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SEM DAR O CAVALO DE PAU NECESSÁRIO E ESPERADO, O GOVERNO DA MUDANÇA DE GASPAR VAI RETIRANDO OS TÉCNICOS QUE TROUXE PARA CRIAR DIFERENÇAS DO QUE SE CONDENAVA EM KLEBER. CHEGOU A VEZ DO DESMANCHE DA ÁREA DE MEIO AMBIENTE

Acrescentado às 12h49min, o posicionamento do prefeito Paulo Norberto Koerich, PL, enviado pessoalmente no meu aplicativo de mensagens, às 11h35min deste 30.04.2025: “…Esclareço que, quem pediu a saída [do governo] o fez [o pedido] por problemas de ordem familiar e não por questões políticas ou ingerências na atividades exercidas. A primeira baixa, esta sentida por ele ser de Gaspar como reconhecido profissional da área e líder comunitário (foi vereador pelo Distrito do Belchior), foi a do diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes e Lazer, o professor Charles Roberto Petry, PL. Trocou-se ele por um boleiro aposentado, egresso do MDB raiz, o suplente de vereador Haroldo Roberto de Medeiros, PL. Há outros.

Na superintendência de comunicação, Felipe Gabriel Rodrigues, sem dizer a que veio, como informei segunda-feira, está saindo. Agora, chegou a vez do superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, também vindo de Blumenau como Gabriel, Ivan Burgonovo “pedir” para sair e “tentar novos desafios profissionais” como no politicamente correto para as ambas partes se justificou por aí. A titular da pasta onde está o Meio Ambiente, a secretária de Planejamento Territorial, Ana Paula Lapolli Isensee, que também fez carreira em Blumenau, com o perdão do trocadilho popular, é outra que já botou as “barbas de molho” diante de tanta turbulência e pressão nesta área.

Esta saída de Burgonovo pode parecer ser apenas um precoce ajuste fino do prometido governo da mudança do “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL e do seu vice multi-titulado, Rodrigo Boeing Althoff, PL (ambos na foto acima com o chefe de gabinete Pedro Inácio Bornhausen, PP, este à esquerda). Mas, não é. É complexo. Intricado. E dolorido. Se os que vieram para dar ar novo estão saindo, os que eram do governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, o saído em humilhante derrota que tinha seu apoio incondicional nas urnas em seis de outubro do ano passado, não só ficaram, como estão cada vez mais ocupando mais espaços e tornando tudo tão igual quanto era antes. Impressionante.

UM NÓ ATADO

Retomando. O que aconteceu na burocracia do Meio Ambiente de Gaspar obrigada à legalidade brasileira?

De um lado está a fatura que não pode ser paga no valor e na velocidade de curtíssimo tempo como querem os que apoiaram os políticos vencedores de outubro no ano passado e que só fizeram isso, porque foram enganados – e se meteram por causa disso, em enrascadas cabeludas – pelo governo de Kleber com os vices Luiz Carlos Spengler Filho e Marcelo de Souza Brick, ambos do PP. De outro, está a decisão do prefeito Paulo de se associar e voltar para o CIMVI – Consórcio Intermunicipal dos Médio do Itajaí – que Kleber resolveu sair, vejam só, no final do governo dele e com apoio irrestrito da Câmara Municipal, com a desculpa de que se tratava apenas de uma mera formalidade de papéis. Não era. 

Paulo quer deixar estas questões ambientais com os técnicos do CIMVI e que já cuidam de outros municípios, com relativo sucesso e principalmente, cuidado e equidade. Ao menos há uma segurança jurídica mínima para empresários e investidores. Aqui em Gaspar está quase tudo parado. E desde novembro do ano passado. Esse é o tamanho da encrenca.

Com esta jogada, a de ir para o CIMVI, o prefeito Paulo pensa em resolver três impasses: o primeiro é o de se livrar da pressão dos empresários e jogá-los para Timbó, no CIMVI, lavando, assim, as mãos dele; o segundo é o de enfraquecer à autonomia do núcleo de técnicos que Kleber foi obrigado por – via concurso – a mando do Ministério Público e Justiça. Dessa forma, ele “criou”, depois de anos de irregular ação de comissionados nesta área contra lei expressa, uma área de autoridade, e por isso virou um angu jurídico diante de tantas irregularidades; e o terceiro, com linguagem única neste ambiente enfraquecido pela falta de um Plano Diretor atualizado desde 2016, como manda o Estatuto das Cidades, Paulo quer fazer com o aval do CIMVI, ao menos, os novos processos dentro da secretaria de Planejamento “correrem”. 

Aliás, estes dois últimos pontos formaram as principais queixas e sustentaram as reivindicações explícitas recentes e de bastidores do Associação Empresarial – Acig – e do seu núcleo imobiliário. Bem tardiamente, viram que o passado, que eles próprios foram idealizadores e parceiros, estava travando o presente e o futuro do setor na cidade. Enquanto isso, Ilhota, só como exemplo próximo, estava resolvendo os seus problemas nesta área via o CIMVI.

UM HISTÓRICO DESFAVORÁVEL

O vice-prefeito, Rodrigo, nos bastidores, diz não concordar com esse movimento que vai retirar da prefeitura de Gaspar a autonomia do balcão de negócios que quando constatado o erro ou vício, vira uma proposta de “termo de ajustamento” entre os envolvidos, mas que está sendo barrado, sistematicamente, pelo Ministério Público e na própria Justiça, diante de tanta coisa errada.

Afinal, os que reclamam desse nó no MP e Justiça, dizem que tudo estava autorizado. E estava. Mas, na maioria dos casos, combinados na precariedade entre as partes. Faltou, de verdade, além da prudência, seguir o protocolo legal desde o início. E se houver a insistência desse jogo de cartas marcadas pelo erro, quem ainda vai ter que ressarcir os empresários e investidores, serão os combalidos cofres da própria prefeitura, a que em última análise, culpada por ter legalizado algo torto por seus técnicos ou gente que não tinha autoridade para tal. Simples assim.

Um superintendente de meio ambiente de Gaspar, Robson Tomasoni, pediu o boné quando ao tempo de Kleber quando botaram na mesa dele um Termo de Ajustamento num loteamento industrial no Poço Grande para ele assinar. Burgonovo está pedindo o boné quando tentam a mesma coisa com um loteamento residencial aqui do bairro Sete de Setembro e que a Justiça já sentenciou, em segundo grau até, de que ele terá que ser feito de outra forma como não quer mudar e orginalmente fez o empreendedor naquilo que aprovou na prefeitura. É que quem deu o sinal verde para o empreendimento se estabelecer no erro, não tinha investidura para tal. 

Os dois ex-superintendente mostraram ao arrumar as suas malas e irem embora de que poucos estão dispostos a emprestarem o CPF deles para os altos riscos que podem se desdobrarem, se eles chancelarem o que está com marcas de vícios e sob o olhar do MP e da Justiça.

A decisão do “delegado prefeito” vai no caminho certo por vários aspectos. Entretanto, vai ser um processo lento de transição da equipe própria de técnicos da Gaspar para o CIMVI e ao mesmo tempo cria fissuras com o grupo de “donos da cidade” que apoiou Paulo para ele ser o suposto prefeito da mudança para eles. Mais, do que isso. Com esta troca daqui para o CIMVI, perde-se a autonomia aqui e ao mesmo tempo se fecha a porteira para um grande acordão, como se queria em Gaspar entre os envolvidos e com pendências na área ambiental.

Agora, como escrevi anteriormente, tudo vai depender do entendimento e do aval dos técnicos do CIMVI. Eles vão estar pressionados pelos interessados daqui e pela legislação que os impede à prevaricação, até para não colocar em risco a credibilidade que possuem e deram como legal a outros empreendimentos em municípios onde atuam como suporte. 

No fundo e de verdade? O “grande acordão com segurança jurídica”, passa pela atualização do Plano Diretor como um todo. Olhando para o futuro. E não retalhado ao que se fez neste dez anos para beneficiar uns, e prejudicar outros. Nem mais, nem menos. Esta segurança para todos inclui a segurança jurídica e legislativa específica para os técnicos do CIMVI decidirem. Muda, Gaspar!

TRAPICHE

Depois de ter sido cobrado no próprio círculo de apoio na ausência da prestação de contas dos 100 primeiros dias de governo ao povo que lhe deu a impressionante marca de 52,98% dos votos válidos, os bruxos que cercam o “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, de Gaspar, criaram, as pressas, uma campanha marqueteira e a lançaram no último domingo à noite nas redes sociais. Foi para distrair a cidade nesta semana. Primeiro: é uma assinatura de culpa. Segundo: a campanha é fundada na incoerência. Terceiro: enfraquece ainda mais o governo. Impressionante. Quem mesmo orienta essa gente?

Não vou me alongar muito. Mas, é longo mesmo assim. Um dos memes da campanha diz no título: “coisas que eu explico todos os dias sendo prefeito de Gaspar“. Prefeito não devia explicar nada. Devia fazer. É o resultado na veia, visto, sentido que é compreendido como explicação pelo povo. Prefeito é um síndico. Simples assim. Pior mesmo, foi o texto deste meme. “O que ninguém te conta sobre ser Prefeito de Gaspar é que meu  trabalho é fazer a nossa cidade funcionar e isso exige mais que ideias. Exige presença, escuta, paciência e muita coragem para fazer diferente“.

Um leitor deste espaço que não é lido por ninguém, segundo sempre alegam os poderosos no poder de plantão, experimentado na coisa pública, contrariou a tese do “delegado prefeito” neste meme em questão: “ideia é a semente. O projeto é a forma prática desse projeto. E os resultados são os frutos“. Entenderam como Paulo Norberto Koerich, PL, está mal assessorado? Pior, aprovou algo de uma incoerência brutal? O que ele escreveu no meme destrói um conceito. Paulo – e seu governo – está sem ideias, não quer ter ideias ou que despreza ideias? Sobre a ausência dele, a impaciência e que até agora não fez nada de diferente como se esperava dele, nem vou comentar, porque prometi não me alongar. Está na cara de todos.

Vou começar a encerrar este comentário. Então, pinço frases atribuídas ao “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, nos meme que publicou nas redes sociais. “Fazer gestão pública com criatividade é entender que cada bairro tem sua história e que cada solução tem que respeitar isso”. Isso não é criatividade. É respeito. Criatividade é exatamente sair da caixinha. Ter um ar de subversividade. Ter coragem. Enfrentar os céticos. Foi assim que a humanidade saiu das cavernas e não sabemos onde vamos chegar depois da Inteligência Artificial. Gaspar, antes precisa ser pensada como um todo por um prefeito, criar as prioridades e dar diretrizes claras a sua equipe na busca de resultados concretos e diferenciais da mudança, da evolução. 

Gaspar não precisa de mais promessas. Precisa de atitude“. Certíssimo. Então, urgentemente, alguém precisa avisá-los que a campanha terminou e o “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich e o acadêmico multi-titulado engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, ambos do PL, ganharam as eleições em seis de outubro do ano passado. “Explico todo dia: o dinheiro público tem que virar resultado. E resultado se faz com planejamento” (na foto acima explicando a uma criança). É óbvio, até porque dinheiro público não existe, mas onde mesmo está o planejamento do governo de Paulo e Rodrigo? Qual é mesmo a equipe desse governo e quais os mecanismos de sintonia desse processo de ideias, projetos e resultados para a comunidade?

E finalmente: “transparência não é favor. É obrigação. E aqui a gente entrega com responsabilidade“. Eu não acredito que um dia iria ter que ver isso escrito como a assinatura de Paulo Norberto Koerich, PL. Até em “transparência não é um favor. É obrigação“, nem um ai meu, até porque isso é tema central deste blog. Já o resto…Não vou me alongar. Vou a dois exemplos. Onde está a prestação de contas do Hospital – o saco sem fundo do tal dinheiro público – sob a intervenção da prefeitura e obrigado a isso num pacto com o Ministério Público? Outra. O prefeito já tentou ver as contas do município – que deveriam ser abertas – no confuso site da prefeitura e quase impossível de se navegar nele até por expert? De que transparência Paulo está falando? Parece que o prefeito está mal acompanhado, com gente colocando-o em armadilhas e naquilo que é básico, mas, que, por enquanto não consegue entregar. Muda, Gaspar!

Vem aí o suplente de vereador Antônio Carlos Dalsochio, PT, no lugar do Dionísio Luiz Bertoldi, PT, o autor do polêmico PL das câmeras nas creches de Gaspar. Ele assume no dia seis de maio e fica por um mês. O governo de Paulo Norberto Koerich, PL e Rodrigo Boing Althoff, PL, vai sentir o bafo da verdadeira oposição. Quem vai testemunhar serão as câmeras da Câmara. Depois do sete de junho, O  PT volta ao estilo do paz e amor do papai Lula com o governo de Gaspar. Dionísio reassume.

Fogo no parquinho e censura. A direita em Gaspar tem um mega grupo em um aplicativo de mensagens. Nele surgiram as primeiras críticas – até porque ninguém é de ferro eternamente e estão vendo ou sendo cobrados – ao governo de Paulo Norberto Koerich, PL, e Rodrigo Boeing Althoff, PL. E os insurgentes foram sumariamente excluídos do grupo pelos administradores, agora empregados da prefeitura. Nada como um dia após o outro.

Até que enfim. Em Blumenau, a Câmara de Blumenau aprovou projeto de lei que proíbe a utilização das palavras “grátis”, “gratuito” e similares na divulgação de serviços prestados ao público, ou de eventos de livre acesso, promovidos ou custeados pela Prefeitura de Blumenau. O autor é o vereador Diego Nasato, Novo. O tal “dinheiro público”, na verdade são os nossos pesados impostos. Além de mal usados, o políticos se apropriam dele para nos enganar e obter vantagens de reconhecimento pessoal, partidário, poder e eleitoral.

Esta universidade gratuita do Jorginho Melo, PL, é uma delas. Vergonhoso até porque no modelo de desenvolvimento de Santa Catarina o que precisamos é de técnicos. Voltando. Quem paga as instituições para elas aceitarem alunos neste programa sem pagar? Nós, os catarinenses, burros de carga, com os nossos pesados impostos. E sem o que mostrar para se reeleger porque errou na gestão e não consegue entregar marcas e resultados, Jorginho enche de propaganda nas redes sociais e os meios de comunicações tradicionais que a Universidade gratuita é o grande feito dele.

Coisas das prioridades e planejamento na prefeitura de Gaspar: a demarcação das vagas no galpão da secretaria de Obras e Serviços Urbanos para os funcionários e veículos da pasta. Como diz na foto, “aos poucos, a mudança acontece“. E o emojis, falam muito mais. Então tá. Enquanto isso, o município de Gaspar está a espera da demarcação horizontal de travessias de pedestres e lombadas físicas. É só olhar as dezenas de indicações de vereadores, e da própria base do governo protocoladas na Câmara.

Petizada danada. O prefeito de Gaspar, Paulo Norberto Koerich, PL, corre para colocar em mínima ordem a área de educação municipal que diz ter recebido sucateada, apesar do Orçamento gordo que ela possui, do ex-prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Onde o “delegado prefeito” estava esta semana? Explicando para alunos de uma escola estadual, a Agenor Zimmermann, no bairro do Bela Vista, o que é ser prefeito. Credo. A companhia diz tudo.

Na quinta-feira, acontece o tradicional torneio de Futebol de Primeiro de Maio do Tupi. Pois não é que o vereador Ciro André Quintino, MDB, saiu daqui ontem, para mais uma vez estar em Florianópolis e se encontrar com o deputado de Ibirama, e atual secretário de Obras e Mobilidade, Jerry Comper, MDB. Ciro foi entregar um convite e uma camisa do índio gasparense. Esta semana Ciro voltou a ser o campeão de diárias com R$5.728,00, dos R$50.282,00 empenhados até ontem para vereadores e funcionários da Câmara.

Até ontem também, no site da Fecam – Federação Catarinense de Municípios – tinha o ex-prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, e o ex-vice dele, Marcelo de Souza Brick, como ainda titulares de Gaspar. Falha da área de comunicação da Fecam onde Kleber foi presidente? É. Mas, falha também a comunicação do governo de Paulo Norberto Koerich, PL.

Entrevista do presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia, PSD, a rádio 92 Rock Pop, cravou que em 2026 não haverá polarização extremista entre Luiz Inácio Lula da Silva, PT, e Jair Messias Bolsonaro, PL. Aposta num centro mais moderado e citou que ele se unirá em torno de candidatos como Tarcísio Gomes de Freitas, Republicanos, Ronaldo Caiado, União Brasil, Romeu Zema, Novo, e Ratinho Júnior, PSD. Jorginho não apareceu na lista dele. 

Aliás, na semana passada, o governador Jorginho Melo, PL, deu mais uma bola fora. Foi a Brasília e passou vergonha. Inventou um tal de contorno do Morro dos Cavalos. Não havia projeto. Não há estudos. E há entraves tão graves que impediram o licenciamento do túnel por quase duas décadas, como os povos originários e os ambientais. Além disso, a proposta eleitoreira do desespero de Jorginho, é, segundo os especialistas, mais insegura e de baixa velocidade. Impressionante a capacidade de Jorginho de produzir espuma sem espuma, enquanto não entrega resultados. Só “Estrada Boa” será pouco.

Aleluia. Com quatro meses de atraso, finalmente, a prefeitura de Gaspar contratou uma empresa que fará as roçadas na cidade. Isto não é ideia, nem criatividade. Mas, uma rotina. Os mutirões propaganda dos primeiros dias, já não animava mais ninguém há dois meses. Era uma ideia e criatividade cidadã, mas que cansou. Um recado de que emergências não podem ser eternas contra os cidadãos e cidadãs.

E para encerrar. Amanhã é Dia do Trabalho, ou do Trabalhador, como querem alguns. Deveria ser o dia de trocas. Trabalho na origem da palavra “tripalium” (latim) é um instrumento  de tortura composto por três paus. Para alguns, o trabalho, realmente é uma tortura. Para a maioria, todavia, é uma troca de habilidades e tempo, por remuneração, também para alguns, nem sempre justa.

Impressionante I. Segundo Geraldo Alckimin, quando candidato pelo agora extinto PSDB, o PT, seu adversário queria voltar à cena do crime na busca pela presidência da república, referindo-se ao Mensalão e ao Petrolão. Em ambos, a Justiça, na maioria dos casos, deu um jeito de “perdoar” e tirar a pecha de “criminosos” dos políticos que Alckmin acusou naquela época.

Impressionante II. Agora, descobre-se que o próprio aparelho estatal, ou seja, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, PT, o sindicalista, e o convertido Geraldo Alckmin, PSB, estão roubando para sindicatos e supostas entidades assistenciais bilhões de reais de milhões de idosos pobres e na maioria dos casos, doentes. Chegamos ao limite da indecência humana patrocinado por um governo que diz cuidar dos pobres. Inimaginável. E desta vez quem está na cena do crime, quieto, o que é bem pior para este caso? Alckmin.

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2 comentários em “SEM DAR O CAVALO DE PAU NECESSÁRIO E ESPERADO, O GOVERNO DA MUDANÇA DE GASPAR VAI RETIRANDO OS TÉCNICOS QUE TROUXE PARA CRIAR DIFERENÇAS DO QUE SE CONDENAVA EM KLEBER. CHEGOU A VEZ DO DESMANCHE DA ÁREA DE MEIO AMBIENTE”

  1. MARÉ FAVORÁVEL À ULTRADIREITA REFLUI COM “EFEITO TRUMP”, editorial do jornal O Globo

    A vitória de Donald Trump no ano passado parecia prenunciar o avanço da ultradireita populista no mundo todo. Antes mesmo da posse, Elon Musk, arauto do trumpismo, não perdeu tempo para tentar influenciar eleições na Alemanha e pelo mundo. Parecia que as democracias seriam varridas pelo populismo da direita radical. Passados três meses, Trump começa a surtir o efeito oposto nas disputas eleitorais.

    Nas eleições de segunda-feira no Canadá, Mark Carney liderou a vitória do Partido Liberal, de centro-esquerda, para mais um mandato — o quarto consecutivo. O fator determinante na campanha foi a bandeira anti-Trump. Se o estilo errático e caótico que impera na Casa Branca persistir, é bastante provável que outras eleições mundo afora tenham desfecho semelhante.

    Em tempos de incerteza, os canadenses correram para a opção mais segura e sensata. Carney é um novato na política. Nunca concorrera a cargo eletivo. Assumiu o posto de primeiro-ministro em março, ao vencer a disputa no partido após a desistência do impopular Justin Trudeau. Sem carisma, com francês deficiente, tem um currículo em que se destacam dois postos de natureza técnica, a presidência dos bancos centrais de Canadá e Inglaterra. O conhecimento técnico e o estilo sereno, muitas vezes vistos como desvantagens em tempos de polarização, se converteram em atributos fundamentais para enfrentar o trumpismo.

    No Canadá, Trump se tornou radioativo. O caos dos primeiros cem dias de governo assustou a opinião pública canadense. A guerra tarifária e a intenção de tornar o Canadá o 51º estado americano uniram os eleitores em torno da defesa nacional. O líder dos conservadores, Pierre Poilievre, era franco favorito até o fim do ano passado. As pesquisas apontavam vantagem de 24 pontos. Elogiado por Musk, festejado pela base trumpista e adepto de políticas similares às de Trump, ele contava os dias para sentar-se na cadeira de primeiro-ministro. Diante do refluxo da maré, até tentou se desvincular de Trump, mas a tarefa se provou impossível. Não conseguiu nem ser reeleito para o Parlamento em seu próprio distrito.

    Embora a votação dos conservadores tenha sido significativa, a nova derrota para os liberais traz maus presságios para a direita radical. No primeiro discurso após a vitória, Carney manteve o tom da campanha: “Os Estados Unidos querem nossa terra, nossos recursos, nossa água. O presidente Trump tenta nos destruir para nos possuir. Isso nunca acontecerá”. Uma vez no poder, ele terá a oportunidade de exibir todo o seu pragmatismo. Oito em dez produtos exportados pelo Canadá vão para os Estados Unidos. Um em dez empregos está ligado ao comércio com o vizinho ao Sul. As conexões se estendem às áreas militar e de espionagem.

    O mundo todo sente os efeitos da política protecionista de Trump, da instabilidade e da incerteza que emanam de sua personalidade errática e de sua gestão caótica. Se continuar a gerar confusão, a tendência é o apoio aos populistas da ultradireita ser posto em xeque também noutros países. Pelo menos no curto prazo, é difícil que Trump se torne um cabo eleitoral poderoso. A estratégia de oposição aguerrida ao caos trumpista, adotada por Carney, deverá inspirar candidatos mundo afora. Eleições como as deste ano no Chile e do ano que vem no Brasil permitirão saber se ela se tornará uma nova tendência.

  2. O JOGO SUJO DA CBF E DA NIKE, por Mariliz Jorge Pereira, no jornal Folha de S. Paulo

    A notícia é que a CBF e a Nike devem lançar uma camisa vermelha para a seleção. A cor divide mesas de bar, famílias e timelines desde que virou sinônimo de comunismo, feminismo, gayzismo e outras palavras que a histeria aprendeu a gritar sem entender o que significa. Claro que causou alvoroço. Os patriotas do amarelo se sentem traídos. Os progressistas da Santa Cecília acham revolucionário. A CBF faz o que sabe: capitaliza.

    O novo uniforme não é um gesto político, é uma planilha de Excel com costura. Não é homenagem aos povos indígenas ou qualquer outro banho de marketing com cara de conscientização social. Tampouco um manifesto contra o sequestro da identidade de um povo. A tonalidade é nova, o truque é velho: lança-se a polêmica, finge-se ousadia, alimenta-se a polarização —e assiste-se à mágica do engajamento virar lucro. De preferência, em três vezes sem juros.

    Enquanto discutimos se na escala Pantone o vermelho é marxista-leninista, esquecemos da verdadeira aberração: a própria CBF. Uma entidade opaca, elitista, afundada em corrupção, comandada por cartolas que tratam o futebol como sua mina de ouro privada e o torcedor como um Pix ambulante. Pouco importa a cor da camisa —eles querem que você compre. De preferência, todas.

    A confederação não tem problema em rasgar o próprio estatuto que define as regras para sua comunicação visual. Tem problema com transparência, com ética, com a ideia de que futebol é um patrimônio cultural dos brasileiros e não mercadoria premium para benefício de poucos. A camisa poderia ser lilás com bolinhas douradas; sem sair dessa estrutura viciada, continuará sendo oportunismo costurado com linha de cinismo.

    A polêmica não está na cor, mas no oportunismo. A CBF vende neutralidade estilizada enquanto se esconde atrás dos nossos símbolos e manipula nossas paixões. Discutimos a paleta cromática como se dela dependesse o futuro da democracia. E nesse jogo sujo a parceria CBF e Nike segue invicta, enquanto a seleção e o país continuam a tomar de lavada.

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