ENQUANTO OS GESTORES DE GASPAR SE ENVOLVEM EM POLITICAGEM E MARKETING, OS OUTROS É QUE AVANÇAM

Os prefeitos catarinenses, com seus respectivos “padrinhos” deputados regionais, na Casa D’Agronômica com o governador Carlos Moisés. Faltou Gaspar.

Atualizado às 13h40min. Este é o retrato desta quarta-feira e que foi feito ontem. Quem avançou foram os outros municípios, não exatamente Gaspar. Gaspar só avança na deslocada, surrada, desconexa e desmoralizada frase marqueteira de governo.

Enquanto o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, com a cidade “pegando fogo”, especialmente na área de Saúde Pública que claramente não soube gerir até agora, publicava ontem na sua rede social, fotos dele comendo pastel com a família, uma dezena de prefeitos de Santa Catarina ia a Florianópolis para assinar convênios de obras estruturantes para seus municípios. Estavam lá com o governador Carlos Moisés da Silva, sem partido, o dono do tal Plano 1000.

Até o momento em que posto este artigo, o prefeito Kleber e seus “çábios” não publicaram, ou deram dicas de quando irão a Florianópolis para o mesmo tipo de cerimônia. Tudo por aqui é segredo na comunicação, menos no marketing politico eleitoral, dos disfarces dos problemas e de campanha antecipada.

Foram mais de R$1,3 bilhão. Eles saíram da propaganda – sim, porque nada é ingênuo, pois Carlos Moisés está se virando para a sua reeleição -, do discurso e foram para o papelinho e a tradicional foto com o governador e os deputados, incluindo o prefeito de fato de Gaspar que estava lá ontem na Casa D’Agronômica, Ismael dos Santos, PSD.

Os convênios de ontem foram assinados, com os respectivos valores, com os municípios de Blumenau: R$ 366.000.000,00; Içara: R$ 58.000.000,00; Jaraguá do Sul: R$ 184.000.000,00; Joaçaba: R$ 30.000.000,00; Palhoça: R$178.000.000,00; Mafra: R$56.000.000,00; Rio do Sul: R$ 72.000.000,00; São José: R$ 253.000.000,00; Videira: R$54.000.000,00;Xanxerê: R$ 52.000.000,00.

Gaspar tem direito a algo próximo a R$73 milhões, sem necessidade de retornar um tostão aos cofres do Estado. Este valor é muito mais do que aquele empréstimo para endividar a cidade em R$66,6 milhões que Kleber assinou com vários bancos no apagar das luzes do ano passado para obras. Estes recursos dos empréstimos, segundo Kleber, será usado para infraestrutura. E esta dívida dos empréstimos será paga com juros e correção monetária dos pesados impostos dos gasparenses.

E ontem, em Florianópolis municípios menores do que Gaspar foram lá assinar seus convênios, como Joaçaba, Mafra, Videira e Xanxerê, bem como o semelhante em população – pois esse é o critério da distribuição destes recursos -, Rio do Sul. Uma multiplicidade de partidos e interesses.

O que demonstra isso? A lerdeza de Gaspar.

Na verdade, quem já esteve lá dentro da prefeitura em área de comando, agora diz que o falta de verdade na administração de Kleber e de Marcelo de Souza Brick, PSD, são equipes qualificadas e ágeis em todas as áreas. Bingo! Isso todos em Gaspar estão carecas de saberem. E faz tempo!

Faltam, principalmente, líderes capacitados tecnicamente e com comprometimento com prazos, ou urgência inesperadas como estas, bem como com resultados inovadores e de qualidade.

E por quê? Porque há um exagerado empreguismo eleitoral e partidário na prefeitura de Gaspar, atributos que comprometem e jogam no ralo os projetos dos discursos, entrevistas e pedidos da comunidade. Eles não saem do papel, explica-me um técnico que vive andando sobre pregos.

E quando saem para a implementação, improvisa-se no pior dos mundos, como foi o caso da obra de drenagem da Rua Frei Solano, no Gasparinho, e que deu até numa CPI enterrada pelo governo Kleber na Câmara.

Então, resta ao prefeito Kleber, para salvar a imagem de bom moço e se posicionar para nova busca de votos, tomar café com a família, e publicar outras fotos com reuniões com seus secretários no seu gabinete. Estas fotos enchem álbuns e no fundo, elas não se traduzem em efetivo resultados para a comunidade.

A verdade é, que, nas outras fotos – as de ontem feitas em Florianópolis – e que se espalham por Blumenau, por exemplo e outros municípios, mostram um efetivo avanço dos gestores municipais para as suas comunidades.

Já as de Gaspar que mencionei, mostram que aqui, além das férias, faltou capacidade para arrumar a papelada e projetos e com eles, buscar o dinheiro que o governo do estado disponibilizou para aplicar em obras estruturantes, em quatro anos na cidade.

Ah, mais Kleber está priorizando – o que é um erro tático – a sua nova campanha política. Pode estar, mas está ao mesmo tempo, estraçalhando-a.

O prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Aleixo Lunelli, do mesmo MDB de Kleber, e só para citar um exemplo, estava ontem lá em Florianópolis. Era o primeiro da fila. Era o líder. Antídio está em uma campanha estadual para ser o candidato do partido a governador. Gasta um tempo bárbaro com isso. Entretanto, não descuidou do seu município e seus habitantes.

E por quê? Tem objetivos, tem planos, tem equipe e comprometimento administrativo com a sua cidade. Ou seja, ele sabe que cuidar ainda mais da sua cidade com soluções, ainda é a melhor campanha que pode fazer para o político e candidato Antídio. Já aqui…

Perguntar, não ofende: quem mesmo orienta Kleber neste quesito, para alertá-lo de que ele está obrigado a trabalhar muito mais por sua cidade se quiser ter um fio de esperança na campanha de deputado? Ou vai confiar só nos votos dos fiéis da sua igreja espalhada por Santa Catarina? Como já escrevi: está cada vez mais claro a cada dia, que Kleber, que se eleito deputado, não será representante de Gaspar e região.

E para encerrar o comentário de hoje. O verdadeiro retrato disso tudo está bem descrito pela leitora assídua do blog, Odete Fantoni, no comentário que ela postou ontem à noite.

Enquanto os políticos se ocupam em montar estratégias para o pleito de outubro,

O Covid está comendo solto por aqui Está na página da prefeitura: Dia 06/01/2022 haviam 228 casos de Covid em isolamento. Dia 11/01/2022, cinco dias depois, são 428 casos em isolamento. O local da vacinação? Mudou novamente“. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

Como funciona. Repórter vai o Hospital. Vê o caos. Sabe que não pode expressar o que vê no seu veículo por “n” questões. Faz a observação do caos na sua rede social pessoal. O poder de plantão fica indignado. Reclama. Resultado? É demitida.

O poder de plantão comemora tal feito de vingança ao invés de agir para diminuir o caos que está à vista de todos e contra a cidade. Os políticos no poder de plantão são assim mesmo: acham que vão tapar o sol com a peneira por todo o tempo e com migalhas à imprensa.

Isto eles não esquecem. O carnê do IPTU de Gaspar serão distribuídos a partir do dia 24 março. Quem pagou em dia no ano passado terá 5% de desconto, quem pagar a vista até o dia dez de março outros 5%, em algo que já foi de 15%.

O IPTU subiu 10,74% que era a inflação apurada em novembro. A oficial é menor: 10,06%. Ou seja, o reajuste é maior que a inflação. E o desconto, mostra que pagar à vista não é vantajoso no cenário em que a inflação é alta. A trama foi aprovada pelos vereadores, uma parte deles ainda hoje no mandato.

Os leitores e leitoras com os quais me relaciono – seja como fonte, ou por mera ou antiga proximidade – ontem entupiram meus canais pessoais de comunicação.

Uma das questões era o suposto enfraquecimento do presidente do MDB, Carlos Roberto Pereira, e do ex-prefeito e ainda presidente de honra do MDB, Osvaldo Schneider, o Paca.

Eu, por enquanto, não comungo dessa ideia. É preciso ver novos e repetidos gestos dos atores envolvidos nesta trama. Penso que ambos, saíram da linha de frente, exatamente para aguardar desfechos no cenário de Gaspar, regional e estadual. Eu faria o mesmo.

Paca, por exemplo, é protetor do vereador José Carlos de Carvalho Júnior, MDB. Ele pensa que é uma “roubada” o seu “apadrinhado” pegar a secretaria de Saúde neste momento com tantos problemas e pouca margem de autonomia, essencial para se criar soluções mínimas.

E esta margem estreita ao um novo titular que queira colocar a “casa em ordem” nesta área, também está ligada à eventual candidatura de Kleber.

Porque qualquer solução para valer e tentar reverter este quadro caótico criado por Kleber e seus “çábios” na Saúde pública de Gaspar, levará a remédios amargos, e remédios amargos é tudo que político não quer para si, infelizmente, em ano de eleições.

Ele prefere passar a conta para o povo, ou para o seu sucessor. E se for Marcelo de Souza Brick, PSD, este não tem a mínima intenção de resolver este grave problema a favor da cidade, cidadãos e cidadãs, principalmente os mais vulneráveis.

Os donos da cidade e que dizem que ninguém lê este espaço, já clicaram várias vezes aqui para ver se tinha “novidades”. Assim estoura os acessos. Acorda, Gaspar!

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