ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXVII

Mudança histórica? O tempo provará se foi apenas na forma de simplificar como cobrar mais e eficazmente os pesados impostos de todos nós

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41 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXVII”

  1. Miguel José Teixeira

    “Até aí morreu Neves”

    “Deficit primário pode chegar a R$ 130 bi em 2023, prevê Tesouro”
    (Mercado S/A., Correio Braziliense, 28/12/23)

    A julgar pelos resultados de 2023, parece cada vez mais distante o objetivo do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de zerar o deficit do governo central em 2024. De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o deficit primário em 2023 ficará entre R$ 125 bilhões e R$ 130 bilhões, o equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

    Apenas em dezembro, a expectativa é de rombo de R$ 10 bilhões nas contas públicas. Registre-se que, até novembro, o saldo negativo acumulado é de R$ 114 bilhões, o que se deve sobretudo ao crescimento das despesas permanentes bem acima do esperado, como previdência e seguro-desemprego. Ou seja: por mais que o governo busque medidas para aumentar as receitas, é fundamental cortar gastos — o problema é que não há indicações de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretenda seguir tal caminho. Portanto, não será surpresa para ninguém se o deficit público seguir em alta no ano que vem.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/12/28/interna_economia,393309/deficit-primario-pode-chegar-a-r-130-bi-em-2023-preve-tesouro.shtml)

    Só pra PenTelhar. . .
    Ou lula não dá canja para janja ou vira suco de laranja, enquanto janja esbanja!

  2. Miguel José Teixeira

    Martaxa suplício: uma sexóloga despudoradamente desnorteada!

    “Aliança de Nunes com Bolsonaro empurra Marta de volta ao PT”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, Correio Braziliense, 28/12/23)

    Alguns sustentam que o mitológico Doutor Fausto realmente existiu e reaparece na política. No fim da Idade Média, esse personagem do romantismo alemão teria feito um pacto com o demônio, Mefistófeles, a quem se submeteu, em troca de conhecimento, vida eterna e amor. Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832) dedicou 60 anos à composição de Fausto, sua obra-prima, um poema dramático publicado em duas partes: a primeira em 1808 e a segunda, em 1832, já postumamente.

    O resumo da tragédia é o seguinte: o insatisfeito e ambicioso Henrich Fausto conhece um demônio chamado Mefistófeles e com ele faz um acordo. Vende a própria alma, a troco de ver seus desejos realizados, entre eles o amor de Gretchen, por quem se apaixona. Para alguns, o personagem teria sido inspirado em Johann Georg Faust (1480–1540), alquimista, mago e astrólogo do Renascimento alemão.

    O mito de Fausto é um arquétipo da literatura, do cinema, do teatro, da música e da pintura. Com certa recorrência, aparece como paradigma na política, como agora, na eleição de São Paulo, na qual o prefeito Ricardo Nunes (MDB) concorre à reeleição e busca o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o ex-prefeito Gilberto Kassab, presidente do PSD e homem forte do Palácio dos Bandeirantes, já anunciaram apoio a Nunes. Mas Bolsonaro negaceia — quer um pacto com Nunes, que tenta remover a candidatura do deputado Ricardo Salles (PL), ex-ministro do Meio Ambiente do ex-presidente, aquele que quis “passar a boiada”.

    O presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, anunciou seu apoio a Nunes, mas Bolsonaro ainda não se decidiu. Quer um compromisso político mais ostensivo do prefeito, que busca o apoio dos eleitores bolsonaristas, mas não quer ser identificado como tal porque o ex-presidente foi derrotado por Lula na capital paulista. Nunes teme perder os eleitores órfãos de Bruno Covas. Por essa razão, Salles permanece uma alternativa para Bolsonaro, cuja base não se sente representada por Nunes.

    A aproximação entre Nunes e Bolsonaro empurra Marta Suplicy, atual secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo, para fora do bloco político tecido na reeleição do tucano Bruno Covas, que faleceu precocemente, logo após as eleições de 2020. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha intensamente para que a ex-prefeita volte ao PT e componha a chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSol) como vice.

    Avalia que Marta atrairia os eleitores de centro, consolidaria o apoio petista e compensaria a falta de experiência administrativa do seu candidato. Segundo o deputado Carlos Zarattini (PT-SP), não existe resistência da legenda ao nome de Marta, embora a relação entre a ex-prefeita e o PT tenha sido tensa em muitos momentos.

    Ruptura com Dilma
    O próprio Lula foi protagonista de alguns desses desencontros. Eleita prefeita de São Paulo, em 2000, Marta foi um esteio da eleição de Lula à Presidência, em 2002. Mas não teve o apoio que esperava do petista na reeleição, em 2004, quando foi derrotada pelo tucano José Serra.

    Em 2006, pleiteou a candidatura ao governo de São Paulo e foi preterida por Lula, que bancou a candidatura do então senador Aloizio Mercadante. Entretanto, se elegeu senadora e foi convidada para ser ministra do Turismo.

    Em 2008, disputou novamente a prefeitura, com apoio de Lula, e perdeu para o então tucano Kassab. De novo tentou ser candidata à administração de São Paulo, em 2012, mas foi convencida por Lula a ceder a vaga para o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se elegeu.

    A ruptura com o PT ocorreu na reeleição de Dilma Rousseff, de quem era ministra da Cultura, em 2014. Marta liderou o movimento pela volta de Lula ao Palácio do Planalto, nas eleições daquele ano, mas as articulações não prosperaram.

    Na convenção petista, quando muitos esperavam que Lula anunciasse a intenção de voltar ao poder, a ex-presidente da República se antecipou e se declarou candidata à reeleição. Ele aceitou e a situação de Marta na Esplanada tornou-se insustentável.

    Marta retornou ao Senado e desfiliou-se do PT, em abril de 2014. A ex-prefeita optou pela filiação ao PMDB, para concorrer à Prefeitura, mas foi derrotada por João Doria (PSDB), em 2016. Nunca mais quis disputar eleições.

    Entretanto, em 2020, apoiou a reeleição de Bruno Covas, numa “frente ampla” contra Bolsonaro, sendo convidada para ser secretária de Relações Internacionais, cargo no qual foi mantida por Nunes, quando assumiu a prefeitura.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/28/interna_politica,393325/nas-entrelinhas.shtml)

    Só pra PenTelhar. . .
    De tão esticada, periga ela derreter se a campanha pegar fogo!

  3. Miguel José Teixeira

    Desprovido de ética e agindo de forma patética!

    . . .”Nenhuma acusação de quebra de decoro julgada em 2023 teve prosseguimento.”. . .

    “No Conselho de Ética, acordo poupa deputados”

    O acirramento entre deputados governistas e os seguidores de Jair Bolsonaro na Câmara foi até determinado ponto. Quando necessário, para salvar seus próprios mandatos, o que se viu neste 2023 foi um grande acordo entre parlamentares da esquerda e da direita. Foi o que ocorreu no Conselho de Ética da Casa.

    Dos 22 casos julgados no conselho, nenhum prosperou, avançou. Todos morreram na fase inicial, de aceitação ou não da acusação. É a chamada fase preliminar. Essas ações, agora oficialmente arquivadas, atingiram dez deputados esquerdistas, do PT, do PSol e do PCdoB. E do lado bolsonarista, nove deputados do PL foram alvos no colegiado, e também se livraram.

    Desde o início da tramitação das representações, sempre apresentadas por seus rivais, ficou desenhado o grande acordo. Deputados de um e de outro lado votavam a favor do arquivamento da ação contra seus adversários.

    Dois dos mais radicais bolsonaristas — Carla Zambelli (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) — se livraram do Conselho de Ética com voto do petista Washington Quaquá (RJ), que propôs uma “anistia geral”, favorecendo os dois lados.

    Quaquá é vice-presidente nacional do PT e vai responder a ação no conselho em 2024 por ter agredido com um tapa um colega da oposição no plenário, na sessão da promulgação da reforma tributária, semana passada.

    Até mesmo Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contou com votos de duas deputadas governistas e do PT, Jack Rocha (ES) e Ana Paula Lima (SC). O parlamentar foi levado ao conselho porque partiu para cima de um deputado do próprio PT, Marcon (RS), disparando xingamentos.

    Neste ano, se viu um comportamento incomum nas quase três décadas de funcionamento do Conselho de Ética: o recuo de relatores em seus posicionamentos, após pressão de um dos lados. Três relatores mudaram seus pareceres finais para aliviar a situação dos acusados. Todos os beneficiados são bolsonaristas.

    O deputado Albuquerque (Republicanos-RR) relatou a denúncia contra José Medeiros (PL-MT), acusado pelo PT de proferir ofensas e palavrões contra a presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PT-PR), e também por ter pisado no pé do petista Miguel Ângelo (PT-MG). No primeiro voto, Albuquerque votou pela admissibilidade da denúncia, e justificou que ficou comprovada a pisada no pé do colega. Depois, desistiu: “Vou reformular meu voto porque o representado (Medeiros) se desculpou”. O placar foi 13 a 0 pelo arquivamento.

    Os outros dois casos de recuo de relatores beneficiaram Zambelli e Nikolas. A deputada foi acusada de xingar o deputado Duarte Junior (PSB-MA). Ela o ofendeu com a expressão “vá tomar no c*”, durante uma audiência pública. O relator do caso, João Leão (PP-BA), primeiro, entendeu que ela quebrou, sim, o decoro. Mudou depois. Disse que “analisou bem” e que não tinha ficado claro o xingamento disparado por Zambelli contra o colega.

    O relator do caso de Nikolas, Alexandre Leite (União Brasil-SP), foi no mesmo caminho. O deputado mineiro foi acusado de transfobia ao discursar com uma peruca amarela de forma debochada. Leite criticou, defendeu a instauração do processo, mas, na sequência, recuou.

    “Ouvindo aqui atentamente a todos os parlamentares, o que aconteceu naquele dia foi grave, diante do cenário que nós vivemos de violência, da falta de legislação específica existente ainda no nosso ordenamento jurídico. Levando tudo isso em consideração, acredito eu que não seja oportuno levar adiante isso aqui no Conselho de Ética”, argumentou o relator, que apenas sugeriu uma sanção de censura escrita.

    Na contramão dos acordos armados no conselho, o deputado Chico Alencar (PSol-RJ), algumas vezes, contrariou até mesmo aliados de seu partido. Várias deputadas do PSol foram alvos de ação no colegiado. Hoje, ele avalia a tramitação desses casos, tanto de governistas como de oposicionistas.
    “De fato, depois das ‘escaramuças’ iniciais, as lideranças partidárias no conselho se acertaram para não punir ninguém. Eu, sondado, disse que ia julgar caso a caso, que cada um tinha sua especificidade. Assim o Nicolas, a Zambelli e o Bolsonaro se safaram, sem sequer uma advertência. Nunca fiz qualquer acordo. Há uma banalização das representações e das absolvições”, disse Chico Alencar.

    O deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB) foi o bolsonarista mais “solidário” aos adversários políticos e votou várias vezes a favor de parlamentares da esquerda, pelo não seguimento de suas ações.
    “Votei de acordo com minha consciência, na certeza de que a opinião do parlamentar é inviolável. Seja de deputado da direita e da esquerda. Não posso mudar de opinião porque quem está do outro lado é um deputado opositor ao meu campo político”, disse Silva.

    Tudo certo
    O deputado Quaquá integrou o Conselho de Ética até o início de setembro, quando decidiu renunciar à vaga. Antes disso, porém, em agosto, ele propôs um acordão para que as 22 ações apresentadas até aquele momento fossem arquivadas. Disse que seria “didático”.
    “Acho que devemos, nesta tarde, no conselho, negar todas as admissibilidades, como algo pedagógico, independentemente do mérito. Votarei para negar todas. Na próxima vez, tudo bem, atacaremos o mérito”, justificou Quaquá, em 9 de agosto.
    E anunciou que, a partir daquela data, nenhum ato de quebra de decoro será tolerado.
    “A partir de agora, não toleraremos mais isso. Tem que ter respeito nesta República”, completou o deputado, que agrediu um colega no plenário e é alvo de ação no colegiado. O próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu punição.

    Em dezembro, outras sete representações chegaram ao conselho, mas vão tramitar somente em 2024. Os deputados que se livraram do conselho neste 2023 foram, entre os governistas: Márcio Jerry (PCdoB-MA), Juliana Cardoso (PT-SP), Talíria Petrone (PSol-RJ), Érika Kokay (PT-DF), Marcon (PT-RS), Sâmia Bonfim (PSol-SP), Célia Xakriabá (PSol-MG), Glauber Braga (PSol-RJ), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Fernanda Melchionna (PSol-RS). E os oposicionistas: Oposicionistas: Carla Zambelli (PL-SP), Nikolas Ferreira (PL-MG), José Medeiros (PL-MT), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Júlia Zanatta (PL-SC), André Fernandes (PL-CE), Abilio Brunini (PL-MT), Ricardo Salles (PL-SP) e Zucco (PL-RS).

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/28/interna_politica,393324/no-conselho-de-etica-acordo-poupa-deputados.shtml)

  4. Miguel José Teixeira

    Assim como o chefe da quadrilha, velhos comparsas estão voltando à cena do crime!

    “Estrelas’ da corrupção ressurgem no 1º ano de Lula 3”
    (Coluna CH, Diário do Poder, 28/12/23)

    Ao final do primeiro ano de Lula 3, o País vê a retomada de métodos e de personagens que jogou no lixo, de corruptos confessos a condenados por ladroagem. E o poder político e econômico volta às mãos de sempre. Os irmãos Joesley e Wesley Batista retornam ao poder obtendo incríveis decisões judiciais e até frequentando eventos com forte presença de ministros de cortes superiores. José Seripieri Filho, ex-Qualicorp, também com passagem pela prisão, é outro retorno bem significativo.

    Negócio bilionário
    Delator na Lava Jato, Seripieri retorna à ribalta em grande estilo, por meio da compra bilionária do plano de saúde Amil.

    Dinheiro sobrando
    O novo controlador pagará R$11 bilhões pela Amil à UHG (UnitedHealth Group), prometendo “mudar pra melhor a saúde suplementar no Brasil.”

    Mas, quem não é?
    Lula não parece incomodado com a volta, à sua sombra, de quem, como no seu caso, até cumpriu pena por corrupção e lavagem de dinheiro.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/deputados-tem-1-153-faltas-sem-qualquer-justificativa)

  5. Miguel José Teixeira

    Haddad invertendo o adágio: “após a tempestade vem a bonança!”

    “Presentão de ano novo”
    Vai durar pouco a alegria pela redução do preço do diesel. Fernando Haddad (Fazenda) confirmou que a reoneração do combustível começa dia 1º de janeiro. O impacto deve ser de R$0,30 por litro do combustível.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 28/12/23)

    Portanto. . .aPerTem os cintos!

  6. Miguel José Teixeira

    Há casos em que a ausência preenche uma lacuna!

    “Deputados têm 1.153 faltas sem qualquer justificativa”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, Diário do Poder, 28/12/23)

    Sem dar qualquer satisfação ao pagador de impostos que banca gabinetes, motoristas, aluguel, viagens e toda sorte de regalia, deputados federais faltaram em 1.153 sessões do Plenário da Câmara. O topo dos sumidos é compartilhado por Júnior Lourenço (PL-MA) e Antônio Lúcia (Republicanos-AC), que por 24 vezes não deram as caras. Lourenço ainda faltou outras 10 vezes, mas justificou. Já Antônia, acabou justificando outras seis vezes que também não apareceu em plenário.

    Apareceu, é confusão
    A lista segue com Washington Quaquá (RJ), vice-presidente nacional do PT que esbofeteou um colega no plenário, faltou por 20 vezes.

    Abono
    Já as ausências que a Câmara passou o pano e considerou como justificadas são quase quatro vezes maiores, foram 4.290.

    Cadê Bivar?
    No universo de “ausências justificadas”, Luciano Bivar (União-PE) assume o posto, não apareceu em plenário 51 vezes, todas justificadas.

    Liberou geral
    Dos 563 deputados que passaram pela Câmara este ano, entre titulares e suplentes, menos da metade nunca faltou, só 251 parlamentares.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/deputados-tem-1-153-faltas-sem-qualquer-justificativa)

    Matutando bem. . .
    Será mesmo que o eleitor/burro de carga necessita de uma câmara federal dessa magnitude negativa?

  7. Miguel José Teixeira

    . . .”É preciso ter chispa para promover uma parceria com São Paulo e Camões e inventar uma música tão sublime.”. . .

    “A música dos anjos 2”
    (Severino Francisco, Crônica da Cidade, Correio Braziliense, 27/12/23)

    Monte Castelo é a minha canção preferida da Legião Urbana. É algo que chega mais perto de uma música dos anjos. Eu sempre a escuto como se fizesse uma prece. Quando a ouvi, pela primeira vez, tive a vaga impressão de que as palavras cantadas por Renato Russo me eram familiares. E, de fato, logo, mais que a vaga impressão, me dei conta que conhecia a origem dessa linda canção de uma maneira muito afetiva: a Carta aos Coríntios, de São Paulo, e o Soneto 11 de Camões.

    O meu pai era pastor presbiteriano, ir à igreja aos domingos era obrigatório e inescapável. Cresci assistindo a sermões em que a Carta aos Coríntios era uma referência frequente: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como prato que retine. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver amor, nada disso me valerá. O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha”.

    Já o contato com o soneto de Camões vem de outra fonte. Tive a fortuna de ser agraciado com duas mães, ambas extraordinárias. A segunda era uma mulher aristocrática, instintiva e ilustrada. Sempre que conversávamos sobre o temas relacionados ao amor, ela recitava o soneto de Camões: “O amor é fogo que arde sem se ver/É ferida que dói e não se sente/É um contentamento descontente/É dor que desatina sem doer…”

    Nem sempre as transposições de linguagem são felizes. Considero frustradas várias tentativas de musicar a poesia de Carlos Drummond de Andrade. Ficam aquém do original, é melhor ler o poeta no livro e captar a música interna das palavras no papel. Aliás, ao ver um filme sobre Grande Sertão: Veredas, povoado de corridas desabaladas de cavalos, Guimarães Rosa comentou: “Meu livro é épico; fizeram um filme hípico”.

    Mas Monte Castelo é uma versão inspirada. E, mais do que uma versão, é uma obra de criação. Ao longo de toda a trajetória, Renato cantou as contradições, os desencontros e os desencantos do amor. No entanto, mesmo quando fala de experiências dramáticas, sente uma nostalgia da pureza. Em Monte Castelo, ele parece pretender falar do amor como utopia factível, ao alcance de cada um.

    A canção tem uma estrutura dramática na mixagem entre a Carta aos Coríntios e o soneto camoniano. O texto de São Paulo é uma utopia do amor e fala a língua dos anjos; o de Camões fala a língua dos homens. Porém, Renato não transcreveu simplesmente as palavras para a canção. Ele selecionou, cortou, adaptou, recriou, montou e acrescentou versos: “Ainda que eu falasse a língua dos homens/E falasse a língua dos anjos/Sem amor eu nada seria/ É só o amor, é só o amor/Que conhece o que é a verdade/O amor é bom, não quer o mal/Não sente inveja ou se envaidece.”

    Renato ainda inseriu o verso: “Estou acordado/Todos dormem”. E colou o verso ao texto decalcado da Carta aos Coríntios: “Agora vejo em parte/Mas então veremos face a face”. O título Monte Castelo parece, em uma primeira mirada, aleatório ou enigmático. Mas, na verdade, a canção é uma homenagem a um tio de Renato que lutou na Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial, resistindo ao nazismo, na Itália. A canção fala, a um só tempo, do amor universal e do pessoal.

    Com a sua voz nervosa, lancinante e dramática, Renato canta com a língua dos homens e a língua dos anjos. É preciso ter chispa para promover uma parceria com São Paulo e Camões e inventar uma música tão sublime. Lembrei de Monte Castelo neste momento em que a estupidez da guerra nos ameaça novamente. É música em feitio de oração. É só o amor…

    Eis a obra: https://www.youtube.com/watch?v=53W3u-74Nz0

  8. Miguel José Teixeira

    . . .”Chegando ao fim de ano como agora, vem a premência de perguntar, se nossos representantes, nossos mandatários, estão trabalhando “com o povo, pelo povo e para o povo” — ou preferem trabalhar com o Estado, pelo Estado, para o Estado?”. . .

    “Perguntas de fim de ano”
    (Alexandre Garcia, Correio Braziliense, 27/12/23)

    Como se sabe, Estado é a nação organizada. Antecedendo ao Estado, a nação somos nós, brasileiros; o Estado são os governos que nomeamos em nosso nome e sustentamos com nossos impostos, para prestarem os serviços básicos de justiça, educação, saúde, segurança e saneamento. Escolhemos representantes pelos quais exercemos nosso poder, de origem numa democracia. Chegando ao fim de ano como agora, vem a premência de perguntar, se nossos representantes, nossos mandatários, estão trabalhando “com o povo, pelo povo e para o povo” — ou preferem trabalhar com o Estado, pelo Estado, para o Estado? Seria proveitoso se deputados, senadores e vereadores se perguntassem, em exame de consciência de fim de ano, com quem, para quem e por quem estão trabalhando.

    Pensei nisso quando vi a destinação de R$ 4,9 bilhões de impostos para o fundo partidário no ano das eleições municipais. A verba anterior era de 900 milhões. Por que o meu imposto tem que ir para partidos com os quais não concordo? Por que os partidos não são sustentados apenas por seus filiados? É um dinheiro gasto sem retorno. Num país em que metade da população não tem esgoto e as crianças com doenças causadas por isso ficam sem desenvolvimento do cérebro, alguém pensa nas consequências de imposto mal aplicado? Pensam na nação com QI bem abaixo da média? Pensam no futuro — ou na próxima eleição?

    Também pensei se o Estado respeita a nação quando, nesses dias, o Conselho Nacional de Política Energética decidiu adicionar mais óleo vegetal ou animal no diesel, a partir de março. Não perguntou para a nação que usa diesel no agro e nas estradas se concorda ou não. Assim como não perguntaram aos proprietários de motores a gasolina se poderiam adicionar 27% de álcool hidratado. Como todos sabemos, essas adições, que eu chamo de adulterações, entopem o sistema de injeção dos motores, criando borra e, no caso do álcool hidratado, também provocam ferrugem.

    Pensei nisso também quando vi uma deputada estadual do Rio de Janeiro ser conhecida como “madrinha” da milícia da Zona Oeste. E sabemos que ela é apenas a ponta de um iceberg. Que grupos econômicos ou criminosos são os verdadeiros mandantes? Mandatários eleitos estão a serviço da nação, ou há interesses superiores aos da nação? Quando a Constituição e o devido processo legal são desprezados e o Senado cala, onde está o juramento de defender a Constituição? O congressista que não zela pela preservação de sua competência legislativa merece ser reeleito? São perguntas dessa época de balanço.

    Passamos o ano constatando como o Estado, com seus agentes eleitos ou não, vai se distanciando de seu povo e agindo como se ele, Estado, é que fosse o senhor. Aí, deixa de ser democracia, em que manda é quem está operando o Estado e não a nação. A passividade da nação contribui para isso, por falta de saber como deve funcionar a democracia. O ensino é fraco, porque o conhecimento liberta. Os que ingressam na casta pública criam seus privilégios e se tornam mais iguais que os outros. Esses outros são eleitores, pagadores de impostos e objetos do lindo parágrafo único do primeiro artigo da Constituição que estabelece que “todo poder emana do povo”. Democracia é quando o Estado teme o povo — e não o inverso.

    (Fonte http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2023/12/27/interna_brasil,393285/perguntas-de-fim-de-ano.shtml)

  9. Miguel José Teixeira

    . . .”Presidente do Senado quer disciplinar o uso dos recursos bilionários destinados aos partidos em 2024 e discutir coincidência de mandatos.”. . .

    “Reforma eleitoral pode incluir fim da reeleição”
    (Aline Brito, Ândrea Malcher, Correio Braziliense, 27/12/23)

    O debate acerca do Orçamento de 2024 reacendeu o interesse do Senado na minirreforma eleitoral. O Fundo Eleitoral aprovado no Congresso, de R$ 4,9 bilhões, incomodou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que estabeleceu como prioridade para o próximo ano trabalhar em busca de “profundas e marcantes modificações na legislação eleitoral”.

    Depois da tentativa frustrada de diminuir o valor destinado ao fundão das eleições municipais, Pacheco deve retomar a discussão sobre projetos que revisam o sistema eleitoral do país. O senador afirmou que a Casa vai se concentrar em “buscar alternativas de aprimoramento”.

    Para ele, é preciso “ter no Brasil uma lei que possa disciplinar a aplicação dos fundos eleitorais, para não ficar dentro da discricionariedade de comandos partidários e (para que) todos, efetivamente, possam ter acesso a isso. Esse valor (R$ 4,9 bilhões) precipita muito a discussão da volta do financiamento privado, de pessoas jurídicas, e precipita uma reflexão sobre o custo das eleições para o Brasil”, disse Pacheco a jornalistas.

    Para reduzir os custos do Estado com eleições, Pacheco pretende pautar no Senado o fim da reeleição para cargos no Executivo e, com isso, o aumento do mandato presidencial de quatro para cinco anos. Dessa forma, a minirreforma buscaria coincidir os mandatos de presidente, deputados, senadores, prefeitos e vereadores, na tentativa de “termos menos eleições”. “Tudo isso acaba sendo fortalecido com uma decisão de um Fundo Eleitoral dessa monta. Eu respeito, mas isso gera consequências de reflexões para o Brasil no ano de 2024. Eu considero que iniciaremos o ano com esses desafios, especialmente nessa questão do sistema eleitoral e político no nosso país”, ressaltou, na véspera do recesso legislativo.

    “Vamos discutir a questão da coincidência de mandatos. Vamos discutir o custo da Justiça Eleitoral, pois são quase R$ 11 bilhões por ano em função de ter eleições a cada dois anos. Não só pela economia que isso representa para os gastos públicos, mas para tirar do Brasil esse estado permanente eleitoral que vivemos, que contamina a qualidade dos mandatos e da política”, pontuou. “A política tem uma razão de ser que não pode ser uma razão puramente eleitoral”, alegou.

    Segundo Pacheco, as mudanças, caso aprovadas pela Casa, só valeriam a partir de 2030 e não afetariam uma possível reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. “O fim da reeleição é um desejo muito forte dos senadores. Nós vamos fazer audiências públicas, vamos debater isso”, garantiu.

    “O que a gente viu foi a reeleição sendo usada como algo que atrapalha a primeira gestão. Se faz de tudo para ser reeleito, gasto desenfreado, nomeações que não devem ser feitas, composições que não devem ser feitas. Um mandato um pouco mais longo, de cinco anos, sem perspectiva de reeleição, é bem razoável”, argumentou Pacheco, em café da manhã com a imprensa.

    Reação petista
    A proposta, apesar de ter boa aceitação entre os parlamentares, é criticada por integrantes da base do governo. O PT, partido que mais se beneficiou com a reeleição ao longo da história, é contra a mudança, assim como manifestou a presidente da agremiação, deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Mesmo que seja para valer só a partir de 2030, a proposta para acabar com a reeleição de presidentes é oportunista e representa um retrocesso na representação democrática da maioria da população.”

    “Quando os tucanos criaram a regra da reeleição, em benefício próprio, as tais elites apoiaram e aplaudiram. Quando presidentes do PT foram reeleitos, aí a reeleição virou problema. Desde o golpe contra Dilma, os poderes da Presidência vêm sendo reduzidos e, até, usurpados pelo Congresso, especialmente na execução do Orçamento, que favorece a reeleição da maioria conservadora, em detrimento dos interesses do país”, declarou a deputada.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/27/interna_politica,393269/reforma-eleitoral-pode-incluir-fim-da-reeleicao.shtml)

  10. Miguel José Teixeira

    . . .”Em 2020, FHC disse se arrepender da proposta e defendeu uma reestruturação do sistema eleitoral. “Cabe a mim um mea culpa. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Devo reconhecer que, historicamente, foi um erro.”. . .

    “Prática de 26 anos”
    (Correio Braziliense, 27/12/23)

    A reeleição é uma ferramenta recente no Brasil. A Constituição não previa a possibilidade de renovação do mandato para cargos do Executivo, mas o texto da Carta Magna foi alterado, em 1997, por meio de uma Emenda à Constituição que recebeu o apoio do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

    À época, a legislação previa um mandato único de cinco anos, mas FHC queria se reeleger e articulou a aprovação da proposta. Jornais do fim da década de 1990 chegaram a denunciar possível compra de votos dos parlamentares, com o objetivo de aprovar a emenda. Em 1998, Fernando Henrique Cardoso conseguiu se reeleger e se tornou o único presidente até os dias atuais a ser eleito e reeleito em primeiro turno.

    Em 2015, FHC falou sobre a manobra para conseguir a aprovação da PEC. “Houve compra de votos? Provavelmente. Foi feita pelo governo federal? Não foi. Pelo PSDB: não foi. Por mim, muito menos. Vocês se esquecem de que os governos estaduais estavam em jogo, que os governadores queriam a reeleição”, avaliou.

    Em 2020, FHC disse se arrepender da proposta e defendeu uma reestruturação do sistema eleitoral. “Cabe a mim um mea culpa. Permiti, e por fim aceitei, o instituto da reeleição. Devo reconhecer que, historicamente, foi um erro. Se quatro anos são insuficientes e seis parecem ser muito tempo, em vez de pedir que no quarto ano o eleitorado dê um voto do tipo plebiscitário, seria preferível termos um mandato de cinco anos e ponto final.”

    Décadas de debate
    O fim da reeleição, por meio de uma minirreforma, é discutido no Congresso Nacional há quase duas décadas. Desde o começo deste século, cerca de 25 PECs foram apresentadas com o intuito de alterar o Código Eleitoral e voltar ao que previa o texto original da Constituição: mandato único com duração de cinco anos, mas nenhuma delas chegou a ser votada em Plenário.

    Atualmente, está em tramitação na Câmara a PEC 376/2009, com relatoria do deputado Felipe Francischini (União-PR). A proposta unifica as datas de eleição de todos os mandatos eletivos e acaba com a reeleição no Executivo. Ela tem mais 10 PECs apensadas, como a que reduz de oito para quatro anos a duração do mandato de senadores; a que limita reeleições no Poder Legislativo; e a que extingue a figura dos suplentes de senadores.

    Também passou pela Câmara o Projeto de Lei (PL) 4438/23, que foi aprovado na segunda quinzena de setembro, com 367 votos favoráveis e 86 contrários, que busca promover uma “reforma no ordenamento político-eleitoral”. O texto, que tramita em conjunto com o Projeto de Lei Complementar (PLP) 192/23, ambos com relatoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), entre outros pontos, altera regras sobre prestação de contas e inelegibilidade, e flexibiliza a cota de participação das mulheres. A matéria aguarda deliberação no Senado.

    No Senado, tramita a PEC 12/2022, apresentada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). O texto altera a Constituição Federal “para determinar a inelegibilidade para o mesmo cargo dos chefes do Poder Executivo no período subsequente e definir seus mandatos em cinco anos”. A proposta está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), aguardando a designação da relatoria. Essa é a aposta de Pacheco para 2024.

    “A concorrência entre os mandatários e os demais candidatos é desigual, e a derrota dos candidatos à reeleição ocorre apenas em circunstâncias muito particulares. O sujeito tem que ser muito ruim de serviço para perder uma reeleição, tendo toda a máquina em suas mãos, sem ter que deixar o cargo”, disse Jorge Kajuru.

    Para o professor de direito constitucional e teoria geral do Estado da Universidade de São Paulo (USP) Rubens Beçak, é natural que o Parlamento, sempre antes de períodos eleitorais, debata mudanças nas regras do jogo, mas este não é o momento ideal para discutir o fim da reeleição. “Penso que deveríamos experimentar esse modelo por mais tempo para que a gente pudesse entrar, mais à frente, daqui alguns anos, em um debate mais profundo sobre se deve mudar ou não”, avaliou. (AB e AM)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/27/interna_politica,393270/pratica-de-26-anos.shtml)

  11. Miguel José Teixeira

    . . .”Enquanto houver a guerra, Netanyahu estará firme no poder, com apoio dos militares linha-dura que comandam a carnificina em Gaza.”. . .

    “Belém chora a morte de uma criança a cada dez minutos”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, 27/12/23)

    A comemoração mais importante do Ocidente é o Natal, que celebra o nascimento de Jesus Cristo e, com isso, a renovação da esperança que explode na passagem de ano-novo. Para os cristãos ortodoxos e coptas, que ainda seguem o calendário decretado pelo imperador romano Júlio Cezar, em 46 a.C., a festa natalina ocorre em 7 de janeiro. Entretanto, quase não houve nem haverá celebração em Belém, a cidade mais católica da Palestina, onde Cristo nasceu. Resume-se a um presépio montado sobre pedras e um menino Jesus envolto numa mortalha. Simbolizam a destruição de Gaza e a morte de uma criança a cada dez minutos pelos bombardeios israelenses, segundo os números divulgados pelo porta-voz do Fundo da ONU para Infância (Unicef), James Élder.

    A música, a árvore de Natal, a procissão e a grande missa deram lugar a um protesto quase silencioso da Igreja Católica, verbalizado pelo papa Francisco, em Roma, na Missa do Galo. Na Praça da Manjedoura não há turistas nem fiéis. Os líderes das diversas representações cristãs em Jerusalém emitiram uma carta pedindo a seus congregados que renunciassem a quaisquer “atividades festivas desnecessárias”. Em protesto, no domingo, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, o Patriarca Latino, a maior autoridade católica da região, caminhou em silêncio de Jerusalém a Belém, onde celebrou a missa, à meia-noite, na Igreja da Natividade, sem peregrinos.

    Apesar da resolução das Nações Unidas (ONU) que pede uma trégua para a entrada de ajuda humanitária, Israel prossegue seus bombardeios no sul de Gaza, inclusive contra os campos de refugiados. Diante das críticas do secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, suspendeu a emissão e a renovação de vistos diplomáticos para funcionários da ONU, entre os quais, o secretário-geral adjunto para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths. Um gesto sem precedentes, mas coerente com a morte de mais de 140 funcionários da ONU nos ataques israelenses.

    O secretário-geral da ONU irritou Netanyahu ao criticar o Hamas pelos “ataques horrendos” e pelo “castigo coletivo do povo palestino”. Guterres acusa Netanyahu de “graves e claras” violações do direito humanitário internacional em Gaza. Disse que “os ataques do Hamas não se produziram em um vazio. O povo palestino está submetido há 56 anos a uma ocupação sufocante, e tem visto sua terra devorada pouco a pouco por assentamentos”, o que foi interpretado como uma justificativa para o ataque terrorista de 7 de outubro, que Guterres nega.

    Ameaça existencial
    A retaliação implacável de Israel, de certa forma, faz o jogo de seus adversários, sobretudo o Irã, pois aumenta seu isolamento internacional. Aprofunda a crise política do país, mesmo que sob o manto de unidade nacional, tecido por uma ação terrorista que é tratada como uma ameaça existencial na dimensão do Holocausto. A esquerda israelense perdeu a ideia-força da coexistência com os palestinos; a direita, a confiança da população conservadora e sionista. A estratégia de ocupação militar da Cisjordânia e bloqueio de Gaza fracassou. A escolha de Natanyahu, agora, é a ocupação definitiva do enclave e uma limpeza étnica, insustentável internacionalmente, até mesmo para Estados Unidos. A mudança de rumo em direção à solução de dois Estados, mesmo com a queda do governo após a guerra, parece cada vez mais difícil, embora tenha amplo apoio internacional.

    A guerra unificou um país dividido entre a preservação da sua democracia e a adoção de um regime “iliberal”, com a tentativa de Netanyahu de reduzir o poder dos tribunais. Também reduziu as diferenças entre os judeus ultraortodoxos, que se recusam a prestar serviço militar, e sionistas, sempre dispostos a pegar em armas para defender seu território. De certa forma, reforça o caráter étnico-religioso do Estado de Israel e legitima o regime de apartheid imposto aos palestinos. Enquanto houver a guerra, Netanyahu estará firme no poder, com apoio dos militares linha-dura que comandam a carnificina em Gaza.

    Uma pesquisa recente mostrou que 70% da população árabe se sente parte do Estado de Israel. É uma realidade multiétnica que somente tem sentido numa ordem democrática. Para a minoria árabe, que representa um quinto dos mais de 9 milhões de residentes de Israel, a situação é complexa: dezenas de árabes morreram em 7 de outubro, o que fortalece esse pertencimento, porém, não são indiferente à morte dos palestinos civis de Gaza, sobretudo crianças em mulheres, vítimas dos bombardeios israelenses.

    Mais da metade dos israelenses judeus se opõe à retomada das negociações para criar um Estado palestino e apoiam os assentamentos na Cisjordânia. Além disso, há o senso comum de que os ataques do Hamas não teriam ocorrido se a ocupação de Gaza por Israel tivesse permanecido após a Intifada. Entretanto, com a ocupação de territórios palestinos, no espaço de duas ou três gerações, os árabes serão a maioria da população do que seria a “Grande Israel”.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/27/interna_politica,393271/nas-entrelinhas.shtml)

  12. Miguel José Teixeira

    “. . .As pessoas, que não querem armas, e sim pão, que têm dificuldades para seguir adiante e pedem paz, não sabem quantos fundos públicos são destinados aos armamentos”. . .

    “Papa pede que a paz reine no mundo”
    (Correio Braziliense, 26/12/23)

    Na tradicional mensagem de Natal, o papa Francisco ontem durante a bênção Urbi et Orbi (“à cidade e ao mundo”), da sacada central da Basílica de São Pedro, no Vaticano, evocou pelo fim da guerra em Israel, lembrando que foi em Belém onde Jesus Cristo nasceu, reiterou a preocupação com os conflitos entre Ucrânia e a Rússia, assim como com a indústria de armas. Para ele, o que ocorre hoje em Gaza é uma “situação humanitária desesperadora” e apelou pela libertação dos reféns que ainda estão sob poder do Hamas e o imediato cessar-fogo.

    “Suplico que cessem as operações militares, com suas consequências dramáticas de vítimas civis inocentes, e que a situação humanitária desesperadora seja remediada, permitindo a chegada de ajuda”, pediu o pontífice referindo-se à situação humanitária na Faixa de Gaza que se agrava diariamente. A ajuda humanitária chega a conta-gotas no território e depende de autorização dos israelenses para passar pela fronteira com o Egito e do posto fronteiriço israelense de Kerem Shalom.

    Israel promete “aniquilar” o Hamas após o ataque sem precedentes de 7 de outubro, uma vez que cerca de 1.140 pessoas foram assassinadas, a maioria civis.

    O grupo radical islâmico sequestrou 240 pessoas e 129 permanecem como reféns em Gaza, segundo o governo de Israel. Os bombardeios israelenses deixaram mais de 20.400 mortos em Gaza. Anteontem os refugiados palestinos que estão em Al Maghazi foram surpreendidos com um bombardeio na área.

    O ataque deixou pelo menos 70 mortos e destruiu várias “cassas”, segundo o Ministério da Saúde do Hamas. O balanço não foi confirmado por fonte independente.

    “Que não se siga alimentando a violência e o ódio, mas que se encontre uma solução para a questão palestina, por meio de um diálogo sincero e perseverante entre as partes, sustentado por uma forte vontade política e o apoio da comunidade internacional”, pediu o papa na mensagem em que enfatizou o lema “não à guerra, sim à paz”.

    No trecho dedicado ao “continente americano”, o papa pediu aos governantes, que “encontrem soluções idôneas que levem a superar as dissensões sociais e políticas, a lutar contra as formas de pobreza que ofendem a dignidade das pessoas, a resolver as desigualdades e a enfrentar o doloroso fenômeno das migrações”. Ele não mencionou especificamente o confronto entre Venezuela e Guiana nem as tensões na Argentina em decorrência das medidas adotadas pelo governo do presidente Javier Milei.

    Ao apelar pelo fim dos confrontos, Francisco condenou a produção e o comércio de armas, que chamou de “instrumentos de morte” a serviço da guerra.”Como é possível falar de paz se a produção, a venda e o comércio de armas aumentam?”, reagiu o papa. “As pessoas, que não querem armas, e sim pão, que têm dificuldades para seguir adiante e pedem paz, não sabem quantos fundos públicos são destinados aos armamentos”, disse.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/mundo/2023/12/26/interna_mundo,393244/papa-pede-que-a-paz-reine-no-mundo.shtml)

    Só pra refletir. . .
    Já imaginaram se o Santo Padre soubesse o quanto dos fundos públicos saem para os “amigos do rei” aqui na PeTezuela?

  13. Miguel José Teixeira

    Peguei meu “canudo”! E agora?

    “Faltam profissionais qualificados”
    (Correio Braziliense, 26/12/23)

    O Índice de Confiança Robert Half (ICRH), estudo trimestral que monitora o mercado de trabalho e a economia, aponta que 78% dos recrutadores de empresas sinalizam dificuldades na contratação de profissionais qualificados. Segundo o levantamento, produzido pela empresa de consultoria em recursos humanos de mesmo nome, 67% dos recrutadores acreditam que o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 25% creem que ficará ainda mais desafiador, o que representa um aumento de 5 pontos percentuais na comparação com a última edição do índice, lançada em setembro.

    Em paralelo, as empresas podem enfrentar dificuldades para reter a mão de obra mais qualificada. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Demitidos (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, revelam que os desligamentos a pedido do colaborador corresponderam a 40% do total de demissões no terceiro trimestre deste ano. Isso ocorre porque o baixo nível de desemprego — próximos a 3% para esse tipo de profissional — dão maior grau de liberdade aos profissionais para escolher onde querem trabalhar.

    Aprimoramento
    Apesar do cenário favorável, os profissionais, mesmo os mais qualificados, não podem descuidar da sua formação. “O mercado exige uma postura de constante aprimoramento. Em um mercado onde a competição por talentos é acirrada, investir em qualificação, atualização constante e habilidades diferenciadas é essencial”, destaca Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul. (FS)

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/12/26/interna_economia,393246/faltam-profissionais-qualificados.shtml)

    Portanto. . .”se-qualifique-se, se-aprimore-se”!

    Não é fácil ser “O Pequeno Burguês”, né Martinho?
    https://www.youtube.com/watch?v=QYdxXF1fDKg

  14. Miguel José Teixeira

    “A música dos anjos”
    (Crônica da Cidade, Correio Braziliense, 26/12/23)*

    No fim de semana, me envolvi novamente na velha pendenga se Papai Noel é uma figura nociva às crianças porque seria, supostamente, um agente do consumismo desvairado e da crueldade contra as crianças pobres. Eu já acreditei nesta versão, mas, como já disse, depois de ter filhos e netos, e de ver como as crianças, ricas e pobres, adoram o Natal, mudei completamente de ideia.

    É claro que as desigualdades sociais se escancaram neste período. Mas os valores e o ânimo que o Natal suscita transcendem essas realidades. Em casa, recolhemos muitos brinquedos desativados e levamos a um projeto social, com certo sentimento de culpa. Mas o rapaz que recebeu a nossa carga me dissuadiu: “Que nada, você não imagina a alegria que um brinquedo desses pode provocar em uma criança pobre.”

    Eu fiquei tocado pelo trabalho dessas pessoas voluntárias, que abandonam o conforto de suas casas e saem para ajudar os desvalidos. Não resolvem todos os problemas, mas transmitem algum alento e esperança para os que estão desesperançados ou desesperados.

    O Natal é uma utopia de afeto, de solidariedade, de celebração e de bom ânimo. Esses são os verdadeiros valores do cristianismo. Essa utopia está envolvida nos interesses do consumo, mas é reavivada durante a festa. Deveria se estender para todos os dias do calendário. Em nome de Jesus, os falsos cristãos propagam valores do ódio. O lema de Cristo era amai-vos uns aos outros, e não armai-vos uns aos outros.

    Na volta, passei em uma feirinha da periferia e levei um susto ao ouvir, vindo de longe, o que me parecia o som da música dos anjos. Ao me aproximar, avistei um coral formado por crianças muito brasileiras, negras, morenas, pardas e brancas, todas vestidas de vermelho, com boinas de Papai Noel, entoando aquela linda canção de Milton Nascimento e Fernando Brandt, que fala de amizade: “Amigo é coisa pra se guardar/com sete chaves dentro do coração/Assim dizia a canção/que na América ouvi/Mas quem cantava chorou ao ver seu amigo partir”.

    Interessante é que, a rigor, não seria uma canção tradicionalmente natalina. Mas o grupo cantante a transforma em celebração da festa. Não poderia soar mais apropriada ao Natal:”Mas quem ficou, no pensamento voou/Com seu canto que outro lembrou/E quem voou, no pensamento ficou/Com a lembrança que o outro partiu”.

    Com a apropriação amorosa, os brasileirinhos revitalizaram, rejuvenesceram e revestiram a canção de uma nova alma. Ela ficou com o timbre, o sopro e a cara daquelas crianças negras, morenas, pardas e brancas da periferia: “ Amigo é coisa para se guardar/No lado esquerdo do peito/Mesmo que o tempo e a distância digam não/Mesmo esquecendo a canção/O que importa é ouvir/A voz que vem do coração”. Essa versão do coral me reacendeu a fé no poder da arte em tocar no coração.

    De repente, me veio a certeza fulminante de que, se Milton Nascimento ouvisse aquele coral de crianças candangas da periferia na feirinha, ele choraria as tais lágrimas de esguicho de que falava Nelson Rodrigues. Ele não resistiria ao ouvir a música dos anjos.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/cidades/2023/12/26/interna_cidades,393236/cronica-da-cidade.shtml)

    (*) Não é citado o nome do autor. Mas, pelo estilo, arrisco Severino Francisco. . .

    E o Milton, assim se expressava:
    https://www.youtube.com/watch?v=OlcQE4NeXow

  15. Miguel José Teixeira

    “O futebol é uma caixinha de surpresas”. . .

    . . .”A construção de um astro global: protagonista do Palmeiras e vendido ao Real Madrid, atacante brasiliense pira algoritmo, multiplica seguidores, supera 9 milhões de fãs nas redes sociais e caminha para ser referência midiática.”. . .

    “Hashtag Endrick”
    (Marcos Paulo Lima, Correio Braziliense, 26/12/23)

    Endrick trabalha até nas férias. Basta uma ação nos Estados Unidos ou uma visitinha de cortesia ao Real Madrid, na Espanha, para o algoritmo pirar com a multiplicação de seguidores nas redes sociais. Aos 17 anos, o filho do seu Douglas e da dona Cintia ganhou mais de 1 milhão de “followers” em um mês e acumula 9 milhões no Instagram, Tik Tok e X, o antigo Twitter.

    A presença em um jogo do Boston Celtics na NBA, uma ação do patrocinador de chuteira New Balance com o astro do Cleveland Cavaliers, Darius Garland, ou a troca dos pés pelas mãos na casa do Boston Red Sox para simular um rebatedor de beisebol turbinam os perfis pessoais de Endrick. Uma passadinha no vestiário do Real Madrid antes do Natal para conhecer os futuros colegas de time fez com que ele rompesse a barreira dos 6,5 milhões de seguidores no Instagram. Se acrescentarmos os 2,4 milhões de fãs no Tik Tok e outros 281 mil no X, antigo Twitter, o brasiliense nascido em Taguatinga acumula 9 milhões de usuários conectados a ele.

    A última referência do potencial de Endrick é a visita ao Centro de Treinamento do Real Madrid para conhecer futuros amigos. Ele abriu a temporada de intercâmbio quebrando as redes. O vídeo é um dos mais visualizados na página oficial do Real Madrid em 2023. Em 24 horas, houve quase 50 milhões de views.

    O protagonismo na conquista do bi do Palmeiras no Campeonato Brasileiro, premiações e a agenda de entrevistas alavancam o craque midiático. Segundo os administradores das contas de Endrick, o perfil não para de crescer desde a consolidação no papel de titular do Palmeiras e os 11 gols no Brasileirão. Ele foi o artilheiro do time na Série A. Quando fechou com o Real Madrid, em outubro de 2022, Endrick tinha 1,9 milhão de seguidores.

    “O crescimento acelerado do Endrick nas redes sociais ocorre por alguns motivos, como performance dentro do campo, gestão da carreira e imagem, carisma e por ser querido por todas as torcidas. A rede social é um ativo importante do atleta. É, sem dúvida, um dos pontos que a empresa analisa ao tomar a decisão de patrocinar ou não um profissional. Logo, quanto maior o número de seguidores engajados, mais atrativo ele se torna”, explica ao Correio Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports. A agência tem exclusividade na gestão de contratos de patrocínio e imagem do jogador.

    A equipe de mídias sociais de Endrick o potencializa de maneiras diferentes. No Instagram, por exemplo, publica fotos, vídeos e ações dos patrocinadores. É disparado o jogador do Palmeiras com mais seguidores nessa rede. A linguagem muda no Tik Tok. Endrick apresenta uma versão mais leve, menos formal.

    O crescimento da joia nas redes sociais tem a ver com o papel da empresa de entretenimento estadunidense liderada pelo cantor Jay-Z. Ele é o acionista majoritário da Roc Nation Sports Brazil. A firma também faz a gestão das imagens de Vinicius Junior, Lucas Paquetá, Gabriel Martinelli e outros jogadores.

    “O interesse do público por Endrick é incomum, justamente porque ele é especial. O nosso trabalho, para o seu desenvolvimento, no campo e fora dele, é um direcionador, orientador, potencializador, mas nunca um adestrador, um fabricante de interesse”, diz o analista Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil.

    O executivo acrescenta: “Todos os nossos clientes têm o mesmo conhecimento que adquirimos, disponíveis para eles utilizarem nas esferas que desejarem, mas não somos nós que decidimos quem fará sucesso, e jamais vamos transferir a nós o sucesso que é dos nossos clientes. Endrick tem mérito pelo que mostrou em campo, e ele, em conjunto com os pais, tem um mérito ainda maior por ser o jovem que é, um exemplo de humildade e autenticidade fora dele”, afirma Thiago Freitas.

    As procuras por Endrick estão vinculadas ao sucesso nas quatro linhas. Em 2023, ele conquistou o Paulistão, a Supercopa do Brasil e o Brasileirão. “Esse crescimento interfere diretamente no interesse das marcas. Ao patrocinar atletas, as marcas buscam os valores que estão ligados aos atributos do esporte, como conquistas, propósitos, superação. Ter essas histórias vencedoras em plataformas que se comunicam globalmente traz uma grande visibilidade atrelada a personagens extremamente conectados com a base de fãs”, avalia Danielle Vilhena, head de marcas da Agência End to End. A empresa conecta o torcedor à paixão. Portanto, apresenta soluções e engajamento para o mercado esportivo.

    O diretor comercial da agência de marketing esportivo Absolut Sport, Fernando Paz, chama atenção para a construção de uma estrela global. “Junto ao crescimento dentro e fora de campo, tudo isso aliado ao comportamento, ajuda na construção da imagem, gerando retorno de mídia para a sua própria marca”, observa.

    Professor de marketing esportivo da ESPM, Ivan Martinho destaca a combinação entre dom e plano de carreira. “Além do talento dentro de campo e a atenção que a negociação do Real Madrid atraiu, Endrick tem, desde cedo, um estafe profissional para apoiá-lo, instruí-lo e transmitir tranquilidade na gestão extracampo junto à família, para que ele possa se dedicar totalmente ao que de melhor sabe fazer”.

    Brasília na rota do craque
    O Distrito Federal entrou no mapa do descanso pós-temporada de Endrick. No sábado, o destaque do bicampeonato brasileiro do Palmeiras foi a um clube de Águas Claras e arrancou olhares de fãs durante partidas de futevôlei. Em momento mais reservado, na véspera de Natal, o atacante seguiu ativo, bateu uma bola com pai e o deixou na “saudade” com drible desconcertante entre as pernas.

    R$ 37,5 mi – custou Endrick ao Real Madrid.

    O centroavante de 17 anos se apresentará ao badalado clube espanhol no meio da próxima temporada

    ““O crescimento acelerado do Endrick nas redes sociais ocorre por motivos como performance, gestão da carreira e imagem, carisma e por ser querido por todas as torcidas. Quanto maior o número de seguidores engajados, mais atrativo ele se torna” (Fabio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports)

    . . .porém, tem atletas que se transformam em verdadeiras arcas de tesouro!

    Saúde ao jovem Craque!

    1. Miguel José Teixeira

      Só pra lembrar:
      Endrick é um nome de origem escocesa que carrega a coragem, força e poder, guerreiro e o senhor da casa!
      Seriam o Seu Douglas e a Dona Cintia, videntes?
      Saúde à ambos, também!

  16. Miguel José Teixeira

    Tremam, parasitas do erário!

    . . .”Bandido mais procurado pela polícia se entrega e pode negociar delação premiada que aponta ligações com o poder, incluindo informações sobre o caso Marielle.”. . .

    “Prisão de miliciano abala política no Rio”
    (Renato Souza, Correio Braziliense, 26/12/23)

    A prisão do miliciano Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, depois de uma semana de negociações com a Polícia Federal (PF), causa apreensão na política do Rio de Janeiro. As investigações apontam que há um elo entre a quadrilha comandada por Zinho, considerado o maior miliciano da capital fluminense, e políticos locais. Ele se entregou uma semana depois da deflagração da segunda fase da Operação Dinastia.

    A ação policial teve como objetivo cumprir 12 mandados de prisão contra a milícia de Zinho, que atua na Zona Oeste da cidade. Na ocasião, foram presas quatro pessoas. Um dos alvos das buscas foi a deputada estadual Lucia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD). Além da parlamentar, também foram alvo da ação policial uma assessora dela e o próprio gabinete da deputada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

    As investigações apontam uma ligação de Lucinha com Zinho. Ela teria se encontrado com o miliciano 15 vezes desde 2021. Além das buscas, a Justiça determinou que ela seja afastada do cargo. A medida vale até o fim das investigações e foi decretada para evitar interferência nas diligências, que pode atrapalhar a elucidação do fato.

    Relatório enviado pela PF e pelo Ministério Público à Justiça aponta que a deputada fazia a conexão entre a narcomilícia e o setor político do Rio — que foi contaminado com a atuação de organizações criminosas ligadas a milícias e ao tráfico de drogas. As informações que Zinho pode revelar às autoridades federais causaram apreensão nos políticos locais em razão das suspeitas de ligação do miliciano com agentes do poder público.

    Investigadores ligados ao caso, ouvidos pela reportagem do Correio sob a condição de não terem suas identidades reveladas, apontam a expectativa de que o miliciano feche um acordo de delação premiada com a PF. O depoimento dele poderia trazer não só informações relevantes para desmontar atividades do crime organizado mas, também, de acordo com os investigadores, revelar detalhes importantes que podem levar a prisão do mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco. No ataque, no Centro do Rio, em 2019, o motorista dela, Anderson Gomes, também foi morto.

    Segurança máxima
    Horas após se entregar, Zinho foi transferido para o Complexo Penitenciário de Gericinó, presídio de segurança máxima em Bangu, na Zona Oeste da capital fluminense. Ele foi alocado em uma cela de 5 metros quadrados, sozinho e, por enquanto, sem direito a banho de sol.

    A unidade tem uma ala destinada, especificamente, para integrantes de milícias e detentos muito visados. Como a milícia comandada por ele disputa territórios com o tráfico de drogas, o miliciano também era perseguido por traficantes. Zinho tinha 12 mandados de prisão em aberto e estava foragido desde 2018.

    Em nota, a PF confirmou que a apresentação do criminoso estava sendo negociada com a defesa. “A prisão do homem, que tem ao menos 12 (doze) mandados de prisão, foi formalizada após tratativas entre os patronos do miliciano foragido com a Polícia Federal e a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. O preso se apresentou aos policiais federais na Superintendência Regional da PF no Rio de Janeiro”, informou a corporação.

    O fato de a prisão ter sido efetuada pela PF, e não pela Polícia Civil ou pela Polícia Militar do Rio (Pmerj) causou constrangimento às autoridades locais. Na semana passada, a defesa do miliciano negou que ele seja o chefe do grupo. No entanto, não se manifestou novamente após a detenção do cliente. As investigações devem ganhar fôlego em janeiro, até por uma pressão do Poder Executivo federal, que tem pressa em apresentar resultados antes da saída de Flávio Dino do Ministério da Justiça — o que precisa ocorrer até o fim de janeiro —, que vai assumir uma cadeira de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/brasil/2023/12/26/interna_brasil,393253/prisao-de-miliciano-abala-politica-no-rio.shtml)

    Periga, repentinamente, zinho “se-evaporar-se”!

  17. Miguel José Teixeira

    Só um incauto acredita que a toga amarelou!

    . . .”a hora para tentar reforçar o lastro institucional para evitar que o trator atinja o STF é agora, nesses dois anos e meio que faltam até a próxima temporada de eleições para o Legislativo.”. . .

    “O que preocupa o Supremo”
    Em conversas para lá de reservadas, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) demonstram muita preocupação com as eleições de 2026. Embora os partidos sequer tenham passado pela eleição municipal de 2024, há o receio de que a renovação de dois terços do Senado leve a um aumento do grupo que deseja o impeachment de ministros da Suprema Corte ou que queira impor mais limites à atuação de seus magistrados. Por isso, avisam alguns, a hora para tentar reforçar o lastro institucional para evitar que o trator atinja o STF é agora, nesses dois anos e meio que faltam até a próxima temporada de eleições para o Legislativo.

    (Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 26/12/23)

    Matutando bem. . .
    Se um candidato qualquer numa eleição tem “cabos eleitorais”, supremos candidatos terão “generais eleitorais”?

    Acorda, Brasil!

  18. Miguel José Teixeira

    O mestre da dissimulação!

    Com o ódio vertendo pelo olhos, o belzebu de Garanhuns no pronunciamento que dirigiu à nação na noite de Natal, entre outras mentiras, coaxou “o ódio à democracia deixou cicatrizes profundas na sociedade”.

    Democracia para o crápula é dominar os 3 poderes!

    Vade retro, mentiroso!

  19. Miguel José Teixeira

    Ladrão que perdoa ladrão merece cem anos de prisão. . .e. . .

    . . .”Líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reclama, em mensagem de Natal, de “desmonte nos seis anos de governos fascistas”. . .

    “Stédile perdoa Lula (mas não Bolsonaro) por “pior ano do MST”
    Líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra reclama, em mensagem de Natal, de “desmonte nos seis anos de governos fascistas”
    (Redação O Antagonista, 26/12/23)

    Líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile (foto) disse, em mensagem de Natal distribuída na sexta-feira, 22, que 2023 foi “o pior ano de todos os 40 anos do MST” em termos de famílias assentadas.

    “Mas nós compreendemos. Faz parte da luta”, disse a liderança sem-terra na gravação, cujo conteúdo foi detalhado pela coluna Painel, da Folha de S.Paulo. Para Stédile, a culpa não é de Lula ou de seu governo, mas dos ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro.

    “Faltaram recursos, porque o orçamento era do governo passado, e de certa forma o Estado brasileiro, com o desmonte que houve nos seis anos de governos fascistas, impediu que agora a máquina se voltasse para as necessidades dos trabalhadores”, disse o líder do MST na mensagem.

    Segundo ele, a reforma agrária “se mede por ideias, conquistas políticas e sociais”, e não por hectares conquistados. Stédile mencionou ainda o plano de fechar uma parceria com o governo da China para transferência de tecnologia.

    De volta às invasões
    O MST retomou em 2023 as invasões de propriedade que rarearam durante os anos do governo Bolsonaro. Foram tantas no início do ano que a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o movimento.

    O próprio Stédile depôs à comissão, comandada pelos deputados Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP). Ao longo da semanas em que funcionou, a CPI expôs relatos de dissidentes do movimento sem-terra, que reclamaram de autoritarismo e desmandos de líderes do MST.

    “Resolvemos nos desligar do MST porque éramos massa de manobra”, disse Nelcilene Reis, uma das depoentes. Ela trabalhava em um mercadinho do movimento. “Não tinha outro tipo de comércio, e o que a gente apurava era passado para os dirigentes”, contou, acrescentando que “não era pouco, principalmente porque saía muita bebida lá dentro”.

    A CPI acabou sem a aprovação do relatório final de Salles, que pedia o indiciamento de 11 pessoas, após intervenção do governo Lula para inverter a relação de forças no colegiado.

    (Fonte: https://oantagonista.com.br/brasil/stedile-perdoa-lula-mas-nao-bolsonaro-por-pior-ano-do-mst/?utm_medium=email&_hsmi=287879292&_hsenc=p2ANqtz-_ANJiTO9Hw6TncJB6T5hj5JTtzAj1mijLe66Q0grwHdLQGzBdggmYLREYRwnpQMoGDffJcRsdgiEEfpCPnlL7rzYp33A&utm_content=287879292&utm_source=hs_email)

    . . .ladrão que não perdoa capitão tem medo de prisão!

  20. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 26/12/23)

    …fica cada vez mais claro que velhinho bondoso usando vermelho, só Papai Noel.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Como já disse o “filho zero qualquer coisa bolsonaro”: os amigos do rei tem o “velhinho maldoso”!

  21. Miguel José Teixeira

    Mas os caríssimos e obsoletos senadores, deps. def. e est. e vereadores podem!

    “Fim da reeleição”
    Cresce o time daqueles que defendem o fim da reeleição para presidente da República. O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) vai além, “bem como para governadores e prefeitos”, defende o parlamentar.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 26/12/23)

    Esses nababos só legislam em causa própria e ainda “se-dizem-se” “representantes do povo”!

  22. Miguel José Teixeira

    Chutaram os bagos do lindinho da dilmaracutaia. Acertaram os beiços da corja vermelha!

    “Culpa sempre do outro”
    Danilo Forte (União-CE) reagiu ao piti de Lindbergh Farias de “golpe”, reclamando que não encontrou no orçamento previsão de reajustes para servidores. “Se não encontrou é porque o próprio governo não propôs reajuste aos servidores. Não transfira responsabilidades”, disse Forte.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 26/12/23)

  23. Miguel José Teixeira

    Nosso micro senado, é na realidade, uma macro empresa!

    “Senadores empregam como grandes empresas, mas banca quem paga impostos
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, Diário do Poder, 26/12/23)

    Além da gigantesca estrutura em Brasília, com gabinetes espaçosos, apartamentos, carrões e motoristas, os senadores têm generoso orçamento para montarem escritórios em seus respectivos estados. O exército de 1.397 assessores, bancado com dinheiro do pagador de impostos e lotados nas bases eleitorais dos parlamentares, seria suficiente para que o Sebrae classificasse suas excelências como “grande empresa”, definição de estabelecimentos com mais de 100 empregados.

    “Reis do cabide”
    Randolfe Rodrigues (PT-AP) e Rogério Carvalho (PT-SE) dividem o posto de escritórios mais inchados, são 46 assessores para cada um.

    “Contracheque”
    A folha de pagamento nos escritórios dos petistas não é nada mal. Nos dois casos, há salários de assessores que passam os R$24,3 mil.

    “Boquinha generosa”
    Bom mesmo é o salário de um assessor parlamentar de Jaime Bagattoli (PL-RO). O comissionado teve salário bruto de R$29 mil em novembro.

    “Minimalista”
    Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) tem um dos escritórios mais enxutos, três funcionários. Também é o que paga pior, não chega aos R$4,8 mil.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/senadores-empregam-como-grandes-empresas-mas-banca-quem-paga-impostos)

  24. Miguel José Teixeira

    Nasceu em Belém mas permanece vico nos corações da pessoas de boa vontade!

    “Canto de Natal”

    O nosso menino
    Nasceu em Belém.
    Nasceu tão-somente
    Para querer bem.
    Nasceu sobre as palhas
    O nosso menino.
    Mas a mãe sabia
    Que ele era divino.
    Vem para sofrer
    A morte na cruz,
    O nosso menino.
    Seu nome é Jesus.
    Por nós ele aceita
    O humano destino:
    Louvemos a glória
    De Jesus menino.
    (Manuel Bandeira)

    Feliz Natal!

  25. Miguel José Teixeira

    Dica Musical

    “Com afeto, para Carlinhos Lyra”
    (Nahima Maciel, Correio Braziliense, 23/12/23)

    Quando a produtora Regina Oreiro imaginou o repertório do disco Afeto, se impôs uma única condição: que nenhum dos convidados tivesse gravado as músicas elencadas. O resultado é uma bela homenagem a Carlos Lyra, comandada por algumas das maiores vozes da música brasileira. Um dos criadores da bossa nova, parceiro de Tom Jobim e de Vinicius de Moraes, Lyra é autor de algumas das canções mais conhecidas do movimento e muitas de suas composições tornaram-se hits gravados e regravados por grandes artistas do porte de Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil. Foi fácil, portanto, escolher o que iria no disco, mas Regina não se limitou a isso. Ela também quis incluir novos arranjos e roupagens e fez questão de levar ao palco um show para que o compositor pudesse ser homenageado em vida. “Quando era aniversário do Carlinhos, ele gostava porque eu armava um show convidando um monte de gente. Então pensei, nos 90 anos vou tentar fazer um álbum, e comecei a pensar em músicas que combinariam com cada um dos convidados”, conta.

    Regina ofereceu o projeto ao selo Sesc, que topou e viabilizou as gravações e o show, realizado este mês, um pouco depois do aniversário de Lyra, que completou 90 anos em maio. Afeto é uma carta de amor à bossa nova e a Carlos Lyra. Com 14 faixas, traz as canções mais conhecidas em vozes inéditas. Caetano Veloso, o único autorizado a escolher um título, gravou Ciúme. Gil ficou com Saudade fez um samba e Ney Matogrosso com uma refinada interpretação de Canção que morre no ar.

    Fernanda Abreu dá um molejo de sambalanço ao Samba do carioca com um lindo arranjo de João Donato, morto em julho último e que gravou também o piano da faixa. “É um compositor maravilhoso, um ícone, um dos caras muito importantes do início da bossa nova. Sempre fez uma música de uma personalidade que traduziu muito bem o Rio de Janeiro naquela época, um Rio de Janeiro tão lindo que a gente tinha naquela época”, conta Fernanda. “Ainda bem que tivemos esse último álbum em homenagem a ele ainda vivo.”

    Gal Costa deveria gravar E era Copacabana, parceria de Lyra com Joyce Moreno, mas morreu uma semana antes de entrar em estúdio. Mônica Salmaso acabou por registrar a canção, que teve arranjo de Jaques Morelenbaum. Wanda Sá, outro nome fundamental da bossa nova e que estudou violão na escola do compositor nos anos 1960, ficou com Quando chegares. “Segundo o Tom (Jobim), Lyra foi o maior melodista da música brasileira. Ele parte deixando muita música linda e uma tristeza imensa nos nossos corações, nós que partilhamos de muitos palcos pelo mundo, um parceiro, um amigo, um mestre”, conta Wanda.

    Parceiro e amigo de longa data, Marcos Valle, outro pilar da bossa nova, dividiu os vocais de Maria Ninguém com Lulu Santos. “As influências que ele teve na minha música foram grandes, imensas. E o respeito que tenho por ele, pela arte, o que ele fez é uma coisa absolutamente fantástica”, diz Valle, que prepara show no Blue Note Rio com um quadro de homenagem a Lyra.

    No repertório montado por Regina Oreiro há ainda algumas participações inusitadas, como Mart’Nália em Lobo bobo e Djavan em Você e eu. “O disco ficou com essa cara, um disco de vários artistas, inclusive os arranjadores. Foi uma festa. Cada dia que ia gravar juntava todo mundo, todo mundo queria ir”, conta. “São as músicas mais cantadas, mais conhecidas. Não queria fazer um disco do lado B, porque isso ele fez. Eu queria que essas estrelas que nunca cantaram essas canções, cantassem. Queria que fosse marcante.”

    O álbum foi lançado com o show no Sesc Pompeia, em São Paulo, em 2 de dezembro. Sob a direção de Hugo Sukman, o espetáculo reuniu Gilberto Gil, Wanda Sá, Mônica Salmaso e Joyce Moreno, que interpretaram as canções do projeto. “O disco está indo muito bem no streaming. Na primeira semana, deu 200 e tantos mil, o que, para esse tipo de música é muito. Agora quero ir com esse show para outros lugares. O show é lindo e com artistas que conviveram com Carlinhos, que têm história com ele”, avisa Regina.

    (+ s/o “Afeto” em: https://sesc.digital/album/afeto)

  26. Miguel José Teixeira

    Dica de literatura!

    “Uma vingança silenciosa”
    (Luiza Freire, Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel, Correio Braziliense, 23/12/23)

    Grande escritora e atriz mineira, Stella Maris Rezende é um dos nomes de destaque da literatura infantojuvenil brasileira. Com quatro Prêmios Jabuti, a autora de A mocinha do Mercado Central, A guardiã dos segredos de família e As gêmeas da família lança seu primeiro romance adulto intitulado Desforra. Stella realizou a primeira estreia do livro no Rio de Janeiro, onde reside atualmente, e fez uma noite de autógrafos em São Paulo, mas afirma que pretende lançar em outros locais também, incluindo Brasília, onde possui muitos amigos e familiares.

    A autora conta que o livro não foi planejado e que o enredo se construiu aos poucos. “Em Desforra, me veio primeiramente a frase ‘Quem inventa é a autora’, e daí foi surgindo a ideia de uma preparadora de originais se apropriar do texto, tomar as rédeas da tessitura para se vingar da editora, uma mulher preconceituosa, racista e que vive contestando o seu modo de trabalhar”, afirma Stella.

    Por meio de uma linguagem com e sem palavras, a autora propõe a ressignificação do silêncio e a mistura de diferentes tipos de discursos ao dialogar com mentiras, preconceitos, violência e momentos pelos quais o Brasil passou recentemente. “Os temas abordados são o feminismo, os diversos tipos de violência contra as mulheres, o racismo, as desigualdades sociais, o Brasil mergulhado em mentiras e discursos de ódio, fascismo e negação da ciência, perseguição à arte, as terríveis consequências da pandemia e de uma política retrógrada, conservadora e hipócrita”, ressalta.

    Stella Maris Rezende destaca que, apesar da maioria de seus livros serem mais consumidos pelos leitores infantis, ela não escreve pensando no público alvo e, muitas vezes, é a própria personagem do livro que “escolhe” o leitor. Ela ainda afirma que é uma diferença muito sutil escrever com foco para leitores adultos e para leitores mais jovens. “As diferenças são tênues e difíceis de serem identificadas, pois o importante é ser literatura e ponto. Trabalho com a arte literária, sem pensar qual será o público-alvo. Talvez se possa dizer que é a personagem quem define seus leitores, mas também é plausível afirmar que é o tom da linguagem que os define”.

    A escritora mineira tem três obras previstas para serem lançadas em 2024 e conta que continuará produzindo novos contos e romances. “Também acho muito instigante a editora Maralto não definir faixa etária, público-alvo, nada disso. Ela publica e ponto. Eu escrevo literatura e ponto”, completa Stella.
    “Espero estar em diversas regiões e conversar sobre os temas abordados e os diferentes recursos de linguagem utilizados pela protagonista, uma mulher que não tem medo de se aventurar e construir uma vingança através de uma trama urdida com as palavras e os silêncios”, ressalta a autora da obra.

    (+ s/o livro em: https://www.movimentoliterario.com.br/desforra-stella-maris-rezende)

  27. Miguel José Teixeira

    Frase do dia

    “No Natal do STF, a impunidade é o presente dos corruptos”
    (Deltan Dallagnol sobre as controvertidas decisões do ministro Dias Toffoli, do STF)
    (Coluna CH, Diário do Poder, 24/12/23)

  28. Miguel José Teixeira

    Lindinho da dilmaracutaia é chutado tal qual um cão sarnento. . .

    “Falando besteiras”
    O relator da Lei Orçamentária Anual, Luiz Carlos Motta (PL-SP), reagiu ao chilique de Lindbergh Farias (PT-RJ) sobre orçamento: “Tem deputado que não veio às reuniões e, no encerramento, vem aqui falar besteira”.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 24/12/23)

    . . .para o fundo da obscura caverna da corja vermelha, de onde nunca deveria ter saído!

  29. Miguel José Teixeira

    Será 2024 apenas uma enfadonha reprise de 2023?

    “Ladrão de estimação”
    “Aos petistas que não gostam de mim: o que falei mal do ladrão de estimação de vocês esse ano, fiquem tranquilos, 2024 tem mais”, avisa Nikolas Ferreira (PL-MG), após ameaça de cassação por xingar Lula.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 24/12/23)

    Oremos para que não!

  30. Miguel José Teixeira

    Penso que é mesmo um assalto à mão desarmada!

    “Presente de grego”
    Durante a última sessão do Congresso, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) protestou contra o aumento do indecoroso fundo eleitoral, que seu partido nunca usa: “É um presente de grego para os brasileiros”.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 24/12/23)

    Mas, nós, eleitores/burros de cargas, temos uma poderosa arma contra esses assaltantes, travestidos de “nossos representantes”: O VOTO!

  31. Miguel José Teixeira

    Lira toca o rebu: “Essa ousadia parlamentar vai acabar”. . .

    “Lira se impacienta e fica agressivo com deputados”
    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) abandonou o jeito cordial para disparar línguas de fogo, em noite de votação do orçamento. Ao ouvir Marcel van Hattem (Novo-RS) dizer que a Casa “virou kinder ovo, cheia de surpresas”, referindo-se a pautas inesperadas, Lira ameaçou: “Essa ousadia parlamentar vai acabar”. Sargento Gonçalves (PL-RN), de primeiro mandato, também levou invertida após dizer que “há algo de errado” na pauta: “O senhor é principiante, terá tempo para aprender”.

    “Antecedência”
    O principiante André Fernandes (PL-CE) foi solidário a Gonçalves. Disse que, deputado estadual, tinha tudo com antecedência de uma semana.

    “Voz da experiência”
    Lira não reagiu ao calejado Chico Alencar (Psol-RJ): “A antecipação é prometida e muitas vezes não cumprida; não é ousadia parlamentar”.

    “Subindo o tom”
    Hattem (Novo-RS) pegou pesado: “Lamento a covardia de tirano”, disse, sob aplausos. Lira reiterou a ameaça: “Essas brincadeiras vão acabar”.

    (Coluna CH, Diário do Poder, 24/12/23)

    Matutando bem. . .
    Se lira acabar com as “ousadias parlamentares”, seguramente, aumentarão as PaTifarias ParlamenTares!

    Ooops. . .redundância: PaTifarias ParlamenTares!

  32. Miguel José Teixeira

    Hermanos, se Milei disser “eu tenho aquilo roxo”, suspeitem dele!

    “Congresso flerta com pacote de Milei na Argentina”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, dIÁRIO DO pODER, /

    Provocou reações de admiração no Congresso o “revogaço” de Javier Milei, anulando leis e promovendo uma desregulamentação de proporções “bíblicas”, e medidas como a proibição de manifestações com obstrução de ruas. Apesar de a maior parte das medidas já ter sido adotada no Brasil, a expectativa é que o DNU (Decreto de Necessidade e Urgência), versão argentina da medida provisória, inspire projetos idênticos por aqui. O anúncio de Milei foi acompanhado no Congresso.

    Hora da rebordosa
    “O país está um caos por causa justamente da esquerda”, disse Maurício Marcon (Podemos-RS), “agora sentem no bolso o mal que fizeram”.

    Aluguel agora é livre
    Milei descomplicou o aluguel, cheio de amarras, fortalecendo o contrato, cujos termos serão definidos pelas partes, incluindo a moeda utilizada.

    Se metiam até no futebol
    Os peronistas proibiam até futebol-empresa. Milei autorizou sociedades anônimas (como a brasileira SAF). A decisão será dos clubes.

    Foco em gerar empregos
    O revogaço moderniza as relações de trabalho, também privilegiando o contrato e abrindo caminho para geração de empregos.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/congresso-flerta-com-pacote-de-milei-na-argentina)

    Só pra PenTelhar. . .
    Mais vale um miLEI na presidência que um fora da lei!

  33. Miguel José Teixeira

    Na PeTezuela, surge uma nova escola se samba para 2024: “unidos contra os burros de cargas”

    “Como fundo eleitoral de R$ 4,9 bi uniu PT e PL ‘contra’ Pacheco e Novo”
    (Gabriela Vinhal, UOL, em Brasília, 23/12/23)
    (+em: https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/12/23/fundo-eleitoral-49-bilhoes-orcamento-2024.htm)

    Vai passar
    . . .
    Dormia
    A nossa pátria mãe tão distraída
    Sem perceber que era subtraída
    Em tenebrosas transações
    . . .
    https://www.youtube.com/watch?v=o86lP5b9Ysk

    Chico Buarque esPeTacularmente atual!

  34. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 23/12/23)

    …o momento mais emocionante da reunião ministerial desta semana foi quando os ministros se levantaram, um a um, e se apresentaram a Lula.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Antes porém, apresentaram suas credenciais à presidentA por osmose, janja boca de garoupa!

  35. Miguel José Teixeira

    “Balanço mostra que, na oposição, só 20 deputados votam 100% contra Lula”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, Diário do Poder, 23/12/23)
    . . .
    Julia Zanatta (PL-SC) esteve em 100% das votações que o governo orientou voto. Foi contra Lula em todas.
    . . .
    Estados com maior índice de oposição na Câmara são Santa Catarina e Rondônia, com 68%, onde Lula não pisou em 2023, e Mato Grosso, 69%.
    . . .
    (+em: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/balanco-mostra-que-na-oposicao-so-20-deputados-votam-100-contra-lula)

    Matutando bem. . .
    Sempre é bom lembrar que, às vezes, votar contra o presidente é votar contra os interesses da Nação!
    Portanto, cautela e canja de galinha não faz mal a ninguém.

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