Lula sobre a dificuldade do Brasil para cumprir a meta de deficit zero — ou seja, o equilíbrio nas contas públicas — em 2024, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convocou uma entrevista para supostamente acalmar os ânimos do mercado. Ele, contudo, colocou mais lenha na fogueira. O que chamou a atenção em Haddad foi a tentativa de dar alguma conotação razoável para o que o presidente disse. O ministro enrolou-se e até subiu de tom quando questionado de forma mais incisiva. Na verdade, ficou claro para todos que existem duas metas diferentes, uma na cabeça do presidente — certamente a que vale — e outra na visão imaginária da equipe econômica. Em Brasília, ninguém mais acredita em deficit zero no ano que vem, o que dependia essencialmente de um aumento significativo de arrecadação ou do corte de despesas, mas, nesse último caso, não há qualquer disposição do governo. Resta saber o tamanho do rombo que o país terá no próximo ano.

    Bolsa cai com aumento de incertezas fiscais
    A entrevista de Fernando Haddad só piorou o humor do mercado financeiro. Ontem, o Ibovespa fechou com queda de 0,68%, descolando-se do movimento positivo verificado nas bolsas do exterior. O resultado doméstico negativo foi atribuído às declarações de Haddad, que não foi suficientemente enfático na defesa do equilíbrio fiscal. Sob diversos aspectos, Lula trouxe de volta as incertezas que haviam sido dissipadas nos últimos meses. Recuperar a confiança costuma demorar.

    Mercado espera que Selic vá para 12,25% ao ano
    O descumprimento da meta fiscal em 2024 coloca pressão na decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central, que se reúne amanhã para decidir a nova Taxa Selic. Para a maior parte dos analistas, contudo, a piora da percepção do mercado a respeito do compromisso fiscal do governo não será suficiente para fazer o BC mudar a direção do ciclo monetário. A expectativa do mercado é que haja redução de 0,5 ponto percentual da taxa básica de juros. Com isso, ela chegaria a 12,25% ao ano.
    É cedo para apostar em um cenário de crise

    É impressionante como os deslizes verbais do presidente Lula são capazes de mexer com o humor dos investidores. Nos últimos dois dias, grupos de WhatsApp focados em investimentos foram inundados por críticas ao governante petista. Mais do que isso: o temor é de que, sem o cumprimento da metas fiscais, a economia desande, levando a um cenário de inflação em alta e PIB em queda. Em tempo: gestores mais sensatos dizem que é precoce apostar em um cenário de crise.

    Há muita água para rolar.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/10/31/interna_economia,391308/mercado-s-a.shtml)

  13. Miguel José Teixeira

    Na medida em que os anéis vão se acabando, e, para poupar os 9 dedos, a solução é criar mais um “cabidódromo” para “nossos representantes” “se-digladiarem-se”!

    . . .”Governo já conta com a ANP, mas quer criar mais uma estrutura para fiscalizar o setor e assegurar o abastecimento do país. Segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, inspiração é o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).”. . .

    Novo órgão para garantir baixa nas bombas
    (Victor Correia, Caderno Economia, Correio Braziliense, 31/10/23)

    Integrantes do governo federal reconheceram, ontem, que há dificuldade em garantir que os cortes nos preços de combustíveis nas refinarias cheguem ao consumidor. Para atacar o problema, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a criação de um órgão de fiscalização para o setor, nos moldes do que existe no sistema de produção e distribuição de energia elétrica. O Operador Nacional do Sistema de Distribuição de Combustíveis será criado por meio de projeto de lei que está sendo finalizado pela pasta e será encaminhado ao Congresso Nacional. A ideia é que governo e iniciativa privada atuem em conjunto, como ocorre no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

    Para o ministro, a Agência Nacional do Petróleo (ANP) possui “limitações” para fiscalizar a cadeia de combustíveis e para identificar irregularidades. “Queremos que ele (o Operador) seja complementar à ANP, assim como o ONS é complementar à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a fim de que a gente possa ter a segurança de que, toda vez que a Petrobras ou outro fornecedor baixar o preço, que esse preço chegue ao consumidor”, disse Silveira, em Belo Horizonte.

    O ministro participou, na capital mineira, do 1º Encontro de Óleo, Gás e Biocombustíveis para o Fortalecimento da Cadeia de Produção Industrial e Comercial. Também presente no evento, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, frisou que a redução no preço das bombas com o último reajuste da estatal, em 21 de outubro, ficou aquém do esperado pelo governo. Segundo dados divulgados pela ANP na semana passada, a queda no preço médio da gasolina nos postos foi de R$ 0,05, contra R$ 0,09 de redução esperada pela Petrobras.

    Prates, porém, evitou apontar os responsáveis por os cortes não chegarem aos consumidores e argumentou que a cadeia do combustível não é formada apenas pela Petrobras. Existem casos, por exemplo, de cartéis formados por postos, que se unem para determinar os preços praticados pelo grupo — o que é proibido por lei. Já as distribuidoras, muitas vezes, represaram os cortes praticados pela petroleira.

    Segundo Silveira, com o Operador Nacional será possível fortalecer a fiscalização do repasse dos cortes, bem como dos tributos pagos pelo setor. Também caberá ao órgão combater a adulteração de combustíveis e assegurar o abastecimento do país. O ministro afirmou que não faltaram tentativas para reduzir o preço nas bombas. “Não foram menos de uma dezena de reuniões entre nós, a Petrobras, o ministro da Justiça, o Cade, para garantir que a baixa de preços nas refinarias chegasse ao consumidor. Mas entendemos que temos que dar um passo à frente”, frisou.

    De acordo com levantamento semanal da ANP em postos de todas as capitais do Brasil, a gasolina mais barata na última semana (de 22 a 28 de outubro) era encontrada em São Luís, onde o preço médio de revenda foi de R$ 5,03 por litro. O maior valor foi observado em Rio Branco — R$ 6,62. A média nacional foi de R$ 5,69.

    Para o presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, os preços têm oscilado nas últimas semanas, o que é resultado da forte competitividade do mercado. “O mercado é competitivo. Ele baixa o preço e, quando vê que não suporta mais vender a preço de custo, ele volta, sobe, e tenta ter uma margem”, afirmou. (Colaborou Raphael Pati, estagiário sob a supervisão de Odail Figueiredo)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/10/31/interna_economia,391292/novo-orgao-para-garantir-baixa-nas-bombas.shtml)

  14. Miguel José Teixeira

    Acabou de sair do prelo!

    “Mapa Estratégico da Indústria defende economia de baixo carbono”
    (Samanta Sallum, al S/A., Correio Braziliense, 31/10/23)

    O Brasil precisa dar um salto de 11,2% em sua taxa de recuperação de resíduos ao longo dos próximos dez anos, se quiser avançar rumo a uma economia de baixo carbono. A constatação está no Mapa Estratégico da Indústria 2023-2032, lançado pela CNI para traçar formas de tornar a indústria mais verde e mais digital. “Essa transição para a economia circular requer a implementação de um conjunto de medidas, como marcos regulatórios, investimentos e estímulos à pesquisa e inovação”, explica Davi Bomtempo, gerente-executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI.

    Conheça o MEI 2023-2032 em:

    https://static.portaldaindustria.com.br/media/filer_public/72/6f/726fb5bf-9f5a-407b-a3c2-6425152afa43/mapa_estrategico_cni_2023_2032.pdf

  15. Miguel José Teixeira

    Em tempos de intermináveis “sofrências”, uma entrevista com o Zé pode nos ajudar!

    “Conversa com Zé Ramalho”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, Correio Braziliense, 31/10/23)

    Durante um mês, todos os dias, fiz o trajeto, de ida e volta, do Plano Piloto a Luziânia, para visitar meu sogro no hospital. Sempre ouvia um álbum duplo de Zé Ramalho. Depois das viagens, cheguei à conclusão fulminante de que Zé Ramalho tem uma obra que pode emparelhar com a de Caetano Veloso ou com a de Gilberto Gil, embora os baianos sejam mais badalados. Zé esteve recentemente na cidade para show no Funn Festival. Queria entrevistá-lo, mas, como ele não concede entrevistas, resolvi entabular uma conversa imaginária para homenagear o inspirado vate paraibano. Fala Zé!

    De onde você veio, afinal?
    Na pedra de turmalina e no terreiro da usina eu me criei. Voava de madrugada e na cratera condenada eu me calei. Se eu calei foi de tristeza, você cala por calar, e calado vai ficando só fala quando eu mandar.

    Como era o seu avô, que virou também pai, de que você fala na canção Avohai? O que ficou para você de marcante da imagem dele?
    Pares de olhos tão profundos que amargam as pessoas que fitar, mas que bebem sua vida sua alma na altura que mandar.

    Você andava sumido de Brasília. Onde você estava?
    Apenas apanhei na beira-mar um táxi pra estação lunar.

    O que você observa nas cidades?
    Nada vejo por esta cidade que não passe de um lugar comum, mas o solo é de fertilidade no jardim dos animais em jejum.

    Como lida com o sentimento de indignação contra o atraso dos poderosos e com desejo de transformação do país?
    Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão vizir, há tantas violetas velhas sem um colibri. Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de vênus.

    E, o povo, trocou os currais eleitorais de antigamente pelos currais eletrônicos virtuais? Agora, é o povo que pede para ser escravizado e ainda agradece?
    O tempo do homem, a mulher, o filho, o gado, o novilho urra no curral, vaqueiros que tangem a humanidade em cada cidade em cada capital. Ê vida de gado, povo marcado, povo feliz.

    Quando um frevo se torna um frevo mulher?
    É quando o tempo sacode a cabeleira, a trança toda vermelha, um olho cego vagueia procurando por um.

    Você é um menestrel apocalíptico. O que pode, por exemplo, acontecer com as mudanças climáticas que nos ameaçam?
    Se o teu amigo vento não te procurar, é porque multidões ele foi arrastar.

    Os delírios poéticos apocalípticos a que se entrega negam a realidade?
    Pode ser que ninguém me compreenda, quando eu digo que sou visionário, pode a Bíblia ser um dicionário, pode tudo ser uma refazenda, mas talvez a mente não me atenda, se eu quiser novamente retornar, para o mundo de leis me obrigar a lutar pelo erro do engano, eu prefiro um galope soberano, à loucura do mundo me entregar.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/10/31/interna_cidades,391296/cronica-da-cidade.shtml)

    https://www.youtube.com/watch?v=tRVQUfGBi9U

  16. Miguel José Teixeira

    Ora pois! A “bicha” é longa e a solução é tomar uma “pica” de calmante. . .

    . . .”A fim de responder a mais de 150 mil pedidos de legalização, país europeu muda forma de atendimento.”. . .

    “Portugal se mexe para brasileiros”
    (Caderno Brasil, Correio Braziliense, 31/10/23)

    Lisboa — A comunidade brasileira em Portugal não para de crescer, superando a marca de 400 mil neste mês, e mais de 150 mil esperam pela legalização no país. Os números surpreenderam o governo português, pela velocidade com que vêm crescendo. Especialistas apontam que o total de brasileiros vivendo em território luso poderá passar de 1 milhão nos próximos cinco anos.

    Os dados mais recentes sobre a população brasileira em Portugal coincidem com o fim do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), cujas atividades foram divididas entre vários órgãos. A parte policial e de fiscalização de portos, aeroportos e fronteiras do país ficou com a Polícia de Segurança Pública (PSP) e com a Guarda Nacional Republicana (GNR). Já a condução de processos envolvendo estrangeiros será feira pela Polícia Judiciária.

    A parte que mais interessa aos brasileiros e aos demais imigrantes cabe, desde ontem, à Agência para a Integração, Migrações e Asilo (Aima). É ela, em conjunto com os Institutos dos Registros e do Notariado (IRN), os cartórios locais, que tratará das documentações dos que desejam morar, trabalhar e estudar no país europeu.

    E a agência já começa a operar com uma enorme fatura: 347 mil processos pendentes, a maioria, referente a autorizações de residência e a reagrupamentos familiares, quando algum cidadão autorizado a viver em Portugal deseja estender o benefício a familiares.

    A ministra-adjunta de Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, à qual a Aima está subordinada, diz que há casais com autorização de residência que não conseguem dar o benefício aos filhos por causa da burocracia. O resultado disso é que muitas crianças imigrantes não podem sequer estudar ou ter acesso ao sistema público de saúde.

    O trabalho da nova agência de imigração só tenderá a aumentar, sobretudo, a partir de março de 2024. Por uma razão simples: do dia 13 daquele mês em diante, começarão a vencer os vistos temporários de residência dados a cidadãos dos países da Comunidade de Língua Portuguesa (CPLP). Dos 199 mil documentos emitidos, cerca de 160 mil foram para brasileiros.

    União Europeia
    Esses vistos temporários, por sinal, abriram uma guerra entre Portugal e a União Europeia. No final de setembro, o bloco abriu um processo contra o país e deu dois meses de prazo para que o governo português explique as razões para as autorizações de residência aos cidadãos da CPLP e justifique os vistos temporários para a procura de empregos no país. Essas autorizações não permitem o livre trânsito pelos países da União Europeia, o Espaço Schengen.

    Com sérios problemas demográficos — a população portuguesa vinha encolhendo até 2019, quando voltou a crescer, graças, principalmente, à chegada de brasileiros no país —, Portugal tem facilitado a vida de imigrantes, em especial, a dos brasileiros, que, no entender do governo, são os que mais facilmente se adaptam à cultura do país, além de serem ótimos trabalhadores.

    Mas, ao mesmo tempo, há o medo de terrorismo na região. Por isso, a Comissão Europeia tem atuado para frear um pouco as ações do governo português. Os europeus não querem que Portugal seja uma porta de entrada liberada para extremistas.

    A nova agência de imigração nasceu com 34 balcões de atendimento espalhados pelo país. A promessa do governo é de abrir outros 10 postos no espaço de um ano. Além de investir pesado na digitalização dos serviços, especialmente para a renovação dos documentos daqueles que já estão regularizados, serão contratados mais 190 servidores. O orçamento inicialmente previsto é de 81 milhões de euros (R$ 446 milhões).

    A promessa do presidente da Aima, Luís Goes Pinheiro, é de promover um grande mutirão para reduzir as pendências no primeiro trimestre do próximo ano, com prioridade para o reagrupamento familiar. Hoje, há mais de 1 milhão de estrangeiros vivendo em Portugal, o correspondente a 10% da população.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/brasil/capa_brasil/)

  17. Miguel José Teixeira

    O que não é ruim é péssimo! E o que não é péssimo nem ruim é assombroso! (2)

    . . .”O pior dos mundos será uma coalizão do Centrão com a bancada do PT para anabolizar as emendas parlamentares ao Orçamento da União de 2024.”. . .

    “Um tiro abaixo da linha d’água no deficit zero”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, Correio Braziliense, 31/10/23)

    Se a vida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já era dura com a meta de deficit zero, ficou mais difícil depois que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu mão desse objetivo, jogando a toalha antes mesmo de começar o segundo tempo, porque essa meta era para 2024. Foi um tiro abaixo da linha d’água na blindagem da política econômica, cujo rombo Haddad tentou tapar, ontem, em entrevista coletiva, sem sucesso, porque não pode desdizer o presidente da República nem prometer o que ainda depende de o Congresso aprovar.

    Haddad evitou responder sobre uma nova projeção da meta fiscal para 2024. Nos bastidores, a equipe econômica agora trabalha para conter o deficit entre 0,5% e 1% do Produto Interno Bruto (PIB). Haddad minimizou o desgaste da equipe econômica, tentou responder, mas o maior problema são as interrogações que continuam abertas ao mercado. “A minha meta está mantida”, disse Haddad. Esqueceu ou não quis falar sobre deficit zero, disse apenas que pretende antecipar medidas previstas para 2024 para buscar o equilíbrio fiscal.

    Sustentar a meta de deficit zero era uma narrativa estratégica para conter a pressão por gastos do Congresso em ano eleitoral. E, também, sinalizar para o mercado a direção que se pretende seguir. Mesmo que a meta possa ser inatingível, abrir mão desse objetivo sinaliza frouxidão fiscal, o que já repercutiu no mercado, com alta dos juros futuros e do dólar. Também abre a porteira para a boiada das emendas parlamentares impositivas.

    Deputados e senadores querem abocanhar uma fatia ainda maior do Orçamento da União do próximo ano, com a introdução da chamada “emenda Pix”, proposta do relator da Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO), deputado Danilo Fortes (PP-CE). Significa a liberação automática das verbas das emendas impositivas, sem intermediação do governo federal. No Congresso, a lei da gravidade é reduzir impostos e aumentar os gastos, mesmo que a conta não feche. Se ninguém puxar para cima, o equilíbrio fiscal despenca.

    De certa forma, o presidente Lula jogou a equipe econômica aos leões. Haddad esteve com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para debater a aprovação do PLP 136/23, de autoria do governo federal, que aborda a reposição de perdas dos estados e municípios decorrentes das mudanças do ICMS dos combustíveis (LCPs 192/22 e 194/22) feitas no ano passado, durante o governo de Jair Bolsonaro.

    O PLP 136/23 consolidará a reforma do imposto interestadual, que passou a ser uniforme em todo o território nacional e a ter alíquota fixa (ad rem) para a gasolina e o etanol anidro (desde junho de 2023), e o diesel e o GLP (desde maio). O projeto tramita em regime de urgência, mas há divergências entre Fazenda, governadores, prefeitos e distribuidoras de combustíveis.

    Haddad pretende incorporar as cláusulas do acordo firmado no Supremo Tribunal Federal (STF) entre União, estados e municípios, com mediação do ministro Gilmar Mendes, na ADPF 984, para repor o caixa das unidades federativas que perderam receitas em decorrência das LCPs 192/22 e 194/22. O montante a ser pago chega a R$ 27 bilhões até 2025. Os repasses mensais aos municípios, nos próximos três anos, somam 25% (R$ 6,75 bilhões) desse total.

    Emendas anabolizadas
    Outras medidas que dependem de aprovação do Congresso são a reforma tributária, que voltou para a Câmara, e a taxação das aplicações em offshores, que seguiu agora para apreciação do Senado. Havia uma expectativa de que a mudança na direção da Caixa Econômica Federal (CEF) reduzisse as dificuldades do governo com a Câmara, mas as declarações de Lula fragilizaram Haddad, que agora terá que negociar com os líderes em mais desvantagem.

    Uma das razões do sucesso do Plano Real foi a blindagem da equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Pedro Malan, no processo de reformas administrativa, previdenciária e patrimonial, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e o então presidente da Câmara, Luiz Eduardo Magalhães (antigo PFL-BA). Blindagem política é vital para o sucesso de qualquer política econômica.

    A grande incógnita são as reais motivações de Lula. Se foi um “sincericídio”, diante das dificuldades reais para alcançar a meta, suas declarações têm uma dimensão negativa que pode ser corrigida por ele próprio e/ou pelas ações da Fazenda. Se é uma mudança de rumo na política fiscal, em atenção à cúpula do PT e ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, porta-voz de seus colegas na Esplanada, pode ser o começo de um grande desastre. Porque exacerbará as demandas de gastos e uma espécie de “meu pirão primeiro” generalizado.

    Sabe-se que há no governo atores que divergem da política econômica e que gostariam que o ministro da Fazenda fosse um economista do PT, como o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, ou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Naturalmente, a ambiguidade criada por Lula não contribui para o sucesso de sua própria política econômica. O pior dos mundos será uma coalizão do Centrão com a bancada do PT para anabolizar as emendas parlamentares ao Orçamento da União de 2024.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/10/31/interna_politica,391324/nas-entrelinhas.shtml)

    Oremos!

  18. Miguel José Teixeira

    O que não é ruim é péssimo! E o que não é péssimo nem ruim é assombroso!

    Eis a íntegra da coluna Brasília-DF, por Denise Rothenburg, no Correio Braziliense, hoje:

    O dado que preocupa
    O último relatório do Instituição Fiscal Independente deixou os investidores meio assustados com o que pode vir mais à frente na área econômica. Até aqui, segundo levantamento preliminar do IFI, as despesas primárias do governo cresceram 5,1% em termos reais de janeiro a setembro, em relação a 2022. E as receitas não acompanharam.

    A Instituição destaca as despesas previdenciárias, de pessoal e encargos, Bolsa Família, complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), compensação federal relativa ao piso da enfermagem, abono salarial e seguro-desemprego. Nos bastidores do mercado, há quem diga que o governo está gastando como se não houvesse amanhã. Uma hora, a conta vai chegar.

    Em tempo: na política, alguns aliados antigos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva começam a sentir um certo déjà vu na relação entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o da Casa Civil, Rui Costa. No primeiro ano do primeiro governo Lula, houve uma certa disputa entre Antonio Palocci, o então ministro da Fazenda, e o da Casa Civil, José Dirceu. Num cenário externo muito mais favorável do que atual, Palocci conseguiu controlar os gastos e segurar a relação dívida-PIB.

    Fernando Haddad está tentando fazer o mesmo. Afinal, se o fiscal sair do controle, avisam os especialistas, será difícil baixar as taxas de juros. Como o leitor da coluna já sabe, Rui Costa exerce o papel de pai do Programa de Aceleração do Crescimento fase 3 e puxa para os gastos. Lula, que lá atrás lastreava as ações da Fazenda, agora parece mais afeito ao PAC.
    E segue o baile.

    Fale agora…
    Na reunião do Conselho Político do governo, Lula quer fazer um balanço e agradecer o apoio até aqui e tentar segurar os vetos na semana que vem. Porém, será a chance de os líderes fazerem reivindicações.

    …ou cale-se para sempre
    As bancadas cobram dos líderes a liberação das emendas. O final do ano está logo ali e ainda falta muito para liberar. A maior reclamação é que o governo empenha — ou seja, teoricamente separa os recursos —, mas não paga. E ninguém quer deixar a sua emenda de 2023 para os restos a pagar do ano seguinte.

    Pacheco na lida
    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem recebido os relatórios do IFI, uma vez que a instituição está ancorada na Casa, defendeu a posição de Haddad em relação à meta fiscal. Foi considerado um bom sinal pelo mercado. Porém, se o governo não atuar para reduzir a despesa, a posição de Pacheco e quase nada serão a mesma coisa.

    Muito bem
    O discurso do chanceler Mauro Vieira no Conselho de Segurança da ONU ficou exatamente dentro do que pensa Lula. As Nações Unidas não podem passar a vergonha de não conseguir sequer aprovar uma resolução que condene essa guerra entre Israel e o Hamas.

    Brasil em debate I
    Depois do Forum Internacional Esfera, na semana do feriado de 12 de outubro, em Paris, agora será a vez do Forum de Integração Brasil Europa (Fibe) realizar uma maratona de dois dias de debates, em Lisboa e Coimbra. A capital portuguesa sediará as discussões sobre o conceito ESG (environment social governance). Em Coimbra, as discussões serão a respeito do futuro da tributação, com a presença, inclusive, do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas (foto).

    Brasil em debate II
    Os dois eventos contarão com a presença de diversas autoridades brasileiras, como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Mauro Campbell e dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e Cidades, Jader Filho. Participam, ainda, parlamentares como os deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Pedro Paulo (PSD-RJ), que relatou o projeto da taxação das offshores e dos fundos exclusivos, aprovado na semana passada.

    Sem líderes
    Muitos líderes partidários tiveram que ficar de fora do primeiro dia da programação do Fibe, por causa da reunião de hoje do Conselho Político do governo e não por causa das votações na Câmara. Aliás, a semana será de calmaria no Parlamento, por causa do feriado de quinta-feira.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/10/31/interna_politica,391291/brasilia-df.shtml)

    Oremos!

  19. Miguel José Teixeira

    “Nova Beatle song”
    (Irlam Rocha Lima, Correio Braziliense, 31/10/23)

    É bem provável que Now and then, a última canção dos Beatles, que vai ser lançada mundialmente sexta-feira próxima, às 16h30 (horário de Brasília), no canal do YouTube da banda, não possua o requinte melódico de All you need is love, Here comes the sun, Hey Jude, Let it be, Something e Yesterday.

    Mas a descoberta de uma nova Beatle song, por si só, é motivo de celebração, principalmente pelos beatlemaníacos. Composta e cantada por John Lennon, desenvolvida e trabalhada por Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, foi finalizada quatro décadas depois e lançada pela Apple Corps Ltda/ Capitol UMe. Um single duplo junta Now and then com Love me do, composição de estreia dos Fab Four no Reino Unido, em 1962.

    O enredo do Now and then começou no fim de 1970, quando John Lennon gravou uma demo com vocais e piano em seu apartamento no Edifício Dakota, em Nova York. Vinte e quatro anos depois, Yoko Ono entregou a gravação a Paul e Ringo, juntamente com os registros de Free as a bird e Real love, que foram concluídas como novas músicas dos Beatles e lançadas em singles em 1995 e 1996, como parte do projeto Beatles Anthology.

    Paralelamente, um documentário de Now and then — The last Beatles song, escrito e dirigido por Oliver Murray, chega depois de amanhã às plataformas digitais. O curta traz imagens exclusivas e comentários de Paul, Ringo, Harrison, Sean Ono Lennon e Peter Jackson. O trailer já está disponível no canal dos Beatles no YouTube.

    Tem mais: no dia 10 próximo, as coletâneas da banda de 1962-1966 e 1967-1970 serão igualmente lançadas em pacotes pela Apple/ Capitol. Essas coleções em vinil e CD, ao se juntarem a Now and then, abrangem toda a carreira da mais importante banda da história do pop rock.

    Esses lançamentos antecedem o show que Paul McCartney fará em Brasília, dia 30 próximo, no Estádio Mané Garrincha, ponto de partida da Got Back Tour por cinco cidades brasileiras. As outras são Belo Horizonte, São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.

    O astro inglês, ao anunciar a nova turnê pelo país, enviou uma mensagem para os fãs brasileiros: “Tenho boas notícias. Estamos voltando ao Brasil em novembro para tocar para vocês. Temos ótimas lembranças de todas as nossas visitas ao país. Eu amo ir ao Brasil porque vocês gostam de rock, de cantar e festejar ao mesmo tempo. Estamos muito animados. Vamos nos divertir muito!”.

    Boas vindas, Sir Paul!

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/10/31/interna_opiniao,391299/nova-beatle-song.shtml)

    https://www.youtube.com/watch?v=krIus0i9xn8

  20. Miguel José Teixeira

    Ave Maria. . .

    . . .”Tributarista aponta desproporcionalidade nos setores da indústria e serviço.”. . .

    “Ives Gandra prevê ‘brutal aumento’ da carga tributária com atual reforma”
    (Deborah Sena, Diário do Poder, 31/10/23)

    O tributarista e constitucionalista, Ives Gandra, afirmou que a atual reforma tributária, em curso no Senado, configura o “aumento brutal de carga tributária” e questionou a alegação de que a proposta simplifica o atual sistema, uma vez que “criaram três vezes mais dispositivos constitucionais” para versar sobre o tema.

    “Passamos a ter um projeto maior para simplificar aquilo que eles consideram complexo”.

    De acordo com o tributarista, o relatório entregue pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM) “procurou conciliar as diversas questões recebidas, mas aumentou o número de exceções, trazendo, a meu ver, ainda mais complicações. E todo o setor que não for excepcionado vai ter um brutal aumento de alíquota, um brutal aumento de carga tributária, excepcionados, evidentemente, o setor financeiro e a indústria”.

    Ainda segundo a avaliação de Gandra, o projeto atual cria desproporções entre o setor de serviços e a indústria. “A indústria vai poder deduzir todos os serviços que lhe forem prestados. Assim, sem as deduções, agro, comércios e o próprio setor serviços de pagarão a mesma alíquota cheia da indústria”.

    Para o renomado constitucionalista, o Congresso está “teorizando um sistema sem ter a aplicabilidade do sistema”, fator que, segundo ele, provocará o “caos dentro do sistema tributário”.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lsf-brasil/ives-gandra-preve-brutal-aumento-da-carga-tributaria-com-atual-reforma)

    Com a palavra, os doutos!

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