KLEBER TOMA POSSE E SEM QUALQUER OPOSIÇÃO

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, toma posse hoje para o seu segundo mandato na prefeitura de Gaspar. Assim quiseram 65,60% dos que foram às urnas em 15 de novembro. Incontestável. O que mais se aproximou dele na disputa foi o engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, PL, com 22,21%. Nem cócegas.

Então escrevo para menos de 35%. Espero que alfabetizados nas manhas políticas.

Afinal era uma campanha de oito anos – desde que Kleber perdeu para o segundo mandato consecutivo de Pedro Celso Zuchi, PT – contra 40 dias de Rodrigo e totalmente afastado da política; era uma aliança de grupo de empresários e profissionais liberais, com a máquina de governo e estrutura de mais de 150 comissionados sob um arco de cinco tradicionais fortes partidos coligados contra os minguados réis de um, sem estrutura e tradição na cidade, o PL.

Resumo do artigo. Nada vai mudar. Tudo tende a piorar. Ontem postei comentários sobre as contas da cidade encerradas ontem 31 de dezembro de 2020. É um retrato em números públicos. Não é ficção. Não é perseguição minha, como ontem mesmo alguém a beira mar reclamava.

No primeiro mandato, Kleber dividiu o poder com o PP e os nanicos PSC e PSDC, estes já devidamente desaparecidos. Agora, ele lidará além do PP, mais os gulosos PSD, PDT e o PSDB.

Esta fome por empregos e vantagens na máquina pública para seus aliados e a carta que assinou na subseccional da OAB de Gaspar para reduzir os custos do empreguismo por aqui ficarão permanentemente no meu radar. Um tem a obrigação de cobrar; o outro de fazer. E eu a relatar a quebra de contrato, alias que já se ensaiou despudoradamente mesmo em plena campanha. Ou seja, repito, nada mudará!

No segundo mandato, Kleber não terá a mínima chance de possuir alguma oposição na Câmara. E ai daquele – 11 dos 13 vereadores – que fugir da linha.

No primeiro mandato, Kleber até experimentou por alguns meses o gosto amargo de uma minoria Legislativa, tudo por erro e arrogância dos que mandam nele. Agora, todas as barbaridades serão aprovadas. Se foi assim quando ele tinha uma maioria apertada e nela passaram leis inconstitucionais, inclusive com o aval técnico da Câmara e o silêncio – ou pixotada – da oposição, imagina-se agora com fiscalização nula e barganha zero.

Resta o Tribunal de Contas que até interferiu nas espertezas contratuais, mas sob demanda de oposicionistas da Câmara. Do Ministério Público nada se espera.

Para os críticos esporádicos ou contumazes nas redes sociais, a turma do poder de plantão deu um jeito de assustá-los em dobradinha com a Delegacia de Polícia. Registra-se um BO. Dali se transforma num Termo Circunstanciado e sobe para o Fórum. Não dá em nada, mas dá trabalho e apavora os críticos. Uma festa.

Restou este espaço de resistência já acostumado com a fúria dos poderosos, seus relacionamentos facilitadores e as manhas para intimidar e censurar quem não precisa das migalhas que a Fraternidade oferta como única alternativa de sobrevivência fora dela. Vida longa ao Rei. O reinado está podre. Acorda, Gaspar!

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