O CANDIDATO MARCELO BRICK SE DIZ “VÍTIMA DE UM JOGO SUJO”, MAS NÃO APONTA QUEM FAZ ISSO CONTRA ELE

Acuado e com a campanha comprometida nos apoios após ver explicitadas na Justiça Eleitoral supostas falhas na mudança de partido que fez além das incoerências de fatos e depoimentos de suas testemunhas, o vice-prefeito de Gaspar eleito pelo PSD e agora candidato a deputado estadual pelo Patriota, Marcelo de Souza Brick, foi às suas redes sociais, que as conhece e manobra tão bem, para desabafar:

“Mais uma vez estou sendo vítima de ataques falsos e mentirosos. Abomino o jogo sujo e não faço isso com ninguém. Esse tipo de ataque não melhora a vida das pessoas. Tudo isso só mostra que meu trabalho está no caminho certo e o Vale Europeu precisa de uma mudança de verdade”.

Marcelo, melhor orientado do que tudo que fez e escondeu até aqui, vendo que estava ficando isolado e as coisas estavam afundando, apenas saiu da toca e reagiu. Até na reação preferiu o padrão, o genérico e até certo ponto, o patético.

“Mais uma vez estou sendo vítima de ataques falsos e mentirosos”, afirmou ele na nota. Certo! Mas, quais foram os ataques anteriores que ele sofreu para o seu eleitor e eleitora possam entender exatamente que não é de hoje que o perseguem?

Acerta quando afirma que “abomina o jogo sujo”, mas erra quando diz que não faz isso com ninguém. São exatamente às promessas não cumpridas dentro do PSD regional, bem como as alianças que fez no passado e que deixaram feridas, que estão estimulando à busca de supostos erros no presente da sua nova filiação de oportunidade. E Marcelo sabe disso muito bem.

Realmente, “esse tipo de ataque não melhora a vida das pessoas”, mas Marcelo sabe que este não é o caso que está em discussão e que foi parar na Justiça Eleitoral. É um jogo de poder e espaço muito minado e conturbado. E neste caso, Marcelo parece ter brincado com a sorte e o parceiro dele de sempre, que está na foto acima colando adesivos com ele nesta campanha, o vereador Giovano Borges, PSD, é parte da culpa, do erro e da ira de terceiros.

Marcelo acerta mais uma vez quando diz que o “Vale Europeu precisa de uma mudança de verdade“, mas deixa dúvidas quando afirma que “tudo isso só mostra que meu trabalho está no caminho certo“. Primeiro qual foi mesmo o trabalho em favor do Vale Europeu até agora? E para Gaspar onde só se elegeu uma vez vereador (2013/16) e de lá para cá perdeu todas as eleições que participou, suportado deste então – e antes disso – por cargos públicos que ganhou de seus apoiadores por ser um político de carreira? 

Aliás, são estes favores que estão também por detrás ou que fomentam este questionamento na Justiça Eleitoral. Marcelo sabe disso também.

Segundo, e mais importante: Marcelo não conseguiu apontar quem supostamente está fazendo o jogo sujo contra ele. Era a hora de colocar as cartas na mesa e esclarecer tudo. Até nisso, falhou clamorosamente contra ele próprio. 

Por enquanto, não há jogo sujo. O que há é um questionamento jurídico e administrativo sobre a forma e a data da sua transferência de partido PSD para o Patriota, feito no escurinho. E é exatamente por falta de publicidade – que ele conhece tão bem para sempre estar na onda – e de transparência que promete se for eleito, as quais faltaram no momento desta transferência partidária e estão sendo questionadas. Ou seja, zero de perseguição. É a Justiça quem vai decidir.

E hoje é um dia decisivo para este julgamento. A Promotoria Eleitoral vai se pronunciar. É dela que virá a sorte de Marcelo, que ontem deixou a campanha e até gravações de entrevistas por aqui, para se desembrulhar no problema que ele próprio escolheu o tipo de embrulho e agora se diz vítima para não perder a pose. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Lamentável é que deputado candidato à reeleição da região tenha ido a aplicativo de mensagens, espalhar fake news sobre o caso do Marcelo de Souza Brick, Patriota, dando-o como já impedido nestas eleições. Isto mostra bem, o perfil e a qualidade do político.

Beira também o patético – para os candidatos e suas “assessorias”, é claro – a visita de candidatos às redações de jornais locais. Tudo por uma fotinho e um texto insosso.

Depois da vereadora de Gaspar Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos, ter a sua candidatura a deputado estadual pelo PP deferida pela Justiça Eleitoral, agora foi a vez do ex-prefeito de Gaspar de três mandatos e suplente de deputado, Pedro Celso Zuchi pelo PT. Marcelo está em agonia.

Aliás, um leitor deste espaço, ontem me enviou a coluna que editei no jornal Cruzeiro do Vale – quando ainda tinha coluna lá – do dia 11 de outubro de 2013 sobre o Marcelo de Souza Brick, Patriota. Relendo-a, nove anos depois, pareceu-me feita para hoje. Impressionante, como quase nada mudou. E esse pessoal se apresenta como o novo, a renovação, a…

A candidata Mara Lúcia Xavier da Costa dos Santos está sendo enganada dentro do seu próprio PP gasparense, ou então está fingindo que é candidata na cota de mulheres e preta. E ela é a que mais até agora ganhou dinheiro do Fundo Eleitoral dos três candidatos de Gaspar a deputado estadual.

Circulam nas redes sociais, ou seja, não é nenhuma invenção daqui como sempre acusam e não é segredo da cidade e da candidata, fotos do mais longevo vereador José Hilário Melato e pasmem, do presidente do PP de Gaspar, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, atual secretário de Obras e Serviços Urbanos, com compromisso à reeleição do funcionário da Epagri e ex-prefeito da pequena Sombrio, lá no sul do estado, José Milton Schaffer, PP. E no post está escrito “compromisso assumido” e foi no sítio do Edevaldo Rocha. Então…

Registro. O gasparense Paulo Norberto Koerich, que foi o Delegado Geral de Polícia do governador Carlos Moisés da Silva, Republicanos, e por isso, no rodízio, ocupou o cargo equivalente a secretário estadual de Segurança, voltou à titularidade da Delegacia de Polícia de Gaspar, onde mora.

Desde que saiu do governo do estado ele rejeitou várias indicações. Ele já tinha sido entre outras, Delegado Regional de Blumenau e integrante do Gaeco.

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3 comentários em “O CANDIDATO MARCELO BRICK SE DIZ “VÍTIMA DE UM JOGO SUJO”, MAS NÃO APONTA QUEM FAZ ISSO CONTRA ELE”

  1. EM LONDRES E NY SÓ HÁ RISCOS, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

    Fosse qual fosse o plano de Bolsonaro para o 7 de Setembro, a pesquisa do Ipec revelou que deu errado. Seja qual for o plano anexo às viagens a Londres e Nova York, tem tudo para dar mais errado. Em Londres, será recebido cordialmente, mas, para quase todos os chefes de Estado presentes ao funeral de Elizabeth II, ele será uma companhia radioativa. Ninguém ganha se aproximando dele.

    Isso em Londres. Em Nova York, na Assembleia Geral da ONU, a coisa piora. Os militantes de organizações ambientalistas crescem ao hostilizá-lo. Como deverá discursar, o que já seria ruim piora. Se ele repetir a retórica anterior, soprará as brasas de um eleitorado hostil à sua política ou ao seu triunfalismo irracional. Se abrandar a fala, ficará mal com os agrotrogloditas.

    Como disse Fernando Gabeira, diante dos números do Ipec “o jacaré bocejou”. No entorno de Bolsonaro sonhava-se com uma redução da distância entre ele e Lula. Aumentou.

    O 7 de Setembro de Bolsonaro queimou óleo. Não foi coisa dos marqueteiros, pois eles recomendavam moderação. O presidente aceitou o conselho, mas o capitão saiu da pauta com uma tirada vulgar, factualmente desmentida pelo próprio Bolsonaro numa entrevista à falecida revista Playboy, em 2011.

    Seus colaboradores explicam que ele às vezes é capaz de aceitar argumentos racionais, mas seu fusível queima em momentos de empolgação. Assim foi no 7 de Setembro com a vulgaridade. Mesmo que ela não tivesse acontecido, horas antes, no Alvorada, ele disse que 1964 “pode se repetir”. Sabendo que os presidentes são julgados pelo que fazem em pé, essa fala foi mais tóxica.

    Bolsonaro foi o único militar da reserva com patente de capitão que se elegeu presidente da República. Antes dele, dois oficiais-generais perderam três eleições. O brigadeiro Eduardo Gomes, duas vezes, e o marechal Juarez Távora uma. Nenhum dos dois contestou os resultados. Mais: nenhum dos dois fez isso antecipadamente.

    Como tal, 1964 não se repetirá em 2022. Admita-se um cenário apocalíptico. Bolsonaro perde a eleição, não aceita o resultado, e segue-se uma quartelada. E aí?

    Bolsonaro não é um Castello Branco, nem mesmo um Costa e Silva ou Emílio Médici.

    Castello colocou Roberto Campos e Octávio Gouvêa de Bulhões no comando da economia. Costa e Silva pôs Antonio Delfim Netto, e Médici manteve-o. Bolsonaro poria quem? Paulo Guedes?

    Em 1964, com Castello Branco subiu ao poder parte de uma elite conservadora conectada internacionalmente e respeitada no país. Seu ministério entrou em campo chutando para o gol. Castello exonerou o irmão que aceitou um automóvel de presente. Costa e Silva fritou-se quando seu sogro conseguiu uma aposentadoria esquisita. Os militares que fizeram 1964 tinham um projeto autoritário, porém modernizador.

    No Brasil do século XXI, com um presidente acicatado pelas “rachadinhas”, o caminho de 1964 não existe. Existe outro.

    Imagine-se um coronel audacioso disposto a romper com a elite que não o apoia, a encher a administração civil com militares amigos, sobretudo na estatal petrolífera, e com planos econômicos desconexos temperados por lances demagógicos. Ele existiu, chamava-se Hugo Chávez.

  2. Miguel José Teixeira

    Pois é. . .e os prefeitos não sabem de onde vão tirar os recursos para cobrirem os salários dos Profissionais da Enfermagem!
    Ora. . .pressionem o Congresso Nacional para extinguir as inúteis e dispendiosas câmaras de de vereadores.
    Alguém aí, precisa de vereador?
    Se alguém, em sã consciência, garantir a utilidade de um vereador, que banque seus polpudos salários!
    Alguém aí, já precisou de um Profissional da Enfermagem?

  3. Ontem a SESSÃO PLENÁRIA da Câmara municipal foi RELÂMPAGO 👀
    DUROU MENOS DE TRINTA MINUTOS 💸💸💸💸
    E teve DOIS vereadores saindo cedo 😱😱😱
    Todos na roupagem de cabo ELEITORAL de seus Representantes partidários.

    O conserto das GOTEIRAS nas CRECHES e ESCOLAS de Gaspar?
    O TREVO do loteamento ESCOTINI?
    O início das OBRAS DE DRENAGEM nos bairros Sete e Santa Terezinha?
    Apresentação dos trabalhos do “comitê” sobre o número de NOVAS VAGAS EM PERÍODO INTEGRAL NAS CRECHES do município?
    O problema da FALTA de MÉDICOS nos POSTOS de SAÚDE?

    NÃO, NADA DISSO É PRIORIDADE NA “LUTA” dos nossos (???) Representantes na Casa do POVO 👀

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