ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXIII

Maduro diz ao mundo e a Lula quem e como manda na Venezuela. E o Brasil da esquerda do atraso mia para o seu líder latino-americano na tomada de territórios ricos alheios para sustentar a ditadura. Mais uma vez!

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49 comentários em “ANOTAÇÕES DE MIGUEL TEIXEIRA CCXIII”

  1. Miguel José Teixeira

    Quem não tem cão, caça com gato!

    “Lula exonera três ministros para votarem na indicação de Dino ao STF”
    (Guilherme Mazieiro, portal Terra, 12/12/23)

    Ministros da Educação, Agricultura e Pecuária e dos Transportes são senadores licenciados e reassumem mandato no Senado
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/guilherme-mazieiro/lula-exonera-tres-ministros-para-votarem-na-indicacao-de-dino-ao-stf,9e6a454da9dd7ed39d99b7de7db516ad1icmx1i8.html?utm_source=clipboard)

    Moral da PaTifaria:
    “Quem muito se abaixa o rabo aparece“

  2. Miguel José Teixeira

    De PeTezuelano para PeTezuelanos!

    “Temos que nos perguntar por que que um partido que muitas vezes, no discurso, pensa que tem toda a verdade do planeta, só conseguiu eleger 70 deputados?”, indagou.
    “Por que tão pouco se a gente é tão bom?
    Por que tão pouco se a gente acha que poderia ter muito mais?
    É preciso que a gente tente encontrar resposta dentro de nós.
    Será que estamos falando aquilo que o povo quer ouvir de nós?
    Será que estamos tendo competência para convencer o povo das nossas verdades?”, questionou Lula.

    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, Correio Braziliense, 12/12/23)

  3. Miguel José Teixeira

    Começou! (2)

    “Injustiça”
    Muito tem sido falado sobre o comportamento de certos juízes, especialmente os de tribunais superiores. Ativismo político, desrespeito as leis e a Constituição, vaidade extrema e falação em excesso, entre outras anomalias.
    Presenciei cenas absurdas, em que o (a) magistrado (a) prejudica e humilha deliberadamente a parte, não cumpre o rito processual obrigatório, infringe frontalmente as leis e nada acontece.
    A punição máxima, e raríssima, é de serem levados a aposentadoria compulsória, quando continuarão a receber seus polpudos vencimentos.
    Ainda dizem que trabalham demais.
    Quem trabalha muito são os mais humildes, que ficam horas no transporte público para ir e voltar aos empregos, não têm carro oficial nem mordomias de toda espécie, nem férias e recessos frequentes.
    O Brasil precisa regular o Judiciário, mas quem tem coragem de fazer isso?
    O Legislativo teria a obrigação de ofício de fazê-lo, mas seus membros também têm seus interesses e suas vantagens, das quais não abrem mão.
    Por isso, nesse clima de injustiça extremada, vamos dia a dia deteriorando as relações sociais.
    No fim, todos perdem.
    (Humberto Pellizzaro, Asa Norte, Sr. Redator, Correio Braziliense, 12/12/23)

  4. Miguel José Teixeira

    O que nos ameaça, isolamos!

    “Dormitando na gaveta”
    A PEC do fim do foro privilegiado completou ontem (11) cinco anos de sono profundo na gaveta da Câmara. Passou pelo Senado, foi aprovada em comissão da Câmara e falta apenas ser pautada no plenário.
    (Coluna CH, DP, 12/12/23)

  5. Miguel José Teixeira

    Pergunta nas relações
    (Cláudio Humberto, DP, 12/12/23)

    Intermediar ameaça é o quê?

    Resposta na escola primária
    (Matutildo, aqui e agora)

    Maduro é meu amigo. Mexeu com ele, mexeu comigo!

  6. Miguel José Teixeira

    Leis, salsichas & láureas!

    “A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita no sábado (9) a Mulher Economista de 2023 pelo sistema Cofecon/Corecons, que reúne os conselhos federal e regional de economistas.” (FSP, 11/12/23)

    Se, “Leis são como salsichas; é melhor não saber como são feitas”, como alguém já afirmou, então, como são escolhidos os laureados?

    Só pra PenTelhar. . .
    Quem estoca ventos adia a tempestade!

    “Leis são como salsichas; é melhor não saber como são feitas”

  7. Miguel José Teixeira

    “Reforma tributária corre o risco de não ser concluída em 2023”

    Faltam três semanas para acabar o ano e, até agora, nada de a reforma tributária ser concluída, a despeito das promessas feitas no início de 2023 pelo governo e congressistas.
    A agenda de Brasília está cheia neste fim de ano, o que impõe dificuldades para o avanço do texto definitivo.
    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), convocou para esta semana sessões para análise dos vetos presidenciais relacionados a pautas aprovadas, como o arcabouço fiscal e a desoneração das folhas de pagamento.
    Resta saber, portanto, se haverá espaço para as discussões tributárias.
    De fato, o tempo urge.
    O recesso legislativo começa em 22 de dezembro, o que torna o prazo disponível apertadíssimo.
    Embora com inegáveis defeitos, como as inúmeras exceções que deverão elevar o novo Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) para aqueles que não serão alcançados por privilégios, a reforma tributária simplifica o emaranhado de tributos do país.
    Ela não pode ficar para depois.

    (Amauri Segalla, Mercado S/A., Correio Braziliense, 11/12/23)

    Vale a pena teclar de novo!
    Aí é que reside o perigo! A história tem registrado que é no “apagar das luzes” que as falcatruas são legalizadas!

  8. Miguel José Teixeira

    “Economia verde é termo desconhecido para 6 em cada 10 brasileiros”
    Apesar de 80% dos brasileiros acreditar que é possível combinar crescimento econômico com proteção do meio ambiente, somente 39% afirmam conhecer, ainda que só de ouvir falar, o conceito de economia verde. É o que aponta a pesquisa Sustentabilidade e Opinião Pública, a ser divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e que mede a relação dos brasileiros com a sustentabilidade e o meio ambiente.

    “Inclusão social e ecologia”
    Desenvolvido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 2008, o termo economia verde é centrado em um modelo que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica. Os principais pilares são baixa emissão de carbono, eficiência no uso de recursos e busca pela inclusão social.

    (Samanta Sallum, Capital S/A., Correio Braziliense, 11/12/23)

  9. Miguel José Teixeira

    Periga maduro tomar um “maxiquibe” na aventura com Essequibo!

    “. . .Ele está longe de ser o astucioso político como foi seu antecessor, Chávez. É um condutor de metrô que, por razões políticas locais, chegou ao poder. Apoiado por militares que se locupletam com a renda do tráfico de drogas, armas, ouro e diversos minérios, ele conseguiu montar um governo estável.”. . .

    “A descoberta do Essequibo”
    (André Gustavo Stumpf, Jornalista, Correio Braziliense, 11/12/23)

    O histriônico, palavroso e pretensioso Nicolás Maduro não tem a menor ideia das consequências de suas bravatas a respeito da anexação de parte da Guiana, ex-inglesa, do território chamado de Essequibo, por causa do rio do mesmo nome que corta o território de norte a sul. É um inconsequente. A empresa Exxon, norte-americana, descobriu formidável lençol petrolífero nas águas contíguas àquele território, um reservatório com cerca de 10 bilhões de barris. Basta multiplicar aquele número por 80 dólares (preço médio do barril) para calcular o valor exato do problema em que o presidente da Venezuela se envolveu.

    A região do Essequibo está em paz nos últimos séculos desde que a Venezuela se declarou independente da Espanha em 1810. Em 1814, os ingleses tomaram posse da área e riscaram as linhas de demarcação. Em 1840, um alemão traçou a linha de fronteira que recebeu a aprovação dos dois lados. A chamada linha Schomburgk traça a divisa entre um e outro país logo abaixo da foz do rio Orinoco. A descoberta de petróleo, diamante e ouro mudou as perspectivas da Venezuela, na região do lago de Maracaibo, no início do século passado. Agora, mexe com o futuro do pobre e esquecido Essequibo.

    Nos anos 1920, no século passado, um prisioneiro na Ilha do Diabo, Guiana Francesa, chamado René Belbenoit tentou a sorte. Construiu uma jangada feita de cocos secos, jogou na água e fugiu da prisão navegando sobre ela em direção a qualquer lugar que significasse liberdade. Chegou à foz do rio Orinoco
    . Procurou um lugar habitável. Tinha habilidades, ganhou dinheiro com garimpo de ouro e diamantes e se instalou numa vila no rio Maú. Ali, criou família e teve grande influência na região, que hoje se chama Normandia, em homenagem à terra natal do francês Papillon, que se tornou famoso por causa do filme estrelado por Steve McQueen. Normandia fica próximo a Bonfim, onde o Brasil faz fronteira com a Guiana.

    Há uma estrada que liga Bonfim a Georgetown, capital da Guiana que se debruça sobre o oceano Atlântico. São 679 quilômetros de estrada de terra, cheia de buracos, mas com linha regular de ônibus. Um terço do trajeto é asfaltado. Bethlem é uma versão menor de Cidade de Leste, no Paraguai, ocupada por comerciantes de diversas nacionalidades, maioria chineses, que vendem produtos sem impostos. Há razoável procura por produtos estrangeiros nos dois lados da fronteira, por ser mais perto de Boa Vista a maioria dos clientes é de brasileiros.

    Boa Vista fica mais perto de Georgetown que de Manaus (780 quilômetros). Cidade que é um porto no Oceano Atlântico, enquanto Manaus é um porto no Rio Amazonas, o que indica a necessidade de navegar mais cinco dias até alcançar o oceano. Essa escaramuça na fronteira norte do Brasil é a oportunidade para abrir os olhos do governo de Brasília para a enorme oportunidade comercial e industrial que se abre na fronteira norte em Roraima.

    A estrada de Georgetown a Boa Vista pode ser o caminho para importar petróleo, exportar bens e serviços para um país que não possui praticamente nada em termos de comércio exterior. Faltam conhecimentos específicos em todas as áreas modernas de infraestrutura, desde o comércio eletrônico até as noções básicas de informática. O Brasil pode exportar tudo o que o vizinho necessita e tem meios para pagar. Aliás, no ano passado, o produto interno bruto da Guiana cresceu 62%. Neste ano, deverá crescer 37%. O do Brasil, com muito esforço, aumentará 3%.

    A Guiana é uma antiga colônia britânica e faz parte da Commonwealth. Os ingleses não esquecem dos seus. Brigar com a Guiana é desafiar Londres e, por tabela, colocar os norte-americanos na contenda, não apenas pelo petróleo, mas também pela tradição de estarem sempre juntos, desde a Segunda Guerra Mundial. Os argentinos no episódio das Malvinas, ou Falklands, acharam que teriam a simpatia de Washington. Ganharam uma chuva de bombas e foram humilhados. O general Leopoldo Galtieri, que estava no poder, acabou na prisão. Os militares argentinos foram duramente penalizados.

    Maduro pode estar maduro para sair do poder. Ele está longe de ser o astucioso político como foi seu antecessor, Chávez. É um condutor de metrô que, por razões políticas locais, chegou ao poder. Apoiado por militares que se locupletam com a renda do tráfico de drogas, armas, ouro e diversos minérios, ele conseguiu montar um governo estável. Aniquilou a oposição. Desenvolveu o clássico golpe de um ditador em apuros. Descobriu um inimigo externo.

    Conseguiu unir o país em torno de uma ideia, que pode ajudar na sua reeleição no próximo ano. Mas, essa mesma unanimidade pode se virar contra ele. Foi o que aconteceu na Argentina em 1982.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/opiniao/2023/12/11/interna_opiniao,392757/a-descoberta-do-essequibo.shtml)

  10. Miguel José Teixeira

    Não tem jeito!
    Nós, saímos do mato (despachando o bolsonaro) e entramos na capoeira (elegendo o lula)!
    Os argentinos, saíram da capoeira (despachando o hemorroida ambulante) e entraram no mato (elegendo o milei)!

    “Sakamoto: Milei faz pela irmã o que nem Bolsonaro fez por Carluxo”
    (+em: https://noticias.uol.com.br/colunas/leonardo-sakamoto/2023/12/11/milei-inicia-governo-empregando-a-irma-o-que-nem-bolsonaro-fez-por-carluxo.htm)

    E o lula ainda está titubeando em fazer por janja, que está morrendo de inveja!

    Só pra PenTelhar!
    Benhêêê! Também quero ser NOMEADA 1ª dama e secretária geral do governo!
    – Mas nêga, você já é a presidentA!

    Pelo visto, javier já causou a primeira saia justa internacional. . .

    Matutando bem. . .
    Pelo ritmo da partida adotado por milei, periga ele não chegar aos 15 minutos do primeiro tempo.

  11. Miguel José Teixeira

    Chutou o balde e, seguramente. . .

    “Milei revoga norma sobre nepotismo e nomeia irmã no governo”
    (+ehttps://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2023/12/11/milei-nomeacao-parentes.htm)

    . . .seu fétido conteúdo, cairá sobre sua própria cabeça!

  12. Miguel José Teixeira

    Ele foi barrado da foto oficial! Mas ela, arrombou a festa!

    “Detalhes do look de Michelle Bolsonaro que roubou a cena em posse na Argentina”
    (Jeff Benício, portal Terra, 10/12/23)

    Ex-primeira-dama estava mais ‘fashion’ do que a irmã do novo presidente e a vice do país vizinho
    . . .
    A criação de Michelle Bolsonaro foi da estilista Luhana Pawklick, do Ateliê Pawlick de Florianópolis (SC),
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/autocuidado/moda/detalhes-do-look-de-michelle-bolsonaro-que-roubou-a-cena-em-posse-na-argentina,02e9b14e59b7fa801e3ea4a3620f13c5rk5qk65c.html)

    Alô, janja!
    Parodiando o “Poetinha”:
    As bregas que me perdoem. Mas, elegância é fundamental!

  13. Miguel José Teixeira

    Socorro, não sei quem!!!

    A coisa está tão feia, mas tão feia aqui no Distrito Federal, que até animais de estimação estão sendo furtados durante o passeio com seus tutores.

    Como já dizia a Dona Eunice, minha Professora do 1º ano primário: “os exemplos vem de cima”!

  14. Miguel José Teixeira

    Pensando bem…
    (Cláudio Humberto, DP, 11/12/23)

    …na prática, a última semana do ano na Praça dos Três Poderes já começou.

    Matutando bem…
    (Matutildo, aqui e agora)

    Aí é que reside o perigo! A história tem registrado que é no “apagar das luzes” que as falcatruas são legalizadas!

  15. Miguel José Teixeira

    O “pavãozinho suro” ainda não “se-adaPTou-se” a nova PróTese da sua cauda!

    “Besteirol sem legenda”
    Líder de Lula no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) insiste que a Lei de Diretrizes Orçamentárias “respeita o espírito” do Poder Executivo de contingenciamento de recursos em 2024. Mas gastos só cresceram.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 11/12/23)

    O Ednardo cantarolava o “Pavão Mysteriozo”:
    https://www.youtube.com/watch?v=H_th1BoXcQU

  16. Miguel José Teixeira

    A frase citada na Coluna CH, cabe como uma luva no drops abaixo: “pense num absurdo, no Brasil há precedente” (Otávio Mangabeira)

    “Vai passar”
    O deputado Sóstenes Cavalcante, presidente em exercício da Câmara disse considerar a indicação de Flávio Dino ao STF uma “provocação”. “Faz política provocando. Vai ser um Alexandre de Moraes 10x piorado”.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 11/12/23)

    Lamentavelmente, de absurdo em absurdo, vamos nos moldando!

  17. Miguel José Teixeira

    Terrivelmente indigesto!

    “Magricela no STF”
    Flávio Dino faz o diabo para reciclar a imagem. Só falta ser dado como magro, após bajuladores o citarem como “negro escolhido por Lula para o STF”. Na sexta (8), o comuna de carteirinha esteve na CNBB “para um momento de oração”. Tudo devidamente registrado e divulgado, claro.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 11/12/23)

    Vai acabar afirmando que quando garoto foi coroinha!

  18. Miguel José Teixeira

    Lindinho da dilmaracutaia & lambisgóia das araucárias versão PeTezuelana de Romeu & Julieta!

    “Lindbergh rebate Haddad após ministro da Fazenda e Gleisi discordarem sobre meta fiscal”
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/lindbergh-rebate-haddad-apos-ministro-da-fazenda-e-gleisi-discordarem-sobre-meta-fiscal,9473f4c78f5d51211db39629e3198d01h0zq9lxs.html#)

    O covil da corja vermelha está em chamas!
    Periga haddad ensacar sua poióca e ir mentir noutro lugar. . .

  19. Miguel José Teixeira

    . . .”A delegação brasileira, que fez escala na Arábia Saudita antes de Dubai, teve quádrupla decepção. . .”

    “Mundo transformado”
    (Antônio Machado, Brasil S/A., Correio Braziliense, 12/10/23)

    O velho e a ilusão se reuniram em Dubai, na 28ª conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP28, e saíram todos frustrados. O velho foi seduzido pela riqueza petrolífera, que se descobriu condenada e sem a majestade da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep). A ilusão se foi, ao se constatar que o custo trilionário anual da transição energética não virá de filantropia, mas de fundos privados que visam lucros.

    A delegação brasileira, que fez escala na Arábia Saudita antes de Dubai, teve quádrupla decepção — as duas, do velho e da ilusão, e a grosseria do presidente Emmanuel Macron ao sair de audiência com Lula, à margem da COP28, e anunciar que a França não concorda com o acordo Mercosul e União Europeia. Poderia ter feito o comunicado pelos canais diplomáticos. Pior fez o venezuelano Nicolás Maduro.

    Presidente de um país cuja população foge da miséria, muitos para cá, nesta grande diáspora do século depois de 24 anos de governos chavistas que arruinaram a produção da maior reserva de petróleo do mundo, Maduro reabriu um antigo litígio de fronteira com a nano Guiana, mas muita rica em minerais. Truque barato de ditador.

    Ele tenta insuflar o nacionalismo visando um pretexto para melar ou moldar a seu jeito, sem auditoria externa, a eleição de 2024.

    Maior desfeita a Lula não poderia ter feito. O presidente lhe deu honras de chefe de Estado ao recebê-lo em maio e defendê-lo, sendo repreendido pelos presidentes do Uruguai e do Chile na cúpula dos governantes da América do Sul que houve na sequência. Maior país da região, o Brasil foi ignorado pelo dublê tropical de Vladimir Putin.

    Maduro atraiu a geopolítica da guerra sem medir as consequências. Putin é seu aliado, mas a China também apoia a Venezuela e investe na Guiana tanto quanto a ExxonMobil, gigante dos Estados Unidos responsável pela exploração offshore de seu petróleo. Não deu outra: militares dos EUA farão um treinamento com os guianenses esta semana.

    O mundo está mudando, e quem não mudou ou não entendeu a mudança se descobre pelado. Como o xeque dos Emirados Árabes, que tentou tirar proveito comercial da conferência negociando… petróleo, e o ministro saudita se insurgindo contra a principal meta ambiental — impor prazo para o fim global da queima de combustíveis fósseis.

    Geopolítica dos adultos

    Um olhar para dentro da Arábia Saudita explica as idiossincrasias da geopolítica de hoje. O reino absolutista governava a seu gosto o cartel da Opep e assim parecia dispor dos volumes ofertados e do preço praticado pelos países associados, faturando trilhões. E aí?

    Aí que a prática do cartel de cortar produção para forçar alta de preço já não é mais eficaz, mesmo com a adesão da Rússia à Opep+, um bloco adicional de produtores desobrigados de acompanhar o que os sócios fundadores impuserem. O governo Lula comunicou a adesão à Opep entre os dias em que se encontrava entre Riad e Dubai.

    Conforme o script original, o Brasil seria levado à vitrine das potências ambientais, talvez a principal, o que de fato é, mas o anúncio da “sociedade” com a Opep maculou a comunicação. A ironia é que ao contrário da percepção corrente os EUA são, na verdade, o grande formador de preço do petróleo, graças à sua enorme produção de óleo de xisto e às reservas estratégicas. Tem 16% da produção mundial, contra 13% da Rússia e cerca de 10% da Arábia Saudita.

    Em tal quadro, a produção saudita de 9 milhões de barris/dia, o triplo da brasileira, não a impediu de registrar queda anualizada de 4,5% do PIB no terceiro trimestre. O corte feito este ano para subir preço foi compensado pelo aumento da produção dos EUA. Mais.

    Alvo de sanções do Ocidente desde a invasão da Ucrânia, a Rússia tem escoado parte de sua produção para a Índia, onde é refinado e reexportado, ajudando a suprir a oferta que a OPEP , com o apoio formal de Putin, tenta restringir. Índia é parceira estratégica dos EUA na contenção da China, o que inclui decisões enigmáticas.

    Os lobbies dos condenados

    Esse foi o velho que esteve em Dubai. A transição para a economia de baixo carbono está avançando, combinando ações regulatórias com oportunidades antecipadas pelo capital privado. É onde cruza com o fim da ilusão das doações dos países ricos aos pobres para ajudar a transição e a expectativa de convivência com petróleo e carvão.

    Mesmo sem grande indústria de placas fotovoltaicas nos EUA, um setor dominado pela China, a geração de energia solar vai crescer 64% no mundo este ano sobre 2022, segundo o serviço BloombergNEF, adicionando 413GW à capacidade instalada. Tamanha rapidez fez cair o custo da geração solar de US$ 0,23 para US$ 0,14 por watt.

    No Brasil, o ritmo também é intenso. Usinas eólicas, entre novas e projetadas, têm o dobro da capacidade de Itaipu, a segunda maior hidrelétrica no mundo. E não vai parar. Decisões esquisitas, como a extensão do subsídio a usinas a carvão até 2050, e a termos a gás, inseridas no PL 11.247 aprovado na Câmara, significam a ação de lobbies cabulosos tentando estender benefícios espúrios.

    Nada tem a ver com a tendência dominante das energias limpas. Tal como o governo Biden liberando a exploração de petróleo no Alaska, uma forma de desarmar a Opep e agregados, além de dar valor ao que vai caducar em breve (como nosso óleo da Margem Equatorial).

    Tosquiadores da política

    O mundo (quase) invisível em que se faz o embate entre as grandes e aspirantes a potências não é linear. Ações altistas da Opep não servem à China, hoje o maior importador de petróleo, tanto quanto a Palestina sob controle de radicais assusta os reis da região. Mas ajuda a Putin, superdependente da China de Xi Jinping, algo que desvie atenções dos EUA de Biden e aumente o preço do que tem a vender, seu petróleo, comprado pelos chineses a preço de saldão. Maduro, líder de um país arruinado, nada tem a oferecer, exceto confusão, esperando que os amigos da região salvem a sua pele.

    Encenações da geopolítica não são muito diferentes do teatro da política parlamentar no Brasil: quem piscar primeiro tem de ceder. Os sem-cacife não devem aventurar-se, pondo-se na dependência de votações em que não têm fichas nem para aprovar nome de rua.

    É a engenharia desse jogo que passará a tomar o tempo do governo para não ser tosquiado a cada votação no Congresso. E enquanto há plumagem para tosquiar. O parlamentarismo informal está com tudo.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/economia/2023/12/10/interna_economia,392705/brasil-s-a.shtml)

    Matutando bem. . .
    Se a enorme decepção sofrida pela enorme comitiva PeTezuelana for rateada entre seus integrantes, seguramente ela será minimizada!

  20. Miguel José Teixeira

    . . .”A propósito, as eleições do próximo ano serão um laboratório para avaliar o grau dessa calcificação diagnosticada na Biografia do Abismo e que divide profundamente a sociedade brasileira.”. . .

    “Polarização Lula versus Bolsonaro está calcificada”
    (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, Correio Braziliense,10/12/23)

    Amparado em pesquisas de intenção de votos feitas pela Quest, por encomenda da Genial Investimentos, o livro Biografia do Abismo, do jornalista Thomas Traumann, ex-ministro da Comunicação Social do governo Dilma Rousseff, e do cientista social Felipe Nunes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fundador da Quaest, conclui que a divisão entre direita e esquerda no país ultrapassou o cenário político e invadiu o cotidiano. Não se
    trataria apenas de uma polarização política normal em disputas eleitorais em dois turnos, mas na “calcificação” de uma divisão que teria invadido o coitado a ponto de cindir as famílias, impregnar os ambientes escolares e impactar as relações empresariais.

    Essa conclusão seria corroborada por 27 rodadas de pesquisas quantitativas e relatórios de 150 grupos de discussão. A cisão é tão profunda que dos 9% dos pesquisados que se sentiriam mal caso um filho se casasse com alguém de perfil ideológico oposto, este percentual sobe para um terço um ano depois. A quantidade de consumidores que deixam de consumir determinada marca por motivos políticos passou de 1% para 13%. Os que mudariam o filho de escola em função de posições políticas subiriam de 7% para 25%, entre dezembro de 2022 e junho de 2023. Dos 17% de pesquisados que disseram ter rompido relações pessoais em função da campanha, 75% afirmaram que não se arrependiam.

    Assim, o abismo do sectarismo, segundo os dois autores, calcificou a polarização de forma inédita, para além da disputa eleitoral. O fenômeno está diretamente relacionado às redes sociais e se organiza em bolhas, que reproduzem um cenário que ocorre nos Estados Unidos e diversos países da Europa, que também registram essa polarização. Segundo Nunes, “a extrema direita é diretamente responsável pela mudança da dimensão do conflito político”.
    “Antes da entrada dela, discutíamos temas como o papel do Estado, ser a favor ou contra privatização. A extrema direita passa a fazer uma disputa de visões de mundo e temas de foro privado, gerando um apartheid”, explica.

    A direita seria responsável por trazer valores e costumes para o debate, mas a esquerda também é responsável por isso, ao intensificar a questão identitária como se ela fosse o debate central na sociedade. Com isso, a direita se vê no direito de fazer a contraposição em torno das mesmas pautas. Entretanto, um recorte no tempo, para emoldurar a tese do livro, deveria levar em conta a Operação Lava-Jato, que galvanizou a opinião pública nas eleições de 2018.
    O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no decorrer daquela campanha, se apropriou da bandeira da ética, que tinha apoio majoritário na sociedade, ao passo que a esquerda, envolvida nos escândalos de corrupção, buscou refúgio nas pautas identitárias para voltar aos movimentos sociais que havia abandonado. Essa polarização acabou contribuindo também para a “calcificação” das bolhas do conservadorismo evangélico e do “partido da ordem” protagonizado por militares.

    Eleições municipais
    Com razão, em entrevistas sobre o livro, os autores têm destacado que tanto o slogan do governo, União e Reconstrução, como a reação institucional à tentativa de golpe de 8 de janeiro, são positivos para combater a radicalização extremada, mas o “nós contra eles” permanece predominante no debate público e deve se reproduzir novamente em 2026. O que diferenciaria os lados é que um deles tenta aniquilar, destruir, acabar com o outro, com
    métodos autoritários. Ou seja, enquanto a esquerda faz o jogo democrático, a extrema direita, não necessariamente.

    Nesse ambiente, que não será superado tão cedo, o debate político-ideológico radicalizado continuará sendo central, ainda que as forças políticas de centro evitem dele tomar parte, como se fosse possível capitalizar o desgaste recíproco das forças que apoiam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as que se opõem a ele, sob a liderança de Bolsonaro.

    Mas podem ter um papel fundamental, ao exigir o respeito às regras democráticas. Essa talvez tenha sido a variável decisiva no segundo turno das eleições passadas, que deu vitória a Lula por estreita margem de votos.

    “Não existe mais o Brasil, existe o ‘Lulanaro’, dois universos completamente diferentes, um dos adeptos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outro do ex-presidente Jair Bolsonaro”, exagera Thomas Traumann. Talvez as eleições municipais mostrem uma realidade política mais complexa, embora no plano nacional, indiscutivelmente, a polarização protagonizada por Lula e Bolsonaro persista e até se retroalimente, para conveniência de ambos.

    A propósito, as eleições do próximo ano serão um laboratório para avaliar o grau dessa calcificação diagnosticada na Biografia do Abismo e que divide profundamente a sociedade brasileira. Num quadro multipartidários, no qual a maioria das prefeituras é controlada pelos partidos de centro — PSD (968), MDB (838), PP (712), União Brasil (564) —, será possível observar até que ponto o PL (Bolsonaro), com 371 prefeituras, e o PT (Lula), com 227, polarizaram as alianças locais na disputa por prefeituras, principalmente nas capitais.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/10/interna_politica,392727/nas-entrelinhas.shtml)

    Matutando bem. . .
    Se as “otoridades” continuarem fazendo vistas grossas ao golpe já revelado pela corja vermelha, a direita tomará o maior PeTeleco nas eleições de 2024!

    Mas, segundo a Denise Rothenburg, Brasília-DF, Correio Braziliense, 10/12/23, há uma luz no final do túnel. Tomara que não seja a luz de uma locomotiva no sentido contrário:

    “Discurso de Lula acende pisca-alerta de aliados”

    Fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na convenção eleitoral do PT deste fim de semana balançou a frente ampla que apoia o governo. Ao dizer que a eleição de 2024 será novamente Lula versus Jair Bolsonaro, o presidente deu a entender a muitos políticos que apostará na polarização entre o petismo e o bolsonarismo, o que vira um risco para os partidos de centro, em especial, os aliados que têm mais prefeituras que o PT de Lula e o PL do ex-presidente.

    O prazo de filiação partidária só termina seis meses antes das eleições, ou seja, em abril do ano que vem. Mas o quadro atual do Tribunal Superior Eleitoral apresenta o PSD de Gilberto Kassab na liderança em número de prefeitos, 968, seguido pelo MDB, com mais de 800; o PP, 712, e o União Brasil, 564. Todas as siglas com um pezinho no governo Lula. O PL de Bolsonaro tem 371 e o PT, 227. Se Lula apostar na polarização Brasil afora, como Lula deu a entender a muitos, os aliados é que ficarão fora da briga, com risco eleitoral.

    (Fonte: http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/10/interna_politica,392734/brasilia-df.shtml)

  21. Miguel José Teixeira

    “. . .e não me ornasse o peito um coração do arcanjo S. Miguel, não teria resistido às investidas. . .”

    “Um hoje para as memórias”
    (Circe Cunha, Coluna Visto, lido e ouvido, correio Braziliense, 10/12/23)

    Entre as caixas da mudança, aparece uma preciosidade cuidadosamente guardada em uma pasta com plásticos. Lá estão várias cartas, de ministros, governadores, senadores, deputados, amigos, parentes e uma carta do ex-presidente da República, concretizador de Brasília, Juscelino Kubistchek.
    Foi enviada quando o jornalista Ari Cunha respondia por um processo pesado no Superior Tribunal Militar por ter registrado a tortura de uma mulher grávida nesta coluna.

    No alvoroço do momento, desespero de alguns e alegria de outros, o maior exército a se convocar em momentos como esse é a família. Mas não houve necessidade de convocação. Espontaneamente chegavam parentes do Ceará, Rio de Janeiro e Paraná. Em todo o sofrimento, ainda é possível ter olhos para ver o lado positivo do acontecimento. Toda a família unida pelo propósito de proteger um e tantos outros inocentes que sofriam naquele momento.
    As irmãs e a esposa em oração todo o tempo. Os filhos apontados na escola entre cochichos de pais dos colegas. Dona Lourdes dizia que os “dedos das mãos eram muitos para contar os amigos que tiveram coragem de se aproximar do jornalista para dar apoio”.

    Como caçula, com 11 anos à época, tentava compreender o que se passava. Não podia ver um papel em cima da mesa que lia. Nada escapava à busca de entendimento: cartas, documentos, manuscritos. A curiosidade era tanta que fui enviada para Nova Jersey para passar alguns meses longe daquele clima.
    Ari Cunha sofreu tanto à época que apenas uma afta o deixou calado. Ela lhe ocupava toda a boca. Lourdes, que era enfermeira, preparava um shake salgado para dar de almoço. A cada gole, lágrimas escorriam pelo rosto do jornalista.

    Mas as orações começaram a dar resultado. O responsável pela promotoria conseguiu um emprego bem melhor e foi para outra jurisdição. O advogado pioneiro Celio Silva, brilhante no processo, trouxe, depois de um tempo que durou quase uma eternidade, a paz à família. Esse é um breve contexto do momento quando chegou a carta que vocês lerão a seguir. A foto da carta está no Blog do Ari Cunha.
    BH, 30.09.72
    Meu caro Ari Cunha,

    Kafka, o sombrio e notável escritor tcheko, desaparecido em 1924, escreveu um romance trágico, o Processo, no qual o personagem central era meu homônimo, pois se chamava JK. O crime imaginário que lhe imputaram truxe-lhe taes torturas moraes que, ao fim de alguns anos, ele sucumbiu, vítima de um terrível nervous breakdown que o levou ao suicídio.

    Eu, pilherando, digo: si eu não tivesse nervos que se assemelhassem a fios de aço, não possuísse um estomago de avestruz que digere blocos de pedra e não me ornasse o peito um coração do arcanjo S. Miguel, não teria resistido às investidas que Kafka idealizou em 1924 e que me parece foram copiadas do memorável romance do autor tcheko.

    Lendo os jornaes, vi que chegou a sua hora de entrar na galeria sombria de Kafka. Sei felizmente que a bravura, a generosidade e a paciência são virtudes que vivem dentro de você e graças as quaes poderá lutar contra a imaginação de Kafka, transfundida para o Novo Continente.

    Tenho uma santa, ou um espírito, como quiser interpretar, que me ajuda a resolver os problemas grandes. Chama-se Julia Kubitschek — lhe mandei a minha mensagem implorando-lhe que ajude o mais sagaz, digo leal e bravo jornalista deste país. Com meus abraços, seu amigo de sempre,
    Juscelino Kubitschek

    Veja a foto em: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/

  22. Miguel José Teixeira

    Só pra PenTelhar. . .

    Dizem as más línguas que, a Cristina “Boca de Caçapa” Kirchner foi à posse do Milei toda de vermelho corruPTo, para facilitar a polícia na sua identificação e prisão. . .

  23. Miguel José Teixeira

    . . .”O sucesso do novo governo argentino, portanto, dependerá de diálogo e soluções inclusivas.”. . .

    “Novos rumos na Argentina”
    (Visão do Correio (Braziliense), 10/12/23)

    O ultradireitista Javier Milei toma posse, hoje, como presidente da Argentina em meio a um clima misto de otimismo e apreensão. Durante toda a campanha que o levou à Casa Rosada, ele se apresentou como um anarcopolítico, prometendo medidas radicais, como a dolarização da economia e o fechamento do Banco Central. Contudo, às vésperas de assumir o poder na terceira economia latina, o integrante do partido La Libertad Avanza (LLA) deu sinais de que colocou os pés na realidade, ante os desafios gigantescos que tem pela frente para dar início a um novo tempo para os argentinos. Há mais de duas décadas, eles convivem com constantes crises econômicas, inflação descontrolada e aumento da pobreza.

    A meta de Milei, amanhã, é anunciar um pacote de 14 medidas que incluem cortes de gastos, retirada de subsídios às tarifas de energia elétrica, liberação dos preços dos combustíveis, da cesta básica e dos planos de saúde, aumento dos impostos de importação, desvalorização do peso e privatizações. A expectativa é de uma redução das despesas do governo equivalente a 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB), ou US$ 25 bilhões (R$ 122 bilhões). Se tal arrocho se concretizar, a Argentina será empurrada para uma forte recessão, com a inflação saltando dos atuais 140% para 200% ao ano, por conta dos ajustes de preços.

    É nesse ponto que se verá até onde vai a liderança de Milei junto à população. Não é uma tarefa fácil para qualquer governante, independentemente da ideologia política, lidar com um aperto tão expressivo da economia, sobretudo, em um país tão machucado quanto a Argentina, onde um em cada quatro cidadãos está na pobreza. Maurício Macri, que apoia o ultradireitista, não teve coragem de fazer o arrocho de uma única vez. Optou pela gradualidade das medidas, o que, na visão de analistas, foi o resultado de seu fracasso, a ponto de não ser reeleito. A Argentina, lembram, já está mergulhada na estagflação.

    A liderança de Milei será testada, também, na relação com o Congresso. A maior parte do pacote de medidas depende de aprovação parlamentar, mas o presidente argentino ficou longe de garantir uma maioria. Dos 72 senadores, apenas sete são do partido dele. Na Câmara, dos 257 eleitos, somente 38 pertencem ao La Libertad Avanza. O sucesso do novo governo argentino, portanto, dependerá de diálogo e soluções inclusivas. Resta saber se o radical Milei, que prometeu acabar com a classe política tradicional, conseguirá descer do palanque e priorizar, realmente, os interesses da população tão sofrida.

    A ala de economistas e empresários que se mostra otimista acredita que o pior momento para o governo será o primeiro trimestre de 2024, quando o arrocho será sentido com toda força. Mas, a partir do momento em que a inflação e o câmbio se estabilizarem, a confiança voltará e a atividade sairá do fundo do poço. O peso, de imediato, deve passar, no câmbio oficial, dos atuais 350 para 650 por dólar, dando fôlego às exportações. O pior da seca extrema que destruiu o setor agrícola ficou para trás, o que também resultará em mais vendas ao exterior. As receitas provenientes dessas operações permitirão arrecadação maior, ajudando na missão de reduzir o deficit público, de 15% do PIB, no ano que vem — Milei fala em zerar o rombo.

    Enfim, a sorte da Argentina está lançada. No Brasil, o principal parceiro comercial do vizinho, a percepção é de que o trabalho a ser feito por Milei exigirá bom senso, algo muito distante dos arroubos da campanha eleitoral. O argentino prometeu romper os laços com o país, mas, logo depois do resultado das urnas, enviou a sua ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, para uma longa conversa com o chefe do Itamaraty, Mauro Vieira. Para o Brasil, é importante que a Argentina retome o caminho do crescimento econômico. Mas sem confrontos ideológicos e, sim, como dois parceiros estratégicos e maiores sócios do Mercosul.

    O piNçador Matutildo, piNçou:
    “No Brasil, o principal parceiro comercial do vizinho, a percepção é de que o trabalho a ser feito por Milei exigirá bom senso, algo muito distante dos arroubos da campanha eleitoral.”

    O Bedelhildo. . .
    E bota bom senso nisso!

    E o Chatildo. . .
    Conhecendo o espírito vingativo do chefe da corja vermelha PeTezuelana, as chances do Javier são zero!

  24. Miguel José Teixeira

    Diferenças entre o Javier e o Messias!

    O Milei assume a Argentina, literalmente arrasada pela corja vermelha!
    Já o bolsonaro, assumiu o Brasil com grandes feitos do então Presidente Michel Temer:
    em seu governo, foram aprovadas várias medidas na área econômica, como o controle dos gastos públicos, por intermédio da PEC 55, que impôs limites a gastos futuros do governo federal; a reforma trabalhista de 2017; e a liberação da terceirização para atividades-fim com a Lei da Terceirização.[6] Houve também uma proposta de reforma da previdência, que o governo não conseguiu levar adiante. Houve também mudanças no campo social, como a conclusão e inauguração de parte da obra de transposição do rio São Francisco, e na educação, com a reforma do ensino médio e com o estabelecimento da Base Nacional Comum Curricular.
    Tudo o que hoje a corja vermelha da PeTezuela quer destruir ou já destruiu.

    Milei arrebatou a Argentina das mãos da corja vermelha!
    Bolsonaro, entregou o Brasil de mão beijada à corja vermelha!

    Portanto, Javier, atente para o velho provérbio: “diga-me com quem andas e eu te direi quem tu és”

  25. Miguel José Teixeira

    Pergunta na ideologia
    (Cláudio Humberto, DP, 10/12/23)
    “Desfazer lei é prática de esquerda?”

    Resposta sob à toga
    (Matutildo, aqui e agora)
    Sim! Ela odeia ser reconhecida como “fora-da-lei”. . .

  26. Miguel José Teixeira

    Bondade do Piauiense. . .

    “Depois de um ano, nós perdemos 12 meses”
    Senador Ciro Nogueira (PP-PI) avalia o primeiro ano do governo Lula
    (Coluna CH, Diário do Poder, 10/12/23)

    . . .na realidade, nós regredimos 12 meses!

  27. Miguel José Teixeira

    Em sua ganância, maduro “se-esquece-se” que há uma poderosa ExxonMobil no caminho para a Guiana!

    “Explicação clara”
    O ditador venezuelano está de olho na reserva de petróleo da região de Essequibo, que pode ser maior do que o Pré-Sal brasileiro.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 10/12/23)

    Na época em que jogávamos “clicas”, dizia-se ao “fulangueiro” de plantão: “quem quer muito, traz de casa!”

  28. Miguel José Teixeira

    Lula, segundo supremas avaliações, já é refém do STF. O que ele não quer é perder o seu poder de barganha!

    “Planalto quer desfazer lei das Estatais no Congresso”
    (Cláudio Humberto, Coluna CH, Diário do Poder, 10/12/23)

    O governo Lula (PT) não quer ficar “refém” do Supremo Tribunal Federal (STF) e deve patrocinar no Congresso a mutilação da lei que protege empresas estatais da rapinagem política. A quarentena de três anos para que políticos mandem nessas empresas é o principal alvo. Hoje, figurões como Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, estão no posto fiado a decisão monocrática do ministro aposentado Ricardo Lewandowski. O Planalto não vai confrontar o STF e quer que parlamentares mudem a lei.

    Projeto vergonhoso
    O projeto dormita no Senado desde janeiro. Foi aprovado na Câmara a toque de caixa, há um ano, com a chamada “emenda Mercadante”.

    Mãe do afrouxamento
    A proposta versa sobre publicidade, mas, para desfigurar a lei das estatais, Margarete Coelho (PP), hoje no Sebrae, emplacou um “jabuti”.

    Ano sabático
    Margarete propôs quarentena de 30 dias. No Senado, até a oposição quer reduzir os três anos. Ciro Nogueira (PP-PI). sugere 12 meses.

    Um semestre voa
    Já Carlos Portinho (PL-RJ) e Alessandro Vieira (MDB-SE) apresentaram emenda para que o período seja de 180 dias.

    (Fonte: https://diariodopoder.com.br/coluna-claudio-humberto/planalto-quer-desfazer-lei-das-estatais-no-congresso)

    E o Sistema TSE/TRE?
    O cidadão passa a campanha toda enganando o eleitor, se elege e abandona os incautos que nele votaram, só para assumir um cargo no executivo?
    Afinal, ajoelhou tem que rezar!

  29. Miguel José Teixeira

    Antecipou o golpe!

    “Se tiver que fazer déficit, vamos fazer, ou a gente não ganha a eleição, diz líder do governo Lula”.
    (Julia Affonso e Iander Porcella, Terra, 09/12/23)

    O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou neste sábado, 9, que deve haver déficit orçamentário ano que vem se for preciso. O deputado avaliou que a busca pela meta de zerar o rombo das contas públicas pode fazer com que a sigla perca as eleições municipais. Ele defendeu ainda que é necessário “mobilizar bem” a militância para que a legenda saia vitoriosa na disputa pelas prefeituras em 2024.

    Guimarães falou por cerca de 15 minutos durante uma mesa na Conferência Eleitoral do PT, em Brasília. “Eu estava agora ali conversando com a presidenta Gleisi (Hoffmann). Se tiver que fazer déficit, nós vamos ter que fazer. Porque senão, a gente não ganha eleição em 2024?, afirmou.
    . . .
    (+em: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/se-tiver-que-fazer-deficit-vamos-fazer-ou-a-gente-nao-ganha-a-eleicao-diz-lider-do-governo-lula,d878382a947960ef207448e23826940cbesjf188.html?utm_source=clipboard)

    E ainda tem gente que vota nisso!!!

  30. Miguel José Teixeira

    . . .”A escrita pede um estado de entrega, uma imersão duradoura ou súbita, uma aposta firme no desconhecido.. . .

    “O tempo indomável da literatura: quanto leva para escrever um livro?”
    (Julián Fuks, Colunista de Ecoa, UOL, 09/12/23)

    Para escrever o dia mais longo da história da literatura, James Joyce levou sete anos. Cansado depois do esforço do “Ulisses”, pôs a linguagem para dormir e passou dezesseis anos imerso em sonho e delírio, escrevendo a noite de “Finnegans Wake”. Tolstói foi mais eficaz, se propôs a narrar quinze anos de “Guerra e Paz” e conseguiu comprimi-los em seis anos de escrita. Proust gastou dois terços da vida sem conseguir escrever, depois partiu “Em busca do tempo perdido” e consumiu seus quinze anos finais na composição de sete vastos volumes. Não lhe foram suficientes: a morte o alcançou antes que ele alcançasse o ponto derradeiro.

    Às vezes pensamos que esses são livros eternos porque seus autores levaram uma eternidade para escrevê-los. Ou porque nós nos alongamos infinitamente quando nos decidimos a lê-los, numa entrega laboriosa e lenta que exaure nossa existência. Produz-se na literatura um fetiche do tempo: o objeto que exigiu mais anos em sua confecção provoca a ilusão de ser a obra perfeita, invulgar, refletida em cada aspecto — e talvez o seja. Assim, os melhores livros ainda não escritos passam a demandar de seus futuros autores sacrifício e paciência, algo de que eles nem sempre dispõem, e por isso esses virtuosos livros continuam inexistentes.

    Há, no entanto, os impressionantes exemplos opostos, obras escritas às pressas, em prazo exíguo, numa espécie de fervor criativo que assombra até mesmo aqueles que o experimentam. Mary Shelley concebendo o Frankenstein em uma epifânica noite, depois de uma aposta besta, e redigindo-o em parcos meses. Kerouac vertendo palavras num rolo contínuo de papel, em apenas três semanas, como quem caminha em vertigem pela estrada que era seu tema. Kafka metamorfoseando-se em autor em vinte dias, e submetendo de imediato seu grandioso livrinho ao riso incrédulo dos amigos. Mário de Andrade e seu impossível “Macunaíma”, escrito em míseros seis dias de ardor e indolência, o autor recostado na rede.

    O ofício da escrita então se transforma completamente: o moroso se faz ágil, o pesado se faz leve, a gravidade cede ao humor e à inconsequência. As palavras pairam sobre a página sem tanto lastro, não procuram o lugar perfeito, acomodam-se umas e outras com simpatia e jeito, sem desavenças severas. Escrever deixa de ser uma tarefa árdua, um labor penoso, e se converte em ato febril e alucinado, na aventura de uma busca, no mistério de um achado.

    Pensava um pouco nisso tudo enquanto lia “Engenheiro Fantasma”, com que Fabricio Corsaletti acaba de ganhar o prêmio Jabuti de livro do ano. Um livro composto por cinquenta e seis sonetos, a um só tempo prosaicos e transcendentes, escritos em nove dias de concentração e devaneio, sem que o autor soubesse bem o que fazia — é ele quem descreve o processo. Um livro em que o poeta inventou não tanto um personagem, mas um autor que o libertasse de si mesmo, valendo-se de um fecundo alter ego, exilando um onírico Bob Dylan em Buenos Aires e encarregando-o de escrever os tais sonetos.

    “O tempo sonha quando está parado”, escreve o falso Dylan em sua absurda língua portuguesa, observando uma biblioteca argentina. O tempo se detém para que Corsaletti e Dylan possam escrever os seus versos, carregados de “um futuro que é uma espécie de passado”, versos que são sobretudo livres apesar das exigências de rima e métrica. “Eu vivo sempre em busca da leveza/ eu sigo cada solo de clarim/ não sei o que é ser bom ou ser ruim/ em cada esquina espreita uma surpresa”. Eis a aventura da escrita expressa de forma quase festiva, a escrita que se livra dos ditames do juízo e acolhe a rebelião do insólito, a iminência da surpresa.

    Não é preciso se fazer defensor da escrita lenta ou da escrita ágil, cujas diferenças talvez tenham algo de indiferente. O que todos os casos sugerem, no tempo que se dilata em anos ou alucina em dias, é que a escrita pede um estado de entrega, uma imersão duradoura ou súbita, uma aposta firme no desconhecido. As palavras têm um sentido tênue, distraem-se, perdem-se, dissipam-se em impropriedades, quase nunca escapam ao arbítrio. Por isso, quando um autor alcança tal estado de imersão, tal confiança, quando se convence da loucura de que escrever é possível, convém que escreva com urgência máxima, e suporte esse estado o máximo tempo possível.

    (Fonte: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/julian-fuks/2023/12/09/o-tempo-indomavel-da-literatura-quanto-leva-para-escrever-um-livro.htm)

    O piNçador Matutildo piNçou:
    “O tempo sonha quando está parado”, escreve o falso Dylan em sua absurda língua portuguesa, observando uma biblioteca argentina.”

    Já o Raul, em sua “Metrô Linha 743” cantarolava:
    “Porque quem pensa
    Pensa melhor parado”
    https://www.youtube.com/watch?v=PRZa3c6y07M

  31. Miguel José Teixeira

    E continuam sendo disponibilizados nos sanitários públicos. . .

    “Suga cocô e sopra bactérias: por que o secador de ar é o vilão do banheiro”
    (Do VivaBem, UOL, em São Paulo, 09/12/23)

    O uso de papel para secar as mãos sempre foi muito criticado por quem acha que é um desserviço ao planeta, por causar excesso de lixo, mas um novo estudo descobriu que os secadores de mão com ar quente —muito comuns em banheiros públicos— “sugam” o ar ao redor, cheio de coliformes fecais, e os sopram de volta não apenas na sua mão, como também por todo o ambiente.
    . . .
    (+em: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2023/12/09/secadores-de-ar-sopram-bacterias-do-banheiro-na-sua-mao-diz-estudo.htm)

    Somos ou não “moderninhos aculturados”?

  32. Miguel José Teixeira

    Efeito do Engov?

    “Pensa que tem toda a verdade do planeta”, diz Lula ao criticar o PT”
    (Último Segundo, iG, 08/12/23)

    Só pra PenTelhar. . .
    Do planeta não garanto. Mas da galáxia, com certeza!

    O Bedelhildo:
    Já tem PeTralhinha miúdo por aí chamando o lula de ET da PeTezuela!

    E o Chatildo arremata:
    Está mais para abelha: quando não está voando está fazendo cera!

  33. Miguel José Teixeira

    A janja é mais traquejada para tal. . .

    “Bolsonaro diz a Milei que voltará à Presidência e que Lula será seu ministro do Turismo”
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2023/12/bolsonaro-diz-a-milei-que-voltara-a-presidencia-e-que-lula-sera-seu-ministro-do-turismo.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsm%C3%B4nica)

    Matutando bem. . .
    Mas para seus botões, o inelegível capitão zero zero disse: “eu sou você amanhã”!

  34. Miguel José Teixeira

    Da série bíblica: “colhe-se apenas o que se planta”!

    “Datafolha: Reprovação do STF cresce e atinge 38%; aprovação recua para 27%”
    (Igor Gielow, FSP, 09/12/23)
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/12/datafolha-reprovacao-do-stf-cresce-e-atinge-38-aprovacao-recua-para-27.shtml?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=newsfolha)

    E o Chatildo. . .
    E a reprovação vai aumentar com a nomeação do PTeroDino!

  35. Miguel José Teixeira

    Vejam como se transfere recursos públicos, oriundos dos pesados impostos que pagamos, para o setor privado de forma legal:

    “A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) lançou, durante o evento Construa Maranhão, o estudo “Obras Públicas Paralisadas no Brasil: diagnóstico e propostas”. A divulgação aconteceu durante o painel da CBIC, promovido pela Comissão de Infraestrutura da entidade, que ocorreu no dia 9 de novembro.”

    (+em: https://cbic.org.br/obras-publicas-paralisadas-no-brasil-diagnostico-propostas-e-a-nova-lei-de-licitacoes/?utm_campaign=cbic_hoje_08122023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station)

    . . .

    “Conforme dados de abril de 2023, 8.603 (oito mil seiscentas e três) obras públicas encontram-se em estado de paralisação no Brasil. Esse número representa cerca de 41% (quarenta e um por cento) do total de mais de 21 (vinte e um) mil contratos consolidados no painel do TCU, relacionados a obras financiadas com recursos federais por meio do orçamento geral da União. Além disso, esses contratos paralisados acumulam um valor total previsto de
    investimentos de R$ 32,2 bilhões.”

    Conheça o estudo em:

    https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2023/11/cbic-obras-paralisadas-arquivo-final-para-grafica.pdf

    1. Miguel José Teixeira

      Pois é. . .”me-questionaram-me” sobre o introito dessa postagem.
      Se fosse apenas meia dúzia de obras paralisadas, tudo bem!
      Mas, são quase 9 MIL!
      Isso é ou não uma “indústria de obras paralisadas”?
      Será que, o que já foi construído e abandonado corresponde aos valores já pagos?
      E o PaTrono dos emPreiTeiros está aí de novo, no “pudê”!

  36. Miguel José Teixeira

    . . .”Não é de hoje que multinacionais dos mais variados cantos do planeta, até mesmo de países que alardeiam serem os paladinos na defesa do meio ambiente, estão explorando, sem dó ou piedade, grandes áreas no norte do país.”. . .

    “Razão e fé”
    (Circe Cunha e Mamfil – Manoel de Andrade, Visto lido e ouvido, Blog do Ari Cunha)

    Não se sabe ao certo porque as chamadas Unidades de Conservação (UC), espalhadas por todo o Brasil, sobretudo na parte norte do país, possuem essa denominação se o próprio governo, por meio de leis de cunho ambiental, permite que essas áreas possuam concessões para a exploração mineral e madeireira, notem, em escala industrial, tanto para a comercialização interna, como para o exterior.

    São commodities originadas de recursos naturais finitos. O rastro deixado por essas atividades, formado, em sua maioria, por imensas clareiras e buracos na floresta, decretam o fim de um bioma riquíssimo, transformando, ao mesmo tempo, em potenciais áreas desérticas e irrecuperáveis. Somente o custo para minimizar os impactos ecológicos desses latifúndios de escombros supera, em centenas de vezes, os lucros obtidos com sua destruição.

    O pior de tudo é observar que é o Estado o indutor desse tipo de política, dentro da conhecida engrenagem de estatização dos lucros e da repartição dos problemas para a população. É um modelo que se arrasta há décadas e que não trouxe, até hoje, benefícios duradouros e reais para as populações próximas a esses empreendimentos.

    Se são áreas cuja denominação diz ser de Conservação, a pergunta que fica é que tipo de conservação é possível num sistema que deixa para trás um gigantesco processo de terra arrasada e que acaba resultando em mais miséria ainda.

    O Estado, por sua natureza, não possui a capacidade de criar riquezas, obtém-na por meio de alienação de terras, que abrigam biomas só encontrados em nosso país. Não é de hoje que multinacionais dos mais variados cantos do planeta, até mesmo de países que alardeiam serem os paladinos na defesa do meio ambiente, estão explorando, sem dó ou piedade, grandes áreas no norte do país.

    Os recursos obtidos com essa verdadeira razia ao nosso meio ambiente vão direto para os cofres do governo, deixando as populações que, na teoria, iriam ser beneficiadas com essa exploração, cada vez mais empobrecidas.

    Comunidades ribeirinhas, tribos indígenas e pequenos núcleos urbanos nos arredores desses empreendimentos multimilionários continuam à mingua, entregues aos cuidados de ONGs, que se aproveitam, desse modelo perverso, para arrancar ainda mais recursos que deveriam atender, primordialmente, essas populações. Percorrer essas áreas, próximas às mineradoras ou próximo aos madeireiros, é presenciar a miséria e a carência absolutas, resultantes de um sistema que, longe dos olhos do mundo, explora e expropria as famílias locais, sem comiseração alguma.

    Enquanto as mais modernas tecnologias, em forma de máquinas, extraem, em volume industrial, as riquezas dessas regiões, as populações locais sobrevivem com os mesmos manejos dos tempos coloniais, através de extrativismo, caça e pesca. Isso enquanto ainda restam áreas propícias à essas atividades primárias.

    Países como a China, com populações numerosas na casa de bilhão, extraem o que podem dos recursos naturais dessas regiões do país, pois sabem da leniência do governo, da falta de fiscalização eficaz e do amor pelo dinheiro que sucessivos governos nutrem por dólares. Para uma situação que, por si própria, já é calamitosa, ainda temos que destacar que o atual governo, por sua confissão pública de que o patriotismo é tudo aquilo que ele historicamente aprendeu a combater, fica a apreensão de que a defesa dos valores e das riquezas nacionais, dentro do conjunto que conhecemos por pátria, estão em péssimas mãos.

    Sem esse sentido de amor e de proteção pelo que é nosso, toda e qualquer política que fale em defesa do meio ambiente e das populações em seu entorno é falsa e desprovida de razão e fé.

    (Fonte: https://blogs.correiobraziliense.com.br/aricunha/razao-e-fe/)

  37. Miguel José Teixeira

    À conferir!

    “Contribuinte agradece”
    Convidado para a posse de Javier Milei, eleito presidente da Argentina, o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), viaja a Buenos Aires sem dinheiro público: “Faço a viagem com recursos próprios”, disse.
    (Coluna CH, Diário do Poder, 09/12/23)

    1. É uma necessidade de recuperar a imagem dele. Ele ainda está atrapalhado por suas próprias escolhas. Santa Catarina, ao seu modo de ser, aos poucos vai enquadrando-o. Uma base frágil na Assembleia Legislativa e instituições fortes como as empresariais tem sinalizado rumos para não se perder o que o estado já conquistou o o tem como marca.

  38. Miguel José Teixeira

    Felizmente, há Cultura na TV!

    “Renato Teixeira e o filho Chico estreiam programa de debate musical na Cultura”
    (Diogo Bachega, FSP, 08/15/23)

    Balaio terá canções e conversas, na tradição de Rolando Boldrin e Inezita Barroso para a programação das manhãs do canal
    . . .
    Balaio quer ser como uma extensão da casa dos Teixeiras, em que recebem artistas para conversar e tocar. Nesse sentido, faz sentido a escolha de Almir Sater, grande amigo e colega de carreira de Renato, para o primeiro episódio. Mas o artista promete que todos os episódios vão manter o clima de familiaridade.
    . . .
    (+em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2023/12/renato-teixeira-e-o-filho-chico-estreiam-programa-de-debate-musical-na-cultura.shtml)

    Um Violeiro Toca. . .
    https://www.youtube.com/watch?v=04dyQcSEHdU

      1. Miguel José Teixeira

        . . .”A propósito, as eleições do próximo ano serão um laboratório para avaliar o grau dessa calcificação diagnosticada na Biografia do Abismo e que divide profundamente a sociedade brasileira.”. . .

        “Polarização Lula versus Bolsonaro está calcificada?
        (Luiz Carlos Azedo, Nas entrelinhas, Correio Braziliense,10/12/23)

        Amparado em pesquisas de intenção de votos feitas pela Quest, por encomenda da Genial Investimentos, o livro Biografia do Abismo, do jornalista Thomas Traumann, ex-ministro da Comunicação Social do governo Dilma Rousseff, e do cientista social Felipe Nunes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e fundador da Quaest, conclui que a divisão entre direita e esquerda no país ultrapassou o cenário político e invadiu o cotidiano. Não se trataria apenas de uma polarização política normal em disputas eleitorais em dois turnos, mas na “calcificação”de uma divisão que teria invadido o coitado a ponto de cindir as famílias, impregnar os ambientes escolares e impactar as relações empresariais.

        Essa conclusão seria corroborada por 27 rodadas de pesquisas quantitativas e relatórios de 150 grupos de discussão. A cisão é tão profunda que dos 9% dos pesquisados que se sentiriam mal caso um filho se casasse com alguém de perfil ideológico oposto, este percentual sobe para um terço um ano depois. A quantidade de consumidores que deixam de consumir determinada marca por motivos políticos passou de 1% para 13%. Os que mudariam o filho de escola em função de posições políticas subiriam de 7% para 25%, entre dezembro de 2022 e junho de 2023. Dos 17% de pesquisados que disseram ter rompido relações pessoais em função da campanha, 75% afirmaram que não se arrependiam.

        Assim, o abismo do sectarismo, segundo os dois autores, calcificou a polarização de forma inédita, para além da disputa eleitoral. O fenômeno está diretamente relacionado às redes sociais e se organiza em bolhas, que reproduzem um cenário que ocorre nos Estados Unidos e diversos países da Europa, que também registram essa polarização. Segundo Nunes, “a extrema direita é diretamente responsável pela mudança da dimensão do conflito político”. “Antes da entrada dela, discutíamos temas como o papel do Estado, ser a favor ou contra privatização. A extrema direita passa a fazer uma disputa de visões de mundo e temas de foro privado, gerando um apartheid”, explica.

        A direita seria responsável por trazer valores e costumes para o debate, mas a esquerda também é responsável por isso, ao intensificar a questão identitária como se ela fosse o debate central na sociedade. Com isso, a direita se vê no direito de fazer a contraposição em torno das mesmas pautas. Entretanto, um recorte no tempo, para emoldurar a tese do livro, deveria levar em conta a Operação Lava-Jato, que galvanizou a opinião pública nas eleições de 2018.

        O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no decorrer daquela campanha, se apropriou da bandeira da ética, que tinha apoio majoritário na sociedade, ao passo que a esquerda, envolvida nos escândalos de corrupção, buscou refúgio nas pautas identitárias para voltar aos movimentos sociais que havia abandonado. Essa polarização acabou contribuindo também para a “calcificação” das bolhas do conservadorismo evangélico e do “partido da ordem” protagonizado por militares.

        Eleições municipais
        Com razão, em entrevistas sobre o livro, os autores têm destacado que tanto o slogan do governo, União e Reconstrução, como a reação institucional à tentativa de golpe de 8 de janeiro, são positivos para combater a radicalização extremada, mas o “nós contra eles” permanece predominante no debate público e deve se reproduzir novamente em 2026. O que diferenciaria os lados é que um deles tenta aniquilar, destruir, acabar com o outro, com métodos autoritários. Ou seja, enquanto a esquerda faz o jogo democrático, a extrema direita, não necessariamente.

        Nesse ambiente, que não será superado tão cedo, o debate político-ideológico radicalizado continuará sendo central, ainda que as forças políticas de centro evitem dele tomar parte, como se fosse possível capitalizar o desgaste recíproco das forças que apoiam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as que se opõem a ele, sob a liderança de Bolsonaro. Mas podem ter um papel fundamental, ao exigir o respeito às regras democráticas. Essa talvez tenha sido a variável decisiva no segundo turno das eleições passadas, que deu vitória a Lula por estreita margem de votos.

        “Não existe mais o Brasil, existe o ‘Lulanaro’, dois universos completamente diferentes, um dos adeptos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outro do ex-presidente Jair Bolsonaro”, exagera Thomas Traumann. Talvez as eleições municipais mostrem uma realidade política mais complexa, embora no plano nacional, indiscutivelmente, a polarização protagonizada por Lula e Bolsonaro persista e até se retroalimente, para conveniência de ambos.

        A propósito, as eleições do próximo ano serão um laboratório para avaliar o grau dessa calcificação diagnosticada na Biografia do Abismo e que divide profundamente a sociedade brasileira. Num quadro multipartidários, no qual a maioria das prefeituras é controlada pelos partidos de centro — PSD (968), MDB (838), PP (712), União Brasil (564) —, será possível observar até que ponto o PL (Bolsonaro), com 371 prefeituras, e o PT (Lula), com 227, polarizaram as alianças locais na disputa por prefeituras, principalmente nas capitais.

        (http://impresso.correioweb.com.br/app/noticia/cadernos/politica/2023/12/10/interna_politica,392727/nas-entrelinhas.shtml)

        Matutando bem. . .
        Se as “otoridades” continuarem fazendo vistas grossas ao golpe já revelado pela corja vermelha, a direita tomará o maior PeTeleco nas eleições de 2024!

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