DITRAN DE GASPAR DEIXA CONTRATO DE PARDAIS VENCER, PRIORIZA LOMBADAS FÍSICAS E ACIDENTES AUMENTAM

A superintendência da Ditran – Diretoria de Trânsito – de Gaspar quase sempre foi ocupada por curiosos indicados por cotas políticas, ou então, por políticos no equilíbrio da dita governabilidade no poder de plantão.

Quando se faz a Lei para se criar um órgão municipal em Gaspar, louva-se, mostra-se à necessidade, a atualidade e se enumera os múltiplos benefícios. E se está correto, se funcionasse conforme o que se desenhou bem como no palavrório dos políticos nos documentos, na discurseira na tribuna da Câmara, nos press releases, ou nas entrevistas sem perguntas que se dá por aí.

Na prática, de verdade, a realidade mostra que é mais um cabide de empregos para a sustentação do poder de plantão. A proteção, a vida e a cidadania, quando isso acontece, é a que vão para o saco junto com a montanha de dinheiro dos pesados impostos, e neste caso também, das multas de uma minoria de infratores.

Resultado disso tudo: a própria Ditran está se definhando. Há diminuição dos seus quadros. Não há concursos e aos poucos, não há agentes habilitados para o essencial serviço de rua.

Pior: a Ditran de Gaspar está sem objetivo técnico para a qual foi criada, numa cidade que aumenta a sua frota a cada ano, possui graves problemas de mobilidade urbana e está no centro de um importante entroncamento viário no Vale do Itajaí, entre o Litoral, o Alto Vale e a região de Brusque.

E esse aparelhamento político em algo essencialmente técnico não é de hoje. Parece proposital. No governo de Adilson Luiz Schmitt, eleito pelo MDB, depois se mudou para o PSB e PPS, por exemplo, ele indicou Ciro André Quintino, MDB, que não conseguiu ser vereador.

No governo de Pedro Celso Zuchi, PT, entre tantos indicados, um deles nem Carteira Nacional de Habilitação tinha. E assim vai.

Agora, está na superintendência, um “especialista” em assuntos fundiários, vindo de Blumenau, e indicado pelo vice Marcelo de Souza Brick, na cota do PSD de Gaspar. E não é dele que quero falar, mas de como a Ditran na missão de proteção dos cidadãos e cidadãs, incluindo os pedestres e ciclistas, os mais frágeis e maioria, que deveriam ser os maiores beneficiados melhoria do trânsito em Gaspar e a suposta eficácia da Dintran.

O que acaba de acontecer?

No dia 16 de novembro terminou o contrato das lombadas eletrônicas que estava em vigor desde 2017. Simples assim. Todos quietinhos.

E todos na atual gestão de Gaspar, a cidade da marquetagem da eficiência na gestão pública feita com este propósito às vésperas de mais uma campanha eleitoral, a que “Avança”, a que tem um prefeito que tem um dos mais alto salários de Santa Catarina, que representa o Vale Europeu, que inclui Blumenau e Brusque, por exemplo, não conseguiu sequer ter o mínimo de previsibilidade em algo que sabia que tinha data para terminar e é fundamental para a sua cidade. Meu Deus!

Outra.

Apesar de se ter equipamentos próprios, esbalda-se na sinalização horizontal terceirizada gastando até aqui algo em torno de R$1,5 milhão, e nada disso é capaz de evitar o aumento do número de acidentes, que além da educação ausente, de forma inequívoca, é preciso paralelamente, muito planejamento e uma eficaz fiscalização. https://www.gaspar.sc.gov.br/licitacoes/index/detalhes/codMapaItem/20798/codLicitacao/102939

Para concluir, vou usar os números do próprio governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Em 2018, para uma frota ativa de 35.096 veículos, houve 159 acidentes com 224 feridos e nenhum óbito.

De lá para cá os números modificaram-se assustadoramente, o que por si são sinalizadores na busca de respostas ao que aconteceu e como enfrentá-los. Mas, o que foi feito até agora contra estes números de uma mesma gestão?

Assustadoramente, no ano seguinte, 2019, com uma frota ativa de 36.869 veículos aconteceram 1.306 acidentes com 2.098 feridos e dez mortos. No ano passado, com uma frota ativa estimada em 38.242 veículos, aconteceram 1.224 acidentes, com 1.940 feridos e 15 mortos.

E os números deste ano até setembro?

Para uma frota ativa de 38.611 veículos, já foram 901 acidentes, com 1.457 feridos e cinco mortos. Logo de cara, a este número deve-se contar os três atropelados de uma só vez na BR-470 e outros, que fontes da própria Ditran diz não estar ainda nesta estatística que pode ser acessada em https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br/assuntos/transito/arquivos-senatran/docs/renaest

Acorda, Gaspar!

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