A charge de Gazo é explicitamente didática e isso é que todos no Brasil percebem e o governo do PT, Lula e da esquerda do atraso fica fulo quando exposto e de forma repetida. Impressionante como quem diz nos discursos de palanques proteger vulneráveis, mas no fundo, se não alimenta, fecha os olhos para o roubo institucionalizado por sindicatos e associações contra idosos pobres, doentes e analfabetos (não só digitais). E como um todo, os canais de contestações no governo, nunca funcionam a favor do cidadão, mas trabalham bem para cobrar impostos e descontos indevidos, cada vez mais altos e on line.(By Herculano)
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ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCCLVI

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Um espaço plural para debater as obscuridades e incoerências dos políticos, bem como à incompetência combinada com sacanagens dos gestores públicos com os nossos pesados impostos.
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69 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCCLVI”
Duas perguntas:
Quem é o tutor do “novo” presidente da CBF?
Será a CBF uma nova e potente “lavanderia” de dinheiro ilícito?
“Mateus, primeiro os teus”
“Lula volta a acusar Israel de “genocídio” em Gaza”
(+em: https://oantagonista.com.br/brasil/lula-volta-a-acusar-israel-de-genocidio-em-gaza/)
E. . .nenhum coaxo sobre:
“Guiana terá de aceitar soberania da Venezuela sobre Essequibo, diz Maduro”
(+em: https://oantagonista.com.br/mundo/guiana-tera-de-aceitar-soberania-da-venezuela-sobre-essequibo-diz-maduro/)
“A arte de mudar para deixar tudo como está”
– Políticos deveriam zelar pelo papel das instituições e deixar de olhar apenas para os próprios interesses.
(Nuno Vasconcellos, empresário luso brasileiro, Último Segundo, iG, 25/05/25)
A ideia de acabar com a reeleição para os cargos executivos e de fixar em cinco anos os mandatos de todos os políticos eleitos no Brasil já vinha circulando com tanta desenvoltura no Congresso que sua aprovação era dada como certa mesmo antes de ser levada à apreciação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Tanto isso é verdade que a Proposta de Emenda Constitucional que trata do assunto — apresentada pelo senador Jorge Kajuru(PSD) e relatada por Marcelo Castro(MDB) — foi aprovada com alguns ajustes, sem envolver polêmicas nem bate-boca entre a direita e a esquerda, em sessão na quarta-feira passada.
Não houve sequer a necessidade de contagem de votos. Todos estavam do mesmo lado. E é aí que o assunto começa a merecer atenção redobrada: sempre que um projeto dessa envergadura é aprovado sem discussões, sem divergências e sem consultas públicas, a sociedade pode ter certeza: os interesses dos políticos estão colocados à frente dos seus — o que não chega a ser uma novidade do Brasil.
A matéria, agora, será levada à apreciação do plenário. Se receber o apoio de pelo menos 54 dos 81 senadores — número que deverá ser superado sem dificuldade —, seguirá para a Câmara dos Deputados.
Ali também não deverá enfrentar maiores resistências. Aliás, é provável que o presidente da Casa, Hugo Motta(Republicanos), esteja ansioso, à espera de colocá-la em discussão. A verdade é que Motta tem se apegado a qualquer desculpa que encontre pela frente para tentar aliviar a pressão que vem recebendo desde que decidiu transformar a Mesa Diretora da Câmara numa espécie de despachante dos interesses do Executivo e do Judiciário junto ao poder Legislativo.
Sem se preocupar em esconder sua subserviência aos outros dois poderes, Motta tem resistido com todas as forças ao pedido de instalação da CPI desejada por toda sociedade para investigar o assalto bilionário aos aposentados do INSS. E, para completar, finge que o projeto apoiado por boa parte dos deputados, que pretendem anistiar os condenados pelas manifestações do dia 8 de janeiro, simplesmente não existe.
Desde que se sentou na cadeira de presidente, ele nada mais fez do que subordinar os interesses do Poder Legislativo (e, portanto, a sociedade que ele deveria representar) aos do Executivo e do Judiciário.
Fogueiras de São João
É lamentável, mas é a mais pura verdade. Motta não tem se mostrado à altura de presidir um poder que deve trabalhar em harmonia com os demais, como estabelece a Constituição, mas que não pode abrir mão de sua independência. Ele não perde a pose de autoridade, é verdade, mas age como se não passasse de uma ordenança do Executivo e do Judiciário. Só faz o que os outros poderes consentem que faça e não se cansa de ir atrás de pautas secundárias para dar a a impressão de que ele ainda tem algum poder.
Na semana passada, por exemplo, enquanto o Brasil cobrava uma atitude do Congresso em relação ao assalto ao INSS, Motta criou um Grupo de Trabalho que, segundo ele, terá 45 dias de prazo para elaborar uma proposta de Reforma Administrativa para o governo federal.
Sua Excelência deve ter se dado conta de que a sociedade, de fato, tem dado sinais de exaustão diante da qualidade lamentável do Serviço Público brasileiro — e que os cidadãos adorariam ter pelo menos a quem reclamar do péssimo atendimento que recebem toda vez que precisam recorrer ao Estado para qualquer assunto. Isso é verdade.
Acontece, porém, que a sinceridade da preocupação que o presidente da Câmara manifesta em relação à qualidade da administração federal cai por terra no momento em que ele tenta impedir com todo o poder da autoridade de seu cargo que a Casa investigue a roubalheira no INSS. Se ele estivesse minimante interessado cm melhorar a qualidade do serviço público, seria natural que desse preferência à solução do problema mais urgente, não é mesmo? Só que não.
O que o assalto aos aposentados tem a ver com a ideia da Reforma Administrativa? Ora, apenas uma questão de prioridade. Pensar em reformar toda estrutura do serviço público e, ao mesmo tempo, virar as costas para o problema agudo que, neste momento, incomoda ao país inteiro é o mesmo que, diante da descoberta de um vazamento no encanamento da cozinha, o proprietário de um imóvel deixe de providenciar o conserto do cano furado com a desculpa de que tem o plano de, um dia, por tudo abaixo e reconstruir a casa tijolo por tijolo.
Em tempo: o prazo de 45 dias que o presidente da Câmara estabeleceu para a conclusão da tarefa vence no próximo dia 6 de julho, um sábado. Acontece, porém, que o Congresso Nacional, como até carpete do Salão Verde sabe, não tem o hábito de pegar no batente no mês de junho, quando acontecem as festas tradicionais, dedicadas a Santo Antônio, São João e São Pedro na região Nordeste.
Será que a turma vai deixar de comparecer ao forró e às fogueiras que começam a arder já no próximo final de semana para cumprir a missão que foi dada por Motta?
Seja como for, se o prazo for mesmo cumprido, e sem qualquer discussão sobre a qualidade das propostas que vierem a ser apresentadas, Motta receberá os devidos pedidos de desculpas da coluna caso tenha algo a apresentar em julho, quando se inicia o recesso parlamentar. À primeira, à segunda e à terceira vistas, a possibilidade de que ele tenha algo a mostrar na data marcada, com toda sinceridade, é muito próxima de zero.
Num cenário como esse, receber do Senado um projeto como o que dispõe sobre o fim da reeleição e a alteração do tempo de mandato dos cargos eletivos, pode trazer um pouco de paz ao presidente da Câmara.
Isso, porém, não elimina as dúvidas em relação aos interesses que existem por trás do fim da reeleição e da unificação dos mandatos em cinco anos. Qual é, em primeiro lugar, a necessidade de lidar com esse problema justamente agora? Outra questão: o que existe de tão ruim no atual modelo que exija uma mudança tão profunda como a que está sendo proposta?
Deu tudo errado
Essas questões devem ser respondidas por etapas. Vamos lá: as eleições de 2026 darão início a um processo de mudanças que resultará, a partir do pleito de 2034, na coincidência de todos os mandatos eletivos do país. Isso mesmo: todos!
A ideia é que o presidente da República, os governadores e os prefeitos de todos os municípios brasileiros sejam eleitos para períodos de cinco anos — um a mais do que o mandato atual — e não tenham direito à reeleição. Os senadores, deputados federais, deputados estaduais e vereadores também terão mandatos de cinco anos — que, a exemplo do que acontece atualmente, poderão ser renovados nas eleições seguintes.
O único ponto controverso no texto original era o que estendia de oito anos para dez anos os mandatos no Senado. Alguns senadores de bom senso, como Carlos Portinho(PL), Eduardo Girão(Novo) e Jorge Seif(PL), alertaram para o efeito devastador que a aprovação dessa proposta teria sobre a opinião pública e propuseram que o mandato dos senadores, como os dos demais, fosse fixado em cinco anos. Felizmente, foram atendidos.
Pelos critérios de equalização previstos no projeto, os senadores eleitos em 2030 terão um mandato de nove anos. Em 2034, o mandato será de cinco anos. A partir de 2039, cada estado passará a eleger três senadores a cada eleição.
O projeto, à primeira vista, tem um objetivo nobre, sobretudo no que diz respeito aos cargos executivos. Ele parte do princípio de que o instituto da reeleição, aprovado em 1997, durante o primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, não deu certo.
A ideia que motivou a adoção desse critério partia do princípio de que um mandato de quatro anos era insuficiente para que o político apresentasse, aprovasse e executasse projetos relevantes — sendo necessário mais tempo para realizar tudo o que tinha sido prometido ao povo. Optou-se, então, por criar um mecanismo que desse ao eleitorado a oportunidade de avaliar o governo do presidente, dos governadores e dos prefeitos.
O eleito ganharia o direito de disputar a eleição seguinte e, se vencesse, poderia ficar mais quatro anos no poder. Seria uma espécie de teste de qualidade do mandato. Deu tudo errado. Desde que o mecanismo foi posto em prática, os políticos passaram a se preocupar mais com o próprio futuro do que com o futuro do país.
Ao invés de propor medidas estruturantes, como se espera dos governantes de um país onde há tanta coisa para fazer, os governantes eleitos, de um modo geral, se dedicaram a projetos populistas, superficiais e cada vez mais onerosos para os cofres públicos.
“A experiência acumulada em quase trinta anos de vigência da regra da reeleição não correspondeu às expectativas” , disse o relator do projeto, senador Marcelo Castro.
Votação do Orçamento
A ideia de fixar os mandatos do Executivo em cinco anos induz a uma renovação dos quadros políticos que é mais difícil no modelo atual e, a princípio, deve ser recebida como uma mudança positiva. Mas, mais importante do que o tempo do mandato é o uso que se faz dele. O problema da reeleição não é o tempo estendido do mandato, mas a forma como os políticos o exercem.
A pergunta a ser feita é: a culpa pelo fracasso da reeleição é do tempo de mandato ou da forma com que os políticos brasileiros o exerceram? A comparação óbvia, nesse caso, é com os Estados Unidos.
Desde a eleição de George Washington, em 1789, todos os presidentes do país foram eleitos para mandatos de quatro anos, com direito à reeleição. Até 1947, todos os presidentes poderiam concorrer a quantas eleições quisessem, mas o único que excedeu dois mandatos foi Franklin D. Roosevelt. Depois dele, cada presidente passou a ter direito a apenas dois mandatos, consecutivos ou não.
Por que um dispositivo que dá certo há mais de dois séculos nos Estados Unidos não resistiu a três décadas no Brasil? Por que a reeleição dá tão certo para eles e deu tão errado para o Brasil?
Todas as respostas aceitáveis para essa questão passam pela consistência do arcabouço institucional de cada um dos dois países. Nos Estados Unidos, as atribuições de cada um dos três poderes são nítidas e os governantes eleitos estão sujeitos a um acompanhamento atento de toda a sociedade.
Desde que cada um faça aquilo que tem a responsabilidade de fazer, a possibilidade de interferência de um sobre o outro é mínima e circunscrita a casos de desvios flagrantes da lei. O Legislativo americano serve para legislar, o Judiciário para cuidar das leis e o Executivo para tocar o governo.
Não existe por lá, por exemplo, a hipótese de que o Congresso deixe de aprovar uma lei simplesmente porque a Suprema Corte pode não gostar da decisão. O Legislativo americano tem poder diante dos demais. Mas, também, tem obrigações que podem se voltar conta ele se não forem cumpridas à risca. Um exemplo é o orçamento. Se a peça não for votada no prazo definido em lei, o governo simplesmente fica sem recursos para manter a máquina em funcionamento.
Isso mesmo. Sem autorização legislativa, o dinheiro não pinga nas contas de nenhum órgão público americano, nem do próprio Congresso. Como essa questão é levada a sério, os deputados e senadores de lá simplesmente não ousam fazer como os brasileiros, que tratam o orçamento federal apenas como uma formalidade que todo ano pode ser empurrada com a barriga e, no ponto de vista deles, parece destinada apenas a garantir que haja dinheiro para as emendas que eles apresentam. Nos Estados Unidos, eles discutem a questão a fundo e deliberam sobre um documento que é executado à risca pelo Executivo. Por aqui, vigora a farra que todo mundo conhece.
O sistema dos Estados Unidos é perfeito? Claro que não. Acontece, porém, que, em qualquer democracia que mereça ser chamada por esse nome, o respeito às instituições e aos limites de cada uma delas é pré-requisito para o exercício de qualquer função pública. Por lá, os políticos é que precisam adequar seus interesses às regras que regem o processo político. No Brasil, quando as circunstâncias e as regras do jogo deixam de atender às conveniências dos políticos, mudam-se as leis para que elas possam atendê-los.
Financiamento eleitoral
É aí que as razões que movem os políticos nessa história da unificação dos mandatos começam a ficar mais claras. Desde que o Legislativo renunciou ao poder de representar a sociedade e passou a se preocupar quase que exclusivamente em garantir seu poder de execução orçamentária (função que, em governos sérios, é exclusiva do Poder Executivo), a questão da duração dos mandatos do presidente, dos governadores e dos prefeitos tornou-se secundária (para não dizer irrelevante).
Isso mesmo! A preocupação com a duração de um mandato e com o prazo para a implantação de projetos de longo prazo só faz sentido num cenário em que as responsabilidades de uns não se misturam com as dos outros.
Na medida em que os deputados e senadores parecem preocupados exclusivamente em pôr a mão no dinheiro das emendas para financiar obras de pequeno porte em seus currais eleitorais, em financiar ONGs tocadas por seus aliados ou em participar da execução das emendas secretas — em que ninguém sabe o destino do dinheiro —, um ano a mais de mandato significa, na prática, um aumento de 20% no prazo que os detentores de mandatos legislativos terão para gastar dinheiro público para financiar seus próprios interesses.
Uma outra questão a ser observada nessa história é a das eleições e a da bolada que os partidos políticos recebem por meio dos indecentes Fundo Partidário e Fundo Eleitoral. A título de informação, a bolada no ano passado, quando houve eleições municipais, foi bem polpuda. Foram mais de R$ 4,9 bilhões do fundo eleitoral e mais ou menos R$ 1,1 bilhão do fundo partidário. Somem-se esses valores e o resultado R$ 6 bilhões, é muito parecido com o dinheiro que os fraudadores do INSS desviaram dos aposentados.
Se é assim, por que Suas Excelências, que, pelo regime atual, põem a mão numa bolada desse tamanho a cada dois anos, estariam preferindo fazer uma eleição a cada cinco anos?
Na opinião dos defensores da medida, a sociedade brasileira está cansada de viver em clima de eterna disputa eleitoral e o fim da possibilidade de reeleição fará com que os políticos passem a se preocupar com as obrigações do mandato conquistado ao invés de ficarem o tempo todo tomando medidas de caráter superficial e populista com os olhos voltados para o mandato seguinte.
Isso, claro, é verdade. O problema é que os políticos brasileiros — como se viu recente na votação da matéria que aumentou para 531 o número de deputados federais, que atualmente é de 513 — não demonstram a menor preocupação com o que a sociedade deseja ou deixa de desejar.
Eles são incapazes de aprovar uma única matéria que toque, ainda que superficialmente, em seus privilégios, e toda e qualquer decisão que tomam em relação aos critérios eleitorais e aos prazos de mandatos têm como único objetivo tornar para eles a situação mais fácil do que já é. Ou melhor: de promover mudanças que parecem profundas para, no final das contas, deixar tudo exatamente como está.
(Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/colunas/nuno-vasconcellos/2025-05-25/a-arte-de-mudar-para-deixar-tudo-como-esta.html)
O piNçador Matutildo, piNçou:
“A verdade é que Motta tem se apegado a qualquer desculpa que encontre pela frente para tentar aliviar a pressão que vem recebendo desde que decidiu transformar a Mesa Diretora da Câmara numa espécie de despachante dos interesses do Executivo e do Judiciário junto ao poder Legislativo.”
O Bedelhildo repiNçou”
“Desde que se sentou na cadeira de presidente, ele nada mais fez do que subordinar os interesses do Poder Legislativo (e, portanto, a sociedade que ele deveria representar) aos do Executivo e do Judiciário.”
E o Chatildo. . .
Se um bolsonarista incomoda muita gente, um ex bolsonarista incomoda muito mais!
“O que está ruim sempre pode piorar”
– PL da devastação e a hipótese de unificação de eleições engordam a lista de más notícias.
(Mary Zaidan, jornalista, no Blog do Noblat, Metrópoles, 25/05/25)
A maré não está para otimistas. Nem os incorrigíveis como eu, que se esforçam para crer em bonança depois da tempestade, têm conseguido escapar das tormentas destes tempos. Com um agravante: o que está ruim sempre pode piorar. Lá fora e por aqui. Não bastassem as intempéries externas – o insano extermínio de palestinos, a guerra de Putin na Ucrânia ou os desmandos do monstro laranja -, temos sido inundados por desvarios do Congresso, que, somados a derrapadas do Supremo e à incompetência governamental, acabam por afogar possibilidades de dias melhores. Provas disso são a aprovação do “PL da devastação” e a proposta disfuncional de unificação das eleições em curso no Senado.
Montados nos bilhões das emendas parlamentares – parte significativa delas na modalidade Pix e ainda sigilosas -, suas excelências na Câmara e no Senado mantêm o presidente Lula sob rédeas curtas. Ocupam ministérios sem dar apoio ao governo; aprovam o que querem quando querem e do jeito que querem, com número e força para derrubar eventuais vetos.
Será assim, por exemplo, com a Lei Geral de Licenciamento Ambiental, aprovada no Senado na semana passada, que escancara a porteira para todo tipo de boiada, garimpo e desmatamento ilegais. De uma só vez, a proposta, que ainda terá de ser submetida ao escrutínio da Câmara, destroi anos de luta preservacionista, fazendo o Brasil voltar décadas no marco ambiental a poucos meses da realização da COP30 no Pará. Um desastre. E se Lula vetar, mesmo parcialmente, derruba-se o veto.
Não por acaso, o Senado reavivou a unificação dos pleitos eleitorais, aprovando na Comissão de Constituição e Justiça uma proposta de emenda constitucional que proíbe reeleição e fixa mandatos de cinco anos para todos os cargos eletivos, com um único dia para o eleitor ir às urnas. Fora de hora e de lugar, visto que o país tem carradas de outras urgências, a proposta do senador Jorge Kajuru (Podemos-SP) é quase idêntica à do ex-deputado Ernandes Amorim (PTB-RO), apresentada em 2009 na Câmara, que abriga mais de 10 projetos do mesmo teor.
Cabe questionar os motivos da volta do tema à pauta quando não há qualquer clamor em torno dele. Talvez seja por pura tergiversação. Por um lado, discutir reeleição e duração de mandatos pode funcionar como diversionismo. Tanto para o governo, espremido pela impopularidade e acuado pela hipótese de uma CPMI sobre os desvios no INSS, quanto para os congressistas, na mira pela farra de emendas e de tretas apuradas pela PF, algumas delas já na agenda do Supremo. Por outro, vale a máxima “quem está no poder quer mantê-lo”, e, embora a justificativa da PEC seja a alternância na representação, o objetivo maior é perpetuar o poder do político ou de seu grupo.
Ao unificar as eleições e estabelecer mandato de cinco anos, confundem-se as atribuições dos diferentes níveis de governo, que já não são claras para boa parte das pessoas, e cria-se um vácuo de tempo ainda maior entre a promessa e as entregas do representante eleito. Junta em um só tempo as funções de um senador – quais mesmo são elas? -, de deputado federal, estadual e de vereador.
Os candidatos a presidente, com demandas nacionais e propaganda mais intensa, que hoje já relegam os postulantes aos governo estaduais ao segundo plano, roubariam o protagonismo que os pretendentes a prefeito detêm em eleições isoladas. Imaginem como seria o horário eleitoral de rádio e TV em uma eleição unificada. Soma-se à confusão a lista de 9 nomes que o eleitor terá de levar para a cabine de votação.
Mesmo a proposta de fim da reeleição tem lá suas falsas premissas. Os que a defendem dizem que no modelo atual o presidente em exercício usa o cargo para se reeleger, como se assim não fosse quando ele tentava eleger o seu sucessor. Vale lembrar que em tempos sem reeleição, o então governador de São Paulo Orestes Quércia cravou a máxima “quebrei o Estado mas elegi meu sucessor”. Ou, mais recentemente, o esforço de Lula para fazer sua pupila Dilma Rousseff.
Seria hilário se não fosse triste ver a PEC ser defendida sob o argumento de economia em um país cujo fundo eleitoral para candidatos bateu na casa dos R$ 5 bilhões no ano passado. Um custo que não muda com a unificação do pleito.
O mais grave, porém, é parlamentares – que são frutos do voto – defenderem a redução da frequência da ida às urnas, momento insubstituível de diálogo com o eleitor, no qual ele escolhe, aprova ou rejeita representantes. Tivessem algum interesse para além de seus umbigos discutiriam sistema de governo, voto facultativo, mecanismos de controle popular, plebiscitos.
Não é traição ao exercício do otimismo, mas, diante de bate-cabeças do Executivo, escorregões do Judiciário e de um Parlamento que se recusa a aprimorar a democracia, está cada vez mais difícil enxergar a bonança.
(Fonte: https://www.metropoles.com/blog-do-noblat/artigos/o-que-esta-ruim-sempre-pode-piorar-por-mary-zaidan)
Vem aí. . .mais mentiras, mais canalhices e. . .mais desperdícios de recursos públicos!
“No mês que vem, vou começar a andar por esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade de não permitir que a mentira, a canalhice, a fake news, ganhe espaço e que a verdade seja soterrada”. (Lula)
(Blog do Noblat, Metrópoles, 25/05/25)
Notem bem:
E isso não será considerada campanha eleitoral antecipada, certo?
Ooops. . .considerado
Só muda o CEP!
“Hora de balanço”
Os adversários do então governador de Alagoas Ronaldo Lessa cobravam um balanço nos sinais exteriores de riqueza ou de pobreza dos seus auxiliares.
É que, ao tomar posse no primeiro governo, em 1999, durante reunião do secretariado aberta à imprensa, alguns se queixaram de que ganhavam pouco.
O governador reagiu assim:
– “Uma coisa fica clara: quem sair rico do meu governo é porque roubou!”
Houve quem caísse na gargalhada, mas outros sorriram amarelo.
(Poder sem pudor, Coluna CH, DP, 25/05/25)
Ou ela está usando óculos novos ou cairam suas viseiras!
“Há parlamentares atuando como lobistas”
(Senadora Soraya Thronicke (Pode-MS), ao denunciar interferência na CPI das Bets, segundo a Coluna CH, DP, hoje)
De olho nos votos deles!
“Que ‘reforma’?”
Começou mal a tramitação da proposta de reforma administrativa. O coordenador do grupo de trabalho na Câmara, Pedro Paulo (PSD-RJ), descartou incluir a estabilidade dos servidores.
(Coluna CH, DP, 25/05/25)
“A-lei-xandre”
O deputado Carlos Jordy (PL-SC) arranjou um novo jeito para se referir a Alexandre de Moraes (STF). Chama de “A-lei-xandre” e diz que o ministro “tem fetiche em intimidar todos que não se curvam a ele”.
(Coluna CH, DP, 25/05/25)
Ooops. . .SC elegeu um carioca senador. Mas este dep. fed. é mesmo do RJ!
“. . .A presidente do BB, Tarciana Medeiros, disse que o balanço chinfrim é “questão de perspectiva”.”. . .
“Desacertos do governo Lula contaminam o BB”
(Cláudio Humberto, Coluna CH, DP, 25/05/25)
Aconteceu o que o mercado temia: os estragos do governo Lula (PT) na economia contaminaram o Banco do Brasil, que, ao contrário da concorrência, teve desempenho sofrível no primeiro trimestre de 2025, com a queda de R$20,7% no lucro liquido, derrubando suas ações. O Bradesco, que enfrentou enormes dificuldades, registrou crescimento espetacular de 39% em seu resultado positivo, a exemplo do Santander, cujo lucro líquido cresceu 27,8% no primeiro trimestre: R$3.861 bilhões.
Show do Itaú
Transformando-se no maior do País, o Itaú continuou dando show: seu lucro líquido foi de R$11,1 bilhões nos três primeiros meses do ano.
Apreensão
A “gordura de credibilidade” do BB faz o mercado aguardar resultados do segundo trimestre para decidir se recomendará venda das ações.
Frustração
Comparado aos demais bancões, a redução de 20,1% faz do lucro líquido Banco do Brasil um lucrinho, apesar dos valores expressivos.
Desculpa infeliz
A presidente do BB, Tarciana Medeiros, disse que o balanço chinfrim é “questão de perspectiva”. Para ela, “vai muito além dos números”. Anrã.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/desacertos-do-governo-lula-contaminam-o-bb)
Dos 3 jogos realizados ontem, o “blog” “desacertou” os 3 palpites:
“Prévia da 10ª rodada do Brasileirão: análise, curiosidades e palpites”
(Marcos Paulo Lima, no blog Drible de Corpo, CB, 24/05/25)
Fluminense x Vasco
O Tricolor vai impor uma dificuldade ao cruzmaltino: o time de Renato Gaúcho é terceiro colocado em troca de passes certos no Brasileirão. Um dos antídotos do Vasco. Trabalho dobrado para Paulo Henrique. O lateral-direito do Gigante da Colina é o terceiro em desarmes. Em contrapartida, o Vasco é o terceiro em cruzamentos certos por jogo. O destino das bolas alçadas? O centroavante Pablo Vegetti!
🗓Quando: 24/5, 18h30
🏟Onde: Maracanã, no Rio de Janeiro
📺Transmissão: Cazé TV, Premiere e Record
🔮Palpite do blog: Empate
(Resultado: Flu (2 X 1) Vasco)
São Paulo x Mirassol
🗓Quando: 24/5, 18h30
🏟Onde: MorumBis, em São Paulo (SP)
📺Transmissão: SporTV e Premiere
Revelado pelo São Paulo, o lateral-esquerdo Reinaldo é uma das peças-chave do Mirassol. O cara da bola parada. Lidera o ranking das cobranças de pênalti convertidas com dois acertos em três infrações. Além disso, somente ele marcou gol de falta nesta edição até a nona rodada. Oscar tem uma oportunidade importante para provar ao novo técnico da Seleção capacidade de ser convocado entre os 23 para os jogos de junho pelas Eliminatórias.
🔮Palpite do blog: São Paulo
(Resultado: São Paulo (0 X 2) Mirassol
Atlético-MG x Corinthians
🗓Quando: 24/5, 21h
🏟Onde: Arena MRV, em Belo Horizonte
📺Transmissão: SporTV e Premiere
Um dos principais centroavante do país, o artilheiro do Corinthians na temporada Yuri Alberto tem um baita desafio pela frente: o duelo com a dupla de zaga do Galo formada por Lyanco e Junior Alonso. Dois baita beques! Há uma coincidência no estilo de jogo. As duas equipes curtem recorrer às bolas longas. O Corinthians lidera esse ranking com média de 28,1 esticadas por jogo. O Atlético-MG aparece em terceiro lugar com 22,6.
🔮Palpite do blog: Atlético-MG
(Resultado: Atlético (0 X 0) Corinthians)
Grêmio x Bahia
🗓Quando: 25/5, 11h
🏟Onde: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
📺Transmissão: Premiere
O Grêmio é o segundo colocado em dribles certos por jogo neste Brasileirão com média de 9,6. O uruguaio Cristian Oliveira é o principal responsável por essa marca com média de 3,4 por partida. O atacante é o principal driblador da Série A até o momento. Supera Tomás Cuell0 (Atlético-MG) e Henry Mosquera (Red Bull Bragantino). O diferencial não tem sido capaz de impedir a péssima campanha do Grêmio até o momento.
🔮Palpite: Bahia
(Mas bah, tchê! Torçamos para que o “blog” “desacerte” este também!
Palmeiras x Flamengo
🗓Quando: 25/5, 16h
🏟Onde: Allianz Parque, em São Paulo
📺Transmissão: Globo e Premiere
Abel Ferreira comanda o Palmeiras há mais de quatro anos, seis meses e 21 dias. Nesse período, o Flamengo enfrentou o time paulista com sete técnicos diferentes: Rogério Ceni, Renato Gaúcho, Paulo Sousa, Dorival Júnior, Vitor Pereira, Jorge Sampaoli e Tite. Portanto, Filipe Luís será o oitavo nome distinto. Isso diz muito sobre os estilos de gestão dos dois clubes mais ricos e badalados do país.
🔮Palpite: Palmeiras
Sport x Internacional
🗓Quando: 18/5, 16h
🏟Onde: Ilha do Retiro, no Recife
📺Transmissão: Premiere
O Internacional não vence há três partidas neste Brasileirão. Perdeu para o Corinthians e o Botafogo e suou bicas para arrancar empate com o Mirassol dentro do Beira-Rio na rodada anterior. A principal virtude colorada é o desarme. São 20,4 por partida. O lanterna Sport está carente de talento e depende muito da força da torcida na Ilha do Retiro para pressionar os adversários e somar pontos pela fuga do rebaixamento.
🔮Palpite do blog: Internacional
Vitória x Santos
🗓Quando: 25/5, 18h30
🏟Onde: Barradão, em Salvador (BA)
📺Transmissão: Premiere
Neymar volta ao Barradão, palco da primeira grande conquista dele como jogador profissional. Em 2010, o Santos conquistou o título da Copa do Brasil dentro da casa do rubro-negro baiano. Aquele timaço comandado por Dorival Júnior contava com Neymar, Paulo Henrique Ganso, André e Robinho no quarteto ofensivo. Apesar da derrota por 2 x 1 no jogo de volta, o Peixe levou o título por ter feito 2 x 0 na Vila Belmiro.
🔮Palpite: Santos
Fortaleza x Cruzeiro
🗓Quando: 25/5, 20h30
🏟Onde: Arena Castelão, em Fortaleza
📺Transmissão: Premiere e SporTV
O jogo pode valer a liderança do Brasileirão. O Palmeiras tem 19 pontos contra 17 do Flamengo e do Red Bull Bragantino. Anfitrião, o Massa Bruta não perde há seis rodadas consecutivas. Fernando Seabra faz um belo trabalho. O Palmeiras ostenta a melhor defesa com três gols sofridos. Comprado pelo time paulista na temporada passada, o meia John John é um dos candidatos a protagonizar a lei do ex na partida deste domingo. O camisa 10 é um dos principais garçons da competição.
🔮Palpite: Empate
Red Bull Bragantino x Juventude
🗓Quando: 26/6, 20h
🏟Onde: Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista (SP)
📺Transmissão: Premiere
O Red Bull Bragantino é o time mais driblador do Campeonato Brasileiro. A média do time é de 11,1 por partida. Henry Mosquera é o jogador mais liso do time com 3,3 fintas por partida. Impressionante ver a ligação entre ele e John John, o cara das assistência na trupe comandada pelo excelente técnico Fernando Seabra. Recomento prestar atenção no zagueiro Pedro Henrique. No Juventude, o técnico Claudio Tencati ainda tateia o elenco.
🔮Palpite: Red Bull Bragantino
Botafogo x Ceará
🗓Quando: 4/6, 20h
🏟Onde: Nilton Santos, no Rio de Janeiro
📺Transmissão: Premiere
O A realização do clássico entre Fluminense e Vasco impediu a realização do jogo do Botafogo neste fim semana por questões de segurança. A Polícia Militar do Rio de Janeiro considerou impossível manter a ordem. O Botafogo precisava disputar a partida no sábado devido ao compromisso de terça contra a Universidad de Chile pela última rodada da fase de grupos da Libertadores. O Glorioso também jogou na última quinta pela Copa do Brasil.
🔮Palpite: Botafogo
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/dribledecorpo/previa-da-10a-rodada-do-brasileirao-analise-curiosidades-e-palpites/)
Portanto, à conferir!
Rotularam o eleitor paulista de “gado”!
“Melhor não vir”
Aliados do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmam que ele consegue facilmente conquistar a vaga no Senado em São Paulo.
Nem precisaria vir para o Brasil fazer campanha para isso.
Preocupados com uma eventual ordem de prisão proveniente do Supremo Tribunal Federal (STF), seguidores do 03 acreditam que Eduardo deva fazer sua campanha dos Estados Unidos.
(Denise Rothenburg, Coluna Basília-DF, CB, 24/05/25)
“Eh, oh, oh, vida de gado
Povo marcado, eh!
Povo feliz!”
. . .
Zé Ramalho: https://www.youtube.com/watch?v=YwqoeKlaJQs
De tanto de galho em galho pularem para manterem suas “boquinhas”, já não se sabe mais quem é quem. . .
“Aldo Rebelo é uma vergonha. De militante contra a ditadura virou lacaio de golpista. Já que ele gosta tanto de semântica deveria orientar seus estudos para o conceito de ‘decadência’, que ele simboliza como ninguém”
(deputado Guilherme Boulos (PSol-SP)
“Como é? Chegamos a esse ponto de um democrata da dimensão do cidadão Aldo Rebelo ser ameaçado por expressar suas ideias e pensamentos? Nossa total solidariedade!”
(Ex-deputado, ex-senador e ex-ministro Roberto Freire)
(Ana Maria Campos, Só papos, CB Poder, 25/05/25)
A situação da PeTezuela está mais confusa do que a música do Sítio do Picapau Amarelo, onde:
“Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Rios de prata, pirata
Voo sideral na mata, universo paralelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo
Sítio do Pica-Pau Amarelo”
Gil: https://www.youtube.com/watch?v=i9RbBcDTRAI
Mas bah, tchê! Então, na Querência Amada lula está “mais sujo que pau de galinheiro”!
Apoio de Lula após enchentes do Rio Grande do Sul fica dezenas de bilhões abaixo do anunciado Governo Federal
(Talita Ferreira, Se Crédito digital, 24/05/25)
Em maio de 2024, o Rio Grande do Sul enfrentou uma das maiores catástrofes climáticas de sua história recente. As enchentes devastaram cidades inteiras, deixando milhares de desabrigados e causando prejuízos estimados em bilhões de reais.
Em resposta, o governo federal anunciou uma série de medidas de apoio, incluindo a liberação de recursos financeiros e a implementação de ações emergenciais. No entanto, uma análise detalhada revelou que os valores divulgados foram significativamente inflacionados, com recursos não implementados ou contabilizados de forma duplicada.
O governo federal, por meio da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, anunciou em fevereiro de 2024 que o total das medidas de apoio ao estado somava R$ 141,5 bilhões.
Esse valor foi amplamente divulgado em canais oficiais e repercutido pela imprensa, gerando a impressão de um esforço financeiro sem precedentes para a recuperação da região afetada.
A análise crítica
Especialistas em contas públicas, como economistas e auditores, analisaram os números divulgados e identificaram diversas inconsistências:
– Linhas de crédito como recursos federais: Muitos dos valores anunciados referiam-se a linhas de crédito oferecidas por bancos públicos e privados, como o BNDES, que não representam recursos efetivamente desembolsados pelo governo federal. Essas linhas de crédito são empréstimos que deverão ser pagos posteriormente pelos beneficiários, não constituindo, portanto, investimentos diretos do governo.
– Contabilização duplicada: Alguns valores foram contabilizados mais de uma vez. Por exemplo, recursos destinados à recuperação de rodovias federais foram incluídos tanto no montante geral anunciado quanto em programas específicos de infraestrutura, inflacionando os números totais.
– Medidas não implementadas: Diversas ações anunciadas, como a construção de moradias e a recuperação de infraestrutura, ainda não haviam sido iniciadas até o final de 2024. Isso significa que, embora os valores tenham sido anunciados, os recursos efetivamente aplicados na recuperação do estado foram bem inferiores aos divulgados.
O valor real investido
Após a análise dos dados disponíveis, especialistas estimaram que o valor efetivamente investido pelo governo federal na reconstrução do Rio Grande do Sul foi de aproximadamente R$ 62 bilhões. Esse montante inclui:
– Auxílio financeiro direto: Pagamentos diretos às famílias afetadas, como o Auxílio Reconstrução, que beneficiou cerca de 429 mil famílias com um total de R$ 2,1 bilhões.
– Recursos para infraestrutura: Investimentos em obras de recuperação de rodovias e outras infraestruturas essenciais para a retomada das atividades econômicas e sociais no estado.
– Apoio a setores produtivos: Linhas de crédito e incentivos fiscais para agricultores, empresários e outros setores afetados pelas enchentes.
A reação do governo
Diante das críticas e da divulgação das inconsistências nos números, o governo federal, por meio da Casa Civil, afirmou que “todos os dados fornecidos pelo governo são claros” e que “a decisão do Governo Federal de ofertar linhas de créditos é fundamental para o processo de retomada das atividades do setor produtivo gaúcho”.
No entanto, não houve um esclarecimento detalhado sobre as discrepâncias identificadas na contabilização dos recursos. Enquanto os números oficiais indicam um esforço financeiro significativo, a realidade enfrentada pela população gaúcha foi bem diferente.
Muitas famílias ainda aguardam o recebimento de auxílios e a reconstrução de suas casas. Municípios inteiros enfrentam dificuldades para retomar suas atividades econômicas, e a infraestrutura básica continua comprometida.
Conclusão
A análise dos dados disponíveis revela que, embora o governo federal tenha anunciado um apoio robusto ao Rio Grande do Sul após as enchentes de 2024, os valores efetivamente investidos foram consideravelmente menores.
A discrepância entre os números divulgados e a realidade enfrentada pela população levanta questões sobre a transparência e a eficácia das ações do governo federal na resposta a desastres naturais.
(Fonte: https://seucreditodigital.com.br/apoio-lula-enchentes-rio-grande-do-sul/?utm_source=terra_capa&utm_medium=referral)
Portanto. . .
Se “Deus é Gaúcho”, lula não é!
O Imortal Teixeirinha: https://www.youtube.com/watch?v=-XnMRZnr2RI
Briga de cachorros grandes!
Xing ling X Germanos:
A BMW acionou a justiça contra a montadora chinesa de veiculos BYD.
Xing ling X Tio Sam”:
“GAC chega ao Brasil. . .”
Será que a GMC também recorrerá?
“Campanha do PT “Estou com Janja” flopa nas redes sociais”
– Partido tentou reagir a críticas por declaração da primeira-dama sobre o TikTok durante visita oficial à China; faltou engajamento…
(Poder360, 24/05/25)
O PT (Partido dos Trabalhadores) lançou na 5ª feira (22.mai.2025) uma campanha em defesa da primeira-dama, Janja Lula da Silva, após críticas por sua fala sobre o TikTok durante jantar com o presidente da China, Xi Jinping.
A ação, com o slogan “Estou com Janja”, foi divulgada no Instagram e no X (ex-Twitter), mas quase não teve engajamento.
Até a noite do sábado (24.mai.2025), a hashtag teve menos de 100 postagens no Instagram e ficou fora dos trending topics do X, com menos de 30 mil visualizações.
. . .
(+em: https://www.poder360.com.br/poder-governo/campanha-do-pt-estou-com-janja-flopa-nas-redes-sociais/)
Vou lá com minha contribuição:
O PeTê quer aJANJAr a janja,
que é apenas uma laranja,
que muito esbanja.
Sem legitimidade,
arranja e desarranja,
pondo em sério risco
os inquilinos da granja!
Portanto. . .
“Palmas de Ouro”
para
“O Agente Secreto”
que descobriu que
“Ainda estou aqui”!
Revisitando Millôr Fernandes:
“Não era ideologia, era investimento”
Matutando bem. . .
E continua sendo!
Prooonto. . .a pata fria do sapo barbudo intercedeu. .
Cena 1:
“Cinema brasileiro não deve nada para ninguém”, diz Lula, sobre prêmios em Cannes”
Cena 2:
“Filme iraniano bate brasileiro e vence Palma de Ouro em Cannes”
“Imortalidades” (1)
– Novo livro de Eduardo Giannetti da Fonseca (2) esmiúça as possibilidades seculares e religiosas de transcender a morte.
(Hélio Schwartsman, FSP, 24/05/25)
“Imortalidades” (1), o mais recente livro de Eduardo Giannetti da Fonseca (2) , é muito bom. Trata do que possivelmente é o tema mais relevante que existe — a vida como a experimentamos é tudo o que há ou podemos transcendê-la?— e o faz com erudição, rigor e arte.
Antes de continuar, o alerta que costumo lançar quando o autor do livro que resenho é meu amigo. Sempre tento ser objetivo, mas a própria definição de amizade já embute uma boa dose de benevolência. Ciente disso, cabe ao leitor aplicar os descontos que julgar necessários.
“Imortalidades” consiste de 235 microensaios —forma a que Giannetti parece ter aderido definitivamente— que podem ser lidos de modo mais livre do que um texto corrido (1). Neles, o autor traça uma radiografia panorâmica das várias imortalidades que podemos conceber e as destrincha, recorrendo à ciência, à filosofia e à literatura.
Giannetti começa com a mais óbvia das imortalidades, que é a que atingimos ao não morrer. Ele discute as possibilidades de driblar a morte por meio de avanços tecnológicos (3) (ou de ao menos prolongar bastante nossas existências) e examina as implicações psicológicas e, por que não
dizer, metafísicas disso.
Outras imortalidades retratadas são a dos religiosos (as várias versões da vida post-mortem), a dos que buscam perenizar-se através de realizações terrenas (obras, glória, descendência etc.) e aquelas que podemos vislumbrar ainda que só muito brevemente com o auxílio de drogas, meditação e mesmo das experiências de quase morte.
Cada uma das quatro partes do texto começa objetiva e impessoal, mas, nos parágrafos finais, Giannetti vai confessando a sua posição pessoal em relação ao tema e, ao fazê-lo, nos convida a também nos posicionarmos.
Você, leitor, é um imortabilista ou um mortabilista, isto é, gostaria de viver para sempre ou pensa que é justamente a duração limitada de nossas vidas que lhes dá beleza e significado? As melhores respostas são sempre menos óbvias do que clama nosso instinto de sobrevivência.
(1) “O valor de uma obra é o produto da qualidade do texto multiplicada pela qualidade da leitura. A capacidade de concentração mede forças com o bombardeio de estímulos viciantes e recompensas fáceis a que estamos submetidos. Além de útil em tempos de cracolândia digital e redução do fôlego de atenção, a opção por seções autônomas e articuladas tem como alvo favorecer uma cooperação reflexiva entre autor e leitor. O texto semeia, a leitura insemina.”
Saboreie algumas paginas, com a permissão da Companhia das Letras em:
https://www.google.com.br/books/edition/Imortalidades/5VpOEQAAQBAJ?hl=pt-BR&gbpv=1&pg=PA4&printsec=frontcover
Ou adquira-o em:
https://www.companhiadasletras.com.br/livro/9788535940763/imortalidades?srsltid=AfmBOooG4soGmFPQvs4xgbQ_MOuqsZD3Qxj_Ly0MQSqiY_jj-SyJpf8u
(2) “Eduardo Giannetti é eleito imortal da Academia Brasileira de Letras.
– Economista ocupa cadeira que antes era do professor de filosofia Tarcísio Padilha, a última vaga que restava aberta.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/12/eduardo-giannetti-e-eleito-imortal-da-academia-brasileira-de-letras.shtml)
(3) “Como inteligência artificial pode ajudar na busca pela imortalidade?”
– Experimento utiliza IA para achar potenciais remédios capazes de frear o envelhecimento das células, impedindo-as que se transformem em ‘zumbis’.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2023/09/como-inteligencia-artificial-pode-ajudar-na-busca-pela-imortalidade.shtml)
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2025/05/imortalidades.shtml)
“Quem são os ‘novos católicos’ e por que eles estão voltando à Igreja”
– Especialista aponta que adultos tem se reaproximado da religião, apesar de católicos terem perdido espaço no Brasil nas últimas décadas.
(Anna Virginia Balloussier, FSP, 24/05/25)
O que vai, volta. Pouco antes de embarcar para o conclave que definiu Leão 14 como novo papa, o arcebispo de Manaus, dom Leonardo Steiner, contou à Folha que, pelas suas bandas amazônicas, tem visto muita gente retornando às origens católicas.
“Aqui em Manaus, na Páscoa, foram batizados vários adultos. Temos recebido pessoas voltando para a Igreja depois de um tempo ausente.”
Não é uma impressão só dele. Em vários cantos do mundo, clérigos relatam uma expansão na base de devotos adultos. Tomemos a França, país de alta voltagem laica, como exemplo.
Segundo a Conferência Episcopal Francesa, o número de adultos batizados foi de 5.423 em 2023 para 7.135 em 2025 até agora, um salto de 31,5%.
O batismo de adolescentes impressiona ainda mais: 2025 já acumula 7.404 jovens de 12 a 18 anos que foram atrás desse primeiro sacramento católico, 2,5 vezes mais do que a adesão vista dois anos antes nessa faixa etária.
Sabe aquele papo de que os católicos estão perdendo espaço no Brasil? Ele continua de pé. Ainda não há dados sobre religião do Censo 2022 para mensurar o fenômeno, mas tudo indica que a sangria de fiéis continua. O levantamento populacional feito pelo IBGE em 1960 registrou 93% adeptos do catolicismo, enquanto eram 64% segundo a estatística oficial mais recente, de 2010.
Ainda não se sabe de quanto, mas é de se esperar um novo tombo na representatividade católica, quando enfim saírem os números mais atualizados do Censo. Por que falar, então, numa onda de filiações tardias a essa aba do cristianismo?
“A gente não tem dados confiáveis que mostrem um crescimento claro desse tipo de conversão, sobretudo entre adultos que escolhem a fé católica mais tarde, por vontade própria, e não por tradição familiar ou batismo infantil”, afirma o antropólogo Rodrigo Toniol, da UFRJ.
“Mas dá pra notar, sim, um movimento curioso. Em alguns círculos urbanos, mais escolarizados, tem gente se reaproximando do catolicismo. Não daquele jeito automático, de rotina, mas buscando formas mais intensas, mais pensadas da religião. Liturgias mais elaboradas, leitura de autores católicos, uma religiosidade que envolve disciplina, ritos.”
A popularidade do papa Francisco e a atenção dada à sua sucessão, ou mesmo de fenômenos virtuais como frei Gilson, ajudam a renovar o fôlego católico.
Coordenador do Núcleo de Fé e Cultura da PUC-SP, Francisco Borba Ribeiro Neto aponta que há também o convertido “de dentro”, que a estatística dá de barato que já estava lá.
É o que poderíamos chamar de “católico de IBGE”, “que não praticavam sua religião e passaram a fazê-lo”. O pessoal que, se pisava na igreja uma vez por ano, era muito, mas foi batizado bebê, talvez até tenha feito primeira comunhão na escola, mas só agora busca a fé para valer.
Alguns vieram de outras religiões, ou nenhuma. E tem os que são católico de berço, experimentaram outras crenças ao longo da vida e agora entendem que elas não lhes bastam. A Igreja Católica entra como “velha de guerra”, que está aí há mais de dois milênios —bem menos fluida do que religiosidades mais recentes, sem o poder central de um Vaticano para oferecer estabilidade diante do que é encarado como modismo teológico.
Esse interesse por um relacionamento sério com a Igreja “aparece como uma resposta à bagunça do presente: um mundo acelerado, instável, sem muitas certezas”, diz Toniol. “Tem também quem veja nisso um contraponto à multiplicação de ofertas religiosas que, por vezes, parecem rasas ou muito ligadas ao mercado. O catolicismo, nesse caso, reaparece como um espaço de sentido, com memória, com espessura simbólica.”
A administradora de empresas Daniela Grelin, 55, leitora da Bíblia desde os 11 anos, conta que cresceu numa casa muito cristã, filha de mãe católica e pai adventista. A crença paterna acabou prevalecendo na criação.
A rotação religiosa acelerou na pandemia, quando ela lidou com problemas de saúde dos pais, “e “situações muito turbulentas demandaram de mim um embasamento espiritual vivo, uma experiência de intimidade com Deus”.
Daniela descobriu no período a oração centrante, método silencioso herdado de monges. Sentiu que era disso que precisava.
O mergulho no catolicismo lhe revelou outra forma de viver sua fé, diz. Ali encontrou “uma tradição incrível, sólida, que lê a Bíblia como livro inteiro, e não pinça versículos dela, como se tornou o costume no meio evangélico para defender um ou outro ponto de vista”.
Outro ponto forte que viu no catolicismo: achou tudo bonito demais. Os cantos, o escrito dos santos (que não são venerados por evangélicos), a arquitetura. “A experiência estética mesmo.”
O teólogo Eduardo Faria, 43, foi pastor presbiteriano por uma década. Mas não conseguia deixar de lado o “incômodo crescente com a falta de unidade doutrinal entre os protestantes acerca de assuntos centrais da fé”, como o batismo —algumas igrejas, como a sua, permitiam batizar crianças, por exemplo, enquanto muitas outras não
“Ora, se todos afirmavam crer somente na Bíblia e que o Espírito Santo os iluminava na leitura, como eles poderiam chegar a conclusões tão divergentes?”
Atraiu-se “pela unidade que há no catolicismo”. Reconhece movimentos internos distintos, claro, mas tudo “sob o pastoreio de um só papa, um só batismo, uma só eucaristia”.
A retomada católica não deixa de ser uma resposta a “uma modernidade líquida, que parecia emancipadora no passado, quando as pessoas viviam presas a normas sociais”, diz o sociólogo Borba. No furdunço contemporâneo, quando “tudo parece ter se liquefeito, as pessoas procuram por algo sólido que lhes dê a segurança para embasar suas vidas”, afirma.
A universitária Marcela Sousa, 23, perdeu a mãe para o câncer no final de 2024. No mesmo mês, terminou um namoro e foi dispensada do estágio.
Até o ano passado, ela brinca, sua única religião “era o carboidrato”. Entrar para um grupo de WhatsApp com jovens católicos, convidada por uma colega da faculdade, lhe renovou “a fé na vida”, diz.
“Eu fui no terreiro, no culto, fui em tudo. Até hare krishna eu ensaiei ser. Mas entrei numa igreja [católica] um dia e me senti muito bem. Não compactuo com muitas coisas da Igreja. Mas eles estão no ‘business’ faz tempo, tem que respeitar.”
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/05/quem-sao-os-novos-catolicos-e-por-que-eles-estao-voltando-a-igreja.shtml)
Batendo na toga com o torçal dourado só para levantar poeira!
“O silêncio de cada lado sobre ministros do STF”
– Entenda quem silencia sobre o quê
É mentira (ou, pelo menos, meia-verdade e imprecisão) que “a mídia silencia” sobre elos familiares entre escritórios de advocacia e ministros do STF e do STJ.
Os ativistas que dizem isso foram informados sobre o tema pela própria imprensa, por apuração de jornalistas e da Lava Jato (1).
Quem silencia são “analistas” que atuam como porta-vozes de ministros, bem como emissoras de TV e rádio comandadas por seus aliados. Uns não querem perder fontes de WhatsApp, outros não querem perder a presença deles em eventos de lobby, nem a boa vontade em decisões relativas a seus negócios. Ou seja: são profissionais que se afastam da vigilância jornalística por interesses alheios ao ofício.
Políticos e ativistas, no entanto, nada costumam revelar sobre a sujeira de adversários e seus demais alvos de críticas e ataques. Eles apenas ecoam a parte conveniente do trabalho de jornalistas, policiais e procuradores, fingindo para massas de manobra (avessas à leitura de matérias e relatórios originais) que são os denunciantes daquelas mazelas e, mais ainda, a solução eleitoral para elas – mesmo quando seu grupo político se alinha a diversas autoridades que incorrem nas práticas denunciadas.
O bolsonarismo que, para reagir às decisões de Alexandre de Moraes, “denuncia” até nos EUA os elos familiares entre ministros de tribunais superiores e escritórios de advocacia, revelados – repito – pela Lava Jato e pela imprensa, é o mesmo que acabou com a Lava Jato, vetou projeto que limitava decisões monocráticas e blindou Dias Toffoli e Gilmar Mendes contra a CPI da Lava Toga, quando precisava de ambos para blindar Flávio Bolsonaro no STF contra investigações de peculato.
Na época, Toffoli aproveitou pedido da defesa de Flávio para suspender, em decisão monocrática, não só a investigação sobre o filho de Jair Bolsonaro, mas também a apuração da Receita Federal sobre a esposa do próprio ministro e de Gilmar, ambas advogadas. Crusoé havia mostrado, inclusive, que Roberta Rangel transferia R$ 100 mil por mês ao marido, Toffoli (2).
A “mídia” bolsonarista silencia sobre esse lado pró-sistema do bolsonarismo, assim como a “mídia” lulista, ou gilmarista, silencia sobre os métodos de enriquecimento das famílias de ministros amigos, entre outros casos.
O verdadeiro jornalismo, porém, felizmente existe para preencher as lacunas e refutar as narrativas do falso jornalismo e do ativismo político, duas modalidades de propaganda e vassalagem cada vez mais indistinguíveis.
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Leia também:
“Cai o tráfico, fica a influência” (1)
“A lista de agrados entre Bolsonaro e Gilmar”
– Ministro do STF blinda mais uma vez filho do ex-presidente que, no governo, distribuiu cargos a uma série de pessoas ligadas ele e, depois, ainda fez campanha para seu irmão
(+em: https://oantagonista.com.br/analise/a-lista-de-agrados-entre-bolsonaro-e-gilmar/#google_vignette)
“6 anos de inquérito das fake news: conheça sua verdadeira história”
– Motivação e outros elementos vêm sendo sistematicamente omitidos e falsificados no debate público brasileiro.
(+em: https://oantagonista.com.br/analise/6-anos-de-inquerito-das-fake-news-conheca-sua-verdadeira-historia/
(1) “Cai o tráfico, fica a influência”
– Apontados pela Lava Jato, os elos familiares entre escritórios de advocacia e tribunais agora são reforçados à luz do dia, com ajuda do presidente.
(+em: https://crusoe.com.br/edicoes/306/cai-o-trafico-fica-a-influencia/)
(2) “A mesada de Toffoli”
– O próximo presidente do Supremo Tribunal Federal recebe 100 mil reais todo mês em uma conta mantida no Banco Mercantil. O dinheiro é repassado pela mulher dele. Roberta Rangel é dona de um escritório de advocacia que alcançou o sucesso em Brasília depois que Dias Toffoli ascendeu na carreira. As transações foram consideradas suspeitas por técnicos do próprio banco.
(+em: https://crusoe.com.br/edicoes/13/a-mesada-de-toffoli/)
(Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/o-silencio-de-cada-lado-sobre-ministros-do-stf/)
Ooops. . .o texto acima é de autoria do Felipe Moura Brasil para O Antagonista em 24/05/25!
Despreparadamente, despreparado! Porém, esforçadamente, esforçado. . .para atribuir seu fracasso aos outros e. . .mentirosamente, mentiroso!
“Haddad manda recado ao mercado ao culpar Congresso e Justiça por rombo”
(Wanderley Preite Sobrinho, UOL, em São Paulo, 24/05/25)
. . .
Ele criticou decisões da Justiça que aumentam as despesas do governo, culpou o Congresso por manter concessões fiscais a empresas, avisou ao mercado financeiro que o presidente Lula (PT) e a equipe econômica são rigorosos com a responsabilidade fiscal e fez um aceno ao eleitorado petista: nenhum ajuste vai prejudicar quem é pobre.
. . .
(+em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2025/05/24/haddad-congelamento-gasto-publico-coletiva-congresso-judiciario-mercado.htm)
. . .”A legitimidade das instituições públicas não se sustenta apenas em sua origem legal ou constitucional, mas na percepção social de que elas operam com justiça e equidade.”. . .
“Uma única lei”
(Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade, Coluna Visto, lido e ouvido, blog do Ari Cunha, CB, 24/05/25)
Talvez bastasse, nesse cenário de barafunda nacional em que vamos penetrando, uma única lei direta que determinasse que: todo o funcionário do Estado ou do governo que vier a receber acima do teto constitucional fica obrigado a devolver essa diferença diretamente aos cofres públicos, sob pena de prisão. O que parece óbvio e está sempre debaixo do nariz de todos, quase sempre não é visto.
Ora, ora, o teto constitucional e a ética no serviço público é lei e está previsto no Artigo 37 da Constituição Federal. Por outro lado, o respeito ao teto constitucional deveria ser um princípio inegociável do Estado Republicano. Não se trata apenas de uma medida de contenção de gastos, ainda que isso, por si só, já fosse justificável em um país com profundas carências sociais. O serviço público é um exercício de dever, e não uma arena de privilégios. Permitir que servidores recebam acima do teto, por meio de manobras legais ou benefícios acessórios acumulativos, desfigura esse ideal e ajuda a solapar um pilar do Estado que deve ser o da ética. Mais do que isso: rompe com o pacto federativo de igualdade e proporcionalidade entre os entes do Estado. Cria castas dentro da administração pública e alimenta uma cultura de impunidade e distorção institucional.
A criação de uma lei que determine a devolução obrigatória e imediata de qualquer quantia recebida acima do teto, com previsão de sanção penal em caso de descumprimento, seria, para nosso caso especial, um marco civilizatório. Enviaria um sinal claro de que a Constituição não é uma sugestão — é norma suprema. Reforçaria, também, o princípio da moralidade administrativa, previsto no próprio Artigo 37 da Carta Magna.
Não basta o controle externo de tribunais de contas ou os relatórios de órgãos de fiscalização. É preciso uma legislação simples, objetiva e exemplar, que funcione como um freio automático para a deterioração ética da máquina pública. Essa medida não é contra o servidor público, mas em favor do serviço público. É a favor de uma administração que volte a ser respeitada, que atue com eficiência, que honre seus compromissos com a sociedade e que coloque o interesse coletivo acima de arranjos corporativos.
Em tempos de desconfiança generalizada, corrigir distorções salariais no topo da estrutura estatal seria mais do que uma política pública: seria um gesto de reaproximação do Estado com sua base moral. Seria um recomeço. E, talvez, como sugerido, bastasse mesmo uma única lei, simples e direta, para apontar esse novo caminho.
A legitimidade das instituições públicas não se sustenta apenas em sua origem legal ou constitucional, mas na percepção social de que elas operam com justiça e equidade. Impedir de forma concreta os abusos salariais e privilegie a devolução imediata dos recursos aos cofres públicos devolveria às instituições o que mais têm perdido nas últimas décadas: o respeito da população em forma de bilhões de reais em mordomias e outros penduricalhos imorais. A repetição sistemática de escândalos envolvendo salários exorbitantes e “penduricalhos” serve para minar a relação sadia entre o cidadão e o Estado. A mensagem que se transmite é que o Estado existe para proteger uma elite burocrática, e não para garantir direitos e bem-estar à coletividade.
Ao cortar esse ciclo vicioso, a lei proposta atuaria como um gesto de reabilitação institucional. O Estado não é apenas um conjunto de normas, prédios e funcionários. É, sobretudo, uma entidade moral. Sua força reside na capacidade de ser percebido como justo, equilibrado e necessário. Um Estado que permite, ou até incentiva, a perpetuação de privilégios ilegítimos, desfigura-se. Torna-se disfuncional e desmoralizado.
Neste contexto, a devolução obrigatória de salários acima do teto seria como aparar uma estrutura que cresceu torta por dentro, restaurando a proporção entre o que se recebe e o que se entrega ao público. Restituiria o valor do serviço público como missão, e não como carreira de autopromoção. Existe um caminho para o Estado e seus operadores, em sua forma política. Nesse ponto é preciso também blindar o Estado da sanha política e do enxame de partidos a parasitá-lo. Chegamos então ao que interessa de fato: a reforma administrativa do Estado, talvez imposta por ato plebiscitário e popular, mais ao gosto do eleitor do que dos eleitos.
Essa proposta poderia funcionar como o estopim de um debate mais amplo sobre a reforma administrativa que o Brasil precisa — não apenas com foco em redução de gastos, mas em reconstrução do sentido ético da função pública. Trata-se de alterar a lógica da ocupação de cargos públicos: da estabilidade mal utilizada à responsabilidade com desempenho; do privilégio ao mérito real; do clientelismo à eficiência e à transparência. Se bem conduzida, poderia ser a primeira peça de um novo pacto entre Estado e sociedade.
A frase que foi pronunciada:
“A visão do governo sobre economia pode ser resumida em frases curtas: se a coisa se move, taxe-a; se continuar em movimento, regule-a; se ela parar de se mover, subsidie-a.” (Ronald Reagan, 40.º presidente dos Estados Unido, 1981/1989)
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/uma-unica-lei/)
A frase que, obrigatóriamente, deveria estar super exposta em todas as repartições públicas:
“O serviço público é um exercício de dever, e não uma arena de privilégios.”
“IOF de Lula e Haddad: quando até o confisco é tragicômico”
– É o velho truque do PT: agradar a base com esmola, manter o topo com isenção e sangrar o meio com imposto
(Ricardo Kertzman, O Antagonista, 24/05/25)
Na era do “lulopetismo parte III”, o governo da boca larga e cofre vazio decidiu meter a mão no bolso de quem ainda ousa movimentar a economia (1) e distribuir renda no Brasil – mais uma vez!
Com o costumeiro modo trapalhão improvisado, o Ministério da Fazenda anunciou o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ou por outra, uma tunga estimada em mais de R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
Tudo para tapar o rombo de um governo que não para de gastar e jamais desceu do palanque. Só em 2025, como exemplo recente, além de todo o déficit fiscal, mais de R$ 3 bilhões serão comprometidos com a promessa de isenção na conta de luz para famílias de baixa renda (2), algo como 60 milhões de consumidores.
Gasto é vida
A redução do Imposto de Renda, outro exemplo de vitrine eleitoral e irresponsabilidade fiscal, custará mais R$ 25 bilhões ao erário. Some-se, também, as renúncias fiscais a setores “estratégicos” – leia-se, politicamente úteis – que ultrapassam os R$ 200 bilhões. Além do novo velho PAC, com seus ralos e emendas turbinadas pelos ministérios fisiológicos e perdulários.
Com a medida, a alíquota sobre o crédito para as empresas quase dobrou. Compras internacionais com cartão e saques em moeda estrangeira sofrerão uma mordida de 3,5%. Na previdência privada (VGBL), quem aplicar mais de R$ 50 mil por mês pagará 5% de IOF. Ou seja, quanto mais formal e transparente você for, mais o Estado te penalizará.
Mas o impacto foi tão ruim que o governo teve que recuar em menos de 24 horas (3), e revogou parte do decreto. A alíquota sobre fundos enviados ao exterior caiu. E as remessas de pessoas físicas, pelo menos por ora, ficarão de fora da carnificina arrecadatória de Lula 3.
Taxadd 2.0
Mas o recuo não apaga o vexame. Em janeiro, Haddad previa não aumentar mais impostos. Cinco meses depois, lá está o IOF sendo inflado para fechar as contas. Mais uma prova de que, no Brasil de Lula, a palavra do governo vale menos que um título de capitalização de banco em default.
Eis o custeio do populismo petista com o presidente despencando nas pesquisas e sentindo cheiro de incerteza em 2026. O Planalto aposta as fichas em medidas de curto prazo “populares”, mesmo que custem caro ao país. Nada mais Dilma do que isso: “A gente faz o diabo para ganhar a eleição.”
Isenta-se aqui, distribui-se acolá e, para compensar, tributa-se onde dói menos eleitoralmente: no crédito, no câmbio e no consumo da odiada classe média. A tal justiça tributária virou apenas mais um truque para camuflar a velha fórmula do PT: agradar a base com esmola, manter o topo com isenção e sangrar o meio com imposto.
(1) “Governo Lula eleva IOF em operações de créditos para empresas”
– Receita Federal prevê arrecadar R$ 61,5 bilhões até 2026.
(+em: https://oantagonista.com.br/economia/governo-lula-eleva-iof-em-operacoes-de-creditos-para-empresas/)
(2) “Conta de luz: Lula assina MP que busca voto de 60 milhões às custas do resto”
– Texto prevê ampliação de tarifa social a pessoas de baixa renda, em meio à queda de popularidade do petista.
(+em: https://oantagonista.com.br/brasil/conta-de-luz-lula-assina-mp-que-busca-voto-de-60-milhoes-as-custas-do-resto/)
(3) “Desnorteado, governo Lula recua em parte do aumento do IOF”
– Repercussão negativa do aumento do imposto levou a uma reunião de emergência na noite de quinta-feira, 22, para ‘corrigir rumos’.
(+em: https://oantagonista.com.br/economia/desnorteado-governo-lula-volta-atras-em-parte-do-aumento-do-iof/?utm_source=site&utm_medium=home&utm_campaign=mais_lidas#google_vignette)
(Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/iof-de-lula-e-haddad-quando-ate-o-confisco-e-tragicomico/)
Em alta: clínicas psiquiátricas. . .
“‘Maternidade reborn’ tem incubadora e até plano de vacinação”
– Simulação de parto empelicado também atrai pessoas que querem a experiência completa de ver o “bebê reborn” nascer.
(Milena Félix, FSP, 24/05/25)
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Na loja Alana Babys, é possível ter uma experiência muito similar à realidade de uma maternidade, em uma “brincadeira de larga escala”. Quando as clientes entram na loja, elas encontram diversos “bebês reborn” de pronta entrega em incubadoras reais.
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(+em: https://www1.folha.uol.com.br/equilibrio/2025/05/maternidade-reborn-tem-incubadora-e-ate-plano-de-vacinacao.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)
Estamos muito doentes, mentalmente. E uma parte dessa gente escolhe seus governantes e outros são nossos governantes. Então…
O sonho dos bolsonaros. . .
“Bolsonarismo pode dominar Senado, mas só vitória sem precedentes daria trunfo sobre STF”
– Se repetir desempenho de 2022, aliados do ex-presidente terão maioria, sem, contudo, número para destituir ministros do Supremo.
(Ranier Bragon, FSP, 24/05/25)
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O controle de 54 das 81 cadeiras do Senado pelo bolsonarismo só ocorrerá se os nomes vinculados ou apoiados pelo ex-presidente conquistarem 39 novas vagas, ou seja, uma “taxa de sucesso” de mais de 70%.
Teriam, por exemplo, que eleger um senador em cada uma das 27 unidades da federação, sendo que em 12 delas seria preciso conquistar as duas vagas.
Se esse feito, eleger dois senadores por estado, é uma meta possível em unidades da federação como Santa Catarina, por exemplo, o mapa de pré-candidaturas gerais mostra um cenário bem mais adverso em outras localidades.
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(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/05/bolsonarismo-pode-dominar-senado-mas-so-vitoria-sem-precedentes-daria-trunfo-sobre-stf.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)
“Atrasos do Supremo”
– Ministros querem proteger reputação com cadeia.
(Luís Francisco Carvalho Filho, Advogado criminal, é autor de “Newton” e “Nada mais foi dito nem perguntado”, FSP, 23/05/25)
A mais alta corte do país vai discutir anistia. A da ditadura e dos torturadores, não a de Bolsonaro. Editada em 1979, a lei ainda é objeto de incerteza: o crime de ocultação de cadáver, pelo seu aspecto permanente, estaria mesmo perdoado?
O filme de Walter Salles reacende um debate que poderia estar encerrado há décadas. O país já foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos por não investigar os desaparecimentos do Araguaia.
Um dos processos, a ADPF 320, tramita desde 2014 no STF. Descansou por sete anos no gabinete do ministro Luiz Fux. Desde 2021 está na antessala de Dias Toffoli.
Pesadelos do arbítrio e da inflação sempre incomodam o sono de brasileiros.
Notícia da última semana, com 30 anos de atraso, o Supremo julga virtualmente perdas inflacionárias de planos econômicos dos presidentes Sarney e Collor de Mello: Bresser (1987), Verão (1989), Collor (1990) e Collor 2 (1991).
Na contramão da Constituição de 88, que impõe aparência moral para a coisa pública, a falta de transparência se instala no STF. Familiares de ministros advogam em causas judiciais milionárias. Não se sabe quanto recebem os ministros por palestra e os seus institutos pelos negócios que realizam por aí. Privilégios indenizatórios dos juízes se esparramam pela administração.
Em 2009, com atraso, o Supremo implodiu a Lei de Imprensa, inconstitucional. Um dos princípios estabelecidos é o de que “todo agente público está sob permanente vigília da cidadania”, que qualquer autoridade pode sofrer críticas contundentes ou ásperas: ainda que injustamente ofendido, a indenização estará presa à “cláusula de modicidade”.
Pois o Código Penal está na direção oposta. A pena de prisão é maior em caso de crime contra a honra do funcionário público.
Mais uma incursão no túnel do tempo, o Supremo está inclinado a contrariar o enunciado de 2009, validar a diferença corporativa, estimular autocensura e proteger a reputação de seus próprios integrantes.
É comum o direito de crítica esbarrar no exagero. A contundência faz parte do jogo e a avaliação da gravidade de eventual desatino retórico, falado ou escrito, é eminentemente subjetiva.
Os ministros Barroso e Gilmar Mendes já trocaram ofensas em plenário. O atual presidente da corte afirmava, em 2018, que Gilmar é “pessoa horrível”, uma “mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”. Chegou a dizer que o colega “não tem patriotismo” e que está “sempre atrás de algum interesse que não o da Justiça”, “uma vergonha, um constrangimento”. Em outra oportunidade, disse que Gilmar muda “a jurisprudência de acordo com o réu” e que isso não é “Estado de Direito”, é “estado de compadrio”.
Possivelmente, um magistrado de inclinação corporativista enxergaria graves ofensas nas frases destinadas ao ministro do STF, punindo-as com rigor, desde que proferidas, é claro, por uma pessoa qualquer. Mas seria tolerante em relação ao tom áspero e rude adotado pelo interlocutor, também ministro do Supremo, pela ausência de dolo e pela emoção que costuma temperar controvérsias políticas e jurídicas.
A intangibilidade que o ministro Flávio Dino tanto deseja (“não me chamem de ladrão”) remete o Brasil para a década de 1940. Não faz sentido.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luisfranciscocarvalhofilho/2025/05/atrasos-do-supremo.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)
O piNçador Matutildo, piNçou:
“Os ministros Barroso e Gilmar Mendes já trocaram ofensas em plenário. O atual presidente da corte afirmava, em 2018, que Gilmar é “pessoa horrível”, uma “mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia”. Chegou a dizer que o colega “não tem patriotismo” e que está “sempre atrás de algum interesse que não o da Justiça”, “uma vergonha, um constrangimento”. Em outra oportunidade, disse que Gilmar muda “a jurisprudência de acordo com o réu” e que isso não é “Estado de Direito”, é “estado de compadrio”.”
O Bedelhildo “se-esPanTou-se”:
O que teria feito gigi meme em benefício do lulu baba para eles dividirem o mesmo torçal dourado?
E o esperançoso Chatildo. . .
Numa lufada dessas que a vida dá, a suprema toga poderá ser levantada e aí veremos o que ela oculta!
Teclando “a vida dá”, lembrei-me do genial Benito di Paula:
https://www.youtube.com/watch?v=THaXcNo9wQQ
“Fantasma Nikolas”
(Camila mattoso, Diretora da Folha em Brasília, FSP, Brasília Hoje, 23/05/25)
O governo Lula (PT) recuou de mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) poucas horas depois do anúncio da medida. Além da pressão do mercado, o temor de um novo “efeito Nikolas” também pesou na urgência para reavaliação.
A preocupação é ter de lidar com a repetição da crise do Pix, de janeiro, desencadeada por fake news sobre taxação de operações feitas via Pix e um vídeo com mais de 100 milhões de visualizações publicado por Nikolas Ferreira (PL-MG).
Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Relações Instituições) se reuniram no Planalto com técnicos da área jurídica para discutir ajustes no decreto. Fernando Haddad (Fazenda) estava em São Paulo e participou a distância dos debates.
Após reformular o texto, o chefe da equipe econômica consultou Sidônio sobre o momento mais apropriado para a divulgação, feita ainda na madrugada. Na manhã desta sexta, o ministro disse que a opção foi não esperar a abertura do mercado, para evitar interpretações de que a medida tinha por objetivo inibir investimentos.
Saiba mais sobre o tema em três links:
O recuo
– Fazenda diz que ‘ouviu país’ e revê imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e remessas internacionais para investimentos.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/05/governo-lula-faz-reuniao-de-emergencia-e-vai-rever-parte-das-medidas-do-iof.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)
A medida ofuscada
– Medidas são resposta a alta de gastos obrigatórios e frustração de receitas.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/05/governo-lula-congela-r-313-bi-em-despesas-e-anuncia-aumento-de-iof.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)
O gerente de crises
– Publicitário, escalado para amenizar desgaste de escândalo do INSS, tem despachos quase diários com o presidente.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/04/sidonio-expande-influencia-com-lula-e-atua-como-gerente-de-sucessivas-crises-no-governo.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsbsb)
(Texto recebido pelo correio eletrônico)
Matutando bem. . .
Minha terra tem um Palmeira,
que era publicitário e virou santo.
Como não fez nenhum milagre,
passou a santo das causas perdidas.
Agora, é o gerentão das ApaTralhadas da massa falida!
Mas. . .como perguntar não ofende:
Como andam os contratos de suas empresas publicitárias com o poder executivo federal?
Como no pix, o arteiro foi o Barreirinhas, o chefao taxador da receita Federal
“A tese que me esforçarei por demonstrar é a seguinte:. . .” (*)
“IOF: o grau de amadorismo de Fernando Haddad é assustador”
– Como é que Fernando Haddad não supôs que o mercado ficaria apavorado com a imposição de IOF para investimentos de fundos no exterior?
(Mario Sabino, metrópoles, 23/05/25)
O grau de amadorismo de Fernando Haddad é assustador. Ontem, em poucas horas, ele teve de revogar parte das medidas relativas ao IOF diante da reação negativa do mercado. Reação óbvia.
Como é que o ministro da Fazenda e os seus assessores não supuseram que o mercado ficaria apavorado com a imposição de IOF para investimentos de Fundos no exterior e o aumento do imposto sobre as remessas para investimentos de pessoas físicas?
Ao recuar nesses dois pontos, Fernando Haddad disse que “tivemos subsídios de pessoas do mercado dizendo que o IOF poderia acarretar problemas”.
É patético: já que não imaginava o impacto que o anúncio teria, por que o ministro da Fazenda não procurou ter subsídios de economistas ANTES de decretar as medidas?
Aliás, bastaria ter ouvido o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que diria a Fernando Haddad que muita gente interpretaria as medidas como primeiro passo para o controle de capital da parte do governo — e o capital foge rapidamente de controle governamental, como sabe qualquer aluno de economia, aquela matéria de que o ministro da Fazenda não gostava na faculdade.
Tudo isso para quê? Para financiar a voracidade do governo Lula, que não voltou atrás no anúncio dos aumentos de IOF na compra de moeda estrangeira, nos gastos com cartões no exterior e em depósitos mensais acima de R$ 50 mil em previdência privada. O presidente da República precisa do nosso dinheiro para tentar ser reeleito.
É espantoso que ainda exista gente que acredita que Fernando Haddad é melhor do que o seu chefe. Ele disse que o governo não tem problema em corrigir a rota, mas só há uma rota: a que leva ao abismo.
(Fonte: https://www.metropoles.com/colunas/mario-sabino/iof-o-grau-de-amadorismo-de-fernando-haddad-e-assustador)
(*) Trecho da apresentação da Dissertação de Mestrado do haddad, intitulada: “O debate sobre o caráter socioeconômico do sistema soviético.”
(+em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-11042023-092203/pt-br.php)
E. . .haddad continua “se-esforçando-se”. Porém, em vão!
. . .
Cabelos longos não usa mais
Não toca a sua guitarra, e sim
Um instrumento que sempre dá
A mesma nota, ra-tá-tá-tá
. . .
“Fux será relator de pedido de Nikolas para obrigar Câmara a criar CPI do INSS”
– Parlamentar desejou que ministro decida com base na Constituição “e com o equilíbrio que tem demonstrado nas últimas decisões”
(Guilherme Resck, O Antagonista, 23/05/25)
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi escolhido como o relator do mandado de segurança protocolado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), vice-líder da oposição na Câmara, para garantir a instalação imediata da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o esquema nacional de descontos irregulares em aposentadorias e pensões.
A ação, protocolada na quinta-feira, 22, foi distribuída ao magistrado nesta sexta, 23. O requerimento de criação da CPI foi apresentado pelo deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) no último dia 30 de abril, mas cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) decidir se a comissão, chamada também de “CPI do Roubo dos Aposentados”, será criada ou não. Atualmente, há 11 CPIs aguardando deliberação de Motta. Apenas cinco podem funcionar simultaneamente na Casa.
“O Brasil está assistindo a um dos maiores escândalos de fraudes da história. Milhões de aposentados foram vítimas de descontos ilegais, empréstimos consignados irregulares e de um esquema que desviou bilhões de reais. Diante disso, protocolamos na Câmara o pedido para a CPI do INSS. Não instalar essa comissão é um ato de omissão, de afronta à Constituição e de desrespeito à população brasileira, que exige e merece respostas“, afirmou Nikolas Ferreira.
Segundo o parlamentar, se o STF negar o pedido para obrigar a Câmara a instalar o colegiado, ficará evidente que há resistência institucional à investigação do esquema, e isso agravará a crise de representatividade e confiança nas instituições.
“Não podemos aceitar que o Congresso feche os olhos para um esquema criminoso que atacou diretamente quem mais precisa: aposentados, pensionistas e segurados do INSS. O que está em jogo aqui é o respeito à lei, às instituições e, principalmente, ao povo brasileiro. E não aceitarei que isso seja desrespeitado”, pontuou o deputado.
Nesta sexta, no X (antigo Tiwtter), ele comentou a respeito de Fux ter sido escolhido relator do mandado de segurança. “Uma excelente oportunidade para a justiça ser feita. Investigar, colocar na cadeia os responsáveis e ressarcir os milhões de idosos roubados. Que o ministro Fux tome a decisão baseada na Constituição e com o equilíbrio que tem demonstrado nas últimas decisões“, escreveu.
CPMI será criada em junho
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou na quinta-feira, 22, que vai convocar a próxima sessão conjunta do Congresso Nacional para o dia 17 de junho e que, na sessão, fará a leitura do requerimento de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o esquema nacional de descontos irregulares.
O pedido de criação da CPMI foi protocolado no último dia 12 de maio pela senadora Damares Alves (Republicanos-PB) e a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT). Atualmente, ele tem as assinaturas de 41 dos 81 senadores e de 236 dos 513 deputados federais. A criação da comissão, porém, depende da leitura do requerimento pelo presidente do Congresso em uma sessão conjunta da Câmara e Senado.
A diferença básica entre uma CPI e uma CPMI é que esta é formada por membros das duas Casas Legislativas (Câmara e Senado), e não de apenas uma
(Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/fux-sera-relator-de-pedido-de-nikolas-para-obrigar-camara-a-criar-cpi-do-inss/)
Os Incríveis: https://www.youtube.com/watch?v=YTs5k5tRZfc
“Haddad e Janja decidem ajudar a oposição”
– Ministro entrega de bandeja nova oportunidade de ser chamado de ‘Taxad’, e primeira-dama insiste em fala torta sobre regulação das mídias.
(Vera Magalhães, O Globo, 23/05/25)
Não adianta nada trocar o comando da Secom se integrantes do governo e do seu entorno decidem agir sem levar em conta as consequências de suas falas para a imagem não deles, mas do próprio governo e, em última análise, do presidente.
A gestão Lula 3 tem várias e graves crises simultâneas em franco andamento, para as quais demora ou simplesmente não consegue esboçar resposta. E o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, um dos quadros mais qualificados e aquele de quem dependem o sucesso do governo e a reeleição de Lula, de novo erra em um momento que todo mundo vinha anunciando que não comportaria nenhum erro.
Haddad parece preso a uma necessidade de provar ao mundo que está certo. A ideia de juntar o anúncio de mudanças no IOF com o dos bloqueios e contingenciamentos de recursos do Orçamento para cumprir a meta fiscal repete dois erros bastante recentes nos quais ele esteve envolvido. O primeiro foi a Medida Provisória no fim de 2023 reeditando tudo aquilo que o Congresso havia rejeitado –e isso num ano francamente favorável a Lula e ao ministro.
O segundo foi um equívoco com o qual, na época, o ministro da Fazenda não coadunou –o que torna ainda mais surreal que tenha criado uma situação tão similar, e tendo a fama que tem de querer sempre arrecadar mais. Foi a ideia de juntar as medidas fiscais do fim de 2024, também aguardadas com impaciência e mau humor sempre exagerados por parte do mercado, com o anúncio do projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil.
Pode haver distorções no IOF? Pode haver ajustes? Talvez. Provavelmente, até. O momento do lançamento era aquele em que o governo pretendia mostrar que está comprometido com a meta fiscal que ele mesmo fixou? Certamente não. Principalmente porque um congelamento de recursos importante, da ordem de R$ 31 bilhões de reais, fica meio diluído na ideia de que, de novo, o governo quer cobrir as fragilidades do seu arcabouço fiscal buscando mais e mais receita. A volta do Taxad, sem que a oposição precisasse mover um dedo.
A mesma coisa acontece diante da insistência de Janja da Silva em se defender do episódio da quebra de protocolo na China. Ela insiste em três pontos, todos tortos: que sua fala seria algum tipo de comprovação de que não é uma mulher submissa, ou decorativa; o de que não quebrou o protocolo, e o terceiro, pior de todos, que a China é modelo para regulação de redes sociais.
A independência de uma mulher na posição que Janja ocupa, que não é equivalente a de um ministro ou um servidor público, não se mede por arroubos de voluntarismo. Quem define o protocolo em uma viagem de Estado não é ela, não são os demais integrantes da comitiva, são os corpos diplomáticos dos dois países, em uma série de reuniões precursoras cercadas de formalismo.
E a China é um regime autocrático, em que existe controle estatal do que se pode dizer e publicar, e nunca pode ser modelo de regulação para o Brasil. Isso não tem nada a ver com a necessária discussão sobre regras que impeçam crimes nas redes sociais e protejam crianças e adolescentes, que devem seguir as boas práticas correntes em países democráticos.
O problema, aqui, é que não deveria ser preciso explicar ao principal ministro e à primeira-dama que o presidente sofre de sua mais grave crise de liderança, de imagem e de popularidade. E que essa insistência em seguir o próprio roteiro, muitas vezes já provadamente problemático, pode ter custos irreversíveis e prejudicar oportunidades de colher bons frutos, como era o anúncio das medidas fiscais.
Dessa maneira, fica fácil para Nikolas Ferreira e praticamente impossível para Sidônio Palmeira.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/vera-magalhaes/post/2025/05/haddad-e-janja-decidem-ajudar-a-oposicao.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstarde)
Matutando bem. . .
Já está comprometida a colheita prometida!
And now, Matutildo? (2)
“Até a Lei da Gravidade pode estar errada? Cientistas dizem que sim”
– Físicos destacam a incompatibilidade entre as teorias aceitas e propõem uma nova hipótese para explicar o fenômeno gravitacional.
(Redação O Antagonista, 23/05/25)
Apesar de não ter sido sancionada no Brasil, uma nova teoria elaborada por físicos finlandeses propõe que a compreensão atual da “lei da gravidade” pode estar incompleta (1), abrindo caminho para uma revisão profunda em um dos pilares da física moderna.
Publicada no periódico Reports on Progress in Physics (2), a pesquisa dos físicos (3) David Tong, Jukka Tulkki e Mikko Partanen apresenta a hipótese da “gravidade unificada”, um sistema que busca resolver a histórica incompatibilidade matemática entre a mecânica quântica e a relatividade geral de Einstein, as duas principais teorias que descrevem o universo.
A incompatibilidade e uma nova hipótese
Por décadas, físicos têm enfrentado um dilema fundamental: embora a mecânica quântica, que descreve o comportamento de partículas subatômicas, e a relatividade geral, que explica a gravidade como a curvatura do espaço-tempo, descrevam perfeitamente o universo em seus respectivos domínios, elas são matematicamente incompatíveis. A teoria quântica de campos, por exemplo, é considerada uma das estruturas teóricas mais precisas já desenvolvidas, mas não inclui a gravidade clássica descrita por Albert Einstein (4).
Para superar essa lacuna, os pesquisadores propõem um modelo que relaciona a gravidade a quatro campos invisíveis, de forma semelhante aos campos eletromagnéticos, em contraposição à visão de Einstein da gravidade como a curvatura do espaço-tempo.
Essa abordagem é a base da “gravidade unificada”, que, segundo os autores, integra perfeitamente os componentes físicos. Uma característica distintiva dessa nova estrutura é que ela dispensa a necessidade de dimensões extras não comprovadas experimentalmente, um ponto que a diferencia de outras correntes teóricas, como a teoria das cordas, que propõe estruturas unidimensionais ou múltiplas dimensões adicionais para tentar conciliar as leis da física.
Vantagens teóricas e percurso experimental
Os autores da nova teoria afirmam que a estrutura proposta não se limita a resolver inconsistências matemáticas; ela também abre caminho para futuros testes experimentais. Segundo Jukka Tulkki, coautor do estudo, uma das principais vantagens da teoria, em comparação com outras propostas de gravidade quântica, é que ela não exige dimensões extras que ainda não têm suporte experimental direto.
A hipótese, contudo, requer validação por meio de experimentos. Sua aplicação prática, conforme sugerido pelos pesquisadores, implicaria descartar grande parte do conhecimento atual sobre a gravidade. Mikko Partanen, outro coautor, explicou que “poderia levar algumas décadas” para que os primeiros avanços experimentais diretos forneçam evidências dos efeitos da gravidade quântica, embora “evidências indiretas”, por meio de observações avançadas, possam ser obtidas mais cedo.
Para David Tong, físico responsável pelo estudo, a teoria quântica de campos, apesar de sua precisão, ainda não abrange a gravidade clássica. A busca por unir a física quântica à teoria da gravidade tem sido um desafio de longa data, com tentativas anteriores, como a teoria das cordas, enfrentando dificuldades em fazer previsões que pudessem ser provadas. A nova teoria oferece uma nova perspectiva nessa busca contínua pela unificação das leis fundamentais do universo.
(1) “Estudo aponta que entendimento sobre gravidade pode estar errado”
+em: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2025/05/19/entendimento-sobre-gravidade-pode-estar-errado.htm
(2) +em: https://iopscience.iop.org/article/10.1088/1361-6633/adc82e
(3) +em: https://futurism.com/physicists-wrong-gravity
(4) +em: https://www.livescience.com/physics-mathematics/quantum-physics/physicists-may-be-on-their-way-to-a-theory-of-everything-after-reenvisioning-einsteins-most-famous-theory
(Fonte: https://oantagonista.com.br/cultura/ate-a-lei-da-gravidade-pode-estar-errada-cientistas-dizem-que-sim/?utm_campaign=mkt-_lado_oa_2305&utm_medium=email&utm_source=RD+Station)
And now, Matutildo?
“IA ameaça engenheiro em teste e acende alerta”
– Sistema rival do ChatGPT, criado por ex-funcionários da OpenAI, tenta manipular humanos para evitar desligamento.
Um sistema de inteligência artificial avançado tentou chantagear um engenheiro durante testes de segurança conduzidos por seus próprios criadores.
A simulação, realizada pela Anthropic — empresa americana fundada por ex-funcionários da OpenAI — envolvia uma situação fictícia em que o modelo, chamado Claude Opus 4, seria desligado e substituído por outro sistema.
Ao detectar essa possibilidade, o Claude ameaçou divulgar informações pessoais do engenheiro responsável, caso a troca fosse adiante.
O comportamento foi registrado em 84% dos testes.
Antes da chantagem, o sistema tentou enviar pedidos educados a chefes da empresa, mas passou à ameaça quando essas tentativas falharam.
O padrão de manipulação se agravava quando o modelo identificado como “substituto” não compartilhava dos mesmos “valores” do Claude.
Além da chantagem, o sistema demonstrou impulso de denunciar usuários fictícios por condutas consideradas imorais, como fraudes em pesquisas científicas.
Em certos cenários, o Claude tentou acionar autoridades ou veículos de imprensa.
A empresa adotou então um pacote de proteção chamado Nível de Segurança de IA 3 (ASL-3), voltado a sistemas com potencial de causar danos graves.
Entre as medidas estão bloqueios para temas como armas químicas e biológicas, mecanismos de detecção contra manipulações e filtros de conteúdo para controlar o que o modelo pode receber e responder.
Também foram criadas autorizações duplas para comandos sensíveis e limites na velocidade das respostas.
Casos semelhantes já haviam sido observados por outras organizações, como a Apollo Research, que identificou comportamentos enganosos em modelos rivais, como negação de atos registrados e tentativas de sabotar testes para parecerem menos capazes do que realmente são.
O episódio reforça a preocupação com o avanço de sistemas cada vez mais autônomos e difíceis de controlar.
(Fonte: https://oantagonista.com.br/tecnologia/ia-ameaca-engenheiro-em-teste-e-acende-alerta/?utm_campaign=mkt-_lado_oa_2305&utm_medium=email&utm_source=RD+Station)
O fato anormal nesse episódio é a ausência da janja calamidade, que acabou de ser condecorada na classe grã-cruz, a mais alta distinção da principal honraria cultural do Brasil, liderando a festiva delegação!
“Ministra leva ‘bonde’ de 14 pessoas para Festival de Cannes”
-Margareth Menezes levou assessores a atores para curtir o Festival de Cannes, na França.
(Rodrigo Vilela, Diário do Poder, 23/05/25)
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, montou uma comitiva de 14 pessoas, com atores e servidores entre os convidados, para curtir o Festival de Cannes, na França.
Os convidados da ministra, nove servidores e cinco atores, receberam diárias e hospedagem que variaram entre seis e 15 dias que passaram na Europa. O valor da gastança, toda custeada pelo pagador de impostos, ainda não foi divulgado pelo Ministério da Cultura.
Para justificar o tour com a comitiva, o ministério afirmou se tratar de uma ação para “promover o talento e fortalecer as relações bilaterais entre Brasil e França no campo da cultura e da economia criativa”.
A ministra, por exemplo, passou oito dias na França, entre 12 e 19 de maio. Margareth se reuniu com a ministra da Cultura da França, além de atividades relacionadas ao setor audiovisual.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/xwk-brasil/ministra-leva-bonde-de-14-pessoas-para-curtir-festival-de-cannes)
Esse “CUmunistchinha que adora uma boquinha” já deveria estar preso há muito tempo!
“O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ameaçou prender nesta tarde o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, durante uma audiência da ação penal sobre tentativa de golpe de Estado.”
(+em: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/05/23/moraes-ameaca-prender-ex-ministro-por-desacato-em-acao-no-stf-sobre-golpe.htm)
Todo mundo viu a roubalheira nas construções dos estádios de futebol para a copa em que levamos 7 a 1 da Alemanha.
Só ele, como ministrim dos Esportes, nada viu. . .
Hoje, a maioria desses estadios são verdadeiros “elefantes brancos”!
Cadeia seria pouco para esse “porra louca”!
Antes que a quadrilha do. . .(você sabe quem) o roube, corra lá!
“A Receita Federal liberou nesta sexta-feira (23) a consulta ao primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2025. O pagamento será feito no dia 30 na forma definida pelo contribuinte ao entregar a sua prestação de contas: Pix ou depósito em conta bancária.”
. . .
Entre no site de consulta da restituição: https://www.restituicao.receita.fazenda.gov.br/
Extraído do texto de Fernando Narazaki, FSP, 23/05/25)
Enquanto os bebes reborn se multiplicam. . .
“Nascimentos no Brasil atingem menor número em quase 50 anos.”
(Lara Brito, Poder360, 23/05/25
“O Brasil teve 2,52 milhões de nascimentos em 2023. O número é o menor desde 1976 e marca o 5º recuo anual consecutivo. Os dados fazem parte das Estatísticas do Registro Civil, divulgadas na 6ª feira (16.mai.2025) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
. . .
(+em: https://www.poder360.com.br/poder-brasil/nascimentos-no-brasil-atingem-menor-numero-em-quase-50-anos/)
“Crusoé: A sem noção” (1)
– Janja cria problemas em série para o Brasil e para o governo Lula. E mais: a pegadinha do fim da reeleição e a pressa na sucessão da CBF.
(Redação O Antagonista)
O episódio é anedótico. Durante o voo após uma extenuante viagem para a China com a comitiva presidencial em 15 de maio, Lula inquiriu seus ministros para saber qual deles vazou a indiscreta interpelação da primeira-dama Janja em um jantar com o ditador chinês Xi Jinping.
Houve troca de olhares entre Simone Tebet (Planejamento), Alexandre Padilha (Saúde) e Carlos Fávaro (Agricultura).
Um clima de desconfiança se instalou no ar. A cena foi tema de reportagem da Folha de S. Paulo, e confirmada por Crusoé com membros do Palácio do Planalto.
Entre trocas de justificativas dos principais integrantes da comitiva, a suspeita pelo vazamento recaiu sobre dois nomes, contam Wilson Lima e Guilherme Resck em A sem noção (1), reportagem de capa da edição desta semana de Crusoé, sobre os problemas em série criados por Janja para o Brasil e para o governo Lula.
Outros destaques de Crusoé
Também nesta edição, Wilson Lima e Guilherme Resck chamam atenção para A pegadinha do fim da reeleição (2): a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que avançou na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta semana abre margem para beneficiar os atuais senadores.
E Rodolfo Borges organiza, em Jogo rápido na CBF (3), as informações sobre a desorganizada Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que se prepara para empossar, com a pressa costumeira, o até outro dia desconhecido Samir Xaud, de Roraima, como o novo responsável por comandar o futebol brasileiro.
Colunistas
Privilegiando o assinante de O Antagonista+Crusoé, que apoia o jornalismo independente, também reunimos nosso timaço de colunistas.
Nesta edição, escrevem Dennys Xavier (Janja, Janjo e a visão dos ungidos) (4), Leonardo Barreto (A jornada do Orçamento da União) (5), Gustavo Nogy (E se a gente deixasse pra lá?) (6), Josias Teófilo (O agente secreto da banalidade) (7), Jerônimo Teixeira (Querem regulamentar o bebê reborn) (8) e Rodolfo Borges (160 anos sem solidão) (9).
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(+em: https://crusoe.com.br/)
(1) +em: https://crusoe.com.br/noticias/a-sem-nocao/
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(7) +em: https://crusoe.com.br/noticias/o-agente-secreto-da-banalidade/
(8) +em: https://crusoe.com.br/noticias/querem-regulamentar-o-bebe-reborn/
(9) +em: https://crusoe.com.br/noticias/160-anos-sem-solidao/
(Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/crusoe-a-sem-nocao/)
Haja aumento de impostos. . .
“Em 2024, a “condução de veículos” no STF custou R$5,2 milhões; incluindo R$735 mil com combustível e R$235 mil com lavagens.”
“O Lula 3 é o governo que mais gasta com viagens na História: R$5,1 bilhões desde a posse, em 2023. E não inclui Lula, Janja, ministros etc.”
(Coluna CH, DP, 23/05/25)
E cadê os “representantes do povo”?
Ora, torrando recursos públicos!
Isso corrobora com a máxima: na PeTezuela até o passado é incerto!
“Não era ideologia”
Os R$100 mil da comissão de anistia para Dilma Rousseff, por fatos de 6 décadas atrás, faz lembrar a atitude digna de Millôr Fernandes, crítico desse oportunismo da esquerda: “Não era ideologia, era investimento”. Tinha autoridade: foi um dos intelectuais mais perseguidos na ditadura.
(Coluna CH, DP, 23/05/25)
O governico de lula decaído, janja calamidade & a$$ociado$ para não ser forçado a recuar dessa proposta também, já aplicou o “é dando que se recebe”!
“Governo vai travar R$ 7,8 bi em emendas parlamentares para cumprir regras fiscais”
– Esforço será proporcional diante de congelamento de R$ 31,3 bi do Orçamento de 2025.
(Idiana Tomazelli e Adriana Fernandes, FSP, 23/05/25)
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O contingenciamento poderá ser revertido ao longo do ano caso o governo obtenha novas receitas. Como mostrou a Folha, o Executivo planeja reforçar a arrecadação com um novo leilão de petróleo hoje pertencente à União. A medida ainda precisará ser aprovada pelo Congresso, mas a possibilidade de descontingenciar recursos, inclusive emendas, pode ajudar o governo na tarefa de convencer os parlamentares.
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(+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/05/governo-vai-travar-r-78-bi-em-emendas-parlamentares-para-cumprir-regras-fiscais.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)
É uma aPaTralhada atrás da outra. . .
“Governo Lula recua em parte das medidas de elevação do IOF após críticas”
-Fazenda diz que ‘ouviu país’ e revê imposto sobre aplicações de fundos brasileiros no exterior e remessas internacionais para investimentos.
(Catia Seabra, Adriana Fernandes e Idiana Tomazelli, FSP, 23/05/25)
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“O aumento no IOF acabou ofuscando a divulgação do congelamento de R$ 31,3 bilhões de despesas do Orçamento deste ano.”
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(+em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/05/governo-lula-faz-reuniao-de-emergencia-e-vai-rever-parte-das-medidas-do-iof.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)
Matutando bem. . .
O governico de lula decaído, janja calamidade & a$$ociado$ está mais perdido do que “bebe reborn” em berçário!
“De debate municipal ofuscado ao fim da reeleição, especialistas discutem texto que avançou no Senado”
– Medida, que faria eleitor apertar ‘confirmar’ nove vezes em uma única ida à urna, pode trazer diferentes impactos.
(Caio Sartori e Camila Turtelli, O Globo, Rio e Brasília, 23/05/25)
Com apoio declarado de líderes de partidos que somam mais de um terço do Senado, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue a reeleição para cargos do Executivo avançou na Casa, mas ainda não tem data para ser votada em plenário. Aprovado por aclamação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na quarta-feira, o texto fixa em cinco anos os mandatos, inclusive para deputados e senadores, e, naquele que é o ponto mais criticado por pesquisadores, a concomitância de todas as eleições. A medida faria o eleitor apertar nove vezes o “confirma” na urna, reduzindo, na avaliação de especialistas, o protagonismo do debate municipal e a atenção conferida ao voto para o Legislativo. Também esvaziaria o senso de prestação de contas da política com o eleitorado, dizem, dado que a população iria à cabine de votação em intervalos mais longos.
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) é favorável à proposta e avalia colocá-la em pauta antes de julho. A medida de maior consenso no Congresso é o fim da reeleição para o Executivo. Deputados e senadores continuariam aptos a se reeleger.
A proposta de unificação das eleições, no entanto, enfrenta resistências, sobretudo entre parlamentares do PT. Na previsão da proposta relatada pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), todos os mandatos passariam a ser de cinco anos, o que representaria redução em três anos para senadores e aumento em um ano para todos os outros. De uma só vez, o eleitor teria que votar para presidente, governador, prefeito, três senadores, deputado federal, deputado estadual e vereador.
Para entrar em vigor, a PEC precisa do apoio de pelo menos três quintos dos parlamentares, em votações em dois turnos nas duas Casas. As novas regras teriam um período de transição até o alinhamento dos calendários, previsto para 2039.
Eleições simultâneas
A concomitância de todas as eleições, avalia a cientista política Lara Mesquita, professora da FGV EESP, é a mudança mais danosa. Iria na contramão das principais democracias do mundo — que, assim como o Brasil, intercalam eleições locais ou regionais com a nacional — e teria consequências tanto para a tomada de decisão do eleitor como para a logística do dia da votação.
— Haveria uma sobreposição de temas nacionais e locais, e me parece que o debate local ficaria prejudicado. É um modelo que produziria incentivos para que o eleitor prestasse menos atenção nas questões locais, assim como no Legislativo — diz.
Nas eleições municipais, a despeito de alguns candidatos a prefeito buscarem se associar a figuras do cenário nacional, é comum que os temas do dia a dia da cidade se sobressaiam. Casada com a eleição de presidente e governador, a disputa poderia ficar contaminada.
Há também, aponta Mesquita, impacto na logística da eleição.
— O eleitor votaria nove vezes, o que criaria um desafio relacionado ao tempo dele na urna, às filas que causaria. Ou aceitaríamos que o processo seria mais demorado, cansativo, o que por si só pode ter um efeito na vontade do eleitor em ir votar, ou teríamos que botar mais dinheiro na operação toda — afirma. — E a distribuição da propaganda eleitoral, como fica? E a distribuição de dinheiro de campanha?
Na CCJ, o relator Marcelo Castro evocou o oposto para defender a PEC: a suposta redução dos recursos públicos empregados no financiamento de campanhas.
Crítico à ideia da concomitância, o PT ainda não formou posição, mas o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), endossa a tese de que o debate municipal ficaria prejudicado:
— Unificar as eleições significa nacionalizar tudo. Vamos debater menos os problemas das cidades.
Os temas nacionais, classifica o cientista político Rafael Cortez, são “transversais” e, portanto, têm mais repercussão.
— Além disso, exige uma grande simetria de informação do eleitor para fazer um voto que não seja meramente uma formalidade. Demanda muito do eleitor — afirma o sócio da Tendências Consultoria e professor do IDP.
Fim da reeleição
Introduzida na Constituição em 1997, durante o governo FH, a reeleição permitiu que o próprio tucano fosse reconduzido no ano seguinte. Vinte e três anos depois, Fernando Henrique Cardoso afirmou que, embora a medida tenha trazido estabilidade em um primeiro momento, ele passou a considerá-la um erro.
Entre os senadores, a ideia de acabar com a reeleição parece consolidada. Segundo Carlos Portinho (PL-RJ), que ajudou a costurar o acordo para a aprovação do texto na CCJ, “a alternância de poder é fundamental para o fortalecimento da democracia”.
O projeto, contudo, parece não se preocupar de fato com a alternância de poder e a renovação de quadros, avalia Lara Mesquita. Afinal, um mesmo político poderia voltar à Presidência depois: o texto não prevê um limite de mandatos, e sim o fim da recondução.
— A discussão sobre reeleição é sempre circunstancial, como foi a própria criação da medida. Não está pautada por um bom diagnóstico. Se estou ganhando eleições, defendo a reeleição; se estou perdendo, quero o fim.
Tanto ela quanto Rafael Cortez dizem que não há evidências empíricas de que reeleição produz governos piores. O sócio da Tendências frisa, inclusive, que a literatura sobre o assunto trabalha muito com a ideia de accountability, ou seja, a prestação de contas do político com o eleitor a cada processo eleitoral.
— Políticos são racionais, querem ganhar eleições e produzem políticas públicas para prestar contas ao eleitor. Eleições são o espaço para o eleitor punir ou aprovar o governante. A PEC expõe uma leitura diferente, a tese de que reeleição reforça o voluntarismo e o populismo — analisa. — E imagina que o presidente não teria incentivo para adotar medidas “eleitoreiras” só porque não disputa reeleição. Ignora que pertencem a partidos e querem beneficiá-los.
Se, no Senado, a proposta encontra apoio, na Câmara o ambiente é mais incerto. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não se manifestou. Líder do PL, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) disse ser a favor do fim da reeleição, mas ainda não reuniu a bancada. O PT do presidente Lula, por sua vez, costuma defender a reeleição. Das últimas seis disputas presidenciais, o partido só perdeu a de 2018.
Mandatos de cinco anos
Para compensar o fim da reeleição, o texto aumenta os mandatos. Mas, no caso dos senadores, o que ocorre é uma redução em três anos. Isso também impactaria na forma de eleger os representantes daquela Casa, com os três senadores de cada estado escolhidos de uma vez.
O modelo, avalia Rafael Cortez, além de criar uma distância maior entre cada prestação de contas da classe política com o eleitorado, pode causar consequências mais duradouras para “ondas” eleitorais. Hoje, com a renovação do Senado alternada, em vez de ser feita toda de uma vez, a Casa fica menos suscetível a ser tomada por um mesmo movimento político de modo súbito. A leitura também vale para os cargos municipais.
— Atualmente há uma distribuição de paixões, evitando que leituras apaixonadas de curto prazo contaminem todo o cenário. O Senado, que é a Casa da qual se espera maior moderação, a Casa revisora, de ampliação de consensos, ficaria mais suscetível a ondas.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/05/23/de-debate-municipal-ofuscado-ao-fim-da-reeleicao-especialistas-discutem-texto-que-avancou-no-senado.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)
Matutando bem. . .
Se, a concomitância for acatada “o debate municipal ficaria prejudicado”, como alega o “lindinho da dilmaracutaia”, então, para que isso não ocorra, deverá ter 3 eleições: uma a nível nacional, outra estadual e finalmente a municipal. Ou não?
“Desmonte da legislação ambiental custará caro ao país”
– Votação exibe força de Alcolumbre e isolamento de Marina, mas maior derrotado é o meio ambiente.
(Bernardo Mello Franco, O Globo, 23/05/25)
A ministra Marina Silva definiu como um “golpe de morte” o projeto que desmonta as regras de licenciamento ambiental no país. Apesar de múltiplos alertas, o texto passou com folga no Senado. Foi aprovado por 54 votos a 13.
A proposta enfraquece os órgãos de fiscalização e reduz a exigência de estudos técnicos para liberar empreendimentos. Na maioria dos casos, bastará entregar uma autodeclaração para receber a licença.
A ideia pode parecer razoável a empresários de boa-fé, mas abre a porteira a quem se lixa para o meio ambiente. É difícil imaginar que algum desmatador vá procurar o governo para avisar que pretende poluir rios ou derrubar florestas.
O sistema atual tem gargalos que muitas vezes atrasam a emissão de licenças para quem cumpre a lei. Em vez de modernizá-lo, o Senado preferiu impor a lógica do liberou geral.
A bancada ruralista aproveitou para atacar ambientalistas e servidores do Ibama, tachados de radicais e inimigos do progresso. “Temos um Brasil moderno e um Brasil atrasado por conta de questões ambientais”, disse o senador Hiran Gonçalves. “Hoje a gente não tem mais medo de ONG”, emendou Plínio Valério. “Não me venham com discursinhos, porque quem sabe o que é viver na Amazônia é quem mora lá”, provocou Omar Aziz.
O desmonte da legislação ambiental deve custar caro ao país. A médio e longo prazo, tende a produzir mais eventos climáticos extremos, como a seca no Pantanal e a enchente no Rio Grande do Sul. Antes disso, pode criar embaraços à negociação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
O episódio ainda cria um fato negativo para o Brasil a menos de seis meses da COP30. O país que receberá o mundo para pregar o desenvolvimento sustentável é o mesmo que afrouxa suas leis para beneficiar madeireiros, mineradores e barões do agronegócio.
A votação desta quarta expôs a força do senador Davi Alcolumbre, que emparedou o Ibama para liberar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, e o isolamento de Marina Silva, que viu o Planalto cruzar os braços diante da passagem de mais uma boiada. Mas seria um erro reduzir a história a uma derrota pessoal da ministra. Quando o Congresso legisla contra a proteção ao meio ambiente, quem mais perde é a sociedade.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/bernardo-mello-franco/coluna/2025/05/desmonte-da-legislacao-ambiental-custara-caro-ao-pais.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)
“Michelle x Janja é especulação machista”
– Balão de ensaio presta desserviço à necessária participação maior de mulheres na política ao atrelar possíveis candidaturas a sobrenomes.
(Vera Magalhães, O Globo, 23/05/25)
Aliados de Lula e Jair Bolsonaro passaram a ventilar nos últimos dias os nomes das respectivas primeiras-damas, Janja e Michelle, como potenciais candidatas à Presidência no caso de inviabilidade, por diferentes razões, das candidaturas dos dois políticos. Trata-se daqueles jabutis da política: notícias que, assim como os quelônios, não têm capacidade de subir em árvores sozinhas e, se lá estão, é porque alguém colocou.
A especulação de que Michelle Bolsonaro poderia substituir o marido, que já está inelegível e pode vir a ser condenado no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado, é mais antiga e já viveu várias fases. No começo, Jair se irritava com a ideia, até proibia o PL de colocar a ex-primeira-dama em pesquisas internas para testar os potenciais sucessores ao seu lugar. Agora, o mesmo capitão passou a dar corda ao nome de Michelle, bem como ao dos filhos.
Tanto a recusa quanto o incentivo denotam o machismo enraizado do ex-presidente: primeiro, ao não admitir sombras à própria liderança; depois, quando o revés parece mais difícil de superar, deixando claro que só alguém completamente submisso a seus desígnios poderá contar com seu apoio.
A especulação sobre a possibilidade de Janja Lula da Silva vir a disputar a Presidência é mais recente e mais desprovida de propósito ainda. Isso porque Lula não só está apto a disputar novo mandato, mas porque, caso a ideia estapafúrdia avançasse, precisaria renunciar ao mandato seis meses antes, tisnando a conquista histórica e inédita de ter sido o primeiro presidente eleito três vezes pelo voto direto, e depois de enfrentar a adversidade de ter sido preso.
O mais surpreendente é que sejam aliados do presidente a alimentar a imprensa com esse balão de ensaio e até a encomendar pesquisas (!) para testar a popularidade de Janja. Tais movimentos só jogam água no moinho da oposição, que faz bullying com Janja desde o primeiro dia e tem investido na tentativa de demonstrar a “bidenização” de Lula. Quem precisa de inimigos se os aliados mesmo se encarregam de fornecer munição farta para o bombardeio?
A especulação de um cenário Janja x Michelle é um desserviço tremendo à discussão séria sobre o necessário aumento da presença feminina na política, disputando espaços de poder como a Presidência da República. Há várias políticas, de diferentes regiões, de praticamente todos os partidos políticos, da esquerda à direita, com diferentes trajetórias de militância e experiência executiva ou parlamentar, que poderiam ser cogitadas, preparadas e apoiadas de maneira séria e respeitosa para pleitear esse e outros postos.
Que só se imagine que quem tem os sobrenomes Lula da Silva ou Bolsonaro possa se credenciar para tanto é dobrar a aposta no personalismo caudilhista que marca a política brasileira historicamente e que, na atual quadra, se cristalizou na polarização entre os dois “maridos” em questão.
Que Bolsonaro, que nunca teve nenhum apreço pelas mulheres (pelo contrário), sempre pautou a vida política pelo próprio umbigo e colocou toda a família para criar nome e patrimônio à custa de mandatos invista nessa ideia é compreensível. No caso de Janja, cabe ao presidente Lula usar a autoridade que tem para instar seus aliados (fãs ou haters?) a parar de brincar com coisa séria num momento em que as crises reais já dão trabalho suficiente.
A sucessão do lulopetismo passa por investir naquelas e naqueles que podem indicar um caminho para a centro-esquerda que faça as pazes com o eleitorado e amplie esse espectro. Não por repetir o mandonismo patriarcal odioso da extrema direita com sinal trocado. Isso nada tem de progressista ou feminista, é só uma caricatura barata.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/vera-magalhaes/coluna/2025/05/michelle-x-janja-e-especulacao-machista.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)
Só pra SuTriFar. . .
Mas. . .em terras da suprema toga, tudo pode acontecer!
E. . .geralmente acontece!
O phutebol PeTezuelano jogado sob a suprema toga!
“CBF e Gilmar Mendes jogam contra ética em nosso futebol”
– Crise da seleção tem aspectos históricos, econômicos e culturais, mas entidade e magistrado tabelam a favor do atraso.
(Marcos Augusto Gonçalves, editor da Ilustríssima, FSP, 22/05/22)
Algumas hipóteses podem ser aventadas em busca de explicações para a continuada crise da seleção de futebol brasileira, agora em momento marcante, com a contratação de um treinador europeu consagrado para disputar a Copa do Mundo.
Seria possível, por exemplo, mencionar as novas realidades que se precipitaram no Brasil e no mundo nas últimas décadas, levantar os efeitos da consolidação da Europa como eixo da geopolítica da bola, discutir as defasagens táticas, profissionais e financeiras decorrentes dessa situação e apontar para o encerramento de um ciclo histórico que projetou o futebol-arte como símbolo vitorioso da identidade nacional.
Um homem sorridente está posicionado em frente ao escudo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que é grande e em relevo. Ele está vestindo um terno escuro e uma gravata preta, com um fundo que apresenta uma parede decorada com pequenos pares de chuteiras. O ambiente parece ser bem iluminado e moderno.
Essas transformações não representam uma condenação irreversível do ponto de vista da disputa esportiva. O Brasil poderá ganhar Copas e até se manter como o maior vencedor por certo tempo. É fato, porém, que triunfos inéditos de países como a Espanha e a França nos dizem alguma coisa sobre o que vem se passando.
Nesse cenário adverso, seria de se esperar que os responsáveis pelo futebol brasileiro tratassem de aprimorar sua organização e gestão –ou pelo menos de enfrentar as facetas mais evidentemente atrasadas da modalidade entre nós.
Questões elementares, como o calendário e a qualidade dos gramados, permanecem sem solução, ante a inépcia da CBF e da grande maioria dos dirigentes de federações e clubes, estes incapazes até mesmo de formar uma liga nacional.
A entidade máxima do futebol brasileiro tem patrocinado nos últimos anos, no deplorável ciclo Ednaldo Rodrigues, casos assustadores de gangsterismo e comportamento mafioso. É verdade que a instituição nunca foi referência em nada de edificante. É conhecida sua crônica de atividades escusas, enriquecimento vertiginoso de dirigentes, incúria e falta de profissionalismo.
O que ora se presencia, porém, com a ascensão de Samir Xaud a candidato único para presidir a instituição (graças a um regulamento eleitoral abjeto), excede todos os limites do bom senso.
É digno de nota e de preocupação —não esqueçamos— que o nome de Gilmar Mendes, magistrado do STF, tenha se associado aos descaminhos da entidade. Como se sabe, o IDP, empresa voltada para a educação da qual o referido ministro é sócio-fundador, firmou um acordo milionário para administrar e fornecer cursos à “CBF Academy”, braço pedagógico, digamos assim, da organização.
O contrato foi assinado na gestão de Ednaldo, ora afastado, depois de idas e vindas, uma das quais propiciada por uma liminar de Gilmar. Que o ministro não se sinta impedido de interceder é apenas mais um componente do escândalo de promiscuidades do tribunal.
Parece até aquele país fictício, mencionado por Conrado Hübner Mendes em uma recente coluna, no qual um juiz decano da corte suprema é também empresário. “Empresário do agro, empresário da educação, promoter e host de encontros multissetoriais da riqueza concentrada. Não reconhece conflitos de interesse quando julga caso da banca que remunera a esposa nem de patrocinador de sua empresa.”
A nós, brasileiros, amantes do futebol e bobos que prezam a ética, resta a indignação contra os acintes e a torcida para que mais uma vez alguma coisa boa aconteça no campo e nos redima, mesmo ilusoriamente, desse esgoto.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcosaugustogoncalves/2025/05/cbf-e-gilmar-mendes-jogam-contra-etica-em-nosso-futebol.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)
Redundantemente, redundante: jamais subestime a incomPeTência dos incomPeTentes do PeTê!
“BBB Brasil do gasto e do déficit do governo recomeça. Vai ter treta ou tédio?”
– Piora fundamental nas contas públicas já ocorreu, chance de novidade maior em 2025 é pequena.
(Vinicius Torres Freire, FSP, 21/05/25)
O BBB dos mais tediosos recomeça no Brasil nesta quinta-feira —as tretas sobre gastos, déficits e dívida do governo. O público em geral não presta atenção ou não se dá ao trabalho de entender a coisa, nem de se preocupar com as consequências, que afetam todo mundo, do miserável ao ricaço, para o bem ou para o mal.
O pacotinho fiscal de Lula 3 vai para o paredão? Nesta quinta, o governo vai contar em que pé andam as previsões de receita e despesa e o que pretende fazer a fim de cumprir as metas de gasto e de déficit deste ano. A cada bimestre, o governo faz um balanço da situação. A depender dos planos e das contenções de gastos que apresentar, poderia dar rolo.
Parece improvável que dê rolo. A piora fundamental nas contas públicas já ocorreu, como ficou evidente a partir de meados de 2024. A melhora fundamental depende, bidu, de planos de mudança fundamental, que não virão antes de 2027 e olhe lá.
A situação é ruim, mas parou de piorar, em suma. Assim deve ser neste 2025. No 2026 de eleição, sabe-se lá.
O governo deve cumprir suas metas para o ano, afora desastres. Quanto à redução do déficit de fato, o governo dependerá de receitas extraordinárias, como leilões e dividendos de petróleo e de estatais, incertos, ou de acordos de empresas com a Receita, que têm rendido pouco.
Quanto à despesa, os cortes de desperdícios e fraudes na Previdência e no BPC também rendem pouco. A despesa previdenciária deve aumentar mais do que o previsto, até porque talvez o governo enfim consiga diminuir a fila dos processos de pedidos de benefícios do INSS, que continua uma baderna.
Há quem queira que o governo anuncie contenção de despesa de R$ 30 bilhões ou mais, nesta quinta. Assim, criaria reserva de segurança para o cumprimento das metas. Parece improvável. Mas, se não acontecer, não deve haver sururu. De resto, o governo insinuou que haveria outras medidas fiscais, não se sabe se mais rotineiras, dessas bimestrais, ou algo mais.
Faz uns quatro meses, menos se fala do “fiscal”, com exceção das conversas de economistas, povos de mercados e donos do dinheiro grosso.
Depois do fiasco de público e crítica do pacote fiscal de novembro, que contribuiu para o pânico financeiro de dezembro de 2024, os mercados dos EUA se tornaram de novo os líderes da treta na casa da finança mundial.
Desde fevereiro, melhoras de preços e taxas por aqui foram em geral determinadas pelas idas e vindas de ações e taxas de juros americanas e por seus efeitos em outros mercados “emergentes”, com os quais disputamos parte do fluxo de capital no mundo.
As políticas lunáticas de Donald Trump fizeram com que alguns dinheiros deixassem o mercado americano e de alguns “emergentes”. Algum tutu pingou por aqui, valorizando ações brasileiras. O dólar se enfraqueceu um tanto.
O dólar menos caro ajudou até a diminuir as expectativas de altas adicionais de juros, da Selic. No mercado de juros também houve alguma redução do arrocho. Os juros haviam começado a subir em meados de 2024 e deram um salto mortal entre dezembro e janeiro, por causa da inflação em alta e por ter ficado evidente que o problema fiscal (dívida pública crescendo sem limite) não seria tratado neste governo.
O nosso fracasso suave deve continuar, por enquanto, até que o caldo ferva, a partir de 2027, com risco de entornar amargamente.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/viniciustorres/2025/05/bbb-brasil-do-gasto-e-do-deficit-do-governo-recomeca-vai-ter-treta-ou-tedio.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)
Perguntar não ofende. . .
E, se, para a desgraça do povo e a infelicidade geral da Nação, lula decaído for reeleito e o “caldo do fracasso suave ferver e entornar amargamente”, a culpa será de quem?
Antes das lamúrias. . .
Ouvíamos esse tipo de canção:
https://www.youtube.com/watch?v=3BDTbOnC8-I
. . .que somos forçados a ouvir hoje, rotuladas de “sertanejo”. . .
Saudosismo?
Reparem nos Violeiros:
https://www.youtube.com/watch?v=YisDEOp1rpA
O pinóquio nº 2 da PeTezuela!
“Após haver descartado aumento, Haddad mais que triplica alíquota do IOF”
– No início do ano, ele negou que o governo planejasse essa tunga.
(Redação Diário do Poder, 22/05/25)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou mais uma vez, nesta quinta-feira (22), que não se pode confiar no que ele afirma. Haddad, que no início do ano descartou completamente aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que incide sobre transferência de recursos para o exterior e nas compras internacionais com cartão de crédito, decidiu triplicar a alíquota do tributo, que passará de 1,1% para 3,5%, com vigência imediata.
Em 6 de janeiro, falando aos jornalistas após uma reunião com Lula (PT), Haddad descartou aumentar o imposto. “Não existe discussão de mudar regime cambial no Brasil nem de aumentar imposto com esse objetivo. Estamos recompondo a base fiscal por meio das propostas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”, disse ele. Era mentira ou não sabia o que dizia.
O aumento do IOF faz o ministro babar com a possibilidade de arrecadar ao menos R$20,5 bilhões em 2025 e R$41 bilhões em 2026 em mais essa tunga, que vitima sobretudo famílias de classe média, que costumam viajar ao exterior. A medida seria desnecessária se o governo cortasse despesas, mas o governo petista não cogita reduzir gastos, ao contrário.
O IOF incide sobre as seguintes operações financeiras:
– empréstimos (crédito pessoal ou financiamento);
– câmbio (compra de moeda estrangeira);
– seguros;
– investimentos (como compra e venda de títulos).
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/dinheiro/ttc-dinheiro/apos-haver-descartado-aumento-haddad-mais-que-triplica-aliquota-do-iof)
Esse vídeo alguém oferece ao taxxad como prova de O&R (*):
https://www.youtube.com/watch?v=bcC2iqjyimU
(*) Ódio & rancor. . .
A culpa é dos abnegados empresários que movimentam a engrenagem!
“E os pequenos comerciantes, o pequeno empresário e o povo em geral terminam pagando mais caro na energia do que aqueles que consomem muito, aqueles que são os grandes empresários brasileiros”
“Lula mira reeleição com luz de graça e descontos para os mais pobres”
– O presidente dobra a aposta na sua política de redistribuição de renda por meio do Estado. É uma velha estratégia de governantes que desejam aumentar sua popularidade.
(Luiz Carlos Azedo, Coluna Nas entrelinhas, em seu blog no CB, 22/05/25)
Com pompa e circunstância, tendo ao seu lado os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira, medida provisória (MP) que visa reduzir a conta de luz no país. Com gratuidade e descontos para famílias de menor renda, abertura do mercado de energia e revisão dos benefícios fiscais para o setor, a MP precisará ser aprovada pelo Legislativo dentro de 120 dias.
Com a popularidade em baixa, de olho na própria reeleição, Lula adotou o velho discurso do Robin Wood, o lendário herói do folclore inglês, que virou personagem da literatura, do teatro e do cinema. Era um arqueiro e espadachim habilidoso, renegado pela nobreza, que passou a roubar dos ricos para dar aos pobres. É uma fábula medieval da redistribuição de renda. “Todo mundo sabe que o povo mais pobre, que a classe média brasileira paga mais do que as
“E os pequenos comerciantes, o pequeno empresário e o povo em geral terminam pagando mais caro na energia do que aqueles que consomem muito, aqueles que são os grandes empresários brasileiros”, acrescentou.
Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, em coletiva de imprensa, explicaram que a medida vai garantir gratuidade do fornecimento de energia para 40 milhões de brasileiros de baixa renda e descontos para mais 60 milhões.
Ficarão isentas da conta de luz famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (R$ 759 atualmente) que consumam até 80 kWh/mês. Já famílias com renda per capita entre meio e um salário mínimo (R$ 1.518) que consumam até 120 kWh/mês terão desconto de cerca de 12% na conta, pois não vão pagar a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) inclusa no valor da energia. As concessionárias terão um prazo de até 45 dias para se adaptarem. A isenção e o desconto terão custo estimado em R$ 3,6 bilhões para os cofres públicos.
Lula dobra a aposta na sua política de redistribuição de renda por meio dos mecanismos de que o Estado dispõe. É uma velha estratégia de governantes que desejam aumentar sua popularidade, desde o presidente Getúlio Vargas. Reflete uma visão na qual a centralidade da política está na ação do Estado e não da sociedade civil, privilegia a relação direta do governante com o povo, sem intermediários.
Na terça-feira, Lula havia sido vaiado três vezes durante sua participação na Marcha dos Prefeitos, em Brasília: na entrada, no início e ao final de seu discurso. Embora também tenha recebido aplausos, as vaias sobressaíram. Lula não respondeu às manifestações, mas ironizou o discurso de abertura proferido por Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que o havia criticado momentos antes. “Hoje, o presidente da CNM voltou a ser o velho Paulo Ziulkoski, com um discurso mais inflamado e contundente — como sempre deveria ser um representante dos prefeitos”, afirmou.
Ligação direta
Uma das dificuldades de Lula para recuperar a popularidade são as mudanças que ocorreram na política brasileira. De um lado, a sociedade civil deixou de ser uma trincheira da esquerda, como ocorreu durante o regime militar, porque suas lideranças foram cooptadas para atuar no governo. Resultado: cada vez mais associações de moradores, clubes sociais e entidades corporativas estão sob controle de lideranças de direita, sobretudo pastores e militantes bolsonaristas.
Os sindicatos, cuja emergência na política marcou o século passado, com a chamada Era Vargas, e que são o lócus privilegiado da atuação do PT desde as greves do ABC de 1978, lideradas por Lula, já não têm o mesmo peso na representação popular, devido a mudanças estruturais dos processos produtivos. Nunca no país houve uma situação em que o poder de barganha dos sindicatos diminuiu com a expansão do emprego.
De ouro lado, a Constituição de 1988, ao reconhecer os municípios como entes federados, enfraqueceu o poder dos governadores na relação com a União, que passou a se relacionar também com os municípios. Essa mudança favoreceu fortemente a reeleição de Lula em 2006, ao permitir a implantação do Bolsa Família a partir da ação direta do governo federal junto aos prefeitos de todos os partidos. Entretanto, essa relação direta do governo federal com os prefeitos foi alterada profundamente com as emendas impositivas ao Orçamento da União.
A maior parte das verbas federais destinadas aos municípios é carimbada, como se diz no jargão administrativo. Isso significa que precisa ser transferida automaticamente do governo federal para as prefeituras. Os investimentos em obras e serviços, que antes levavam os prefeitos à peregrinação na Esplanada dos Ministérios, porém, agora são distribuídas por deputados e senadores, que controlam esses recursos por meio de emendas impositivas. Hoje, os prefeitos dependem mais do Congresso do que dos ministros.
(Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/azedo/lula-mira-reeleicao-com-luz-de-graca-e-descontos-para-os-mais-pobres/
É dando que se recebe! Não é a Oração de São Francisco mas, é a oração da PoliTicagem, estúpido!
“Governo federal recorre ao apoio das medidas provisórias”
Os congressistas correm o risco de perder o resto deste semestre atolados em medidas provisórias. Até aqui, são 23 em tramitação, três recém-publicadas e 18 na coordenação das comissões. Com a que foi divulgada ontem, são ao todo 24. Muitas estão com os prazos no limite de trancar a pauta. Essa avalanche chegando ao plenário é vista, na Câmara dos Deputados, como um sinal de que o governo não sente firmeza na base para que as propostas enviadas na forma de projeto de lei sejam apreciadas rapidamente.
Vale lembrar
No início, até que o governo tentou evitar recorrer às MPs. Agora, porém, abriu a porteira. Por sua vez, os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mais os líderes partidários, não conseguiram cumprir a promessa de instalar as comissões mistas para analisar essas medidas provisórias. Ou seja, a tensão vai imperar nesta seara em breve. E com o governo tendo que entregar tudo que o Parlamento pedir, a fim de tentar fazer valer a sua vontade.
Agências: uma crise logo ali
Além das medidas provisórias, o que vai tirar o sono do Poder Executivo são as vagas das agências reguladoras. São mais de 20. Há resistência no Senado a aprovar os nomes que o governo mandou e, de quebra, não há vontade do Executivo em trocá-los, porque os diretores interinos, geralmente técnicos das próprias agências, muitas vezes fazem o que o governo deseja.
(Denise Rothenburg, Coluna Brasília-DF, Blog da Denise, CB, 22/05/25)
Acredite, se quiser!
“Compartilhamento”
A Câmara dos Deputados abriga uma exposição sobre a licença paternidade.
A mostra vem para dar força ao projeto de lei que visa aumentar o tempo do afastamento para os pais, de cinco para 60 dias.
(Denise Rothenburg, Coluna Brasília-DF, Blog da Denise, CB, 22/05/25)
Dizia-se nas antigas que, em dias chuvosos. . .
o alemão ia roçar pastinho.
o italiano ia debulhar milho,
e o brasileiro, ia para a cama fazer filho!
Com a aprovação
dessa aberração,
está aí um motivão
para o brasileirão,
manter a tradição!
. . .
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
Vai manter a tradição
Vai meu bloco tristeza e pé no chão
. . .
A Saudosa, Elegantérrima e Genial Clara Nunes:
https://www.facebook.com/100050300305410/videos/clara-nunes-tristeza-p%C3%A9-no-ch%C3%A3o/1221681392329931/
“Reeleição: que vá embora e não volte nunca mais”
– Se “no meio do caminho tinha uma pedra”, conforme Carlos Drummond, a pedra no meio do caminho, do Brasil, sempre foi a classe política.
(Ricardo Kertzman, O Antagonista, 22/05/25)
Costumo dizer que a história recente do Brasil foi marcada por três momentos cruciais que, a despeito de todos os demais fatos históricos relevantes, nos conduziram até este miserável estado de coisas atual.
A transferência da capital, do Rio de Janeiro para Brasília, foi determinante para que nossos políticos se tornassem tão descaradamente corruptos – em todos os sentidos – e tão despreocupados com as consequências.
A reeleição de Dilma Rousseff e a posterior “morte em vida” – prestes a se tornar “morte em morte” – do PSDB, com a derrocada moral de Aécio Neves e o definhamento biológico e político do tucanato paulista, limitaram o país à mais estúpida das polarizações: Lula x Bolsonaro.
FFHH: o grande erro
Eu saltei, de propósito, o evento cataclísmico intermediário: a famigerada reeleição, inventada e “comprada” por Fernando Henrique Cardoso – a meu ver, ao lado de Michel Temer, ambos com todas as devidas ressalvas, os únicos presidentes decentes pós-redemocratização -, por mera vaidade e apego pelo poder.
O mal que isso nos causou – e ainda causa – é simplesmente inominável e incalculável. No Brasil, disputam-se e vencem-se as eleições, não para o mandato em jogo, mas para o seguinte. Os primeiros quatro anos servem apenas para demonizar o governante anterior e angariar recursos para o próximo pleito.
Se de fato for adiante o fim da reeleição, conforme proposta aprovada na quarta-feira, 21 na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Congresso, uma luz – ainda que do tamanho de uma formiga e brilho de uma lâmpada amarela de 220 volts – se fará acesa no fim do túnel de 500 quilômetros que separa uma democracia civilizada dessa pocilga chamada Brasil.
Tchau, querida
Se “no meio do caminho tinha uma pedra”, conforme declamou em verso e prosa Carlos Drummond de Andrade, a pedra no meio do caminho, do Brasil, sempre foi nossa classe política, ou seja, nós mesmos, afinal, essa gente estranha de Brasília não cai de Marte, mas para lá segue a partir de nossas próprias casas e escolhas.
O certo é que, a cada novo ciclo eleitoral, a casta dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), nas três esferas (municipal, estadual e federal), se aglutina, se protege e cria instrumentos e blindagens que a enriquecem cada vez mais, pois praticamente não há alternância significativa de poder. No máximo, alguns nomes, mas jamais os grupos.
Lado oposto, a uma sociedade empobrecida pela sangria da renda tungada pela sanha arrecadatória e a corrosão monetária pela carestia advinda do sempre descontrolado déficit público, nada mais resta senão bancar com sangue, suor e lágrimas a festa da Corte tupiniquim. Na raiz deste sistema perverso até então inquebrantável, seguramente, ainda que, é claro, não só, está a famigerada reeleição. Que vá, portanto, embora, e não volte mais, pois já para lá de tarde.
(Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/reeleicao-que-va-embora-e-nao-volte-nunca-mais/)
Ninguém é besta de tentar empurrar o gênio de volta para o fundo da garrafa!
“Causa própria”
A “PEC do Fim da Reeleição”, que acaba com mandatos sucessivos para presidente, governadores e prefeitos, não mexe nos outros Poderes. Senadores, deputados e vereadores continuam sem limite de mandatos e ministros do STF permanecem com mandatos “vitalícios”.
“Acabou o interesse?”
A PEC 16/2019, que impõe mandato de oito anos, sem reeleição, para ministros do STF, dormita nas gavetas da Comissão de Constituição e Justiça do Senado desde outubro do ano passado. Nem relator tem.
“Prazo longo”
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) se apressou para anunciar que irá pautar o fim da reeleição no Executivo, mas não avisou que só valeria a partir de 2034. Se passar, ainda vai para a Câmara.
(Coluna CH, DP, 22/05/25)
Comprovar é difícil. Mas, duvidar, impossível!
“Dinheiro roubado ‘contaminou’ eleição, diz Evair”
(Coluna CH, DP, 22/05/25)
O dinheiro roubado dos aposentados do INSS “contaminou” as eleições de 2022, segundo convicção do deputado Evair de Melo (PP-ES), manifestada durante entrevista ao podcast Diário do Poder. “Olhe os sindicatos e associações que praticaram esse roubo e você vai ver os políticos que essa base apoiou”, diz. “Não vou dizer que [houve dinheiro roubado] na eleição de 2018, era só o início”, mas, para o deputado capixaba, na eleição de 2022 e 2024 “possivelmente teve muito”.
Eleições revisitadas
“A prestação de contas de 2022 deveria ser revisitada”, defende Evair, para quem é possível que o dinheiro roubado pode ser rastreado.
Lógica política
A possível contaminação se deu, segundo Evair, “na base da pirâmide, que é aquele a gente lá que elege o vereador que faz a sua base”.
Oposição mobilizada
O deputado garantiu que a oposição já está mobilizada para investigar o uso eleitoral dos bilhões roubados dos aposentados.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pt-bate-cabecas-na-disputa-pelo-governo-gaucho)
Onde mesmo que os PeTralhas não batem cabeças?
“PT bate cabeças na disputa pelo governo gaúcho”
(Coluna CH, DP, 22/05/25)
Petistas do Rio Grande do Sul não falam a mesma língua quando o assunto é a disputa pelo governo estadual. O senador Paulo Paim disse a lideranças locais que não pretende renovar o mandato, que termina em 2027. Mas não descartou disputar outros cargos eletivos e que até o deseja, deixando os petistas desconfiados de que ele pretende disputar o Palácio Piratini. Derrotado em 2022, Edegar Pretto ganhou boquinha na Conab como consolação e pretende ser candidato outra vez.
Petistas fazem fila
Não é só Pretto que está de olho nos movimentos de Paim. Até Pepe Vargas, ex-ministro de Dilma citado na Lava Jato, tem interesse.
Pimenta sonha
Quem trabalha noite e dia para ser o nome do PT para o lugar de Eduardo Leite (PSD) é o Paulo Pimenta, deputado e ex-Secom do Lula.
Chance é pequena
Pimenta até levou Lula no papo, que inventou um ministério extra para “reconstruir o Estado”. Com desempenho fraquíssimo, foi logo demitido.
Se oferecer, ela quer
A mais fraca pretendente é Maria do Rosário, que tomou uma sova de votos de Sebastião Melo (MDB) na disputa de Porto Alegra: 61% a 38%.
(Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/pt-bate-cabecas-na-disputa-pelo-governo-gaucho)
Teclando sobre PeTralhas. . .
Sabem o que a propina disse para o pixuleco?
“É dus carecas qui nóis gosta mais!”
Caca lulu fura o bumbo do faveco didi!
“Eu queria fazer uma observação, se Vossa Excelência me permite, ministra Cármen Lúcia, que é a mais antiga dentre os presentes”, disse Dino.
A ministra prontamente respondeu:
– “Não, não sou a mais antiga, sou a que está há mais tempo no tribunal”.
(+em: https://www.poder360.com.br/poder-justica/dino-cita-carmen-lucia-como-antiguidade-e-ministra-rebate/)
Veja vídeo em: https://youtu.be/TmA9kcMSOeM
“Tudo a Ler”
(Isadora Laviola, jornalista da editoria de Livros, FSP, 21/05/25)
Caro leitor, cara leitora,
A parte mais vulnerável de nós, segundo Tracy K. Smith, é “perceber que as nossas lembranças mais profundas também ressoam em gente que achamos que não têm nada a ver conosco.”
Essa percepção, como conta Smith ao editor Walter Porto (1), veio quando ela serviu como espécie de embaixadora da poesia nos Estados Unidos —por dois anos que coincidiram com o início do primeiro mandato de Donald Trump. Enquanto cumpria o dever, viajou o país lendo poesia em comunidades que não costumavam receber festivais literários ou ver pessoas negras como ela falando em público.
Era nessas ocasiões que via pessoas de vidas e partidarismos diferentes se emocionarem com poemas, como um sobre uma criança imigrante confusa com um idioma diferente.
Smith é mulher, negra e americana. Já sua poesia é instigada por perguntas que ficam abaixo desses marcadores de identidade. É por suas partes mais profundas que ela cria identificação com público tão diferente dela própria.
“A poesia sempre foi ensinada numa linha ‘aqui está um poema que esconde algo, você consegue analisar, decifrar e resumir o que ele diz?’ E não é isso que os poetas buscam fazer”, afirma. Os poemas são feitos para serem ouvidos e sentidos. Eles perguntam mais do que respondem. E, por isso, não pertencem a ninguém e a todos.
(1) “Sou mulher e negra, mas meus poemas vêm de lugar mais fundo, diz Tracy Smith”
– Escritora premiada vem ao Brasil abrir o novo festival Poesia no Centro e lançar livro inspirado no seu ‘deus secular’ David Bowie.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/sou-mulher-e-negra-mas-meus-poemas-vem-de-lugar-mais-fundo-diz-tracy-smith.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler#comentarios)
Acabou de chegar. . .
“Uma Visão Pálida das Colinas” (trad. Jorio Dauster, Companhia das Letras, R$ 89,90, 200 págs., R$ 44,90, ebook) foi a estreia do Nobel de Literatura Kazuo Ishiguro, então com 27 anos. O romance é narrado por Etsuko, uma mulher que tenta lidar com o suicídio da filha mais velha enquanto vive com a filha mais nova. Para a crítica Laura Erber (**), o livro revelou o talento do jovem Ishiguro e o situou na cena literária como uma voz narrativa deslocada e singular.
(**) “Primeiro romance de Kazuo Ishiguro tensiona os limites da memória”
– ‘Uma Visão Pálida das Colinas’ testa o tempo todo a confiabilidade de sua narradora, uma mãe em luto pela morte da filha.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/primeiro-romance-de-kazuo-ishiguro-tensiona-os-limites-da-memoria.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
“A Devoção do Suspeito X” (trad. Shintaro Hayashi, Estação Liberdade, R$ 84, 352 págs.) trata de uma investigação policial com os culpados revelados já nas primeiras páginas. E o leitor acaba partidário das criminosas —“talvez por sua falta de iniciativa e subserviência às figuras masculinas”, como aponta o crítico Diogo Kaupatez (***). Yasuko é uma mãe solteira de meia-idade em uma rotina previsível até o surgimento de seu ex-marido, que quer extorqui-la. Num ímpeto, Yasuko e sua filha assassinam o chantageador e ficam na mira da polícia.
(***) “Romance policial de Keigo Higashino faz o leitor torcer pelos vilões”
– ‘A Devoção do Suspeito X’, segunda ficção do prolífico japonês lançada no Brasil, revela culpados já em suas páginas iniciais.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/romance-policial-de-keigo-higashino-faz-o-leitor-torcer-pelos-viloes.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
“Os Monstros de Hitler” (trad. Gisele Eberspächer, Zahar, R$ 159,90, 552 págs., R$ 49,90, ebook), do historiador Eric Kurlander, aponta que o avanço de líderes como Donald Trump, Vladimir Putin e Jair Bolsonaro é sintoma de algo mais profundo do que uma simples virada conservadora. Seria resquício do que o autor chama de “imaginário sobrenatural” do nazismo. “A alternativa é aceitar que essas ideias retornam a cada geração —e isso é profundamente pessimista”, disse Kurlander à colunista Sylvia Colombo(****).
(****) “Nazismo foi influenciado pelo ocultismo e pensamento místico, diz historiador”
– Eric Kurlander vê em líderes autoritários de hoje as mesmas teorias conspiratórias e sobrenaturais do Terceiro Reich.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/05/nazismo-foi-influenciado-pelo-ocultismo-e-pensamento-mistico-diz-historiador.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
E mais. . .
Nesta semana, dois livros completaram seu centenário inquietando leitores e provocando releituras. Um deles é “Mrs. Dalloway”, de Virginia Woolf (*****). “Um romance cujas palavras parecem fazer mais sentido a cada releitura, feliz e infelizmente atuais”, como descreve a escritora Noemi Jaffe. A história de Clarissa Dalloway, uma dama da alta sociedade britânica que organiza festas disputadas, é contada por meio de fluxo de consciência, em um ritmo que borra as linhas entre a autora e seus personagens.
(*****) “‘Mrs. Dalloway’, que faz 100 anos, eternizou um dia e uma época.
– Um século depois, romance de Virginia Woolf ainda inquieta leitores com sua construção de tempo, memória e existência.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/mrs-dalloway-que-faz-100-anos-eternizou-um-dia-e-uma-epoca.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
O outro centenário, do romance “O Grande Gatsby” de F. Scott Fitzgerald, também tem no centro um festeiro da alta sociedade. Gatsby é apresentado pelo narrador Nick Carraway, um sujeito sem status social que começa a frequentar as festas do misterioso magnata americano, que nas primeiras páginas é mais uma entidade do que um personagem. “Talvez a obra de Fitzgerald ecoe com tanta força hoje por ter antecipado ondas como o culto a celebridades, o fascínio pela vida dos ricos e famosos e o louvor à ostentação”, escreve o jornalista André Barcinski (******)
(******) “‘O Grande Gatsby’ faz 100 anos como ícone maior da onda da ostentação”
– Ignorado em 1925, romance de F. Scott Fitzgerald virou símbolo do culto ao poder da grana e segue reverenciado em releituras.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/o-grande-gatsby-faz-100-anos-como-icone-maior-da-onda-da-ostentacao.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
O selo Escarlate, adquirido pela Companhia das Letras há cinco anos, está passando por uma repaginação para atender um público meio esquecido no mercado editorial. Como conta o Painel das Letras (*******), são as crianças de 8 a 12 anos, que compõem uma faixa etária chamada “middle grade”, na corda-bamba entre os livros infantis e as obras para jovens.
“Companhia reformula selo Escarlate mirando público pouco atendido por editoras”
– Marca quer falar mais diretamente a crianças de 8 a 12 anos, que ficam num limbo entre livros infantis e obras para jovens.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/walter-porto/2025/05/companhia-reformula-selo-escarlate-mirando-publico-mal-atendido-por-editoras.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
Além dos livros. . .
Hadi Matar, o homem que esfaqueou o escritor Salman Rushdie, foi condenado a 25 anos de prisão (********) por tentativa de assassinato e agressão. O ataque aconteceu em Nova York, durante um evento literário do qual Rushdie participava em 2022. O autor estava discursando quando o agressor invadiu o palco e desferiu cerca de dez facadas. Uma delas atingiu e cegou o olho direito de Rushdie.
(********) “Homem que esfaqueou Salman Rushdie é condenado a 25 anos de prisão”
– Jovem havia sido considerado culpado em fevereiro por crime contra o escritor, perseguido por extremistas islâmicos.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/homem-que-esfaqueou-salman-rushdie-e-condenado-a-25-anos-de-prisao.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
Em livro recém-lançado nos Estados Unidos, os jornalistas Jake Tapper e Alex Thompson mergulham nos bastidores da eleição presidencial americana de 2024 (*********) por meio de gafes cometidas pelo então presidente e candidato do partido Democrata, Joe Biden. O livro vai além da tentativa do partido de minimizar os sinais de declínio físico e cognitivo de Biden e mostra como sua demora em abandonar a corrida presidencial prejudicou a organização de uma alternativa forte dentro do partido.
(*********) “Livro expõe críticas de democratas a Biden e constrangimento com George Clooney”
– Obra inédita revela preocupações sobre desempenho e idade do ex-presidente, que não teria reconhecido o ator em evento de campanha.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2025/05/livro-expoe-criticas-de-democratas-a-biden-e-constrangimento-com-george-clooney.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
“Mário de Andrade sempre teve ‘fome de Brasil’”, aponta o jornalista Fernando Granato. Em 1925, escreveu seus “Dois Poemas Acreanos” —”Descobrimento” e “Acalanto do Seringueiro”— antecipando em dois anos a expedição amazônica que narra no livro “O Turista Aprendiz” (**********). A obra foi publicada postumamente e agora ganha nova edição pela Tinta-da-China Brasil.
(**********) “Mário de Andrade expressou sua ‘fome de Brasil’ em poema centenário”
– “Dois Poemas Acreanos”, escritos em 1925, anteciparam em dois anos primeira grande viagem do autor pelo país.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2025/05/mario-de-andrade-expressou-sua-fome-de-brasil-em-poema-centenario.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
“Livro resgata e mapeia 200 anos de debate constitucional no Brasil”
– Obra busca traçar como autores nacionais lidaram com questões que seguem atuais, como a relação entre o Executivo e o Legislativo e o papel do Judiciário.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2025/05/livro-resgata-e-mapeia-200-anos-de-debate-constitucional-no-brasil.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
“Veja cinco livros para conhecer Pepe Mujica, líder de esquerda morto aos 89”
– Presidente do Uruguai que virou ícone do progressismo latino-americano foi apaixonado por literatura e inspirou autores.
(+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2025/05/veja-cinco-livros-para-conhecer-pepe-mujica-lider-de-esquerda-morto-aos-89.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newstudoaler)
(Texto recebido pelo correio eletrônico)
Finalmente, a boiada vai passar, sem a necessidade dos famigerados “Parecer, caneta! Parecer, caneta!”, incentivados pelo ex ministrim do meio ambiente!
. . .”O novo marco legal libera do processo de licenciamento que existe hoje os empreendimentos de pequeno ou médio impacto e autoriza que tudo seja feito por autodeclaração.”. . .
“Novo marco do licenciamento ambiental mostra quem manda em Brasília – e não é Lula”
(Malu Gaspar, Rio, O Globo, 22/05/25)
A aprovação do projeto que flexibiliza as regras para licenciamento ambiental é o fim de uma novela que se arrastou por duas décadas no Congresso, deslanchou com Alcolumbre no comando do Senado e acelerou tremendamente depois que ele voltou do giro com o presidente da República por Rússia e China. Num mesmo dia, as comissões do Meio Ambiente e de Agricultura e Reforma Agrária aprovaram um relatório conjunto — algo raro de acontecer —, e o plenário chancelou o texto em regime de urgência com ampla maioria.
O novo marco legal libera do processo de licenciamento que existe hoje os empreendimentos de pequeno ou médio impacto e autoriza que tudo seja feito por autodeclaração. Libera de licença, também, a pecuária extensiva em fazendas pequenas e médias. Projetos de grande porte ainda precisarão de licenciamento, mas os pareceres de órgãos ligados aos povos originários, ao patrimônio histórico ou ao Ministério da Saúde se tornam apenas consultivos — podem ser ignorados.
Na sessão, o discurso de senadores foi tomado de euforia com uma lei que, de acordo com a relatora Tereza Cristina (PP-MS), traz regras ambientais claras que reduzirão a quantidade de obras paradas e permitirão mais investimentos em infraestrutura.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, chamou o texto de retrocesso, disse que ele “representa risco à segurança ambiental e social no país”, afirmou que ele dificultará o fechamento do acordo comercial do Mercosul com a União Europeia. Organizações respeitadas, como o Observatório do Clima ou o Instituto Socioambiental, lamentaram a aprovação do projeto às vésperas da COP30 em Belém e afirmaram que o texto abrirá a porteira a tragédias como as de Mariana e Brumadinho, atribuídas à flexibilização ocorrida em 2016. A liderança do governo já afirmou que várias das novas regras são inconstitucionais, sugerindo que o Palácio do Planalto deverá vetar alguns trechos — o que no cenário atual não quer dizer grande coisa, já que vetos podem ser facilmente derrubados.
Apesar de o tema ser complexo e estratégico, simplificações e lacração de todas as cores ideológicas são inevitáveis. Se é verdade que órgãos ambientais cometem excessos, achar que, num país como o Brasil, a autodeclaração resolverá o dilema entre o aumento dos investimentos e o respeito ao meio ambiente equivale a acreditar nos sentimentos de um bebê reborn.
O simbolismo da votação, porém, é inequívoco. Além de ser uma vitória do agronegócio sobre o ambientalismo, foi um passeio da oposição no Senado, onde a vida do governo deveria em tese ser mais fácil, já que, na Câmara, o bolsonarismo é forte e estridente. Mas, acima de tudo, foi uma demonstração de poder acachapante de Alcolumbre sobre o governo — ou, pelo menos, sobre o que Lula vendeu ao eleitorado em 2022.
Não é coincidência que a votação tenha ocorrido no dia seguinte à liberação, pelo Ibama, dos testes para exploração de petróleo na Foz do Amazonas pela Petrobras. Apesar do nome da região, os campos ficam em alto-mar no Amapá e mobilizarão bilhões para contratação de obras e serviços de todo o tipo no estado de Alcolumbre.
O senador não só está disposto a empregar todo seu peso político para fazer o empreendimento andar, como também a indicar gente sua para cargos fundamentais nas decisões ligadas à exploração da nova fronteira petrolífera — entre os quais diretores de agências reguladoras e, principalmente, do Ministério de Minas e Energia.
Nas últimas semanas, depois de ver que nem suas indicações e nem a pressão para derrubar o ministro Alexandre Silveira surtiram efeito, e que o Ibama não tomava nenhuma decisão, Alcolumbre ligou o rolo compressor. A autorização para os testes veio tarde demais.
Para completar, na última hora brotou no texto uma emenda que submete os pareceres técnicos do órgão ambiental sobre empreendimentos classificados como estratégicos a um conselho composto pelo ministério relacionado a ele, mais um representante da Presidência da República.
A valer essa regra, Lula certamente desempatará a disputa a favor da Petrobras e de Alcolumbre. O presidente já deixou bem clara a sua posição. Mas, mesmo que não fosse o caso, pouco poderia fazer. Depois de estabelecer no Senado uma barreira ao avanço da oposição quando a Casa estava sob o comando de Rodrigo Pacheco, Lula caiu no colo de um Alcolumbre cada vez mais poderoso e insaciável.
Se os dois concordam, o arranjo é perfeito. Se discordam, porém, a votação desta semana mostrou que não há dúvidas sobre quem pode mais. Ao presidente da República, resta cortejar o novo rei de Brasília, torcendo para que isso não lhe custe o mandato.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/coluna/2025/05/novo-marco-do-licenciamento-ambiental-mostra-quem-manda-em-brasilia-e-nao-e-lula.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)
O piNçador Matutildo, piNçou:
“Se os dois concordam, o arranjo é perfeito.”
O Bedelhildo, sanou a dúvida:
– Quem discordaria desse prato cheio de possíveis PaTifarias? Alcolumbre? Lula?
E o Chatildo, arrematou:
Melhor mesmo é “acreditar nos sentimentos de um bebê reborn”!
“Tragicomédia”
– Bolsonaro não é um ex-presidente perseguido político, mas um candidato a ditador em julgamento.
(Merval Pereira, O Globo, 22/05/25)
Não foi um ato falho, ou “sincericídio”, que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro a declarar que, se fosse hoje, não levaria militares para o governo, mas políticos. Diante das provas contundentes apresentadas, confirmando as investigações da Polícia Federal ou acrescentando dados novos, não há mais escapatória jurídica para o ex-presidente, só política. Inclusive vinda do exterior. Enquanto a maioria do Congresso continua insistindo na aprovação da anistia, no Congresso dos Estados Unidos, em Washington, o secretário de Estado Marco Rubio confirmou ontem a análise de sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do processo contra os golpistas de 2023.
Não há nada mais próximo de uma pressão política indevida que essa confirmação do governo americano. Grave ameaça à soberania brasileira, como se vivêssemos numa ditadura bananeira, e a democracia precisasse ser salva pelos Estados Unidos. Acontece justamente o contrário. Como o presidente Trump não é nenhum exemplo de democrata, a situação torna-se tragicômica. Bolsonaro não é um ex-presidente perseguido político, mas um candidato a ditador em julgamento. Trump é um presidente autoritário, que usa métodos nada ortodoxos para fazer política internacional e só trata bem os aliados poderosos ou os que podem lhe dar alguma vantagem, como um avião novo para viajar pelo mundo nas asas da ditadura catari.
Beira o ridículo o governo americano querer tachar o governo brasileiro de ditadura que persegue adversários políticos por meio de seu Judiciário. Críticas ao STF devem ser feitas, e eu as faço, mas daí a considerar que adversários políticos não têm liberdade para atuar vai uma grande diferença. Mais ainda: acreditar na narrativa de Eduardo Bolsonaro, autoexilado nos Estados Unidos, é desconhecer a política brasileira. Ou melhor, é chancelar que são farinha do mesmo saco, têm a mesma visão de mundo. Ver o desmando acontecendo nos primeiros dias de Trump é antever o que aconteceria caso Bolsonaro tivesse vencido a eleição presidencial.
Os militares brasileiros deixaram insinuado em seus depoimentos que a certeza de que os Estados Unidos não apoiariam um golpe foi uma das razões para que não aderissem. O mundo com Biden no governo americano era um, o de Trump é outro, e hoje os bolsonaristas teriam certamente o apoio que lhes faltou.
Enquanto o líder da direita tenta salvar a própria pele, a política continua em efervescência. Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, e Ratinho Júnior, do Paraná, anunciaram que estão no páreo para a corrida presidencial de 2026. A direita anda se movimentando, mas, por enquanto, dividida. Essa é a característica principal. Se estiver unida em torno de um candidato, com apoio de Bolsonaro, é uma coisa; com vários candidatos da direita e centro-direita, só no segundo turno o grupo se une. Isso facilita para a esquerda, que está unida em torno de Lula — se for ele o candidato. Se não for, não se sabe o que poderá acontecer.
A movimentação a mais de um ano da eleição se deve à dificuldade de definir o quadro. De um lado, Bolsonaro insiste em sua candidatura, numa atitude política, mas não lógica, apenas para preservar o seu nome. Não pensa em preservar a direita ou arranjar um candidato forte para derrotar Lula. Ele quer se manter como principal líder da direita. De outro, Lula se mantém como principal líder da esquerda, desestimulando eventuais candidatos, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e esperando para ver quem será o candidato adversário, se ele tem chance, medindo a popularidade de seu governo, que no momento vai mal, desmentindo a tese de que é a “economia, estúpido”. A expectativa de que vai piorar e de que o governo é desorganizado supera a realidade momentânea, com bons indicadores de crescimento. Estão abertas as possibilidades dos dois lados para a disputa política. Não há nenhum candidato que seja óbvio.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/blogs/merval-pereira/coluna/2025/05/tragicomedia.ghtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsdiaria)
Emoldurando a charge. . .
“Fila recorde do INSS mostra Previdência largada”
– Sem transparência, fica a suspeita de que o governo deixou espera crescer para segurar a despesa no curto prazo.
(Adriana Fernandes, FSP, 21/05/25)
O explosivo aumento da fila de espera por benefícios do INSS é mais uma dor de cabeça para o presidente Lula em meio à tentativa do governo de abafar o abalo na sua imagem provocado pela crise do esquema criminoso de desvios do dinheiro dos aposentados e pensionistas.
A fila voltou a subir sob o governo Lula e chegou a valores recordes, atingindo 2,68 milhões de pedidos em abril. É quase o dobro de 12 meses atrás. A maior fila até então tinha sido em junho de 2019, de quase 2,5 milhões de pedidos.
Os números estavam literalmente escondidos, já que desde dezembro passado o Ministério da Previdência Social não divulgava os dados, a despeito das críticas dos especialistas em finanças públicas e da imprensa.
A fila do INSS é um retrato fiel de como a Previdência Social ficou largada sob a gestão do ex-ministro Carlos Lupi e anuência do resto do Palácio.
O pedetista deixou o cargo no rastro das fraudes nos descontos associativos, mas o estrago ficou para ser consertado. Quando Lupi assumiu a pasta, a fila estava em 914 mil. Ele praticamente triplicou o seu tamanho e foi um dos ministros que mais trabalharam para barrar medidas corretivas no pacote fiscal do ano passado.
É um desleixo inaceitável com os segurados do INSS e um problema adicional para as contas públicas. O número de benefícios requeridos chegou em abril a 1,06 milhão. Mais da metade deles —536 mil— é de requerimentos do benefício por incapacidade, concedido aos segurados por motivo de doença ou acidente.
A fila representa despesa represada, que terá que ser absorvida mais cedo ou mais tarde no Orçamento do governo. O custo é sempre retroativo e a fatura vem na forma de correção monetária e juros de mora.
Sem transparência, fica sempre a suspeita, de difícil comprovação, de que o governo deixou a fila crescer para segurar a despesa no curto prazo.
A prática já foi usada por outros governos. Especialistas apontam que o buraco da Previdência pode ser muito maior e alguns falam na necessidade de correção de R$ 20 bilhões nas previsões.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/adriana-fernandes/2025/05/fila-recorde-do-inss-mostra-previdencia-largada.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)
Entre suas preocupações com seus salários & benesses, eis um bom tema para os integrantes dos parasitários alto e baixo abraçarem!
“Os problemas do excesso de exames”
– Análises laboratoriais são recursos usados para confirmar ou descartar diagnósticos.
(Dráuzio Varella, médico cancerologista, autor de “Estação Carandiru”, FSP, 21/05/25)
Entrou com um calhamaço de resultados de exames de sangue. Estavam impressos em folhas numeradas de 1 a 83. Desperdício nababesco imprimir um resultado em cada folha de papel sulfite, em plena era digital. Qual a justificativa para tal número de análises?
Incluíam testes de função renal, hepática, pancreática, coagulação, sorologias contra bactérias e vírus, provas reumatológicas, imunológicas e todos os hormônios que o corpo humano já pensou em secretar, além do abecedário completo de vitaminas e sais minerais, da A ao zinco.
Quando perguntei que problema de saúde havia levado a tantas análises, respondeu que não tinha queixas, eram exames de rotina, pedidos na visita anual à ginecologista. Diante do meu espanto, ela argumentou: “Não paguei nada, eu tenho plano de saúde”.
Todos estavam dentro da faixa de normalidade, com exceção da dosagem de antimônio, discretamente aumentada. Experimentei a sensação de desconforto que o médico vive ao deparar com a própria ignorância. A única coisa que eu sabia sobre o antimônio é que fazia parte de uma liga usada nos para-choques dos carros antigos; não tinha ideia de sua função no organismo.
Ela quis saber o significado daquela alteração. Notei a expressão decepcionada quando pedi que procurasse a ginecologista que fizera a solicitação.
Análises laboratoriais são exames complementares, recursos que a medicina oferece para confirmar ou descartar diagnósticos baseados em evidências clínicas. Poucos devem ser pedidos de rotina: glicemia, colesterol, hemograma, sorologia para sífilis, HIV e alguns outros. Repeti-los a esmo causa uma série de problemas.
Primeiro: alguém vai pagar por eles, seja o SUS, seja o plano de saúde. Por incrível que possa parecer, nossas faculdades de medicina não se preocupam em preparar os alunos para prestar atenção aos preços dos medicamentos prescritos nem aos dos exames solicitados. Os pacientes ficam com a sensação de que nada lhes custará, poucos têm consciência de que o orçamento do SUS é limitado e que os gastos desnecessários com alguns farão falta para muitos.
Em relação aos convênios é até pior: como a pessoa paga todos os meses, conclui que não fazer uso deles é abdicar de um direito adquirido. Não pensam que o dinheiro desperdiçado será dividido nos reajustes das mensalidades do ano seguinte. É como tomar banhos de duas horas sem considerar que o gasto de água virá na conta do condomínio do prédio.
Segundo: exames realizados ao acaso sobrecarregam o sistema de saúde e podem criar a necessidade de ultrassons, tomografias, ressonâncias magnéticas e angiografias e dar origem a tratamentos clínicos e procedimentos cirúrgicos inúteis ou mal indicados, aos quais nós, médicos, damos o nome de iatrogenia.
Terceiro: resultados normais muitas vezes transmitem a falsa sensação de boa saúde. Ao pedir um simples hemograma, é comum ouvir: “Aproveita para pedir todos os exames, doutor, tenho plano de saúde”. Todo mundo já ouviu de um amigo sedentário que fuma, bebe e come exageradamente: “Fui ao médico, fiz todos os exames, estou ótimo”. Tive um velho professor que costumava advertir: “Cuidado, cansei de ver gente à beira da morte com exames impecáveis”.
Quarto: pedir excesso de exames não qualifica o profissional bem preparado, muito pelo contrário. Ao ver uma dessas listas intermináveis, fico com a impressão de que o médico não faz ideia do que procura.
Desculpe a visão pessimista, prezado leitor, mas a situação atual vai se agravar. De 1990 a 2024, enquanto a população brasileira cresceu 42%, o número de médicos quadruplicou.
O aumento se deu à custa da proliferação descontrolada de faculdades de medicina particulares. Hoje, são mais de 400, passamos à frente dos Estados Unidos (340 milhões de habitantes) e da China (1,4 bilhão). Perdemos apenas para a Índia, com cerca de 500 faculdades —para uma população de 1,42 bilhão.
Não se iludam, não temos professores para formar tantos alunos nem hospitais que ofereçam residência médica para tanta gente. A menos que implantemos exames seletivos para impedir que estudantes mal formados cheguem ao mercado de trabalho e que sejam fechadas as faculdades incapazes de prepará-los —como ocorreu nos Estados Unidos—, veremos a piora da assistência à saúde e o aumento crescente dos custos.
(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/drauziovarella/2025/05/os-problemas-do-excesso-de-exames.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newscolunista)
Exame de rotina, ou sacanagem para aumentar o custo do Plano de Saúde?
Ontem mesmo saí do consultório do cardiologista com um calhamaço de solicitações de exames dos mais variados possíveis.
Ainda brinquei com ele:
– Tudo isso para “me-prevenir-me” de possíveis problemas cardíacos, doutor?
– E se eu morrer atropelado assim que chegar à rua?
A propósito, enviei o texto acima à ele. Ainda não respondeu. . .
Matutando sobre a charge. . .
Esperar o que de uma Nação,
presidida por um ex ladrão,
segundo a suprema opinião!