ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXXIX

Sai as escolas de samba e entra Bolsonaro na avenida. As alas da direita, conservadoras e liberais em ano de eleição estão em descompasso diante do enredo solo do mestre sala. A charge é de Cláudio no jornal Folha de S. Paulo, olhando apenas a cena paulistana, a quadra do ensaio marcado para o domingo dia 26. O samba atravessado, todavia, se replica pelos grotões bolsonaristas como Gaspar.

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38 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXXIX”

  1. Miguel José Teixeira

    À la boulos. . .

    “Congresso se omite”
    Tão vexatório quanto o desatino de Lula, na afronta a Israel, foi o silêncio dos presidentes da Câmara e do Senado, apesar dos graves danos causados ao País pelo comportamento irresponsável do presidente.
    (Coluna CH, DP, 20/02/24)

    Segundo a imprensa, sobre seu silêncio em relação à patacoada do lula, o boulos teria dito: “não sou candidato à prefeito de Tel Aviv”. . .

  2. Miguel José Teixeira

    . . .
    Anavantu, anavantu, anarriê
    Nê pa dê quá, nê pa dê quá, padê burrê
    Igualitê, fraternitê e libertê
    Merci bocu, merci bocu
    Não há de quê
    . . .
    Deu na Coluna do CH, DP, hoje:

    “3º mundo caricaturado”
    Diplomata francês muito influente, Gérard Anaud contou ontem no “X”: “Passei dois anos no Conselho de Segurança (da UNU) com o Brasil. Perdi todas as minhas ilusões sobre a política externa deste país, um Terceiro Mundo tão caricaturado que defendia a Coreia do Norte.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/repulsa-mundial-ao-comportamento-de-lula-deve-conter-crise-com-israel)

    Ouçamos pois, o Artigo 26 do Ednardo:
    https://www.google.com/search?q=ednardo+e+o+padeiro&sca_esv=297f8d6bee6ef7a9&sxsrf=ACQVn0_KFWE7xYayWPm9wypOfxqj1YZhuA%3A1708427395657&source=hp&ei=g4jUZfHVJfa25OUP7buBiAI&iflsig=ANes7DEAAAAAZdSWk-P7FFhK9ylDF2hc9VDABeFjyd6s&udm=&ved=0ahUKEwixo6mA5LmEAxV2G7kGHe1dACEQ4dUDCBU&uact=5&oq=ednardo+e+o+padeiro&gs_lp=Egdnd3Mtd2l6IhNlZG5hcmRvIGUgbyBwYWRlaXJvMgUQIRigATIFECEYoAEyBRAhGKABMgUQIRifBTIFECEYnwVIqDNQAFjqL3AEeACQAQCYAcMBoAHcGaoBBDAuMjG4AQPIAQD4AQHCAgoQIxiABBiKBRgnwgIMECMYgAQYigUYExgnwgIQEAAYgAQYigUYsQMYgwEYCsICCxAAGIAEGLEDGIMBwgIOEC4YgAQYigUYsQMYgwHCAgsQLhiABBixAxiDAcICDhAuGIAEGLEDGMcBGNEDwgIEECMYJ8ICCBAAGIAEGLEDwgIIEC4YgAQYsQPCAgUQLhiABMICDhAuGIAEGMcBGK8BGI4FwgIFEAAYgATCAggQLhiABBjUAsICCxAuGIAEGMcBGK8BwgIGEAAYFhgewgIIEAAYFhgeGA_CAgcQIRgKGKABwgIEECEYFQ&sclient=gws-wiz#fpstate=ive&vld=cid:78fcada2,vid:fyhbVzqaNQY,st:0&wptab=si:AKbGX_rtvl4gHjpzPKpYolykTK-DwT7ha6dJftcynCd9eVgGN0Fxv1U9w4a8OKPmTXLV-G17V5YTET6jpRG8WoAi890IGY7hvAvla7dZKmC-gTT4CrWEg033Au13tNcf8y5d0-4R6nz0VOFBCIaNYVVEi8bLKS00EOMfTHCROkuMfLkkyWS6zv8%3D

  3. Miguel José Teixeira

    . . .”O presidente e seus baba-ovos acham que sua imagem é mais importante do que a posição diplomática do Brasil.”. . .

    “Você não é o Estado, Lula”
    (Carlos Graieb, O Antagonista, 19/02/24)

    Lula insultou os israelenses e judeus em todo o mundo ao dizer que a guerra em Gaza só é comparável ao Holocausto nazista.

    Fez a pior analogia que se poderia fazer nesse caso, a mais obtusa e ultrajante, e recebeu uma resposta à altura: foi declarado persona non grata pelo governo de Israel.

    Em vez de engolir em seco, uma vez que lançou a primeira pedra, e buscar preservar a posição diplomática do Brasil, o petista agiu como se fosse o monarca francês Luís XIV (“o Estado sou eu”).

    No início da tarde desta segunda-feira, 19, ele mandou chamar o embaixador brasileiro em Israel para consulta – gesto que na linguagem da diplomacia põe os países no caminho de uma ruptura.

    Ofensas e mentiras
    Enquanto isso, gente como Janja, Gleisi Hoffmann e Paulo Pimenta tentava salvar o presidente da sua própria estupidez, dizendo que ele não pretendia atingir o povo judeu, mas apenas o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

    Ao fazer isso, Janja qualificou o governo israelense de “genocida”. Gleisi chamou Netanyahu de “fascista”. São desagravos histéricos ao chefão petista que, obviamente, não ajudam em nada o Brasil.

    Essa linha de defesa também é mentirosa. Se Lula quisesse de fato restringir suas críticas ao governo e a Netanyahu, teria feito isso.

    Celso Amorim, o chanceler das sombras do atual governo, demonstrou que também não distingue governo e nação judaica ao cometer o seu próprio ato falho.

    Igualmente histérico, disse que declarar Lula persona non grata era “um absurdo” e que a verdadeira persona non grata no cenário mundial “é Israel”.

    Não falou de Netanyahu ou seu gabinete, mas de Israel como um todo.

    Política externa à beira do abismo
    É compreensível que Janja e Gleisi se prostrem diante de Lula. Mas quando um diplomata experiente como Celso Amorim cede ao culto da personalidade e põe o insensato presidente brasileiro no mesmo plano de um país, ele rebaixa o Itamaraty e mostra que a política externa brasileira está à beira do abismo.

    O lapso de Amorim revela ainda o que vai pela mente da “esquerda global”. Para eles, o Estado de Israel é uma aberração histórica que precisa ser desfeita.

    Lula jamais critica as ditaduras da Rússia, da China, da Venezuela ou da Nicarágua, porque diz que é importante manter os canais de comunicação abertos para poder “promover a paz”. Não hesitou um instante, porém, em dizimar as chances de diálogo com Israel com sua fala desastrosa.

    Não há ingenuidade nisso, mas uma escolha e uma preferência. Lula está enganado se acha que as urnas lhe deram o direito de arrastar o Brasil nesse caminho.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/analise/voce-nao-e-o-estado-lula/)

    Matutando bem. . .
    Lula, seus bufões & bufonas, não apenas acham que as urnas lhe deram superpoderes. Eles tem certeza absoluta!

  4. Miguel José Teixeira

    Penso que, partido político em débito com a União, NÃO PODERIA receber nenhum recurso público, muito menos o pornográfico fundo eleitoral!

    . . .”Gilson Marques apresentou um projeto de lei para descontar as dívidas dos partidos com a Previdência Social do fundão eleitoral.”. . .

    “Deputado quer usar ‘fundão eleitoral’ para quitar o INSS”
    (Redação O Antagonista, 20/02/24)

    O deputado federal Gilson Marques (Novo-SC) apresentou um projeto de lei que estabelece que as dívidas dos partidos políticos com a Previdência Social serão automaticamente descontadas dos repasses mensais que eles recebem do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), conhecido como “fundão eleitoral”.

    A proposta tramita na Câmara dos Deputados.

    Marques afirma que os partidos devem dar o exemplo à sociedade ao quitar os débitos previdenciários antes de receberem quaisquer repasses do fundão eleitoral. O “fundão eleitoral” é aquele utilizado para as campanhas políticas.

    “Não é razoável o partido ter uma dívida com a União e receber da União para fazer campanha”, disse o parlamentar.

    Ao todo, as dívidas previdenciárias de partidos políticos chegam a 36 milhões de reais. Somente o PT deve 22 milhões. O União Brasil deve em torno de 4 milhões de reais; o PSDB, aproximadamente 3 milhões de reais e o MDB deve em torno de 2,2 milhões de reais.

    “Tal dívida não impediu que estes mesmos partidos tenham recebido recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, coloquialmente chamado de ‘fundão’, na ordem de 4,9 bilhões de reais apenas no ano de 2022”, argumenta o parlamentar.

    “Ao mesmo tempo, o déficit da previdência acumula mais de 267 bilhões de reais apenas no ano de 2023. O projeto moraliza essa questão junto aos partidos políticos, que devem dar o exemplo à sociedade ao quitarem seus débitos previdenciários antes de receberem quaisquer repasses a título de ‘fundão’”, acrescenta o parlamentar, que conclui.

    “A proposta visa efetuar o desconto automático do valor transferido a título de Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) para saldar os débitos previdenciários de partidos políticos inscritos em dívida ativa da União.”

    O projeto será analisado em caráter conclusivo, pelas comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ).

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/deputado-quer-usar-fundao-eleitoral-para-quitar-o-inss/)

    O piNçador Matutildo, piNçou:
    “Somente o PT deve 22 milhões.”

    E o Bedelhildo:
    Pois é! Sempre eles. . .

  5. Miguel José Teixeira

    Também, pudera! Na telona, sempre as mesmas figurinhas da telinha!

    “O cinema nacional é um fiasco retumbante.”
    (Amaur Segalla,Mercado S/A., correio Braziliense, 19/02/24)

    No ano passado, os 273 filmes brasileiros exibidos nas telonas responderam por apenas 3% do movimento das bilheterias do país. Em conjunto, as obras lucraram R$ 59 milhões, o que significou uma queda de 17% em relação ao desempenho de 2022 e de 81% versus o período pré-covid.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2024/02/19/interna_economia,395402/mercado-s-a.shtml)

  6. Miguel José Teixeira

    “Nova realidade de consumo faz Nike cortar custos”
    (Amauri Segalla, Mercado S/A., Correio Braziliense, 19/02/24)

    A americana Nike, maior marca de artigos esportivos do mundo, vai lançar um programa ousado de corte de custos. Sua meta é reduzir, nos próximos três anos, US$ 2 bilhões em despesas. Entre as iniciativas previstas está a demissão de 1,7 mil de seus 83 mil funcionários. Recentemente, a empresa reduziu a previsão de crescimento e culpou as mudanças da sociedade pelas dificuldades. Uma das teorias é que os consumidores estão trocando o consumo de bens por experiências como shows e viagens.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2024/02/19/interna_economia,395402/mercado-s-a.shtml0

  7. Miguel José Teixeira

    . . .”A reduzida a capacidade presidencial de manejar o orçamento dificulta o financiamento de novas políticas e investimentos e o impede até de satisfazer os partidos que sustentam seu governo, para assegurar a maioria no Congresso.”. . .

    “O presidencialismo de coalizão não acabou”
    (Sérgio Abranches (*), Caderno Política, Correio Braziliense, 19/02/24)

    O modelo político brasileiro não acabou. Continuamos com a forma presidencial de governo, com o sistema multipartidário fragmentado e a federação, com configurações partidárias diferentes da nacional. No presidencialismo, o presidente é o chefe de Estado e de Governo. No nosso modelo, precisa formar uma coalizão majoritária para governar. O processo político-eleitoral recente produziu anomalias que enfraquecem o presidencialismo, mas não o extinguem.

    O esvaziamento dos partidos tradicionais, pelo desgaste de antigas lideranças, mergulhou-os em profunda anemia de votos, provocando um realinhamento a favor de partidos do chamado centrão. Destituídos de políticos de relevância nacional, apostam no atendimento de clientelas e grupos de interesse abastados, fazendo uma política despolitizada. Uma política de serviços e não de programas públicos. Os partidos tradicionais de centro e centro-direita faziam um híbrido de política e serviço. A diminuição das bancadas tradicionais por perda de competitividade eleitoral do MDB, PFL/DEM, PSDB, e da esquerda, até mesmo do PT, abriu espaço para o centrão. Não por acaso, o PL, tocado pela onda bolsonarista fez a maior bancada em 2022. Ficou próximo das bancadas que antes faziam MDB, PFL, PSDB e PT. Sua fixação clientelista casou perfeitamente com a demagogia de Bolsonaro.

    Com a rearrumação das cadeiras na Câmara, pela via do troca-troca partidário, algumas das bancadas aumentaram, mas ao custo de se tornarem ainda menos coesas. O centrão jamais será pivô de coalizões viáveis. Não é esta a política que faz. O partido-pivô ajuda o governo a articular e mobilizar a coalizão. FHC teve PSDB e PFL, como pivôs. Lula, o PT e o MDB. O centrão é um aglomerado de partidos rentistas e nada mais. Vive da captura de recursos públicos orçamentários e de poder localizado. Bancadas menores facilitam seu controle da maioria. O governo não tem condições de formar uma coalizão majoritária e minimamente fiel neste quadro de fragmentação e super-representação do centrão. Pode parecer contraditório, a fragmentação eleitoral diminuiu, mas quase todos os partidos perderam cadeiras nas eleições.

    Outra anomalia resultou da eleição em 2018 de um governo disfuncional. Tomou posse um presidente politicamente limitado, indesejoso de governar com uma coalizão. Forçado a fazê-lo, mostrou-se incapaz de operar a coalizão majoritária que o apoiou. Bolsonaro terminou por transferir poderes para o Congresso, especialmente na execução do orçamento. Criou o famigerado orçamento secreto, diretamente manejado pelos presidentes das duas Casas do Congresso e alguns poucos parlamentares, sem transparência e sem controle. O presidente da Câmara controlou a maior fatia. O Supremo Tribunal Federal considerou a prática inconstitucional. O Congresso criou um novo sistema de emendas, que aumentou muito seu poder de execução direta do orçamento, uma prerrogativa exclusiva do Executivo no presidencialismo.

    Vivemos uma situação anômala de dominância legislativa do orçamento, que desorganiza o sistema de políticas públicas, interfere na capacidade de investimento do presidente e aumenta a desigualdade federativa. Essas distorções prejudicam a governabilidade e produzem um processo disfuncional de formulação e execução de políticas públicas. Perde a sociedade.

    O controle da maioria pelo centrão e a dominância do Legislativo sobre grande fatia do orçamento disponível para uso discricionário do Executivo impedem a formação de coalizões mais coesas e coerentes. Retiram do presidente ferramentas indispensáveis ao gerenciamento de uma coalizão majoritária minimamente coesa. A reduzida a capacidade presidencial de manejar o orçamento dificulta o financiamento de novas políticas e investimentos e o impede até de satisfazer os partidos que sustentam seu governo, para assegurar a maioria no Congresso.

    Boa parte da desarrumação política que vivemos se deveu à inapetência de Bolsonaro pela política. Seu interesse era por uma agenda minúscula de valores comportamentais. Seu descompromisso com a democracia foi revelado por inteiro na vasta rede de conspiração para um golpe que buscava impedir ou anular a eleição de 2022. Isso explica o desprezo presidencial por políticas públicas e sua recusa em adotar ações de Estado na grave emergência da pandemia. Explica, também, sua despreocupação com as distorções originadas pela dominância legislativa do orçamento e falta de transparência na gestão dos recursos públicos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2024/02/19/interna_politica,395412/sergio-abranches.shtml

    (*) Cientista político, professor universitário e analista político brasileiro, escreverá uma coluna quinzenal no Correio Braziliense)

  8. Miguel José Teixeira

    Achou um punho cerrado e nele esbarrou o nariz!

    “Israel declara Lula ‘persona non grata’ após comparação com Holocausto nazista”
    (FSP, 19/02/24)

    Em seguimento às reprimendas ao presidente Lula (PT), que comparou as ações de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto nazista, o Ministério das Relações Exteriores do governo de Binyamin Netanyahu declarou o líder brasileiro “persona non grata” nesta segunda (19).

    “Não esqueceremos nem perdoaremos”, disse o chanceler Israel Katz. Em mensagem ao embaixador do Brasil no país, seguiu: “Em meu nome e em nome dos cidadãos de Israel, diga ao presidente Lula que ele é persona non grata em Israel até que retire o que disse.”
    . . .
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/02/israel-declara-lula-persona-non-grata-apos-comparacao-com-holocausto-nazista.shtml)

    Só pra PenTelhar. . .
    Se lula é “persona non grata” em Israel, será a janja “persona non grata adjunta”?

  9. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, coluna CH, DP, 19/02/24)

    …o novo ano começou até em Brasília, mas muitas manchetes não saem de janeiro de 2023.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Já, já entrarão as manchetes de 25/02

  10. Miguel José Teixeira

    Nós, burros de cargas, servimos para quê, a não ser isso!

    “Só começou”
    Nesta segunda (19), o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo vai ultrapassar a marca dos R$555 bilhões pagos pelos brasileiros, apenas em 2024, a título de impostos federais, estaduais e municipais.
    (Coluna CH, diário do Poder, 19/02/24)

  11. Miguel José Teixeira

    Enquanto isso em Mossoró: Ministério da Justiça 2 (X) 500 Fugitivos do Acre!

    E dá-lhe achar vestígios que dificultaram a fuga dos presidiários.
    “Quebraram a parede, para tirar os ferros da construção, para quebrar a parede. . .”
    Sem comentários. . .

  12. Miguel José Teixeira

    A farra do desperdício de verba pública em estádios de futebol poderá ser reeditada!

    . . .”Brasil se candidata para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027, competindo com grandes candidaturas globais.”. . .

    “Brasil pode ser sede da Copa do Mundo Feminina 2027”
    (Redação O Antagonista, 8/02/24)

    No decorrer da próxima semana, o Brasil receberá uma comitiva da Fifa para uma série de inspeções em quatro dentre as dez cidades brasileiras concorrendo à oportunidade de sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. Essa competição coloca o Brasil numa disputa apertada com duas outras candidaturas, incluindo uma combinação entre Alemanha, Bélgica e Holanda, e outra de Estados Unidos com México.

    As cidades brasileiras escolhidas para a visita da Federação são Brasília, Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Entre as condições a serem avaliadas para a decisão, infraestrutura, serviços, sustentabilidade, direitos humanos e aspectos comerciais são os mais relevantes, conforme afirma a entidade. Se o Brasil for selecionado, outras cidades como Belo Horizonte, Cuiabá, Fortaleza, Manaus, Porto Alegre e São Paulo também serão contempladas para receber os jogos.

    O impacto da Copa do Mundo Feminina de 2027
    A perspectiva de o Brasil sediar novamente uma Copa do Mundo, dessa vez 13 anos após a bem-sucedida versão feminina da competição de 2014, tem sido motivo de entusiasmo para os fãs do futebol feminino.

    A diretora executiva de marketing do Sport Club Internacional, Liana Bazanela, afirmou em nota que “será fantástico porque proporcionará aos brasileiros e brasileiras um salto no consumo e na cultura, naturalizando ainda mais a modalidade, com o prazer de ver de perto o melhor do futebol feminino mundial”.

    Sediar uma copa agora poderia trazer uma experiência positiva para o país, uma vez que os estádios e a infraestrutura hoteleira já estão prontos e conservados – além disso, um ponto a favor do Brasil é a novidade do evento, sendo a primeira vez que uma copa feminina seria sediada na América do Sul.

    Sobre a escolha da sede
    No entanto, a candidatura brasileira recebe algumas críticas e dúvidas. Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, mencionou em comunicado que os concorrentes pela vaga são fortes e que o frisson pelo futebol nos EUA, que terá acabado de sediar a versão masculina do torneio em 2026, podem colocar a candidatura conjunta com o México como favorita. Ainda assim, ele concorda que sediar o evento traria benefícios incontáveis para o país e para o esporte.

    A definição da sede deverá ser anunciada pela Fifa durante o Congresso da Fifa em Bangkok, na Tailândia, em 17 de maio.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/brasil-pode-ser-sede-da-copa-do-mundo-feminina-2027/)

    E o piNçador Matutildo, piNçou:

    “A perspectiva de o Brasil sediar novamente uma Copa do Mundo, dessa vez 13 anos após a bem-sucedida versão feminina (1) da competição de 2014, tem sido motivo de entusiasmo para os fãs do futebol feminino.”

    “Sediar uma copa agora poderia trazer uma experiência positiva para o país, uma vez que os estádios (2) e a infraestrutura hoteleira já estão prontos e conservados – além disso, um ponto a favor do Brasil é a novidade do evento, sendo a primeira vez que uma copa feminina seria sediada na América do Sul.”

    1) Parece-nos que se trata da fracassada Copa do Mundo (masculina) de 2014: Bem sucedida no desperdício de verbas públicas e fracassada no desempenho da selecinha que levou 7 da Alemanha.

    2) Estádios prontos e conservados?

    Mambembe, Chico Buarque:
    https://www.youtube.com/watch?v=k7vtEDs1nyU

  13. Miguel José Teixeira

    Enquanto isso. . .na PeTezuela a gestão pública ainda utiliza o estilo mambembe!

    . . .”Descubra como o Cirque du Soleil se reinventa usando Inteligência Artificial e Realidade Aumentada para levar o entretenimento a um novo patamar.”. . .

    “Cirque du Soleil se reinventa com Inteligência Artificial”
    (Redação O Antagonista, 18/02/24)

    O Cirque du Soleil, famoso por reinventar a arte circense, dá mais um salto inovador na direção do futuro. Dessa vez, a trupe canadense aposta na implementação de tecnologias de último grito, como a realidade aumentada e a inteligência artificial (IA).

    Trata-se de um novo capítulo na histórica saga de inovação da companhia, que agora desbrava o universo digital ao mesmo tempo em que ainda mantém viva a sagrada conexão emocional com seu público, agora mais tecnológico do que nunca.

    Circo e alta tecnologia: uma combinação que promete
    Dentre as iniciativas do Cirque du Soleil no âmbito tecnológico destacam-se o lançamento do documentário “Cirque du Soleil — Outros Mundos”, disponível em realidade aumentada por meio do Vision Pro, novíssimos óculos de realidade aumentada da Apple.

    Originalmente lançado em 2013 pelo renomado cineasta James Cameron, o documentário, à época, não teve grande acolhida. No entanto, agora, parece ter encontrado um público entusiasmado e familiarizado com as ditas “experiências imersivas”.

    A companhia também se lançou no universo dos videogames através do Roblox, uma plataforma majoritariamente infantojuvenil na qual apresentou um jogo que permite aos jogadores gerirem seu próprio circo. Tal iniciativa visa divulgar um novo show, o Echo, em cartaz em Montreal, Canadá.

    O casamento da arte circense com a IA
    O novo momento do Cirque du Soleil também abriga uma série de truques tecnológicos atrelados à inteligência artificial. Trata-se de mais um passo no progresso inexorável da humanidade em direção a um futuro cada vez mais digitalizado.

    Com essa adoção de tecnologias de ponta, os criadores se propõem a acelerar etapas do processo de criação artística, como a seleção de imagens de referência, preservando ao mesmo tempo o elo emocional com o público, mesmo diante da fria logicidade das máquinas.

    O desafio de combinar tecnologia e arte
    Apesar do otimismo e da ousadia dos integrantes do Cirque du Soleil, paira sobre essa nova fase a inquietação dos críticos que acreditam que tanto a tecnologia quanto a IA poderiam, de alguma forma, roubar a essência artística do circo, tornando as apresentações frias e desconectadas do público.

    No entanto, essa visão catastrofista parece exagerada. A adoção de novas ferramentas não necessariamente pode ser encarada como um sinônimo de pobreza criativa. Pelo contrário, poderia resultar em espetáculos ainda mais impressionantes e inesquecíveis.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/mundo/cirque-du-soleil-se-reinventa-com-inteligencia-artificial/)

  14. Miguel José Teixeira

    As escolas da rede pública do DF, retornaram hoje às atividades!

    Sim! E daí?
    Surgiu-me uma pergunta que tenho que compartilhar para reflexões:
    Quais contribuintes/eleitores saíram no lucro?
    Os residentes em cidades cujos prefeitos investiram no carnaval ou os habitantes dos municípios cujos prefeitos investiram nas Escolas, como o fez o Sr. Manoel do Vitorinho, Prefeito de Boa Esperança do Sul-SP?

  15. Miguel José Teixeira

    O energúmeno tutorado pela desatinada achou o que procurava!

    “Netanyahu: ‘Comparar Holocausto com Gaza ultrapassa linha vermelha'”
    (Jamil Chade, Colunista do UOL, em Genebra, 18/02/24)

    A comparação feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre os atos de Israel em Gaza e a Alemanha nazista abre uma crise diplomática. Neste domingo, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou que a comparação de Lula da Silva entre “Israel e Holocausto nazi e a Hitler ultrapassou uma linha vermelha”.

    O governo de Israel ainda anunciou que irá convocar o embaixador do Brasil em Tel Aviv para se explicar e para uma reprimenda. Trata-se de um ato que, no jargão diplomático, representa uma sinalização clara de insatisfação e de alerta. “Os comentários do presidente brasileiro são vergonhosos e graves”, disse o chanceler Israel Katz.

    “Ninguém vai prejudicar o direito de Israel de se defender. Ordenei ao pessoal do Ministério que convocasse o embaixador brasileiro para uma reunião de reprimenda. ” (Chanceler Israel Katz)

    A embaixada, que está fechada neste domingo, afirma que não foi ainda informada de nada. A relação entre os dois países vem sofrendo abalos desde o início da guerra.

    “A trivialização do Holocausto é uma tentativa de prejudicar o povo judeu e o direito de Israel de se defender.” (Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel)

    O Brasil foi um dos países que deu apoio político para a denúncia da África do Sul no Tribunal Penal Internacional, em Haia, contra Israel.

    O que Lula falou
    Lula deu declaração sobre Israel após comentar outra fala anunciando doações para a agência de refugiados palestinos da ONU. A primeira declaração também gerou polêmica e fez com que o partido Novo abrisse uma queixa-crime contra o presidente na PGR.

    “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus” (Presidente Lula).

    Comunidades judaicas repudiam declaração
    A Conib (Confederação Israelita Brasil) e a Fisesp (Federação Israelita do Estado de São Paulo) repudiaram a comparação feita por Lula.

    A Conib afirmou que a comparação ofende a memória das vítimas do Holocausto, assim como seus descendentes, e chamou a posição do governo brasileiro no conflito de extrema e desequilibrada.

    Para a Fisesp, posicionamento de Lula é “cada vez mais extremista, tendencioso e dissociado da realidade”. A Federação argumenta que ações de Israel representam “legítima defesa” contra “um grupo terrorista que não mede esforços para assassinar israelenses e judeus”.

    Em quatro meses de guerra, os bombardeios de Israel na Faixa de Gaza deixaram 28.985 mortos, segundo o grupo extremista Hamas. O dado foi divulgado hoje.

    “O governo brasileiro vem adotando uma postura extrema e desequilibrada em relação ao trágico conflito no Oriente Médio, abandonando a tradição de equilíbrio e busca de diálogo da política externa brasileira. A CONIB pede mais uma vez moderação aos nossos dirigentes, para que a trágica violência naquela região não seja importada ao nosso país.” (Confederação Israelita Brasil, em nota)

    “Comparar a legítima defesa do Estado de Israel contra um grupo terrorista que não mede esforços para assassinar israelenses e judeus com a indústria da morte de Hitler é de uma maldade sem fim. (Federação Israelita do Estado de São Paulo, em nota)

    (Fonte: https://noticias.uol.com.br/colunas/jamil-chade/2024/02/18/netanyahu-a-lula-comparar-holocausto-com-gaza-ultrapassa-linha-vermelha.htm)

    Só pra PeTelhar:
    Aquela região, no momento, parece-nos um barril de pólvora. Portanto, nada mais pernicioso do que um perfeito idiota, em nome do Brasil, tecer comentários em prol de uma ou de outra Nação.

    Como dizíamos nas antigas: perú de fora dá o fiofó e vai embora!

    1. O que impressiona nisto tudo? Não é exatamente a senilidade exposta, mas a contradição: era este o salvador da nossa democracia? Pobres de nós

  16. Miguel José Teixeira

    E o Gauchão, hein? Bola redonda, gramado excelente. . .

    Pois é. . .
    O “Imortal” massacrou o Santa Cruz (6X2).
    O fato relevante é que 6 jogadores gremistas marcaram.
    Seria a estreia da “metralhadora do Renato Gaúcho”?
    Aguardemos, pois!

  17. Miguel José Teixeira

    Dica literária sobre a toga:

    “Judiciário em debate”
    Professor de Direito Constitucional da USP, Conrado Hubner Mendes lança nesta quarta-feira, 19h, em Brasília seu mais novo livro O discreto charme da magistocracia: vícios e disfarces do Judiciário brasileiro. A obra reúne 88 artigos, com comentários do autor sobre usos e abusos das cortes superiores, inclusive do Supremo Tribunal Federal. O lançamento, na livraria Circulares (CLN 113 Norte, bloco A), contará com um debate entre o escritor, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Sebastião Reis Júnior e a jurista Déborah Duprat. A mediação está a cargo do jornalista Bruno Boghossian.
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 18/02/24)

  18. Miguel José Teixeira

    Temperando a engronha com sal de Mossoró!

    “Em campo”
    O governador do Paraná, Ratinho Júnior, sai da toca e vai para cima do governo Lula no quesito segurança pública. Em vídeo nas redes sociais, ele comenta que a fuga dos presidiários, em Mossoró:

    “Fugiram ou teve gente que soltou?

    Ninguém escapa se não for ajudado por alguém de dentro. Isso tem que ser investigado e o Brasil tem que saber.
    O povo é até humilde, mas não é burro”, diz Ratinho.
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 18/02/24)

  19. Miguel José Teixeira

    Periga elegerem a musa do bolsonaro, maria do rosário, presidentA da Câmara!

    Arthur Lira sob observação
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 18/02/24)

    Depois da conversa que o presidente da Câmara, Arthur Lira, teve com o presidente Lula, aliados do deputado colocam as barbas de molho. É que muitos não querem ver Lira arredar qualquer passo no discurso de independência da Casa, proferido na abertura dos trabalhos em 5 de fevereiro. Se a conversa com Lula tiver como consequência um Parlamento mais alinhado aos desejos do Planalto, que vire as costas para a oposição, Lira terá dificuldade de fazer o sucessor. Uma outra ala acredita que, se ao longo deste ano, Lira terminar voltado apenas aos próprios interesses, deixando de lado os anseios do time como um todo, arriscará enfraquecer sua posição.

    Muita gente no Centrão receia que os líderes estejam jogando para seus interesses pessoais, deixando a massa de congressistas do bloco a ver navios. Se for nessa toada, a turma de Lula conseguirá rachar esse segmento que, se jogar unido, levará a Câmara para onde for mais conveniente, seja governo, seja oposição.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2024/02/18/interna_politica,395368/brasilia-df.shtml)

    Só para lembrar. . .
    Num passado recente, quando a Câmara parecia a Torre de Babel, acabaram por eleger o “Severino Fura Poço”!
    E. . .deu no que deu. . .

  20. Miguel José Teixeira

    . . .”Mas o carro faz parte da mitologia de Lula: o trabalhador tem que ter carro na garagem, picanha na churrasqueira e cerveja no freezer.”. . .

    Entrevista: Cristovam Buarque

    . . .O ex-reitor da UnB, ex-governador e ex-ministro da Educação chega aos 80 anos com a inquietude de sempre. Ao Correio, o professor faz um balanço crítico de sua trajetória, aponta erros do MEC e avalia o atual governo, a polarização política e a sucessão de Ibaneis no DF.”

    “Temo um pós-Lula com a direita reciclada”

    A dois dias de completar 80 anos de idade, o professor, ex-reitor da Universidade de Brasília, ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação Cristovam Buarque faz uma reflexão. “Ainda não me dei conta de que fiquei velho, mas sei que tenho pouco tempo daqui para a frente.” Ele sabe, porém, o que fazer com esse tempo. “Não quero gastar indo atrás de eleitor, quero gastar indo atrás de leitor.”

    Escritor compulsivo e pensador inquieto, Cristovam perdeu a conta de quantos livros publicou ao longo da vida, mais de 100. Nesta entrevista ao Correio, o professor revela que vêm mais dois títulos por aí. Aos jornalistas Denise Rothenburg, Carlos Alexandre de Souza e Vinicius Doria, o ex-governador do DF faz um balanço — com muitas autocríticas — de sua trajetória pública e avalia o momento atual da política brasileira.

    Lula 3, polarização, emergência climática e transição energética, sucessão do governador do DF, tudo passa pelo olhar crítico do acadêmico, que não pensa mais em voltar para a política. “Quero ficar no banco dos filósofos”, diz ele. Entre cenários otimistas — “Lula vai acertar na economia” — e pessimistas — “Não vamos dar o salto na educação” —, Cristovam não crê em terceira via, defende a união das esquerdas e alerta para a possibilidade de o pós-Lula ser representado pelo que chama de “direita reciclada”.

    O senhor está completando 80 anos. O que mais lhe marcou na sua carreira política?
    Ter sido governador do Distrito Federal. Fui o segundo governador eleito, (Joaquim) Roriz foi o primeiro. E em uma cidade com poucos anos de idade e cheia de problemas, de desafios. Além disso, ser o primeiro governador eleito pelo Partido dos Trabalhadores, em um grupo de oito partidos diferentes, um deles com vocação hegemônica. E, para completar, um partido vinculado totalmente ao sindicalismo numa unidade da Federação em que o maior empregador é o próprio GDF. Guardo muito o desafio que representou ser o maestro desse imenso conjunto de músicos, cada um querendo tocar uma partitura diferente. Eu tinha algumas bandeiras claras, implantar o Bolsa-Escola, fazer a reforma da educação, o Saúde em Casa, uma experiência que nunca tinha sido feita. Mas, se você perguntar qual desses cargos todos o que eu mais lembro com gosto, foi ser reitor da UnB.

    E a sua experiência como ministro da Educação?
    Houve choques, inclusive, uma coisa que eu lamento ter feito — acho que foi inexperiência minha — com o presidente Lula. Eu dizia coisas que um ministro não pode dizer. Eu disse que não precisava do (programa) Fome Zero. Para acabar com a fome, bastava pegar o Bolsa-Escola, que o (ex-presidente) Fernando Henrique Cardoso tinha copiado do nosso do GDF, aumentar um pouco o valor e dar para todo mundo. É claro que o Lula ficou furioso, porque ele acreditava naquilo, que era possível resolver a fome produzindo comida. Para resolver a fome no Brasil, primeiro é colocar dinheiro no bolso do povo. E, para mim, era claro que o ministro tinha que ser da educação, não do ensino superior. Tentei, inclusive, convencer o Lula a criar o Ministério da Educação de Base.

    Por que ele não criou?
    Pressão de sindicatos, universidades, Andes, Fasubra, UNE, todos achavam que se transformasse o MEC em Ministério da Educação de Base o dinheiro da universidade iria embora. Minha proposta era diferente, era pegar a Secretaria de Ensino Superior e levar para o Ministério da Ciência Tecnologia ou criar o Ministério do Ensino Superior. Mas Lula queria, e conseguiu, priorizar o ensino superior. Ele me disse, quando me demitiu por telefone (em 2004), com aquele jeitão dele: “Companheiro, eu quero um ministro que agarre mais no ensino superior”.

    Já se passaram mais de 20 anos desde que o senhor deixou o ministério, e o Brasil ainda tem resultados catastróficos na educação. Por quê?
    A educação no Brasil é uma questão municipal. Os municípios não têm dinheiro e são desiguais. Agora mesmo, o ministro Camilo (Santana) lançou um programa de alfabetização aos 8 anos. Não vai funcionar. Há município que não tem condições. Tinha que ter uma campanha em que a União adotasse as cidades que não têm condições. É o que eu chamo de federalização.

    Quando o senhor diz federalizar, significa o quê?
    Tem razão quem diz que a gente gasta muito em relação aos resultados. Mas tem razão quem diz que, para dar um salto e ficar igual à Finlândia, a gente precisa gastar mais um pouco. Federalizar é ter uma carreira nacional do magistério, com salário pago pela União.

    Seria tudo estatal?
    Eu disse federal, não, necessariamente, estatal. E público. Uma das coisas que a esquerda precisa descobrir é que público não é sinônimo de estatal, e estatal não é sinônimo de público. É assim que eu imagino um sistema público de educação, para igualar pobre e rico na mesma escola.

    O MEC ainda está longe dessa revolução?
    O MEC não é Ministério da Educação. O MEC, como está hoje, é o Ministério do Ensino Superior. Deveria tirar o C e botar o S. Quem manda no ministério são as universidades.

    Qual sua opinião sobre o novo ensino médio?
    Votei a favor. O projeto, da época do Temer, foi um avanço. Foi um erro as corporações quererem barrar aquilo, a ideia das trajetórias (trilhas de aprendizagem). Isso está em Paulo Freire. O aluno tem que escolher o que ele quer estudar, não todas as disciplinas, mas algumas que são fundamentais. O que eu proponho, primeiramente, é tirar essa conotação de médio. Quando a gente diz ensino médio é porque existe o fundamental e existe a universidade, e o médio está ali, no meio. A educação de base tem que terminar depois do chamado ensino médio, que eu chamaria de fase conclusiva. O Brasil criou a mania de que a educação se conclui na universidade. A educação tem que se concluir antes da universidade.

    Então, a universidade não é para todos?
    A educação tem que ser para todos que querem. Mas tem que acabar com essa ideia de que é para todos. É falso. No dia em que a universidade for para todos será o mesmo que dizer que a Seleção Brasileira de futebol é para todo mundo que bate bola. Não é. A Seleção é para uma minoria.

    Há outras discussões paralelas que acabaram entrando no debate no último governo, como home schooling, escolas militares, questões de gênero, doutrinação da esquerda. Isso atrapalha?
    É claro que é um absurdo essas ideias trazidas pelo governo Bolsonaro e pelos reacionários, a maioria com cunho religioso e, às vezes, é reacionarismo mesmo. O problema de gênero, de sexo, é absurdo não se tratar disso nas escolas. Isso faz parte da formação. Eu não falei que o menino tem que sair da escola com o mapa de como buscar sua felicidade? Então, ele tem que conhecer a sua sexualidade, ele não pode ter medo nem querer se esconder. Se for gay, tem que ter orgulho de ser gay. Isso é um direito que não vai demorar muito. Erotização precoce? Isso não é bom. A melhor solução é se falar tudo na escola sobre sexo desde que a criança pergunte. A gente não vai passar nada para criança antes que isso atenda à curiosidade dela. Por que o debate caiu para isso, por que os pais querem os filhos em escola militar? O povo quer porque a escola que não é militar virou um caos. O que os pais querem é que não tenha greve, que menino respeite o professor, que não tenha violência. Eu errei porque não consegui formular uma escola que ensine dando liberdade com disciplina.

    Como o senhor vê o avanço do ensino a distância (EAD) e das novas tecnologias?
    Não dá para ficar contra o ensino a distância. Temos é que exigir qualidade. Vamos lembrar do que aconteceu 100 anos atrás. Essa coisa esquisitíssima chamada cinema descobriu que podia fazer arte dramática. Agora, imagine filmar uma peça no palco e passar no cinema. Seria muito chato. Mas foi o que fizemos na pandemia da covid-19. A gente transmitiu pelas redes sociais uma aula presencial. Temos que fazer como o cinema fez com a arte dramática, uma nova linguagem, com efeitos especiais, trazer o mundo para dentro da aula. Chamo isso de peças pedagógicas cinematográficas. Criança não aguenta aula teatral, professor no palco com quadro-negro e alunos na frente. Tem que ter Google dentro da sala, YouTube. No ensino médio, pode ser presencial sem ser teatral. E se o aluno naquele dia não quiser ir à escola, ele liga o aparelho dele, assiste à aula e se comunica com o professor. É isso que tem que mudar. É como se a gente estivesse no tempo dos automóveis, mas andando de carruagem. Temos que substituir a carruagem da sala de aula.

    O senhor foi ministro da Educação no primeiro mandato do presidente Lula. Lula 3 é mais do mesmo ou é algo mais?
    Tem muita coisa do mesmo, e vou apontar uma: a prisão do presente. Lula é um gênio de buscar a unidade no presente, mas não trouxe o salto para o futuro. Ele é uma maravilha para aprovar leis para trazer de volta Bolsa Família, mas ele ainda não disse como é que, no Brasil, daqui a 20 anos, ninguém precise do Bolsa família. Não é possível que este país vá precisar pela vida inteira de um Bolsa Família. Outro exemplo, o Brasil trouxe de volta algo que estávamos perdendo, que é a proteção das florestas, mas ele ainda não disse como será a indústria que vai conviver com as florestas. Lula ainda não é um estadista do futuro como foi Juscelino Kubitschek. Mas eu me orgulho de ter apoiado Lula desde 2020. Não tinha que ter terceira via.

    Por quê não?
    Escrevi muitos artigos sobre o Lula como um grande estadista planetário. Não há ninguém no mundo, hoje, com as condições de Lula. Quando ele fala, fala como cidadão do mundo, mas não vê o longo prazo. Lula precisa ser maior do que já é, falta a ele inspirar para o futuro.

    Ele peca na questão da transição energética, por exemplo, com um discurso dúbio de defender a descarbonização e, ao mesmo tempo planejar extrair petróleo na Amazônia?
    Ele tem essa ambiguidade porque o petróleo é o presente. Lula faz o jogo do presente, ainda que tenha um discurso para o futuro em matéria energética. Mas ele tinha que radicalizar mais e não deveria estar insuflando a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, ainda que seja a 500km de distância.

    Mesmo sabendo que há uma fortuna enterrada lá?
    Fortuna hoje, mas um desastre para o planeta no futuro. Daqui a alguns anos, o petróleo vai ser tão proibido quanto cocaína porque mata. Não é proibido fumar em ambiente fechado? Vai ser proibido usar carro a petróleo, que vai servir só para plásticos, para algumas indústrias químicas. Mas o eleitor quer. Por isso, é preciso ter líderes que convençam o povo de que é preciso sacrificar essa fortuna enterrada em nome de uma outra riqueza, que é a do ar limpo. Quem está conseguindo isso? A China, porque lá não tem eleição para presidente, decidem e vão em frente.

    O problema são os interesses imediatos?
    Dou um exemplo. Conheço pouco gente tão ecologista como meu amigo Randolfe (Rodrigues, líder do governo no Senado), mas, lá no Amapá, ele está a favor da exploração de petróleo porque o eleitor quer.

    O eleitor pensa no boleto para pagar no fim do mês…
    É isso, e para pagar o boleto no fim do mês, dentro desse sistema, ele vai nos levar à catástrofe ecológica. Nesse ponto, eu sou pessimista sobre o futuro da humanidade. Como eu acho que não há nada melhor do que a democracia, acho que a democracia não vai permitir o equilíbrio ecológico. É milagre que a democracia tenha evitado, até aqui, uma guerra atômica de um país contra outro. O eleitor sabe que, se jogarem uma bomba aqui, isso vai chegar nele. Por isso, evitam (a guerra nuclear). Mas na ecologia não tem isso. A ecologia tem uma sensibilidade de longo prazo que só os filósofos têm. Mas, na hora de pagar o boleto, pensa no imediato, no preço da carne.

    Mas o carro faz parte da mitologia de Lula: o trabalhador tem que ter carro na garagem, picanha na churrasqueira e cerveja no freezer.
    É um modelo mitológico porque fica muito vinculado ao indivíduo, e não, ao todo. A mitologia do Lula é ‘como eu quero que cada indivíduo neste país fique bem’. Ele não conseguiu ainda o imaginário da mitologia que quer para o Brasil daqui a 100 anos. E não é só o Lula, nenhum outro (líder) tem.

    O senhor faz reflexões sobre o pós-Lula. Como seria esse futuro?
    Essa é a pergunta para a qual vocês vão ter que me chamar novamente aqui para outra entrevista (risos). Eu me preocupo muito porque, quando falamos no pós-Lula, é o futuro sem Lula. Quem vai liderar o novo tempo? Um novo partido? Quem vai liderar a direita — embora a direita não precise mudar muito?. A direita é conservadora, somos nós, da esquerda — e eu gosto ainda de usar essa palavra —, que temos que nos transformar para inventar um mundo novo, sair da nostalgia ideológica. O direitista tem direito de ser nostálgico, ele quer o passado. Mas eu quero é um mundo que vá além de (Karl) Marx, que vá além de tudo isso que está aí que a gente chama de esquerda, que leve em conta as novas mídias, a inteligência artificial, que leve em conta fim do emprego, a tragédia da maravilha. Eu uso muito a expressão ‘os erros do sucesso’. É um sucesso, por exemplo, as famílias terem poucos filhos, mas é um desastre para as finanças da Previdência. Temos que adaptar a Previdência para essa nova pirâmide etária. A gente tem que trazer — aí é o mais grave — no discurso da esquerda o esgotamento do Estado, um esgotamento financeiro. Fomos nos acostumando a gastar e a gastar.

    E o problema da corrupção?
    É o esgotamento moral, a corrupção está intrínseca na ideia de que o que é público eu posso levar para casa. Esses dois esgotamentos têm que trazer algo novo.

    A esquerda tem que entender que a iniciativa privada pode ser parceira do Estado?
    Esse é o paradigma. A esquerda tem que entender que o debate com a direita não é na economia, que, hoje, é muito técnica e dependente do resto do mundo. A economia vai continuar respeitando a propriedade privada, respeitando o lucro do bom empreendedor, e o mercado. E não pode mais fechar o país, tem que levar em conta o resto do mundo em cada decisão de economia. Se a gente proteger agora a nossa indústria automobilística, por exemplo, o europeu não vai comprar nossa soja. E não se pode gastar mais do que se arrecada. A esquerda tem que descobrir o valor da aritmética. Os projetos sociais a gente financia tirando dinheiro dos ricos. Por que o governo só pode ter mais dinheiro emitindo moeda ou se endividando? Nesse ponto, Lula acerta ao taxar transações de fundos (dos super-ricos) no exterior. Tem que tirar também das mordomias do Parlamento, das mordomias do Judiciário. Mas é cômodo dizer que não há limites para gastar. Grande parte da esquerda se acomodou porque caiu no eleitoralismo.

    Muitas dessas medidas, como o imposto para super-ricos, passam pelo Congresso. É possível fazer essas mudanças com esse Parlamento que temos?
    Não sou otimista. Temos duas alternativas. Uma, que eu não defendo, é aceitar que não dá para fazer e ponto. A outra é: ‘vamos negociar ?’. Acho (a negociação) perfeitamente legítima. O que eu não sei são os limites do possível.

    Como senhor vê a participação dos militares na política brasileira?
    Um tema que me interessa muito, porque é polêmico, são os limites da questão militar. Um dos fracassos da nossa democracia é não enfrentarmos essa questão. Em 40 anos de democracia, a cada eleição precisamos esperar para saber se teremos ou não um conjunto de generais omissos. Os (oficiais) ruins tentaram dar o golpe (em 8 de janeiro), os demais foram omissos. Nenhum desses omissos deu voz de prisão aos golpistas. Para mim, foi pura sorte que os omissos não mudassem de lado. Temos que mudar a própria ideia de Forças Armadas para Forças de Defesa.

    Essa não foi a inspiração para a criação do Ministério da Defesa?
    O Ministério da Defesa tem me parecido ser duas coisas: o representante sindical das Forças Armadas para conseguir mais dinheiro e o rivotril da sociedade (risos).

    É o ministério do “muita calma nessa hora”?
    Sim. Temos que ter a consciência de que esse pessoal está aí para defender a pátria, as fronteiras. E cada vez mais vai diminuir o papel da Defesa com base na infantaria e na cavalaria. Cada vez mais, será com base na ciência. Eu até imagino um sistema de defesa nacional onde estejam militares e universitários, cientistas de tecnologia.

    Como o senhor avalia o seu conterrâneo José Múcio Monteiro, ministro da Defesa?
    Ele é um excelente farmacêutico e líder sindical dos militares. É o ministro que atende muito bem a questão do orçamento (militar) junto ao presidente e é o ministro do “muita calma nessa hora”. Mas, pelo que vejo, nem ele nem os anteriores podem ser chamados de líderes das Forças Armadas.

    O senhor acha que estamos livres de riscos à democracia?
    Nos próximos meses, sim. Mas é claro que vejo riscos, não mudou nada, só tivemos a sorte de ter generais omissos que não entraram no golpe e de ter um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) obsessivo. Alexandre de Moraes é uma pessoa obsessiva, corajosa na defesa das regras, da democracia. Tivemos a sorte de o presidente ser Lula, com o carisma dele. E a maior de todas as sortes: o outro lado ser um idiota, que é Jair Bolsonaro, que foi um capitão expulso do Exército. Imagine se ele fosse um general? Imagine se Alexandre de Moraes não tivesse essa obsessão, titubeasse um pouco.

    Como ex-governador e cidadão, como vê o Distrito Federal? Brasília melhorou?
    Começo pela política nacional. Eu sou filiado a um partido muito pequenininho, quase insignificante, que é o Cidadania. Lá, se fala muito que o nosso problema são os extremos — problema que temos aqui, no Distrito Federal. Mas eu não acredito na polarização. Esses dois extremos existem porque o centro é vazio. É tão vazio que chamamos de terceira via, não de via principal. Nessas eleições municipais, muito nacionalizadas, defendo que nós, que não estamos nos extremos, precisamos ganhar a disputa moral, ser reconhecidos como parte da família progressista.

    Não foi o que Lula fez na última eleição, se aproximar do centro?
    Mas era uma estratégia eleitoral, que deveria ser feita. Estou falando dos próximos cinco anos para recuperar a credibilidade. Falo do meu caso, eu me distanciei muito desse pessoal, votei no impeachment (da presidente Dilma Rousseff), tenho uma posição econômica completamente diferente da esquerda. A economia não é um debate para a esquerda, tem regras técnicas. A esquerda entra na hora de distribuir o que a economia produz e, mesmo assim, com cuidado para os empresários não irem embora. Precisamos mostrar que temos um lado. Precisamos mostrar esse lado no DF, mas está difícil. Precisamos dar apoio a uma via progressista que enfrente os conservadores do entorno do governador Ibaneis Rocha.

    Nesse Brasil pós-Lula, Fernando Haddad seria o nome para sucedê-lo?
    Se a escolha fosse minha, seria o Haddad um bom pós-Lula. Mas eu não pergunto do ponto de vista eleitoral, falo de carisma, de competência, e ele não tem como Lula tem. Ninguém tem.

    E o vice-presidente Geraldo Alckmin?
    Poderia, mas será que ele consegue ser o pós-Lula diferente do Lula e mantendo o apoio do PT? Alckmin está em uma posição privilegiada, é ministro da indústria em um momento em que se necessita de uma nova indústria no mundo. Mas ele não trouxe nada ainda. E colocou no lugar de quem pode fazer isso Rodrigo Rollemberg (secretário de Economia Criativa do Midc), que está pensando em ser deputado, está ali passando o tempo. Eu temo que o pós-Lula venha de uma direita reciclada.

    E quem representaria melhor essa direita?
    O (governador de Goiás, Ronaldo) Caiado poderia trazer uma proposta reciclada. No Brasil, a disputa não se dará no debate econômico, porque Lula vai acertar na economia. O grande debate vai ser na segurança pública. Caiado vai pegar essa questão da segurança porque, dizem, deu um jeito em Goiás.

    E o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas?
    Seria outro nome, mas todo mundo está dizendo que ele quer permanecer (no cargo para tentar a reeleição). Se ele sair sem apoio de Bolsonaro, perde. Se tiver o apoio, vai ter dificuldades também.

    Para a sucessão de Ibaneis, quem poderia ter chance de vitória?
    Para unir, temos que pensar em ideias, depois se define um critério para escolher o nome, mas vai ser difícil um nome que venha do zero. Até porque Ibaneis tem um nome, a (vice-governadora) Celina Leão, que é muito presente. Hoje, a gente não tem essa personalidade para unificar. Fazia tempo que não conversava com a senadora Leila (do Vôlei). Também conversei com (o ex-candidato do PT ao governo do DF) Leandro Grass. Precisamos criar um bloco progressista.

    Se Rollemberg voltar para a Câmara, poderia ser incluído nessa lista?
    Ele pode voltar a ter visibilidade, mas, para ser candidato (ao GDF), eu não acredito nem acho que ele queira.

    Na última eleição, Grass perdeu para Ibaneis no primeiro turno. Os três governos progressistas no DF — o seu, o do Rollemberg e o de Agnelo — foram muito criticados. Por quê?
    Primeiro, não é só culpa nossa. O fato é que o Brasil entrou em um processo de antiesquerdismo. E por que entramos nisso? Problema nosso. Escrevi um livro sobre isso — Por que nós falhamos — o Brasil de 1992 a 2018 —, que vai de Itamar Franco a Michel Temer. Fui convidado para uma palestra na Universidade de Oxford (no Reino Unido) em que o tema era “Por que Bolsonaro ganhou?”. Disse que não tinha o menor interesse, mas, se quisessem que eu falasse sobre “Por que nós perdemos”, eu iria.

    O senhor pensa em voltar à política?
    Não, quem tem 80 anos não pensa em voltar.

    Como o senhor chega aos 80 anos?
    Sem dúvida alguma, houve uma melhora no país, mas aumentou a brecha de esperança de vida entre quem tem acesso a serviços médicos e quem não tem. Os ricos, quem tem acesso, vivem muito mais. Eu faço parte desses que têm acesso privilegiado. Mas, confesso, ainda não me dei conta de que fiquei velho. Faço tudo o que fazia, só que com menos vigor, mais devagar. Mas eu tenho uma percepção, que é o tempo adiante. A cara que eu tenho no espelho não mudou muito nos últimos dez anos, mas sei que tenho pouco tempo daqui para a frente. Isso muda meu dia a dia. Quando se fala em voltar para a política, eu vou ter que gastar um tempo que eu não quero gastar indo atrás de eleitor. Quero gastar indo atrás de leitor.

    O senhor quer ficar no banco dos filósofos?
    Sim, acho que eu tenho uma contribuição a dar no banco dos filósofos maior do que no banco dos estadistas, dos políticos.

    O que mais o marcou ao longo desta trajetória de vida?
    Tem uma coisa que me marcou muito, a greve dos professores quando eu era governador. E que me derrotou, inclusive (na campanha pela reeleição).

    O professor foi traído pelos professores?
    Traição é uma palavra muito forte, mas o sindicato, depois se soube, vivia uma luta política interna. E, talvez, eu não tenha feito o que eles queriam. Talvez tenha sido um purismo meu. O mesmo purismo que me levou a votar pelo impeachment (de Dilma Rousseff). Foi um erro ter votado no impeachment da Dilma. Acho que ela cometeu, sim, irresponsabilidade fiscal. Mas, com isso, eu sacrifiquei, inclusive, a minha possibilidade de contribuir. Eu perdi minha reeleição (ao Senado) por isso. E eu estava com a reeleição ganha, mas cochilei, fiz uma campanha de salto alto. E o bolsonarismo pesou. Eu reconheço que foi um erro, do ponto de vista político, apesar do acerto do ponto de vista da coerência. Naquele momento, mudei de lado. A minha turma votou contra o impeachment, mas eu queria ser macho com minha coerência e votei a favor. Foi uma pisada de bola. Se me arrependo? Difícil dizer, nem sabia o preço a pagar. No prédio onde moravam minhas netas, na época com 5 e 8 anos, estenderam uma faixa “Meu vovô é golpista”. Jogo baixo. Eu entendo a raiva, mas a raiva não é boa conselheira.

    Aos 80 anos, o que o senhor ainda quer fazer?
    Boa pergunta. Não vou dizer algo impossível, que é ver o Náutico campeão (risos). Eu quero continuar escrevendo. Em 8 de março eu lanço um livro de conversas com (o economista e um dos pais do Plano Real) Edmar Bacha. E vou lançar uma ficção em abril ou maio. O personagem principal é um jornalista do Correio que faz uma investigação sobre meninos que desaparecem em Planaltina. Ele tem uma moto velha e uma namorada em Sobradinho. E eu misturo evasão escolar com desaparecimento. O título vai ser Os náufragos, que é como eu chamo as crianças que saem da escola, que caem no mar da desescola e não têm futuro.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/cadernos/politica/capa_politica/)

  21. Miguel José Teixeira

    Mais uma que caiu no “conto do capitão zero zero”!

    “STF condenada mulher de 60 anos a 13 anos de prisão pelo 8/jan”
    (+em: https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lbv-brasil/stf-condenada-mulher-de-60-anos-pelo-8-jan)

    Só pra enfezar. . .
    Não satisfeito pela ruína de dezenas de incautos que caíram no “conto do capitão zero zero”, bolsonaro agora quer arruinar os eleitos sob seu suposto prestígio.
    Está escrito: o evento de 25/02 “vai dar merda”!

  22. Miguel José Teixeira

    Novidade no mercado vinícola: vinho de oliva

    . . .”Chefe de um dos maiores países produtores de uva do mundo, Lula não sabe a diferença entre videira e oliveira.”. .. .

    “Lula planta oliveira e pergunta: quanto ‘tempo demora para dar uva?’”
    (Deborah Sena, Diário do Poder, 17/02/24)

    O que ainda não se disse sobre o dia em que Lula foi até a embaixada da Palestina para plantar uma muda de àrvore é que tratava-se de uma oliveira e que ao final do ato junto ao embaixador Ibrahim Alzeben, ele perguntou: “quanto tempo demora para dar uva?”. Na verdade, a planta de alto valor simbólico para as principais religiões monoteístas do mundo produz azeitonas e não uvas.

    Para o cristianismo, judaísmo e islamismo, o fruto da oliveira é sagrado, assim como o óleo produzido a partir dele, nosso conhecido azeite. Diversas passagens na Bíblia, Torá e Alcorão corroboram com esse entendimento. O Brasil é um dos maiores produtores de uvas do mundo e é esperado que o chefe da nação saiba que a fruta vem da videira ou parreira.

    Assista ao inebriante vídeo em:
    https://diariodopoder.com.br/brasil-e-regioes/lsf-brasil/lula-planta-oliveira-e-pergunta-quanto-tempo-demora-para-dar-uma-uva

  23. Miguel José Teixeira

    Só porque hoje é sábado!

    A Váldima Fogaça vê assim

    “A chuva cair”

    O som da chuva
    acalma meu corpo.
    De onde ele vem, não sei;
    talvez da arquitetura sobrenatural,
    projetada divinamente para mim.
    Os pensamentos se aquietam,
    dormem eternamente.
    Já não vejo a ansiedade
    que me trazia ruína.
    Sinto a paz em mim.
    Estou tranquila,
    tenho amor,
    apenas por ouvir a chuva,
    por deixar a chuva cair,
    durante meu sono profundo.

    (Tantas Palavras, Correio Braziliense, 17/02/24)

    Já o Genial Guilherme Arantes, “Deixa Chover”:
    https://www.youtube.com/watch?v=Di3ODoW9RkE

  24. Miguel José Teixeira

    Portanto, todo cuidado é pouco!

    “Ofuscada pela dengue, covid continua letal”
    Somente este ano, o novo coronavírus matou 1.127 brasileiros. Novas variantes e carnaval são fatores preocupantes.
    (Correio Braziliense, 17/02/24)

  25. Miguel José Teixeira

    Suprema lacuna: depois de um “terrivelmente evangélico” vem um “batedor de bumbo”

    “E o Lewandowski, hein?”
    O ministro da Justiça é visto no Planalto como tendo feito tudo certinho em relação ao caso da fuga de presos no Rio Grande Norte.
    Só faltou bater bumbo e se mostrar indignado nas frentes das câmeras, como fazia Flávio Dino.
    Mas cada um tem seu estilo.
    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 17/02/24)

  26. Miguel José Teixeira

    . . .”Três anos depois, datações de carbono indicaram que os ossos da tumba datam de algum momento entre o século 1º e o 2º. Isso seria um indício de que São Paulo realmente foi sepultado ali.”

    “Lenda prevê que Igreja terá só mais seis papas antes do fim do mundo”
    (Felipe van Deursen, Colunista de Nossa/UOL,17/02/24)

    41º51’N, 12º28’L
    Basílica de São Paulo Extramuros
    Ostiense, Roma, Itália

    Ela fica um tanto longe das principais atrações de Roma (do Coliseu, por exemplo, são cerca de 5 quilômetros). Mas está na lista de todos que vão à capital italiana com um foco mais religioso. Afinal, é uma das quatro basílicas papais da cidade, o nível mais alto na hierarquia dos templos católicos.

    O próprio nome da São Paulo Extramuros (ou San Paolo fuori le Mura, se preferir) indica que ela fica além dos limites históricos de Roma. Até o século 8º d.C., ela se conectava à cidade por um pórtico que levava à entrada sul, a Porta de São Paulo.

    Tantas referências ao santo têm razão de ser. A basílica foi erguida onde o apóstolo Paulo foi enterrado após ter sido decapitado ali perto (segundo a tradição cristã, na década de 60 do tempo comum).

    A primeira versão da basílica foi erguida no século 4º, a mando de Constantino, aquele famoso por ter sido o primeiro imperador romano convertido ao cristianismo. Ela foi reconstruída e ampliada por imperadores seguintes. No século 9º, era o maior e mais belo templo cristão.

    Isso se deveu ao pontificado de Leão 1º (440-461), que concluiu diversas melhorias no templo, como mosaicos e uma série de nichos, que deram início a uma tradição que dura até hoje: a basílica preserva retratos de todos os papas desde então.

    Uma lenda urbana diz que essa homenagem é maldita, pois funciona como uma ampulheta para o dia do juízo final. Quando o último papa retratado morrer, é o fim. Mas não dá para cravar quanto tempo nos restaria.

    Que lenda é essa?

    O papa Leão 1º foi canonizado como São Leão Magno. Trabalhou pela unidade da religião em um tempo em que havia muitas discussões a respeito, especialmente quanto à natureza humana de Jesus. Como bispo de Roma, atuou para impedir que Átila, o rei dos hunos, destruísse a cidade, em 452. Por essas, ele ficou conhecido como Leão, o Grande.

    Em seu pontificado, surgiu essa tradição de homenagear os papas em retratos na Basílica de São Paulo. Antigamente, não havia periodicidade nem padronização. As coisas eram mais largadas, digamos assim: de tempos em tempos, novos afrescos eram adicionados com as imagens dos pontífices mais recentes, e também para substituir os antigos que se deterioraram, a fim de completar a lista e deixá-la atualizada.

    Em 1823, um incêndio destruiu o edifício quase completamente. Pouca coisa restou, como alguns mosaicos e as portas de bronze, feitas em Constantinopla no século 11.

    A basílica foi reconstruída ao longo de muitas décadas (ainda havia acabamentos por concluir no começo do século 20). Mas desde 1840 ela já estava reaberta aos fiéis.

    O papa Pio 9º, que liderou a Igreja de 1846 a 1878, reiniciou o costume dos retratos, agora de maneira mais sistemática. Dessa vez, eles passariam a ser feitos em mosaicos e seguiriam um padrão, dispostos em nichos do mesmo tamanho que percorrem uma fileira ao longo do perímetro do templo.

    O trabalho ficou a cabo do pintor Filippo Agricola. Ele tinha um desafio e tanto: como era o rosto de pontífices mais antigos? Quando não havia fontes fidedignas da aparência de determinado papa que vivera em algum momento dos 1.800 anos anteriores, ele tinha que se virar. Dava-lhe um rosto baseado na arte do achismo.

    Agricola concluiu o serviço em 1875. Novos papas desde então foram ocupando os nichos que sobravam.

    Eis a origem da suposta maldição. Os espaços são finitos.

    É curioso porque é algo rotineiro no trabalho de designers e editores, ou também de decoradores ou até de vitrinistas de lojas. Como os papas estão enfileirados em uma linha que percorre as paredes da basílica, o espaço disponível para os retratos vai acabar.

    Poderiam inaugurar uma nova fileira de nichos assim que a anterior estivesse completa? Poderiam, claro. Mas e o senso estético? E a aflição visual que isso causaria?

    Não, melhor deixar pra lá. Quando o papa que ocupar o último nicho morrer, é o fim. Acabou-se o mundo. Finito.

    Não dá para dizer que Agricola não pensou no futuro, porque já se vão quase 150 anos desde que ele concluiu a obra — e ainda há nichos vazios. Ao lado do retrato do papa Francisco, restam seis espaços. Ou seja, a humanidade tem seis pontificados ainda pela frente, além do tempo que sobra ao atual pontífice.

    Depois, é o apocalipse. Tanto para os seguidores do Vaticano quanto para os 83% (!) da população mundial que não é católica — não deixa de ser curioso ver como teorias da conspiração podem tratar o mundo todo como se fosse uma extensão do Ocidente cristão.

    Mas sigamos com a confabulação, sem quebrar o clima nem problematizar. Dá para cravar quanto tempo “ainda temos”?

    Quanto dura um papa?

    Em 2013, quando Bento 16 renunciou e a Igreja conheceu seu primeiro papa da América Latina, eu tive uma ideia para um infográfico na revista onde trabalhava. Levantar os dados relacionados ao início e término de reinado de cada um dos mais de 260 pontífices da história a fim de tentar responder quanto dura um papa.

    Na apuração, levantamos alguns padrões que marcaram a história da Igreja. Nos últimos séculos, por exemplo, os papas foram eleitos cada vez mais velhos e seus pontificados duraram mais tempo do que no princípio do cristianismo.

    Houve muitos papas breves: 27 nem completaram um ano chefiando a Igreja. Isso é muito mais do que o número de pontífices com reinados longos, que passaram dos 20 anos – somente 11 ultrapassaram as duas décadas.

    Na média, um papado dura sete anos e quatro meses. Mas, se analisarmos apenas os últimos 200 e poucos anos, desde Pio 7º, eleito em 1800, até Francisco, a média dobra para 14 anos. Se pegarmos um recorte menor, desde o fim da Segunda Guerra, a média é de 11 anos.

    Ou seja, se a “profecia” estiver correta, a humanidade teria de sobra algo entre 44 e 84 anos a partir do fim do pontificado de Francisco. Dado que nos últimos tempos os papas têm durado mais, as chances talvez tendam mais para o tempo mais longo. Teríamos ainda outros seis papados longos.

    Vale notar também que os dois papas ligados diretamente à história da basílica estão entre os mais longevos. São Leão 1º liderou a Igreja por 21 anos e um mês. Pio 9º, por 31 anos e sete meses,

    Só São Pedro, o primeiro papa, durou mais tempo que Pio 9º. Segundo a tradição, ele chefiou os primeiros cristãos por algo em torno de 37 anos.

    (Caso você tenha se perguntado, São João Paulo 2º é o número 3 do ranking. Foram 26 anos de pontificado.)

    A Basílica de São Paulo Extramuros já foi saqueada por piratas, atingida por raio e terremoto, destruída em incêndio. Sua importância histórica não está na teoria apocalíptica, sobre a qual lancei alguns dados para tentar deixá-la ainda mais divertida (se pudermos usar esse termo quando o assunto é o Fim de Tudo que Existe).

    Na verdade, além dos muitos séculos de história que ela preserva, há mais informações surpreendentes na basílica. Em 2006, arqueólogos do Vaticano confirmaram a existência de um sarcófago de mármore branco debaixo do altar.

    Três anos depois, datações de carbono indicaram que os ossos da tumba datam de algum momento entre o século 1º e o 2º. Isso seria um indício de que São Paulo realmente foi sepultado ali.

    (Fonte: https://www.uol.com.br/nossa/colunas/terra-a-vista/2024/02/17/lenda-preve-que-igreja-tera-so-mais-seis-papas-antes-do-fim-do-mundo.htm)

  27. Miguel José Teixeira

    . . .”A maioria dos brasileiros, hoje, sai de casa sem ter a certeza de voltar são e salvo.”. . .

    “Segurança máxima”
    (Circe Cunha, Coluna Visto, lido e ouvido, Correio Braziliense, 17/02/24)

    Consertar a fechadura, depois da porta arrombada, é o mínimo que pode ser feito para amenizar o sentimento de incúria e de falta de prevenção. Das autoridades públicas, nas quais o cidadão confia sua sofrível segurança, é também o que se exige minimamente. É bom refrescar a memória para o ocorrido em dezembro de 2019 na mesma prisão: um líder de organização criminosa, encarcerado, apareceu com duas espingardas com a intenção de render os agentes federais. O intento foi frustrado, mas a audácia norteava que a segurança estava longe de ser máxima.

    Na realidade, considerando o avanço sem precedente da criminalidade em nosso país, não existe terreno algum 100% seguro e livre da ação dos marginais. Nossas cidades são testemunhas dessa realidade. Casas, condomínios e estabelecimentos diversos estão, há décadas, cercados por todo tipo de parafernália de segurança. Cercas elétricas, vigias armados e todo um conjunto contra a ação dos criminosos retratam bem nosso baixo nível civilizatório e nossa decadência como sociedade.

    A maioria dos brasileiros, hoje, sai de casa sem ter a certeza de voltar são e salvo. Cada dia é uma aventura. Nossas ruas, em lugares como o Rio de Janeiro e outros, se transformaram em selvas urbanas. Salve-se quem puder. Para a elite do poder, essa situação extrema inexiste. Estão muito bem guardados por seguranças armados até os dentes. Talvez, por esse motivo e pela distância que sempre tiveram da realidade nacional, eles não sabem o que é a vida de um cidadão comum.

    O fato é que o Estado não dá conta de conter o avanço da criminalidade e mostra-se acuado frente à ousadia da bandidagem, principalmente quando os chefões dessas organizações ordenam, de dentro de presídios de segurança máxima, que ônibus seja incendiado e toda uma sorte de crimes sejam cometida pela cidade, para amedrontar a população, mostrando assim seu poderio.

    Com a fuga, ocorrida agora, de dois presos perigosos do presídio federal de Mossoró, uma cadeia que se acreditava de segurança máxima, mais uma vez, a realidade dessas instituições e seu isolamento da sociedade mostram sua fragilidade.

    Não surpreende que, depois desse acontecimento, a providência tomada tenha sido a construção de muralhas de proteção em torno dos presídios federais, para evitar futuras fugas. Talvez mais importante até que essas medidas seja o acesso de toda e qualquer pessoa a essas prisões. Todo mundo sabe que são essas visitas que levam e trazem mensagens de dentro para fora e de fora para dentro. Os impolutos advogados transformaram-se em pombos-correio, cobrando honorários também por esses serviços extras.

    Talvez essa fuga possa servir para as autoridades repensarem a permanência de um presídio, dito de segurança máxima, nos arredores da capital do país. A construção açodada desse estabelecimento, há muito, vem sendo apontada, por aqueles que entendem de segurança, que sua localização, próxima à capital do país, põe em risco toda a cidade, sobretudo quando se sabe que, aqui, estão sediadas as principais representações estrangeiras e a maioria dos organismos internacionais e da administração pública. Antes que volte a acontecer o que houve em Mossoró, é preciso agir com a máxima prevenção nessa questão.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2024/02/17/interna_opiniao,395329/visto-lido-e-ouvido.shtml)

  28. Miguel José Teixeira

    “Estado”
    (Renato Mendes Prestes, Águas Claras, Sr. Redator, Correio Braziliense, 17/02/24)

    Thomas Paine foi um filósofo e ativista político que, embora nascido na Inglaterra, esteve ao lado dos americanos na Guerra da Independência contra seu país no século 18. Suas ideias libertárias inspiraram alguns dos “pais fundadores” dos Estados Unidos, como George Washington e Thomas Jefferson. Paine é autor de um pequeno panfleto, Common (bom senso), no qual fez reflexões sobre a tirania inglesa e o papel do governo.

    “O governo, mesmo em seu melhor estado, é apenas um mal necessário, em seu pior estado, é intolerável”, escreveu.

    Quase dois séculos e meio depois, a frase de Paine continua bem atual. Mundo afora, não faltam exemplos de governos que fazem a população desejar ardentemente que chegue a data da próxima eleição, menos mal, porque, em alguns países, não há nem mesmo essa possibilidade.

    Governos ruins existiram e existem em todas as partes do mundo, mas não precisa ser assim.

    Como exemplo, temos o caso da pequena Estônia, uma ex-república soviética cujo ideal é ter, com o uso da tecnologia, um governo invisível, de tão eficiente, os cidadãos nem sentem sua presença. É algo parecido com o que todo apreciador de futebol diz quando vê seu time prejudicado por uma atuação desastrada do árbitro: “Juiz bom é aquele que ninguém precisa falar dele”.

    Infelizmente, no Brasil dos últimos 20 anos, a imprensa tem precisado falar muito do governo, seja bem ou mal e, às vezes, com falta de equidade.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2024/02/17/interna_opiniao,395325/sr-redator.shtml)

    Matutando bem. . .
    E pior ainda é quando a imprensa só fala nas supremas decisões!

  29. Miguel José Teixeira

    “. . .mas vale lembrar: a essência do Flamengo está nas comunidades, nos subúrbios onde o time não vai mais.”. . .

    “Tristeza na favela”
    (Marcos Paulo Lima, Correio Braziliense, 17/02/24)

    Um dos trechos da canção Nos bailes da vida, de Milton Nascimento, diz assim: “Todo artista tem de ir aonde o povo está”. Acho bacana a turnê do Flamengo pelo Norte-Nordeste com passagens por Manaus, João Pessoa, Natal, Belém e Aracaju no Campeonato Carioca, mas chamo atenção para um detalhe: ao contrário das escolas de samba do Rio, o clube mais popular do Brasil está dando as costas ao quintal de casa: as comunidades, os subúrbios, a favela.

    O Flamengo terminará a Taça Guanabara, o primeiro turno do Estadual, sem uma exibição sequer nos estádios-raiz da Cidade Maravilhosa. Antes de se tornar o time mais rico do país, velhas diretorias não se importavam de dar um pulinho em Moça Bonita, estádio do Bangu; no Ítalo Del Cima, casa do Campo Grande; na Rua Bariri, cancha do Olaria; no Godofredo Cruz, campo do ex-temido Americano; ou em Conselheiro Galvão, onde Romário trocou socos e pontapés com Cafezinho, ex-lateral-direito do Madureira, no Campeonato Carioca de 1997. Bons tempos.

    Para alguns dirigentes “nutellas”, “estádios-raiz” ficaram pequenos diante da nova ordem econômica rubro-negra. Preferem o Maracanã ou no máximo o Nilton Santos, popular Engenhão, ou Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. A última exibição fora de uma dessas três praças pelo Carioca foi em 16 de fevereiro de 2022, em Madureira, Zona Norte, contra o tricolor suburbano.

    Cartolas alegam que Nova Iguaçu, Portuguesa, Sampaio Corrêa e Bangu eram mandantes neste Carioca. Logo, venderam jogos que seriam na Baixada, na Ilha do Governador ou em Bacaxá para fazer caixa, e o Flamengo cumpriu a tabela. Na verdade, o clube escolheu a dedo onde aceitava jogar e ganhou bom dinheiro nas quatro partidas como visitante: R$ 2,3 milhões. No papel de mandante, o Flamengo recebeu cota de R$ 1,3 milhão na estreia contra o Audax, em Manaus. A planilha fecha em R$ 3,6 milhões. Vale contraponto: o Fluminense não saiu do Estado do Rio e amarga prejuízo de R$ 814 mil.

    “Business is business”, dirão os frios e calculistas, mas vale lembrar: a essência do Flamengo está nas comunidades, nos subúrbios onde o time não vai mais. Sim, torcedores da Flórida, nos EUA, e do Norte-Nordeste, dificilmente veem o clube do coração. Mas creia: flamenguistas das comunidades do Rio moram tão perto, e ao mesmo tempo tão longe do Maracanã. Falta dinheiro para bancar o ingresso. A logística é difícil. O clube tem programas sociais para torcedores de baixa renda, mas também há necessidade de os artistas do “Mais Querido” irem aonde o povo está.

    O técnico paulista Rogério Ceni teve sensibilidade no Flamengo. Falou da festa na Rocinha, nas favelas ao levar o time ao título do Brasileirão de 2020. “No Rio de Janeiro, existem mais de 700 favelas. É uma inserção social vestir a camisa do Flamengo, você faz parte da comunidade, do grupo. Essa é a grande diferença”. Se o Estadual (ainda) existe, respeite-se o quintal de casa.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2024/02/17/interna_opiniao,395324/tristeza-na-favela.shtml)

  30. Miguel José Teixeira

    . . .”Os fugitivos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023.”. . .

    “Presídios exigem reformas e corregedoria”
    (Visão do Correio (Braziliense), 17/02/24)

    Um buraco na parede da cela dos dois presos que fugiram do Presídio Federal de Segurança Máxima de Mossoró mostra não somente a necessidade de reformas físicas urgentes nos cinco presídios sob responsabilidade do Ministério da Justiça, mas também de medidas administrativas que aumentem o sistema de controle e correição do sistema penitenciário federal. A evasão de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que continuam foragidos, não teriam ocorrido sem falha humana, na melhor das hipóteses

    Os fugitivos são do Acre e estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. Transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados, ambos são ligados ao Comando Vermelho. Fernandinho Beira-Mar, o poderoso chefe da facção à qual os dois pertenciam, está preso em Mossoró desde janeiro deste ano.

    É uma prática recorrente o deslocamento de presos considerados de alta periculosidade de um presídio federal para outro, com objetivo de impedir ou dificultar que continuem comandando suas quadrilhas de dentro da prisão. Antes de fugirem, Deibson e Rogério estavam isolados em celas individuais, porém vizinhas e separadas por uma parede. Entretanto, os dois conseguiram se comunicar e planejar a ação, da mesma forma como os chefões continuam comandando suas facções.

    Os dois presos utilizaram ferramentas encontradas dentro do presídio para escapar. A unidade estava passando por uma reforma interna, e os equipamentos não foram guardados adequadamente, facilitando o acesso dos detentos. Usaram até um alicate deixado no canteiro de obras. São falhas inaceitáveis.

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou que vai modernizar o sistema de videomonitoramento dos cinco presídios federais e aperfeiçoar o controle de acesso, inclusive com reconhecimento facial de todos que ingressam nas unidades prisionais. O ministro Ricardo Lewandowski está sendo injustamente responsabilizado pelas falhas nos presídios, mas a solução das falhas é uma atribuição sua, intransferível. Bem como a recaptura dos presos.

    Com recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), serão construídas muralhas em todos os presídios federais, a exemplo do que foi feito no presídio do Distrito Federal. A direção da Penitenciária Federal em Mossoró foi afastada. O ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) Carlos Luís Vieira Pires foi nomeado interventor da unidade. Cerca de 80 policiais penais federais, aprovados em concurso público, serão incorporados ao sistema, alguns dos quais enviados para Mossoró.

    Por determinação de Lewandowski, uma investigação de caráter administrativo apura as responsabilidades disciplinares e um inquérito policial, no âmbito na Polícia Federal, a eventual responsabilidade de natureza criminal e a participação de pessoas que possam ter facilitado a fuga dos dois detentos. Outro desafio é recapturar os dois fugitivos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2024/02/17/interna_opiniao,395323/visao-do-correio.shtml)

    Só pra PenTelhar. . .
    Se os marginais foragidos são do Acre, então, pouco ou nada conhecem da região de Mossoró. Mesmo assim, estão driblando 300 policiais e toda a sua parafernália.
    Sinistro, muito sinistro!

  31. Miguel José Teixeira

    O PuTão PuTin, ícone da corja vermelha PeTezuelana, em seu elemento!

    . . .”Balanço divulgado na manhã deste sábado pelo grupo OVD-Info mostra que a maioria das detenções ocorreu em São Petersburgo.”. . .

    “Rússia prende mais de 100 pessoas por homenagem a Navalny”
    (Redação O Antagonista, 17/02/24)

    A polícia russa deteve mais de 100 pessoas durante as manifestações em homenagem a Alexei Navalny. O opositor de Vladimir Putin teve sua morte anunciada nesta sexta-feira, 16.

    De acordo com balanço divulgado na manhã deste sábado pelo grupo de defesa dos direitos humanos OVD-Info, mais de 101 pessoas foram detidas em dez cidades russas, a maioria em São Petersburgo.

    Russos saíram às ruas em diversas cidades para levar flores em homenagem ao dissidente Alexei Navalny, que morreu em uma colônia penal na Sibéria.

    Em Moscou, um dos pontos escolhidos foi a Pedra de Solovetsky, que fica na praça Lubyanka. O monumento, na frente do prédio da agência de inteligência FSB (antiga KGB) foi construído para lembrar das vítimas da repressão política.

    Navalny era o mais conhecido opositor de Putin e era muito popular. Sua fundação contra a corrupção, a FBK, chegou a ter escritórios em quarenta cidades da Rússia. Navalny também foi central em convocar protestos contra o governo.

    Após a morte do opositor, diversos líderes do Ocidente responsabilizaram o autocrata Vladimir Putin pela morte.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou: “Não se engane: Putin é o responsável pela morte de Navalny“.

    Já o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que “é óbvio” que Navalny “foi morto por Putin“.

    Como mostramos, o Itamaraty não deve se pronunciar sobre a morte do opositor russo, que, segundo a narrativa do Kremlin, “colapsou durante uma caminhada” na colônia penitenciária onde estava preso.

    A informação foi confirmada por O Antagonista com fontes ligadas ao Itamaraty.

    A postura, se mantida, condiz com a corrupção da política externa brasileira pelas afinidades ideológicas do assessor especial Celso Amorim, aliado de Putin. Amorim chegou a visitar a Rússia em abril de 2024 e, apenas depois de sofrer pressão da imprensa, viajou à Ucrânia, já em maio e depois de menosprezar o massacre de Bucha.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/mundo/russia-prende-mais-de-100-pessoas-por-homenagem-a-navalny/?utm_medium=email&_hsmi=294542477&_hsenc=p2ANqtz-9ZV80BeC3LBLsKv2-8DjVGJE2G0eY3fQbHqu-ehuwJtrzlSEGKGtWbn9EPm5Mnh7H87N04mspG_qWJoydPYeyuqbVu6A&utm_content=294542477&utm_source=hs_email)

    Só pra PenTelhar. . .
    Dizem as más línguas que o belzebu de Garanhuns está acordando a exportação dos presos “políticos” do maduro para as mortíferas celas do PuTin!

  32. Miguel José Teixeira

    E não é que o PeTralha esta certo!

    “Boulos tem a cara do Lula, Nunes faz perfumaria e Tabata está no muro, diz presidente do PT-SP”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/02/boulos-tem-a-cara-do-lula-nunes-faz-perfumaria-e-tabata-esta-no-muro-diz-presidente-do-pt-sp.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

    Lula & boulos: é a cara de um, focinho do outro!

    Assim como nós em 2022, os paulistanos terão que optar pelo menos ruim!

  33. Miguel José Teixeira

    O amigo democrata da corja vermelha PeTezuelana recrudesce!

    “A nova escalada repressiva de Maduro vem após a retumbante vitória de María Corina Machado nas eleições primárias da oposição, em outubro de 2023.”…

    “Nova escalada repressiva de Maduro”
    (Redação O Antagonista, 16/02/24)

    O ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, anunciou, na quinta-feira, 15 de fevereiro, a expulsão do Gabinete Técnico do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, dando um prazo de 72 horas para que seus membros abandonassem a Venezuela.

    A decisão veio após as denúncias, por parte do órgão da ONU, contra as recentes detenções arbitrárias perpetradas pelo regime de Nicolás Maduro como a realizada contra a defensora dos direitos humanos, Rocío San Miguel, que está isolada e mantida incomunicável.

    Nos últimos meses, os venezuelanos assistiram a uma onda de novas detenções de opositores, além da interdição da candidatura de María Corina Machado, principal opositora ao Partido Socialista Unido da Venezuela.

    Esta semana foi detida a advogada Rocío San Miguel. Uma publicação no perfil X do Alto Comissariado das Nações Unidas expressando preocupação com o ocorrido foi o que motivou à expulsão dos funcionários da ONU.

    O ministro dos Negócios Estrangeiros de Maduro afirmou que a suspensão do cargo implica também uma revisão das relações até que se retifique o que o regime considera ser uma conduta “abusiva e violadora” de um “escritório de advocacia privado de conspiradores golpistas e grupos terroristas.”

    A expulsão do Alto Comissariado da ONU na Venezuela deverá dificultar ainda mais a proteção dos direitos humanos dos venezuelanos, impactar negativamente a ligação entre a sociedade civil venezuelana e os mecanismos internacionais de proteção dos direitos humanos, dificultar a avaliação objetiva da situação dos direitos humanos na Venezuela e afetar a capacidade dos peritos internacionais de emitirem relatórios precisos e recomendações fundamentadas.

    A ONU na Venezuela
    O gabinete do Alto Comissariado para os Direitos Humanos foi instalado na Venezuela em 2019, após anos de muita pressão da sociedade civil. Maduro autorizou a vinda dos representantes de Genebra depois de passar anos negando a crise humanitária e a violação das liberdades políticas.

    Mesmo com um trabalho extremamente limitado devido aos inúmeros cerceamentos do governo, a saída em 72 horas dos representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas terá consequências na proteção de direitos no país: “Se com a presença deles aqui estávamos em risco, agora ainda mais”, alerta Ezequiel Monsalve, ativista da ONG Defiende Venezuela.

    O ativista destaca que os representantes tiveram grandes dificuldades para visitar as prisões onde estão detidos os mais de 200 presos políticos que ainda estão na Venezuela. Mas as repetidas denúncias de execuções extrajudiciais em bairros pobres pelas mãos da Polícia Nacional Bolivariana finalmente conseguiram desmantelar aquela força policial, embora suas ações tenham sido transferidas para outras organizações.

    Cerco repressivo do chavismo
    Alguns analistas alertam que a Venezuela caminha para um processo semelhante ao vivido na Nicarágua de Daniel Ortega. A nova escalada repressiva de Maduro vem após a retumbante vitória de María Corina Machado nas eleições primárias da oposição, em outubro de 2023. Segundo as pesquisas, Corina tem quatro vezes mais intenções de voto que Nicolás Maduro.

    No editorial “O cerco repressivo do chavismo”, o jornal El Pais denuncia: “cada vez que Nicolás Maduro percebe uma ameaça política, opta por uma resposta repressiva. […] O aparelho governamental costuma recorrer à suposta ameaça de desestabilização nos momentos mais críticos, o que ao mesmo tempo facilita a mobilização das suas bases e a construção de uma narrativa”.

    A única evidência apresentada contra a advogada San Miguel foi um vídeo editado no qual um militar a vincula com uma presumida conspiração.

    Estados Unidos, União Europeia e dezenas de ONG rechaçaram sua detenção.

    Em comunicado conjunto, Argentina, Equador, Paraguai e Uruguai criticaram a decisão do regime de Nicolás Maduro de expulsar da Venezuela os funcionários do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos e exigiram a liberação da ativista Rocío San Miguel.

    O Brasil não se manifestou.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/mundo/nova-escalada-repressiva-de-maduro/?utm_medium=email&_hsmi=294509884&_hsenc=p2ANqtz–gbVA4v8BnuhnGCXXqql6dM7wczVWHn94AoNVClabSiLC_hjGJdqmZ2IUD3t6GSeh33FZ2FkqkuEd2fLr0pFXnpZTK1A&utm_content=294509884&utm_source=hs_email#google_vignette)

    Só pra PenTelhar. . .
    Dois amigos da corja vermelha PeTezuelana divergem no “modus operandi”:
    maduro prende. PuTin mata!

  34. Miguel José Teixeira

    Matutando sobre a charge

    Sobre o descabido ato do capitão zero zero previsto para domingo, dia 25 de fevereiro de 2024, temos, pelo menos um fato concreto:
    na hora “H”, ele não fugirá covardemente para os Estados Unidos como o fez em 08/01, pois seu passaporte foi apreendido!

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