Pesquisar
Close this search box.

SAMAE SE ESTABELECE NO IMPROVISO E POLITICAGEM

Não é de hoje que o Samae de Gaspar é um ambiente de politicagem e acomodação partidária na sua direção para algo muito sério, técnico, essencial às pessoas, à saúde e ao futuro da cidade (água, esgoto e lixo).

Foi assim, nos quatro primeiros anos do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB (2017/20), quando o mais longevo dos vereadores, José Hilário Melato, PP, trocou o mandato na Câmara pela nomeação de diretor-presidente da autarquia. No seu lugar no legislativo ficou um suplente sem voz e iniciativas, José Ademir de Moura, PSC. Quem se lembra dele? O que realmente ele fez pela cidade? Onde ele está?

Resultado dessa troca por jogo de poder político-partidário entre os vencedores – e sempre entre os mesmos – contra a cidade: uma Comissão Parlamentar de Inquérito na própria Câmara de Melato. Ela expôs Kleber e sua turma no caso da drenagem da Rua Frei Solano, especialidade que não era do Samae executar até então. Nem orçamento tinha!

Para este segundo mandato de Kleber está nomeado um supostamente com credenciais técnicas, Cleverson João Batista; ele está vindo da secretaria de Planejamento Territorial. Contudo, as improvisações do tempo da politicagem continuam.

Exemplos?

Há falta de planejamento, ou ação pró-ativa, ou compartilhada, ou reparativa e rápida em favor dos cidadãos e dos clientes – sim, todos pagam pelos serviços – do próprio Samae.

Devido as obras de duplicação da BR-470, ficaram sem água o moradores do “loteamento das casinhas de plástico” e arredores – ali no início do Belchior Baixo. E não foi coisa de horas, não. O sacrifício à gente humilde foi imposto pelo Samae e os políticos recém-eleitos para comandar a prefeitura por mais quatro dias, desde quarta-feira até o final-de-semana.

No sábado, pela mesma origem, a falta de água foi aos moradores e comerciantes do Sertão Verde. Inacreditável!

As consequências da gestão técnica temerária no Samae todos conhecem em Gaspar e foi tema recorrente deste espaço: aumentou-se o reservatório do Centro, mas não à sua capacidade de captação e tratamento para uma cidade que está crescendo desordenadamente e consumindo mais água.

Por isso, a região sul onde está o Bateias, Barracão e Óleo Grande está sendo suprida, em parte na demanda pelo improviso de caminhões-pipas. Eles transportam água do Centro ao reservatório do Bateias. Piada! Quando este “reabastecimento formiguinha” caro é insuficiente, o povo de lá fica sem água nas torneiras. E não é de hoje.

A necessária interligação do sistema do Bateias com o do Centro não foi feito ao tempo de Melato. Teimosia e falta de diálogo do Samae com o Deinfra para obter a licença para usar a faixa de domínio da Rodovia que vai a Brusque.

E olha que o reduto eleitoral do Melato – reeleito – é o Barracão. A improvisação dessa ligação com o Centro via o Macucos somente se iniciou depois da saída de Melato do Samae. E a obra, sob críticas devido à falta de um projeto, parou faltando apenas 400 metros (foto). Motivo? Férias! E em pleno verão e no auge da demanda de consumo de água. Inacreditável!

Tanto Kleber bem como os vereadores estão avisados dos desgastes que isso provoca na vida política deles.

Um vereador do grupo de Kleber e representante exatamente do Bateias, Evandro Carlos Andrietti, MDB, não se reelegeu. Passava a mão no problema para não zangar a turma do MDB e do prefeito. Resultado: ele zangou foi os seus eleitores. Agora, Andrietti, sem razão e sem olhar para o que fez contra seu reduto eleitoral, está inconformado.

Os três vereadores que deram a cara ao tapa para salvar Kleber, o governo, Melato e “enterrar” a CPI do Samae – que tem tudo para ser “desenterrada” por outras instituições – nas dúvidas conjuntas com secretaria de Obras e Serviços Urbanos, tiveram diminuídas as votações.

Francisco Hostins Júnior (de 1.954 foi para 1.070 votos) e Francisco Solano Anhaia, agora presidente da Câmara (foi de 1.180 para 933 votos), ambos do MDB. Já Roberto Procópio de Souza, PDT, nem reeleito foi; perdeu para o servidor e vereador de primeira viagem, Amauri Bornhausen e que lançou para fazer escada para si, mas aconteceu o contrário.

E olha que os quatro vereadores (Evandro, Hostins, Anhaia e Procópio) são do rolo compressor e da “Bancada do Amém” da coligação MDB, PSD, PP, PSDB e PDT. Ela foi vencedora com 65,60% dos votos válidos. O MDB fez cinco vereadores e o PDT fez um. Acorda, Gaspar!

Compartilhe esse post:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
LinkedIn
Email

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Não é permitido essa ação.