JORGINHO MELLO “ENSAIA” TER UM VICE DE BLUMENAU. É UM SENSO DE OUSADIA,PARA EMBARALHAR OU DESESPERO?

Como na semana passada, vou fugir novamente das tramas da nossa aldeia, mas no fundo tem tudo a ver com ela.

Ontem o “Informe Blumenau”, sem se aprofundar na questão, especulou e do nada, colocou gás num tipo de balão de ensaio: o senador Jorginho Mello, PL, (foto ao lado) aparentemente o único representante do presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, na corrida ao Centro Administrativo, teria sondado, e dois empresários – o que é muito – de grosso coturno de Blumenau – o que é demais – teriam topado serem, um deles, seu vice, se convocados à esta “inefável missão”.

Primeiro, faltam nomes fortes na cidade nos dias de hoje o que por si só, torna-se uma possibilidade frágil esse balão existir. Não sai sequer do chão.

Segundo, empresário de grosso coturno, de verdade, neste dias de incerteza, inflação e juros altos, consumo comprometido, está mais preocupado em salvar seus negócios das armadilhas diárias dos políticos no Congresso Nacional e da insegurança jurídica, do que se enveredar pela política partidária que os sacaneia, criando mais burocracia, desempregos e tributos.

E por último, um empresário – ou empreendedores, ou investidores – possui todas as qualidades de liderança nos seus ambientes competitivos, mas ao mesmo tempo, na maioria dos casos, são incapazes de transformar popularidade seus nomes e os converter para serem sufragados vencedores nas urnas. Quando não são a expiação, são vistos como causadores dos males do mundo. E prego neles.

A não ser que além dos R$6 bilhões tomados dos pesados impostos de todos nós entre Fundo Partidário e Eleitoral, os políticos, os que não trabalham, mas articulam e ganham, estão pensando mais uma vez nos empresários para engordar ainda mais as suas campanhas oferecendo-lhes outra vez o paraíso. Éprácabá!

Vamos ao ponto nevrálgico desta questão?

A verdade é que Jorginho Mello vem errando uma atrás da outra para não confrontar o presidente da República. Não julgo. Todos assistem. Está na cara. Além disso, ainda que perdendo as eleições, Jorginho não perderá o mandato. Terá mais quatro anos de senador para se recuperar e até mudar de lado, como já mudou tantas vezes. Então…

Contudo, a verdade é que ele está com a corda no pescoço. E não é de hoje. E o presidente Jair Bolsonaro até já apertou no tempo do vai-e-vem do Pronampe. Jorginho meio que ficou sem fôlego, mas sobreviveu até o último segundo da indecisão governamental. Bolsonaro sabia e Jorginho também, que o senador já estava num beco sem saída depois da atuação incondicionado de Jorginho na CPI da Covid.

Qualquer cobrança compensatória mais justa de Jorginho ao presidente e conhecendo o fator vingança que o acompanha, seria olhado como o mais novo traidor da praça por Bolsonaro e ecoado sem qualquer critério crítico, na praxis bolsonarista.

Tudo isso é fichinha. E por quê?

E se isso fosse pouco, o presidente Bolsonaro escolheu especialmente um toco – não um poste – para ser candidato da chapa de Jorginho ao Senado, chamado de Jorge Seif Júnior, secretário de Agricultura e Pesca, que ninguém sabe quem é e nem viu.

Senador é uma peça fundamental na montagem de uma chapa estadual forte, competitiva e vencedora em qualquer eleição que se entre para se estar nas cabeças. E nesta, Jorginho está sem pernas. E ainda está rindo. Talvez de nervoso…

E se tudo isso não fosse pouco, atrás nas recentes pesquisas conhecidas, batendo boca com todo mundo e se enrolando cada vez mais, Bolsonaro está sugerindo neutralidade em relação a Jorginho para não desagradar nem o senador Esperidião Amim Helou Filho, PP, nem João Rodrigues, PSD, e assim garantir um multipalanque para ele Bolsonaro, porque sabe também que Jorginho não está na frente, apesar de ainda ser cedo.

É que Bolsonaro acaba de ver a última pesquisa do Instituto Paraná que lhe dá pouco mais de 45,1% (Lula 29,0% e Ciro 6,2%), numa Santa Catarina que já lhe deu 75,92% dos votos no segundo turno de outubro de 2018.

Então esse negócio do Jorginho dizer que está se arrumando com um vice de Blumenau – talvez para representar o Vale do Itajaí e descobrindo santos como o Norte, o Sul e Grande Florianópolis- tem três objetivos claros: o cerco está fechado, ele vai se agarrar na primeira tranqueira da beirada do rio e acha que em Blumenau há essa possibilidade.

Jorginho quer com isso, neutralizar a manobra que o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, Podemos, faz em favor da reeleição de Carlos Moisés da Silva, Republicanos, o homem do cofre, um ex-bolsonarista que o próprio Bolsonaro renegou quase do nada.

E na onda desse casamento de arranjo, Jorginho quer se aproveitar do avanço da quase duplicada BR 470. Mas, aí, Jorginho esquece, ou finge, de três coisas em relação a BR-470.

A primeira delas é de que a obra só está andando porque o governador Carlos Moisés botou dinheiro grosso que Bolsonaro negou.

Que Bolsonaro e Jorginho manobraram para que Carlos Moisés não colocasse o dinheiro dos catarinenses para terminar a obra que é Federal e que verbas foram cortadas no Orçamento pelo próprio Bolsonaro.

E que Jorginho saiu corrido daqui, quando veio pedir adesão do empresariado, via a Associação de classe para a ideia de jerico que defendia em nome de Bolsonaro e com ela impedir, via a Assembleia, que Carlos Moisés colocasse dinheiro não só na BR 470, mas em quase todas as rodovias federais em obras, pois a que não estão, em alguns trechos estão quase intransitáveis.

E agora o senador Jorginho Mello, que já morou em Gaspar, quer um empresário de alto coturno para passar a borracha nisso tudo? Vai ser difícil ter gás para empinar este balão. E quem vai se arriscar a passar por esse constrangimento?

TRAPICHE

Jogaram a toalha. Os três senadores de Santa Catarina que votaram pelo corte do ICMS nos combustíveis, parecem que sabem que não vão ganhar a eleição de outubro para governador. Vão governar como, com o pires na mão que Brasília já quebrou faz tempo?

O dia seguinte. O novo bolsonarista Ivan Naatz, PL, disse que iria os supermercados conferir se o preço do leite tinha caído com a queda do ICMS aprovado na Alesc há um mês. Deveria aproveitar e ver se isso acontecerá nos postos combustíveis com a mesma lei que se finaliza no Congresso. Tudo banana do mesmo cacho. Políticos enganando o povo.

Em Gaspar, o ato de governar é um espetáculo. Tudo é roteirizado, masterizado e amplificado nas redes sociais. Esse marketing já custou caro não só ao bolso do contribuinte mas planos dos políticos dos atores destas comédias. E ninguém aprendeu nada por enquanto.

A ida do prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mais uma vez a Brasília, foi outro ato de deboche com os gasparenses sem creches, esperando nas filas dos exames médicos e laboratoriais, das crianças sem contraturno, turno integral e bilingue, falta de saneamento…

Registro. Está aberta no Casarão Belga, em Ilhota, e vai até o dia 27 de novembro, a exposição “A Colônia Belga e seus Descendentes no Vale do Itajaí”. O material foi catalogado pelo pesquisador Marc Storms.

Pois é. Como são as coisas. formas de pensar diferente. Uma no estratégico e outra no umbigo. Uma no futuro e outra no passado. Uns se inserem na história e outros contam estórias nas redes sociais na marquetagem sem resultado para si e a sociedade.

Enquanto aqui ainda se resiste à duplicação da picada Gaspar a Brusque, em Itajaí e Navegantes, com repercussões até em Balneário Camboriú e Penha, comemora-se à aprovação pelo Banco Mundial do túnel sob o Rio Itajaí Açú. Acorda, Pedrinho…

Perguntar não ofende: mas o que é mesmo feito do terreno que se comprou da Furb? Por enquanto, de verdade, comprometeu-se projeto por aqui, colocou-se dinheiro bom no caixa da Furb e ela, numa engenhariam financeira, pediu mais financiamento para pagar o que devia. Entenderam? Acorda, Gaspar!

O tom da campanha. Hilário, foi ver o presidente do PT de Santa Catarina, Décio Neri de Lima, refutando a pergunta de Moacir Pereira, na NDRecord e tentando provar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi inocentado pela Justiça. Ele continua condenado em três instâncias.

A foto abaixo é o retrato do Centro e da administração de Gaspar. Terça-feira, oito horas da manhã, entrada da Farropa, Avenida Duque de Caxias com a das Comunidades, a poucos metros da prefeitura, tráfego intenso, dois trabalhadores da área de telecomunicações, em meio ao emaranhado de fios, atrapalhando o trânsito e se expondo com escadas no seu serviço. Nenhuma fiscalização e há lei disciplinando isso. Ditran e Ministério do Trabalho dormindo.

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