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A SAFRA VAI TERMINAR. AS FRUTAS ESTÃO CAINDO DE MADURO E O “NOVO” GOVERNO DE GASPAR ESTÁ DESPREZANDO-AS. SE CONTINUAR ASSIM, CHEGARÁ UM TEMPO EM QUE VAI PASSAR FOME

Corrigido a função de Ezequel Hintz, as 12h08min deste 21.02.25, por aviso acertado de um leitor. É impressionante como o governo do “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, está dando sopa para o azar. Há três fatos que se avolumam aos olhos vistos da cidade: a maioria dos que ele escolheu para auxiliá-lo, operacionalizar a máquina e até inova-la, é mais do antigo que patinou contra a cidade e por isso se rejeitou amplamente nas urnas, e novamente, claramente não dá conta do recado; os seus pares estão sendo, até o momento, incrivelmente, os mais eficientes, dispersos e chorosos oposicionistas como fogo amigo; e menos de dois meses da posse, o novo prefeito está permitindo que o derrotadíssimo governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP, cedo demais, coloque as manguinhas de fora, para defender na cara dura, à perpetuidade dos seus interesses na política, na cidade, na administração e ao mesmo tempo, aprumar-se como vítima e salvador da pátria daquilo que atrasou, delapidou ou errou. Isto trato parcialmente no TRAPICHE. Pois há mais, muito mais.

Retomando. A cada sessão da Câmara, estranha e contraditoriamente, ela se tornou um pesadelo e a Casa do Espanto, mas contra o governo no poder de plantão e vejam só, pelos próprios, que deveriam estar alinhados e por isso, supostamente defendendo o atual governo do ataque da oposição. O assunto já ganhou até debate nas rádios nesta semana entre gente que apoiou o atual governo e um vereador da própria base do governo que ainda não se deu conta do papel de fiscalização do governo e de caminhos internos para fazer isso com eficiência. Prefere o espetáculo das suas redes sociais, enfraquecendo ele mesmo, só para ter alguns likes a mais. Entretanto, este não é o tema do comentário de hoje, que esteve prestes a não ser elaborado para esta sexta-feira. Então voltarei ao assunto mais tarde.

REDES SOCIAIS, PAPELINHOS E EXECUÇÃO ZERO

Tentei fazer um textinho, também não deu. O assunto se ampliou por si só. A foto acima é consequência de uma quarta e quinta feiras animadas do vídeo abaixo. Ele “salvou” a sessão de terça-feira passada na Câmara de Gaspar. Este vídeo circulou logo cedo na quarta-feira pelas redes sociais. E fez sucesso. Coisa simples. Entretanto, a cidade que elegeu o “delegado prefeito” Paulo estava com saudades por esclarecimentos das soluções e não enrolações como governo passado. Ao mesmo tempo que acendeu às esperanças de que alguma coisa pode caminhar para soluções, o tempo mostrou a cidade e a vereadora que o novo governo ou não sabe como dar soluções, ou não quer dar soluções, ou não quer deixar a nu os antigos, espertos e erráticos administradores.

A novata vereadora Elisete Amorim Antunes, PL, que está no centro da foto acima, está pagando caro exatamente por tentar fazer a coisa certa e não entrar na pilha do mimimi ideológico e apontar descaradamente falhas do atual governo como fazem alguns de seus pares nas redes sociais. Elisete é a autora do vídeo e dos questionamentos. Então, depois de tudo que passou a partir de terça-feira a noite, ela que não crie asas.

Qual a razão? Os próprios pares dela, excluindo a líder Alyne Karla Serafim Nicoletti e a Sandra Mara Hostins, ambas do PL, os de viés radical de direita não conseguem ficar unidos sobre o passado que os elegeu, apesar de serem ao mesmo tempo, adoradores de melancias. Eles, além de dividir e fragilizar o atual governo, também não suportam o sucesso alheio… E a verdadeira oposição, matreira, a que viveu oito anos à sombra ou dependente do ex-prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, por sua vez, não está aí para dar refresco. Ela, quando não fomenta e bota lenha na fogueira nos bastidores a favor dessas vaidades, adora o comportamento da base do governo do “delegado prefeito” Paulo. Incrível! E eu que pensei em me aposentar neste espaço, estou me remoçando e me lambuzando…

Retomando pela segunda vez. 

A vereadora Elisete, do bloco do governo de plantão, não entrou na pilha da turma que apoia Paulo e principalmente o vice Rodrigo Boeing Althoff, PL, mas se tornou um grupo de reclamões daquilo que deveriam estar proporcionado soluções, ou colocando na boca no trombone contra quem não cuidou da cidade e a deixou exposta. Dizem que querem consertá-la, mas o máximo que conseguiram foram sucessivos mutirões de comissionados. Elisete mesmo não conseguindo audiência no gabinete para expor a sua intenção foi à sua luta solo.

Antes, um breve parêntesis: eu avisei aqui que a líder do governo, a policial civil Alyne Karla Serafim Nicoletti, PL, não teria vida fácil dentro da sua própria seara política feita para apoiar o governo de Paulo. E ela já está com enxaquecas… Uma no cravo, outra na ferradura. Quando não é a turma radical da Câmara, é nas secretarias que ela encontra dificuldades para defender o governo e fazer a coisa funcionar a favor do governo e da cidade. A começar pela chefia de gabinete.

A PROPAGANDA É A ALMA DESALMADA PARA QUEM ESTÁ VULNERÁVEL PELAS TEMPESTADES

Elisete apanhou uma fruta madura e caída no chão. Transformou-a em suco e com dados concretos. Com ele, deixou ao ridículo o ex-prefeito Kleber, o ex-vice Marcelo e o ex-líder do governo, o ex-vereador Francisco Solano Anhaia, MDB e de sobra, o ex-funcionário efetivo da área, que virou secretário de Planejamento Territorial e de lá se tornou vereador pelo MDB, Carlos Francisco Bornhausen, que tudo ouviu e não pode reagir. Elisete fez mais pelo governo e a cidade, em duas sessões ordinárias do que toda a bancada do PL e do União Brasil juntas.

Assista o vídeo e eu volto em seguida para concluir o artigo desta sexta-feira.

Perdedores nas urnas de seis de outubro, Kleber e os seus foram zombar – sim porque não tinham mais compromissos da execução da obra – com a população do Sertão Verde, na Margem Esquerda. E naquilo que o pessoal de lá mais precisa: a proteção das cheias e enxurradas, onde em novembro de 2008 quase viram a localidade desaparecer. Este espetáculo do antigo governo aconteceu no dia 15 de novembro de 2024. Nem antes das eleições de outubro para tentar votos para o seu candidato Marcelo de Souza Brick, PP, assanhou. Entenderam? E juraram que as obras começariam em dez dias depois. Entenderam? Marquem bem esta promessa datada e revejam o vídeo da vereadora. 

Fotos, papelinhos, entrevistas sem perguntas na imprensa como de praxe e as redes entupidas de esperanças, bobagens e principalmente deboche. Eu tinha avisado desse espetáculo inconsequente. Estou, infelizmente, de alma lavada, outra vez. Confusão. Só confusão foi a marca do governo anterior no planejamento, no obras, na manutenção, na educação, na saúde, no hospital, da fazenda…em quase tudo.  E parece ser o do atual, com raríssimas exceções. No governo do passado se tinha a Bancada do Amém que tudo encobria e usufruía. Agora, temos a Bancada da Bola Dividida e contra o próprio governo.

Retomando pela terceira vez:

Nem licença ambiental se tinha para a obra começar em dez dias como prometera Kleber e Anhaia no vídeo. Nem mais, nem menos. A furdunça de quarta e quinta-feira provou isso. O “novo” governo tenta abafar o caso. Estão reunidos para explicar o que não podem explicar, mas que foram encurralados. E estão andando na ponta dos cascos para não ferir o espetáculo do governo anterior.

UM JOGO DE ERROS QUE É PROPOSITAMENTE PARA INTIMIDAR OS NOVATOS

E esta afirmação da vereadora, mal checada porque acreditou nas pessoas que cercam o seu governo e estavam no anterior, foi demais para o vereador Roni Jean Muller, MDB, da Margem Esquerda e onde está o Sertão Verde. Roni é o sucessor do espólio dos Muller nos cargos que ocuparam no governo de Kleber e de Anhaia que deixou o curral eleitoral para eles. Roni que já foi secretário de Obras e Serviços Urbanos, mesmo sendo o seu primeiro mandato, é experimentado. Conhece como poucos as entranhas da política e dos corredores da prefeitura, onde não viu quase nada mudar do seu tempo. Sabia onde estava pisando. E partiu para o enfrentamento. Esticou a corda. E o governo do “delegado prefeito” Paulo, seus assessores e seus vereadores divididos, arregaram. Elisete ficou com o pincel na mão e com a fama de intrometida.

O que aconteceu?

Roni foi na prefeitura, no dia seguinte, na quarta-feira, e num vídeo audacioso feito de dentro da prefeitura, não deixou barato a denúncia da vereadora Elisete naquilo que, surpreendido, ele não pode rebater durante a sessão. Roni mostrou um papelinho, de duas linhas, que segundo ele, conseguiu na prefeitura em menos de um minuto, de um estagiário, confirmando que havia licenciamento ambiental para a obra do Sertão Verde. Estagiário? Eu, heim! Nem controlar os estagiários o governo do “delegado prefeito” Paulo consegue mais? E a serviço da esperteza da oposição? Ai, ai, ai.

Este “licenciamento” para a obra do sertão verde, adivinhem, foi dado por quem? Pelo ex-motorista de Kleber, Ezequiel Hintz, que quando ele se tornou titular, por brevíssimo período de Proteção e Defesa Civil. Foi nesse tempo que geólogo ACT da repartição saiu e entrou o engenheiro Ricardo Bernardino, primo de Kleber para trabalhar em par com Ezequiel. É o engenheiro quem vai responder as denúncias que se avolumam no Ministério Público, por ser o responsável técnico. Entenderam?

DO ESPETÁCULO À CORTINA DE FUMAÇA CRIADA PELO ATUAL GOVERNO

Não deu outra. com a munição dada pelo próprio governo do “delegado prefeito” Paulo, a turma de Kleber e Roni movimentou as redes sociais, como essa gente sabe fazer como poucos para alimentar suas bolhas e confundir a cidade.

A turma do Roni e do governo Kleber, iludindo o povo do Sertão Verde, acusaram a vereadora de não querer a obra. Ela fazia exatamente o contrário. Ao ir atrás da demora da execução da obra, descobriu da empreiteira, e de fontes da prefeitura, que além da falta de dinheiro, faltavam as licenças mínimas da própria prefeitura que deveriam ter sido expedidas ao tempo do governo de Kleber, candidato e vereador eleito Roni. que a culpa não era do “delegado prefeito” Paulo como queriam alguns.

Ora, se havia licença ambiental regular, completa como manda o figurino e não para uma simples, para emergência – como relatei no artigo de terça-feira no caso dos barreiros -, para algo tão complexo e que coloca em risco a vida de pessoas de uma comunidade sofrida e temorada pelo acidente do passado, por que só este ano é que a construtora veio pedir este licenciamento à prefeitura? Tudo nas coxas. Espetáculo. E de baixo nível. O próprio engenheiro que autorizou a obra, admite agora, que ela é complexa para ser licenciada ambientalmente. 

E para burlar esta complexidade é que os políticos do governo passado, usaram, mais uma vez a Defesa Civil aparelhada, instrumentalizada e enfraquecida tecnicamente para substituir esperta e irregularmente a Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da secretaria de Planejamento Territorial. Impressionante!

A vereadora Elisete, ainda sem a experiência dos que a desmentiam em nome do ex-governo, encurralada, foi dar na secretaria de Planejamento, e onde está a Superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, esta tocada por Ivan Borgonovo, vindo de Blumenau, bem como a titular da pasta e indicada pelo vice-prefeito Rodrigo Boeing Althoff, PL, Ana Paula Lapolli Isensee e que ilustram a foto de abertura deste artigo.

A vereadora Elisete descobriu mais do que denunciou: de que a licença que Roni diz ter para a Obra, não tem validade; de que não é a única licença que acoberta o que deveria ter passado pelos técnicos do secretaria e superintendência; e que este assunto o governo não quer ver discutido publicamente. Então, a vereadora, novata, vai apanhar exatamente por ter recebidos votos para mudar e querer isso. Até o fechamento deste artigo nesta manhã, a vereadora estava esperando esperando um ofício do governo esclarecendo tudo. Todos continuam reunidos, reunidos, reunidos. Que ela sente e descanse.

TUDO ESTÁ MUITO CONFUSO E TENDE A PIORAR

Encerrando. 

O que mesmo isto difere do que eu escrevi na sexta-feira da semana passada em O DESCOMPASSO DO SAMBA AMBIENTAL E PLANEJAMENTO URBANO EM GASPAR ESTÁ FERINDO DE MORTE OS ESPERTOS DE SEMPRE E VIVOS À SOMBRA DE QUALQUER PODER DE PLANTÃO e que deu tanto alvoroço em Gaspar, e principalmente, entre os que são os verdadeiros donos do poder na cidade há décadas? Eu não sabia – porque desconhecia até ver o vídeo acima –  que um desses casos daria na sessão de terça-feira na Câmara. Mais um assunto cabuloso, contraditório e capaz de provocar a ira dos poderosos do passado e do presente embutidos no poder de sempre. Este caso, como se viu até aqui, está recheado de falhas, mentiras e enrolações.

E como se vê ainda e espantosamente, até os estagiários trabalham para o governo que já saiu. Isto sem contar que a maior parte dos cargos chaves do atual governo ainda rende e abre corredores para os do antigo governo. O que significa isso? O que a cidade inteira sabe. Então, resta publicar fotos de solidariedade e apoio com o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, PL, com grandes chances de ser preso, para distrair e confundir a distinta plateia. As mesmas fotos, que na esperteza, fizeram os q que saíram dos cargos visíveis do poder de plantão em Gaspar e atuam fortemente nos bastidores. Credo.

A vereadora novata Elisete, defensora do atual governo, fez o papel dela e vai se diferenciando dos seus pares, pois até já arrumou, em tempo recorde, um ponto de ônibus especial para os alunos da escola da Margem Esquerda. Já reclamões viraram fiscais contra o governo e integrantes de mutirões madrugadores eternos. Será por que eles não se interessam em desnudar o passado da cidade com tanta propriedade e se estabelecer no esclarecimento e enfrentamento como fez Elisete? Muda, Gaspar!

TRAPICHE

O representante comercial I. O ex-prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, desandou a reclamar, denunciar e defender o seu projeto da empresa chamada de “Colaborativa Assessoria e Consultoria em Educação”. Ah, leitor e leitora não sabe o que é isto? É o tal “Google for Education” marqueteiro. E qual a razão do berreiro? É que a secretária de Educação, a educadora Andreia Simone Zimmermann Nagel, depois de conversar com o “delegado prefeito”, Paulo Norberto Koerich, PL, resolveu interromper à iniciativa que vinha entre nós como uma ferramenta de gestão e educação digital desde 2021.

O representante comercial II. Qual a razão desta interrupção? Prioridades com dinheiro escasso deixado exatamente pela antiga administração, apesar da obrigação da pasta ter que colocar na área 25% do Orçamento municipal nesta área. Com o R$1,7 milhão para a renovação anual deste programa tanto a secretária como o prefeito acreditam que possam dar melhor destino como o de reformar escolas, construir novas salas de aulas, ampliar as vagas em creches (demandadas agora por estímulo da oposição em ações na Justiça) e arrumar a parte elétrica e ares condicionados nas salas.

O representante comercial III. Finalmente, numa pasta vital para a cidade e o futuro das suas crianças, começa a se desenhar uma diferença entre o novo e o antigo governo. Kleber Edson Wan Dall, MDB, foi aquele que mesmo antes da pandemia teve uma queda brutal do Ideb e sua secretária de Educação, a também educadora, Zilma Mônica Sansão Benevenutti, MDB, mesmo assim, foi eleita, vereadora. Hoje é presidente do partido em desmanche. No segundo mandato, Kleber trouxe de Blumenau um curioso na área, irmão de templo e aparentado do deputado Federal, Ismael dos Santos, PSD, o jornalista Emerson Antunes, PSD. Ele é o “pai” do “Google for Education” em Gaspar.

O representante comercial IV. O que faz a interrupção do programa? Não é a vingança contra o antigo governo como quer fazer crer nas suas postagens o ex-prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mas as escolhas das prioridades, na visão do novo gestor da área e do município, diante de realidades cruéis e nas conversas com os pares da educação.

O representante comercial V. Falta dinheiro e a Educação de Gaspar, aos mais vulneráveis, os que não podem acessar o ensino privado, está sucateada, tanto no ambiente físico, operacional e até pedagógico. É preciso, por exemplo, implantar contraturnos e escola em tempo integral, do que acessos privilegiados ao “Google for Education”. Simples assim. É a busca pelo básico antes da sofisticação, ou a integração ao mundo virtual. Se o ex-prefeito com seus ex-secretários de Educação tivessem feito o básico, talvez um programa similar ou mesmo o “Google for Education” seriam bem-vindos.

O representante comercial VI. Kleber Edson Wan Dall, MDB, precisa ser mais claro nas suas queixas sobre este assunto. Onde está a perda que tanto alardeia, diante de tanta precariedade no básico e que deixou acumular em nossas escolas e no próprio ensino básico e creches. Ele está defendendo um método ou um negócio? Ou quer enquadrar o governo do “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL? Nesta área da educação, logo que saiu do governo Kleber recebeu a primeira invertida: o depósito de livros e materiais deteriorando-se. Quando quis reagir, viu que tinha um osso duro de roer. Muda, Gaspar!

Um chefe de gabinete de um executivo (seja ele político, numa missão ou numa empresa) tem antes de tudo um papel. E isto precisa, ser decidido e bem alinhado antes da escolha dele com o superior dele. Um chefe de gabinete pode ser um relações públicas que facilita caminhos, conversas, distensões e aproximações seletivas, ou necessárias; pode ser um operacional gabaritado, respeitado e que envia mensagens e cobra resultados pelo executivo, ou até, um anteparo ao chefe para as coisas ruins, problemáticas com problemáticos. É o que recebe ou a má notícia, esta com habilidade para que não respingue no chefe.

Em Gaspar, o chefe de Gabinete do prefeito, que já foi o chefe de gabinete de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e só por isso, deveria estar impedido num governo que diz que é o da mudança, Pedro Inácio Bornhausen, PP, ainda não disse a que veio. Parece que está curtindo no poder, a merecida aposentadoria do serviço público, onde a dinâmica já naqueles tempos era bem outra. Um chefe de gabinete – em qualquer estilo – precisa estar a frente do seu tempo para que não seja o chefe dele, atropelado pelo trem da história.

Ora, qual a razão de se ter um Chefe de Gabinete que acompanha o prefeito nas visitas que ele faz? O buraco no Gabinete é duplo: o do prefeito fora do Gabinete que não tem nesta ausência, alguém que segura as pontas e dá andamento à governança da Casa. Os que estão no poder e fora dele, mas lá já estiveram, já não perceberam isso. E os eleitos para mudar esta dinâmica caótica ou poética, ainda não.

A pergunta que não quer calar é: até quando o MDB catarinense vai enganar o governador Jorginho Melo, PL, que está cada vez mais sem parceiros para a corrida eleitoral de 2026? Vai se agarrar ao vitimismo do bolsonarismo ao ver muito provavelmente Jair Messias Bolsonaro, PL, sem condições de estar apto à corrida presidencial? Qual é mesmo a marca do governo de Jorginho para ser lembrado em 2026?

O mais longevo dos vereadores José Hilário Melato, PP, choramingou na primeira sessão da Câmara, como registrei aqui. O “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL, entendeu o recado. Já está empregando ou confirmando os nomes de Melato na administração municipal. Não só dele, mas o da vereadora Mara Xavier da Costa dos Santos, PP, e os de ex-vice-prefeito ao tempo de Adilson Luiz Schmitt, hoje no PL, o empresário Clarindo Fantoni, que está entregando o bastão para o seu filho Francisco.

A cidade, os ciumentos do PL e do União Brasil, bem como o Diário Oficial de Santa Catarina não me deixam escrever bobagens. Por, outro lado, atendido, José Hilário Melato, PP, está como canarinho na muda: deixou de cantar. Entretanto, matreiro, está alimentando a divisão entre os próprios vereadores que deveriam defender o governo do “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, PL. Acende a fogueira, corre para assistir o dano de longe. E se diverte. Muda, Gaspar! 

Caindo pelas tabelas I. Mais um que saiu do MDB de Gaspar. O funcionário efetivo, que já foi o bambam no governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, chegando a secretaria de Assistência Social e mais um, de uma dezenas de secretários de Saúde ao tempo de Kleber, Santiago Martin Navia, e mesmo assim teve pífia votação para vereador, anunciou a sua saída do partido depois de “20 anos de militância”.

Caindo pelas tabelas II. As poucos o caminho do MDB fica totalmente aberto para o vereador Ciro André Quintino. Ele sempre quis isso. Mas, não um ônibus esvaziado.

Na recente publicação do “Indicador de Capacidade Municipal em Proteção e Defesa”, no ministério de Desenvolvimento Regional, Gaspar saiu mal na foto. Também pudera: uma Defesa Civil politizada e local de cabide de empregos até para o ex-motorista ex-prefeito. Brusque foi a melhor no ranking catarinense, seguida de Blumenau.

Este é o desafio. Olhar os vizinhos como referência e se integrar num só sistema. Não precisa inventar nada. Em uma outra lista de 1.942 municípios como potenciais para deslizamentos, inundações e enxurradas, Gaspar aparece com possíveis 13.566 atingidos, numa população estimada de 72.570. É um índice muito alto.

O Conselho Tutelar está com apenas quatro conselheiros, depois que Gisela Goderdt pediu para sair. A obrigação são cinco. Então é preciso chamar a suplente. Se ela não quiser assumir ou não tiver mais ninguém habilitado pela eleição passada, é obrigatório haver uma eleição suplementar. Simples assim. O caso foi dar no Ministério Público de Santa Catarina.

Deputados vem a Gaspar. São recebidos no gabinete do “delegado prefeito” Paulo Norberto Koerich, e as vezes, com o vice Rodrigo Boeing Althoff, ambos do PL. Mas, perguntar não ofende? O que eles mesmos trouxeram de concreto ou se comprometeram com Gaspar e o atual governo, que está choramingando pelos cantos jurando que está sem caixa e encalacrado em dívidas deixadas pelo governo de Kleber Edson Wan Dall, MDB, e Marcelo de Souza Brick, PP?

Pelas fotos e vídeos, risos, declarações, e comentários que entopem as redes sociais desses políticos, sejam visitantes ou anfitriões, Gaspar parece está num mar de rosas. No fundo, ninguém fala: mas, está faltando projetos e prioridades para serem apresentadas aos que nos visitam e podem nos ajudar nos encaminhamentos nos tortuosos caminhos da burocracia de Florianópolis e Brasília.

Aliás, quem é mesmo o gerente de captação de recursos de Gaspar? É como montar uma empresa sem vendedores dos produtos. Outra coisa bem estranha e até humilhante, é o prefeito e outros receberem no gabinete, alardeando os fatos nas redes sociais, investidores privados, e na reunião estar ausente o secretário de Desenvolvimento, Renda e Turismo, o empresário Nelson Mário Küstner. Falha o gabinete. Falha a chefia de gabinete. Falha o ambiente institucional e político. Falha o próprio secretário.

Pegou de calças curtas o pessoal do paço municipal o artigo de terça-feira, O GOVERNO DE PAULO TERÁ MAIS DUAS JANELAS DE OPORTUNIDADES NA SEXTA-FEIRA, DIA 27, PARA PROVAR À CIDADE O TAMANHO DA TAL “HERANÇA MALDITA” QUE DIZ TER RECEBIDO DE KLEBER. A PRIMEIRA, A DA ENXURRADA, INEXPLICAVELMENTE, PERDEU-A Impressionante. Num governo estruturado, que veio para mudar, atrás de falhas do antigo, esta é uma peça chave para colocar os pingos nos ís e não ser pego de calças curtas por um artiguinho de um assunto preparado para passar batido. E talvez passe mesmo.

Tanto que já começaram os questionamentos sobre a titular da pasta da Fazenda e Gestão Administrativa Ana Karina Schramm Matuchaki Cunha. Questionada sobre os furos, ela e a equipe ainda não os encontraram. Está sempre ausente pasta não ser encontrada pelos credores e os pares de governo atrás de recursos e orientações. Esta tática possui prazo de validade. O que está pegando? São seus laços com a velha administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB, bem como os métodos.

Perguntar não ofende: não é melhor a Câmara de Gaspar montar um escritório de representação em Florianópolis? Toda a semana são caravanas de vereadores para lá, segundo eles, em busca de emendas parlamentares de baixo valor. Até quinta-feira já se tinham sido empenhados R$11.873,00 em diárias, sendo que deste total, R$1.300,00 para o campeão em diárias, Ciro André Quintino, MDB. Isto sem contar a assessora que leva para alimentar com fotos e vídeos à sua rede social. Muda, Gaspar!

A secretaria de Agricultura e Aquicultura de Gaspar produziu um relatório de atividades no mês de janeiro. Uma clínica, com o mesmo número de pessoas, produziria muito mais e lucraria. Se Elon Musk estivesse aqui, esta e outras já estariam fechadas por serem improdutivas. Muda, Gaspar!

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22 comentários em “A SAFRA VAI TERMINAR. AS FRUTAS ESTÃO CAINDO DE MADURO E O “NOVO” GOVERNO DE GASPAR ESTÁ DESPREZANDO-AS. SE CONTINUAR ASSIM, CHEGARÁ UM TEMPO EM QUE VAI PASSAR FOME”

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  2. QUANDO A INEXPERIÊNCIA TEM UM PREÇO ALTO: LIÇÕES ALÉM DA VISÃO, por Aurélio Marcos de Souza, advogado, ex-procurador geral do município de Gaspar (2005/08), graduado em Gestão Pública, pela Udesc.

    No início de 2024, como de costume, renovei minha carteira de motorista. Tudo correu bem, inclusive o exame de visão obrigatório, que não apresentou nenhum problema. Achei que estava tudo resolvido. No entanto, algumas semanas depois, comecei a sentir um desconforto no olho direito. Minha visão ficou embaçada em alguns momentos, e atividades simples, como ler mensagens no celular ou dirigir à noite, tornaram-se um desafio.

    Preocupado, procurei um oftalmologista na minha cidade. Ele fez os exames de rotina e me prescreveu lentes multifocais, afirmando que essa seria a solução. Confiante, segui sua recomendação, comprei os óculos e aguardei a melhoria. Mas os dias passaram, e as dificuldades persistiram. Em alguns momentos, parecia até pior.

    Voltei ao mesmo médico. Após uma nova consulta, ele disse que meu grau havia aumentado e me receitou novos óculos. Sem muita opção, fiz outro investimento. Comprei dois pares: um para o trabalho e outro para casa, na esperança de me adaptar. Mas algo ainda não estava certo. A sensação era de que eu estava tentando resolver um problema com a ferramenta errada.

    Foi durante uma conversa casual com um colunista político da minha cidade que tudo mudou. Contei sobre minha frustração com a visão, e ele, para minha surpresa, disse que havia passado por algo semelhante. Comentou que havia encontrado um oftalmologista mais experiente em Blumenau e me indicou seu nome. Fiquei pensativo: SERÁ QUE VALERIA A PENA TENTAR?

    Decidi marcar uma consulta. No dia agendado, expliquei ao novo médico tudo o que havia acontecido, apresentei os exames e os óculos que já haviam sido comprados. Antes mesmo de iniciar os testes, ele olhou o nome do primeiro médico e comentou que se tratava de um profissional recém-formado. Não desmereceu seu trabalho, mas ressaltou que, na oftalmologia, assim como em muitas áreas, a experiência faz toda a diferença.

    Ele então realizou uma consulta detalhada, com exames que o primeiro médico não havia feito. Depois de quase uma hora de avaliação, veio o diagnóstico: catarata em ambos os olhos. A correção não seria feita com óculos, mas sim com cirurgia para substituição do cristalino. Fiquei surpreso. Como um problema tão sério passou despercebido anteriormente?

    As cirurgias foram marcadas para janeiro e, agora, em fevereiro, estou finalizando minha recuperação. Minha visão voltou ao normal, e finalmente posso enxergar com nitidez novamente. Mas ficou um gosto amargo: o prejuízo de mais de R$ 12 mil em óculos que não servem para nada. Nem sequer posso doá-los, pois cada grau é único.

    Essa experiência me fez refletir profundamente. Quantas vezes confiamos cegamente em um título, em uma posição ou em um diploma, sem questionar a experiência e a competência real por trás disso?

    O diploma é fundamental, mas não faz um profissional. O que realmente diferencia alguém competente é a prática, o aprendizado com o tempo e a capacidade de enxergar além do óbvio. O primeiro médico não foi necessariamente incapaz, mas talvez ainda não tivesse maturidade profissional para identificar um problema que um especialista mais experiente detectou de imediato.

    Isso acontece em todas as áreas. Um engenheiro recém-formado pode errar um projeto e comprometer uma obra inteira. Um advogado inexperiente pode perder um caso por não prever uma estratégia melhor. Um professor sem vivência pode ensinar de forma mecânica, sem realmente preparar seus alunos para a realidade.

    Agora, pense na política. O que acontece quando alguém sem preparação assume uma carga de grande responsabilidade? Ao contrário de outras profissões, onde os erros podem ser corrigidos com o tempo, na administração pública as falhas impactam diretamente na vida de milhares de pessoas.

    NÃO HÁ COMO FAZER TESTES. NÃO HÁ LABORATÓRIO. NÃO HÁ ESPAÇO PARA APRENDIZADO BASEADO EM ERROS.

    Um erro médico pode custar uma vida. Um erro de engenharia pode comprometer uma estrutura. Um erro político pode comprometer o futuro de uma cidade inteira.

    Portanto, antes de depositar confiança cega em títulos, discursos ou promessas, é essencial analisar a trajetória, a experiência e os resultados concretos de quem almeja ocupar uma posição de responsabilidade. Algumas escolhas equivocadas têm um custo elevado – não apenas financeiro, mas também em qualidade de vida, oportunidades perdidas e, em muitos casos, no futuro de toda uma sociedade. A experiência não é um mero detalhe; é a base que sustenta decisões acertadas e evita consequências irreparáveis. Escolher bem não é apenas uma questão de preferência, mas de responsabilidade coletiva.

    Sem me tornar coadjuvante da história acima. Sou septuagenário. Há décadas tenho (tinha, se você ler até o fim) o mesmo médico oftalmologista, que visito a cada três anos ou mais, ou menos quando sinto que estou em dificuldades para enxergar ou devo ser responsável comigo mesmo na saúde. Na última consulta, ele foi taxativo: você precisa ser operado para eliminar as cataratas em ambos os olhos. Caro. Mais de R$25 mil com a lente de primeira, pois outra não aceitava, (sem contar vários exames suplementares, outras consultas e anestesia). A cirurgia seria feita por outros da mesma clínica. Tudo a partir daí, bem impessoal e giravam em cifrões. Condoído devido a relação longuíssima, resolvi testar uma segunda opinião: o oftalmologista da minha mulher e filhos quando eu ainda era responsável por eles. Diagnóstico. Nada de catarata. Só refação de lentes, também caras, mas infinitamente menor do que já tinha gasto e do que gastaria (sem contar riscos reais de infecções) da cirurgia. E os dois eram experientes. Um afamado. Outro não. Mais, raiz, inclusive no relaciomento médico-paciente.

  3. A DENÚNCIA DA PGR EXAGEROU NO “ANUIU”, por Elio Gaspari, nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo

    A denúncia do procurador-geral Paulo Gonet é esmagadora até a página 127, quando passa a relatar fatos do dia 9 de novembro de 2022. Naquela manhã, o general da reserva Mario Fernandes imprimiu, no Palácio do Planalto, o plano Punhal Verde Amarelo. Ele previa atentados contra Jeca (Lula, presidente eleito), Juca (Geraldo Alckmin, vice-presidente) e Joca (“eminência parda” de Lula, que ainda não foi identificado).

    A denúncia da PGR diz que o plano foi impresso “para apresentação a Jair Messias Bolsonaro e seu endosso” e vai adiante, com outro assunto. Muito antes (página 19), a PGR havia tratado do Punhal, dizendo que “o plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu”.

    Como disseram os repórteres Cézar Feitoza, José Marques, Marcelo Rocha e Ranier Bragon, o “anuiu” fica pendurado numa fala do general da reserva Mario Fernandes. Ele era o Secretário-Geral interino da Presidência e esteve no Palácio da Alvorada na tarde do dia 9. A Polícia Federal, no seu imenso relatório, afirmou apenas que Bolsonaro soube do plano, mas não deu o passo seguinte. O “anuiu” da PGR fará a festa da defesa do ex-presidente.

    O tenente-coronel Mauro Cid disse em sua colaboração, em dezembro passado, que “eu não tenho ciência se o presidente sabia ou não do plano que foi tratado, do Punhal Verde Amarelo, e se o general Mario levou esse plano para ele ter ciência ou não”.

    Fica difícil admitir que Bolsonaro “anuiu”, sem que seu chevalier servant soubesse.

    A principal testemunha de que Bolsonaro armava um golpe é Jair Messias Bolsonaro. Os fatos arrolados pela CPI Mista do Congresso, pela Polícia Federal e pela PGR provam isso à saciedade, sempre entre aspas.

    Fora das aspas, faltou ao golpe de Bolsonaro general Mourão. Nada a ver com o senador Hamilton, vice-presidente do ex-capitão. Quem faltou foi o general Olympio Mourão Filho, que no dia 31 de março de 1964 decidiu depor o presidente João Goulart. Naqueles dias existiam uns dez núcleos de conspiradores que mal se comunicavam. (O general Castello Branco conspirava, mas passou parte da manhã do dia 31 tentando dissuadir Mourão.)

    João Goulart achava que tinha um dispositivo militar. Bolsonaro, nem isso. Todos os planos golpistas de 2022/23 floresciam no palácio, onde generais comandam motoristas. Lula havia sido eleito, e nenhuma unidade se rebelou. Até o almirante Garnier, que ofereceu sua tropa, ressalvou que só se mexeria se o Exército saísse dos quartéis. (No século dos golpes, o único presidente eleito que não assumiu foi Júlio Prestes, em 1930.)

    A cereja do bolo das mil páginas do relatório da Polícia Federal e das 272 da denúncia da PGR é o triplo atentado contra Jeca, Juca e Joca. Se ele ocorresse no dia 15 de dezembro, quando Kids Pretos campanavam Alexandre de Moraes, Jeca estava em São Paulo. Ademais, o plano Punhal Verde Amarelo é vago como um boato ao falar que Lula poderia ser envenenado num hospital. Quando?

    Quem conhece as dobras das togas dos ministros do Supremo, vaticina: a denúncia será aceita e muitos serão os condenados. Resta saber que valor será dado à delação complementar e tardia do tenente-coronel Mauro Cid de novembro de 2024.

    Noves fora essa lombada o caso não terminará com anulações, como vem sucedendo aos sentenciados pela Lava-Jato. O modelo será parecido com as condenações do mensalão, que acabou em cadeias.

    Jair Bolsonaro ainda tem bons advogados, o general Mario Fernandes precisa fazer a mesma coisa.

    ALEXANDRE DE MORAES

    De um sábio, que conhece o ministro Alexandre de Moraes:

    “Quem está lidando com ele deve lembrar que, desafiado, Alexandre dobra a aposta”.

    O DILEMA DE TARCÍSIO

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a repetir que não será candidato à Presidência em 2026. Como tem boas chances de conseguir a reeleição, deve-se admitir que seja isso mesmo. No entanto, as circunstâncias estão fora do seu controle.

    Com Bolsonaro condenado e Lula indo mal nas pesquisas, o cavalo passará encilhado na sua porta. Ademais, o ex-capitão, a quem ele deve uma meteórica carreira política, poderá pedir-lhe que entre na disputa.

    Se Tarcísio mudar de opinião, só revelará seu plano na segunda metade do segundo tempo.

    RECORDAR É VIVER

    Lula assumiu queixando-se da “vergonhosa fila do INSS, outra injustiça restabelecida nestes tempos de destruição”. Um mês depois, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou que, até o fim de 2023, todos os pedidos seriam atendidos “em até 45 dias”.

    Em novembro do ano passado, a fila do INSS tinha 1,985 milhão de pedidos, aproximando-se do estoque a 2,4 milhões, registrado durante o governo de Bolsonaro.

    Com um desempenho desse tipo, de nada adianta recorrer a marqueteiros.

    COP-30

    Os organizadores da COP-30 planejam levar para o Rio de Janeiro algumas atividades da conferência.

    Essa seria uma forma de desafogar a pressão sobre a infraestrutura de Belém.

    LULA E A CARESTIA

    Alguém precisa avisar Lula de que ele já falou pelo menos dez vezes na carestia dos alimentos sem que uma só de suas frases fizesse sentido. Falando do preço dos ovos prometeu fazer uma reunião.

    MAIS UMA

    Do nada não sai nada

    Do nada, começou a circular o nome de Geraldo Alckmin como candidato a presidente, caso Lula resolva não disputar.

    Com vento a favor. O atual vice-presidente poderia ampliar o arco de alianças de um governo que sofre erosão na popularidade. Com mais de dois anos na vice, mostrou-se um parceiro leal. Até mesmo na digestão de sapos.

    Com vento contra, teria que convencer os companheiros do PT a aceitar a ideia, coisa que, hoje, beira o impossível.

    A CABEÇA DE BOLSONARO

    Quando a colaboração do tenente-coronel Mauro Cid trata do comportamento de Jair Bolsonaro na trama golpista, revela sua alma política. É no caso das joias sauditas que surge a alma doméstica do ex-capitão, encrencado no Exército porque meteu-se num garimpo e comerciava bolsas fabricadas com material de paraquedas.

    Tratando dos presentes recebidos na Arábia Saudita, Mauro Cid contou:

    — Ele pediu para verificar quais seriam os presentes que poderiam ter algum valor. A maneira mais fácil de quantificar seria pelos relógios, por causa da marca e tudo, então eu fiz um levantamento e (…) a gente viu qual relógio poderia ser quantificado, qual podia ter realmente algum valor. Nessa relação, o Rolex estava entre eles. Apresentei essa lista (ao presidente) e ele falou: “pô, bicho, vamos tentar vender isso aí?”.

    (…)

    Eu falei o problema é a exposição midiática, não é ilegal, mas vai acabar sendo imoral. E se vaza vai dar problema: “Não, bicho, vê lá quanto dá isso aí”.

    Deu no que deu.

  4. TRAIÇÃO AMERICANA, por Lourival Sant’Ana, no jornal O Estado de S. Paulo

    Os movimentos de Donald Trump não podem ser entendidos da óptica convencional da geopolítica. As motivações comuns são o colonialismo mercantilista, a ideologia iliberal e nativista.

    Trump tentou impor a Volodmir Zelenski pagamento de US$ 500 bilhões e 50% de todas as receitas provenientes de minerais raros, gás, petróleo, portos e o resto da infraestrutura da Ucrânia.

    No Tratado de Versalhes, em 1919, os aliados impuseram à Alemanha reparação de guerra equivalente a 200% do PIB alemão. Os US$ 500 bilhões representam 264% do PIB ucraniano. A Alemanha foi a agressora na 1.ª Guerra. A Ucrânia é vítima da agressão russa.

    A ajuda americana à Ucrânia somou US$ 175 bilhões, dos quais US$ 75 bilhões, destinados à compra de armas americanas. Como fica claro no confisco de 50% por tempo ilimitado, não é reembolso, mas exploração colonial de um país fragilizado.

    Ao dividira Ucrânia entre EUA e Rússia, Trump repete o pacto secreto de 1939 entre Adolf Hitler e Josef Stalin, que dividiu a Polônia. Dois anos depois, Hitler ocupou o restante da Polônia e invadiu a URSS. Trump assume postura colonialista também ante o Canadá, Groenlândia, Panamá e Gaza.

    As sanções de Trump remetem à era mercantilista, quando exportar era proveitoso e importar, danoso. Isso é incompatível coma economia globalizada. Os produtos industriais dos EUA e dos outros países se aproveitam das importações de partes e componentes da cadeia de valor.

    Depois de eliminar taxa de US$ 9 sobre veículos na região central de Nova York, Trump publicou em sua rede Truth Social: “Longa vida ao rei”. A Casa Branca reproduziu a postagem no Twitter e Instagram, com imagem do presidente usando coroa de rei. Ele cultiva uma autoimagem imperial.

    A identificação de Trump com líderes autoritários também explica seus movimentos. Ele tem elogiado Xi Jinping e Vladimir Putin, buscando se aproximar de ambos, como fez em seu primeiro governo.

    O vice, J.D. Vance, discursou em Munique que a ameaça não são a China e a Rússia, mas o liberalismo europeu. Trump se recusa a defendera Europa, mas promete manter 10 mil soldados americanos na Polônia, cujo presidente, Andrzej Duda, é um nacionalista conservador.

    Depois da 2.ª Guerra, os EUA firmaram alianças com Europa, Japão e Coreia do Sul para não ter de enfrentar os inimigos em território americano.

    Ao abandonar aliados e se unira adversários, T rump anula a confiabilidade dos EUA, trai seus interesses e a causa da liberdade.

  5. Sem deter crimes, criminosos e quadrilhas especializadasem nichos ou amplas redes de golpes, negócios desonestos e fora da lei, os governos e especialmente os da esquerda do atraso e o PT avançam em cada vez mais pesados impostos on line e quase sem canais de contestações

    A “FORMALIZAÇÃO” DO CRIME ORGANIZADO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

    O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mapeou, pela primeira vez, o impacto econômico do crime no País. O estudo Rastreamento de Produtos e Enfrentamento ao Crime Organizado no Brasil apresenta um impressionante diagnóstico da ramificação da bandidagem em mercados formais e traz também uma série de recomendações.

    Os valores estimados pelo relatório impressionam, e quatro setores chamam mais a atenção. Com base em dados coletados pelos pesquisadores a partir de 2022, chegou-se à estimativa de que o crime organizado movimenta R$ 146,8 bilhões por ano com combustíveis, bebidas alcoólicas, ouro e cigarro.

    Mas há ainda mais 18 setores em que as facções se ramificaram, como transportes, imobiliário, pesca, e roubo de celulares e golpes virtuais. Aliás, este último tem receita de R$ 186 bilhões por ano.

    O foco dos pesquisadores, porém, foram os maiores mercados lícitos contaminados pelo crime organizado. Isso não significa que o tráfico de drogas tenha perdido relevância, mas tão somente que nos setores formais a bandidagem encontrou novas frentes de atuação e vastas fontes de receita.

    A cocaína não é nada desprezível para o crime, haja vista que por ano esse entorpecente movimenta R$ 15 bilhões. Como explicou o presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima, ao Estadão, a infiltração nos mercados lícitos, usados inicialmente para a lavagem de dinheiro do tráfico, gerou “receita tão grande que a droga deixou de ser o negócio mais rentável, ainda que não tenha deixado de ser o principal”.

    E prova disso é que facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) não abrem mão de exportar cocaína por portos de norte a sul do País, com destino a mercados bilionários, como o europeu. Mas enquanto o tráfico de drogas dá suporte às facções criminosas em sua expansão desenfreada por territórios, onde impõem “leis” e amedrontam a população, o contágio de setores formais propicia influência econômica e política aos criminosos, que não à toa tentam influenciar eleições.

    Há muita audácia, sofisticação e versatilidade do crime. Da perspectiva econômica, a presença no mercado de combustíveis e lubrificantes, por exemplo, já se dá de ponta a ponta da cadeia, passando por refino, distribuição e comercialização dos produtos, além de adulteração. Na venda de cigarros, há efeitos na saúde, além de farta sonegação. Já no mercado do ouro, são inegáveis os impactos ambientais em razão dos garimpos ilegais na Amazônia.

    Tanta influência do crime organizado em tantos setores econômicos acarreta prejuízos gigantescos e variados ao País. Além da retroalimentação do financiamento dos negócios do crime organizado, há perdas bilionárias de arrecadação de governos municipais, estaduais e federal em razão de fraudes tributárias e evasão fiscal.

    Ademais, segundo Renato Sérgio de Lima, presidente do FBSP, o avanço desses negócios ilícitos pode levar o Brasil a uma espécie de “mexicanização”. Isso porque, no México, o crime organizado já é o maior empregador do país. De acordo com ele, embora o Brasil ainda esteja longe dessa degeneração, o risco é real, uma vez que, “em algumas regiões, como a Amazônia, isso já acontece”.

    Para que esse processo seja revertido, exige-se uma resposta do poder público à altura do problema. E os pesquisadores do fórum, além de o diagnosticarem, apontam remédios. Entre eles estão governança integrada e interinstitucional que reúna segurança pública, sistema de Justiça, meio ambiente, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), com coordenação e inteligência entre os níveis federal, estadual e municipal para a adoção de ações eficazes; cooperação internacional por meio de acordos multilaterais e bilaterais para troca de informações e realização de operações conjuntas; e atualizações legislativas que garantam o rastreamento de produtos, com uso de novas tecnologias.

    Às autoridades brasileiras resta pouco tempo para agir diante de um dos maiores desafios da atualidade. Mas há saídas.

  6. O PODER DE DESTRUIÇÃO DE TRUMP, por Carlos Alberto Sardenberg, no jornal O Globo

    O iPhone é projetado pelos engenheiros da Apple na sede da empresa, na Califórnia. O projeto vai para a China, onde duas companhias se encarregam da montagem dos aparelhos, Foxconn e Pegatron. Elas têm fábricas espalhadas por sete cidades. Uma delas, Zhengzhou, é conhecida como “iPhone city”. A fábrica lá pertence à Foxconn e é a maior produtora mundial desse celular. Em Chengdu, a companhia produz os iPads. A Pegatron tem em Xangai sua maior montadora de iPhones. As duas empresas construíram fábricas noutros países (Índia, Vietnã, Taiwan, Indonésia, México, República Tcheca) para diversificar a produção de celulares. Nelas também montam peças e componentes. Só a Foxconn tem uma unidade nos Estados Unidos.

    Essas fábricas não fazem tudo. São montadoras. Importam partes (chips, fios, telas, softwares etc.) de produtores instalados basicamente na Ásia, mas também noutras regiões. É o que se chama de ecossistema global. A própria Apple informa que seus iPhones, iPads, computadores e relógios resultam do trabalho de milhões de pessoas, em mais de 50 países. Isso incluído todo o ciclo: projeto, produção de componentes, montagem, distribuição, vendas, serviços técnicos e reciclagem.

    Um microchip de última geração, do design ao produto final que será instalado em algum eletrônico, passa por dezenas de empresas dos Estados Unidos (onde se concentra a criação dos projetos, a inteligência), Holanda, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Taiwan, entre os principais. Quando presidente, Barack Obama chamou para uma conversa o CEO da Apple, Tim Cook. Queria saber se era possível montar um iPhone nos Estados Unidos. Não dava, explicou Cook. E, se desse, levaria mais tempo e sairia muito mais caro.

    A indústria automobilística também é um ecossistema. Nenhum automóvel é produzido e montado num único país. Não raro, um componente cruza fronteiras várias vezes. Há um tipo de aço que o Brasil exporta para os Estados Unidos. De lá, vai para o México, é instalado num automóvel que pode ser vendido nos Estados Unidos ou no Brasil.

    O nome disso é globalização, construída ao longo das últimas décadas. É isso que o presidente Donald Trump ameaça destruir ao iniciar sua guerra de tarifas. Há poucas semanas, ouvimos Trump afirmar que os Estados Unidos não precisam dos carros produzidos no Canadá, que poderiam ser feitos em seu país. Executivos da indústria automobilística disseram que era impossível. E que as tarifas de 25% sobre Canadá e México produziriam um desastre no setor: a desorganização da produção, que se tornaria mais lenta e mais cara.

    Nesta semana, o tema entrou na pauta do Federal Reserve, ou Fed, o banco central dos Estados Unidos. Na ata em que explica a manutenção da taxa de juros em 4,5% ao ano (alta para os padrões americanos), o Fed citou possíveis efeitos inflacionários da política comercial (leiam-se tarifas) e de imigração. Produtos tarifados ficam mais caros.

    Quanto à imigração, é o seguinte: há cerca de 11 milhões de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos. Ao contrário do que diz Trump, eles não estão lá usando ou vendendo drogas, cometendo crimes e comendo os gatos das famílias americanas. Trabalham em diversos setores — comércio, serviços, nas fazendas. Hoje, diz o Fed, o mercado de trabalho está equilibrado. Todo mundo que quer está trabalhando. Se forem retirados milhões de imigrantes, faltará mão de obra. E isso atrasa e encarece a produção.

    Se tudo isso parece tão óbvio, por que Trump insiste nas duas políticas? Ninguém consegue descobrir. As tarifas sobre produtos mexicanos foram suspensas porque o governo do México prometeu policiar a fronteira e bloquear a passagem de imigrantes. Então era uma espécie de punição? No caso do Canadá, o governo prometeu coibir o tráfico de fentanil — e as tarifas também foram suspensas. As tarifas sobre China e Europa se explicariam porque os Estados Unidos acreditam ser roubados.

    É esse o presidente do país mais poderoso, que pode produzir um desastre econômico e geopolítico. Ou recuar, como já fez outras vezes. Mesmo assim, já há danos.

  7. O povo cada vez mais trouxa e inchado de pesados impostos cobrados on line sem chances de contestações, tudo para sustentar as sacanagens até dos que dizem representantes desse mesmo povo

    “PEC DA BLINDAGEM” É INICIATIVA OPORTUNISTA E SEM CABIMENTO, editorial do jornal O Globo

    Na esteira das investigações deflagradas para jogar luz sobre desvios nas emendas parlamentares, cresceu a pressão na Câmara para que seja resgatada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sintomaticamente alcunhada “PEC da Blindagem”. Numa reação corporativista de autodefesa, parlamentares querem incluir na Constituição limites ao trabalho de órgãos responsáveis por averiguar desvios no uso do dinheiro público. Além de iniciativa oportunista, seria uma manobra inaceitável com o simples objetivo de livrar a cara dos suspeitos de desvios.

    No final do ano passado, o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a suspender o pagamento de emendas, depois o liberou mediante certas condições. Houve um compromisso entre Legislativo e Executivo para dar transparência aos repasses. O que o Congresso aprovou, contudo, foi insuficiente. Agora, Dino determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) audite R$ 469 milhões enviados diretamente ao caixa das prefeituras sem indicação de destino nem de responsável pelo gasto — modalidade conhecida como “emenda Pix”. Além disso, tramitam no STF pelo menos 20 investigações sobre suspeitas de desvios nos cerca de R$ 50 bilhões em emendas no ano passado.

    Num desses casos, Dino determinou diligências para checar a possibilidade de um assessor próximo ao deputado Afonso Motta (PDT-RS) ter cobrado propina sobre uma emenda de pouco mais de R$ 1 milhão, enviada ao hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS). Na semana passada, agentes da Polícia Federal (PF) cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em Brasília, na cidade do hospital e noutros quatro municípios gaúchos. Na terça, o assessor foi exonerado.

    Foi o bastante para congressistas ressuscitarem uma PEC que impõe necessidade de autorização prévia do Congresso para deputados e senadores serem investigados; acesso irrestrito aos inquéritos, mesmo a trechos sob sigilo, e prazos mais rígidos para conclusão das investigações. É nítida a intenção de dificultar ao máximo as averiguações sobre os parlamentares. Em 2021, a “PEC da Blindagem” foi deixada de lado diante de divergências e pressões do Judiciário. Tenta-se desengavetá-la agora, justamente quando avançam as apurações sobre as emendas.

    O texto é tão descabido que o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), sugeriu que se encontre um equilíbrio entre preservar os espaços institucionais e o combate à corrupção. Ele propôs que o novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), faça um “ajuste fino” com o STF. Mas não é admissível que, entre as prerrogativas necessárias para qualquer parlamentar exercer o mandato, se incluam dispositivos que convertam os gabinetes do Congresso em santuários blindados contra o Código Penal, como se os congressistas estivessem sempre acima de qualquer suspeita. Não custa lembrar: o principal interessado em investigar os escândalos é o próprio Parlamento, cuja imagem ficará ainda mais manchada se a PEC passar a tramitar.

  8. ESTE É O PL, ESTE É O BOLSONARISMO, PARASITAS DO DINHEIRO PÚBLICO E QUE DIZEM SER DIFERENTE DO PT

    Manchete desta sexta-feira do portal UOL. O filho mais novo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, Renan, forasteiro – que os de Balneário Camboriú tiveram a pachorra de elegê-lo vereador sem expressão e sumo, ambos PL, foi ao encontro nacional do partido com verbas da Câmara Municipal. É legal? Pode ser. Mas, é a cara da hipocrisia dessa gente que diz ser diferente ao que está aí e do que o PT pratica na cara dura por décadas. O que vai mudar mesmo com essa gente. Aliás, quando o pai foi presidente, só confusão e que perdura até hoje e é alvo de apurações cabulosas. E tem gente daqui tirando fotos, associando-se ao pior, só para agradar a bolha e criar cortina de fumaças naquilo que deveria ter sido feito e ainda nem sabe como vai começar.

  9. SACO DE PANCADAS

    Enquanto o “novo” governo de Gaspar for traído até por estagiários que continuam trabalhando para o “antigo” governo, este “novo” não tem autoridade nenhuma para buscar na cúpula quem são os supostos vazadores de informações à mídia – e adversários – que o “novo” gostaria de ver escondida do povo, para disfarçar que ainda não assumiu de verdade o que as urnas pediram: mudanças. Quase tudo o que gerencia o “novo” governo é do tempo do rejeitado Kleber Edson Wan Dall, MDB. Simples assim.

  10. O DILEMA DO POLÍTICO DE RABO PRESO: O ANALFABETO FUNCIONAL E A ESTRUTURA PÚBLICA, por Aurelio Marcos de Souza, advogado, ex-procurador geral do município (2005/08), graduado em Gestão Pública pela Udesc, artigo extraído das suas redes sociais

    Ah, ele não surgiu como salvador da pátria — longe disso. Ele era apenas mais um na máquina pública, um funcionário que estava jogando o jogo, mas, na verdade, estava sendo jogado. Um analfabeto funcional da política, acreditando que suas manobras astutas ou levariam ao topo, sem perceber que era apenas um peão no tabuleiro de alguém maior. Ele usou uma estrutura pública que fazia parte, achando que estava ganhando, mas, no fim, foi usado — e deixou seu rabo preso no processo.

    Agora, ele está lá, no legislativo, sentado entre os outros, tentando se esconder atrás de discursos vazios e votos estratégicos. Ele não é o protagonista da história; é o coadjuvante que você acha que pode virar herói. Mas o passado o persegue, e ele sabe que, a qualquer momento, o rabo preso pode ser puxado, revelando tudo o que ele tentou esconder.

    No início de seu mandato, ele tenta se manter discreto, evitando chamar atenção. Afinal, é cedo demais para grandes movimentos. Ele sabe que precisa construir uma imagem de competência e confiança, mas também sabe que cada passo em falso pode ser fatal. Então, ele se esconde atrás de pautas seguras, evita polêmicas e tenta se adaptar ao cenário, como quem não quer nada.

    Mas o dilema já se impõe. Para garantir mais quatro anos de mandato — ou seja, mais quatro anos de imunidade —, ele precisa aparecer, mostrar serviço, se vender como indispensável. Mas aqui está o problema: se ele se expõe demais, pode acabar chamando a atenção para aquilo que sempre quis esconder. Se fica na sombra, bem… corre o risco de se tornar irrelevante, um mero figurante no palco da política, vendo seu poder escorregar pelos dedos como areia num punho furado.

    O silêncio o protege, mas também o isolamento. A exposição pode garantir a reeleição, mas traz consigo o risco de cobranças, investigações e — oh, céus! — verdades inconvenientes. Então, ele dança nessa corda bamba, equilibrando-se entre a necessidade de ser visto e o medo de ser descoberto. Um verdadeiro malabarista da hipocrisia.

    A política, em tese, deveria ser o espaço da representação, da luta por ideais, do compromisso com aqueles que depositam sua confiança em um voto. Mas, para o político de rabo preso, o jogo é outro. Seu mandato não é um serviço público; é um escudo, uma trincheira contra o passado que insiste em assombrá-lo. Sua preocupação não é o futuro do povo, mas a sobrevivência da própria carreira — ou melhor, da própria pele.

    E assim, ele segue, calculando cada passo, evitando confrontos, apostando que o tempo e a memória curta da população trabalham a seu favor. Afinal, quem se lembra do escândalo de ontem quando há um novo escândalo hoje? Ele joga com a esperança de que, no fim das contas, ninguém vai ligar. Mas até quando? Essa resposta não depende dele, mas de quem o observa, de quem questiona, de quem decide se ele merece mais uma chance — ou se, finalmente, será relegado ao ostracismo, um político de um mandato só, esquecido como tantos outros que vieram antes.

    E você, já viu essa história se repetir? Claro que sim. É o ciclo vicioso da política: promessas vazias, segredos bem guardados e a eterna ilusão de que, um dia, alguém realmente aprenderá com os erros do passado. Mas enquanto existirem políticos de rabo preso, haverá uma placa disposta a esquecer, o relevante, a dar mais uma chance. Até que o próximo escândalo estoure, o próximo nome surja e o espetáculo recomece — sempre com novos atores, mas com o mesmo roteiro de sempre.

  11. As audiências públicas do dia 27 próximo poderão esclarecer a cidade o tamanho da herança maldita, mas também será uma oportunidade do governo do delegado demonstrar que a cidade mudou de administração, porque até agora o que vemos é um mais do mesmo.
    Mas não acredito que isso irá acontecer, as metas fiscais serão apresentadas por quem já foi do governo passado, e as da saúde por alguém que ou comandou esta importante área nos 8 anos passados ou esteve “aÇessorando” quem estava a frente.
    O que veremos nesta oportunidade é a mentira cair. E nem vai precisar o ex-prefeito e seu último secretário da fazenda estarem lá para fazer sua defesa, os atuais chefes das pastas possuem condições para isso.
    O delegado precisa entender que não é a herança maldita, e sim a continuidade é maldita.

  12. Aurelio Marcos de Souza

    Bom Dia, Herculano e leitores.

    Gostaria de esclarecer e deixar muito claro que nunca dei procuração para ninguem falar em meu nome “Aurelio Marcos de SOUZA”, seja em qual for o foro. Porque se eu tiver que falar algo ou me posicionar sobre algo, assim eu farei, e ponto final.
    É bom que fique bem claro que me pautei e busquei pautar os meus filhos, sobrinhos, irmãs e esposa pelo caminho mais certo possivel, o da autonomia pelo estudo, a fim de que os mesmos alcance a mesma autonomia que sempre corri atras.
    Hoje quando falo em Direito, Educação Fisica, Adminstraçao Pública e alguma coisa de engenharia, é porque sentei e continuo sentado em banco univesitário, correndo atrás de conhecimento, e não o faço de forma impirica com base mais puro achismo.
    Só lembrando, que também poderia estar falando em medicina, mas como minha idade não permitiu frequentar o curso na UFSC, depois de ter sido aprovado no Enem de 2023, cuja a convocação ocorreu em 2024, assim não o faço.
    Então Caro Herculano e leitores, eu Aurélio Marcos de SOUZA quando quero falar não mando interlocutores ou represenantes para falar em meu nome. OK
    De resto como diria um ex vice prefeito de nossa cidade “TOCA PRA FRENTE e Vida que segue”

    1. É bem isso. Todos bem perdidinhos. E igualam os críticos a turma deles, que vivem de pires na mão mendigando uma nomeação remunerada para vender o aplauso

  13. Aurelio Marcos de Souza

    Bom Dia, Herculano e leitores.

    Gostaria de esclarecer e deixar muito claro que nunca dei procuração para ninguem falar em meu nome “Aurelio Marcos de SOUZA”, seja em qual for o foro. Porque se eu tiver que falar algo ou me posicionar sobre algo, assim eu farei, e ponto final.
    É bom que fique bem claro que me pautei e busquei pautar os meus filhos, sobrinhos, irmãs e esposa pelo caminho mais certo possivel, o da autonomia pelo estudo, a fim de que os mesmos alcance a mesma autonomia que sempre corri atras.
    Hoje quando falo em Direito, Educaçao Fisica, Adminstraçao Pública e alguma coisa de engenharia, é porque sentei e continuo sentado em banco univesitario, correndo atrás de conhecimento, e não o faço de forma impirica com base mais puro achismo.
    Só lembrando, que ambem poderia estar falando em medicina, mas como minha idade não permitiu frequentar o curso na UFSC apos ter sido aprovado no enem de 2023, cuja a convoçao ocorreu em 2024, assim não o faço.
    Então Caro Herculano e leitores, eu Aurelio Marcos de SOUZA quando quero falar não mando interlocutores ou represenantes para falar em meu nome. OK
    De resto como diria um ex vice prefeito de nossa cidade “TOCA PRA FRENTE e Vida que segue”

  14. Prefeito Paulo e sua equipe, em boa parte, estão chegando agora…claro que sabiam de muitas coisas, mas a posse foi mês passado e todos sabem que ele tem competência e credibilidade. O mesmo ocorre com muitos vereadores. Agora, esse bando de político mequetrefe que saiu e acha que pode ficar zombando e fazendo vídeos para apontar dedos e procurar culpados pela inércia deles mesmos, aí já é demais. Declara calamidade administrativa, audita tudo, varre, reestrutura…se extirpar esse câncer chamado “mamadores de teta” e “aproveitadores” já será a melhor gestão política..tem muita gente vulnerável que depende disso…que vergonha para nosso município..tanto esforço feito no passado quando não tinha tecnologia, informação, rede social etc..e hj não conseguem atingir um objetivo sequer…não atendem nem a legislação (saneamento, plano diretor…)e ninguém cobra nada…mais uma vez a polarização destruindo tudo…quanto descaso!! quanta desumanidade!!

  15. LULA QUEBRA OVOS, SEM OMELETE, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu de falar do preço do ovo. Faz um mês, o governo diz que vai tomar providências a fim de conter a alta do preço dos alimentos. Não fez nada a respeito, até porque não tem quase nada a fazer.

    No que pode fazer, evitar sobressaltos no dólar ou nos juros, falhou, quando não deu tiros no pé. Dólar caro encarece alimentos. Juros altos causam problemas de amplo espectro. Até mesmo interrompem a concessão adicional de crédito subsidiado pelo Tesouro para agricultores, como se soube nesta quinta.

    No meio do sururu dos alimentos, vem ainda mais essa. A oposição e a direita vão fazer festa.

    Lula talvez acredite que, falando, demonstre solidariedade com as dores do povo, com o que perderia menos pontos nas pesquisas de opinião. Pode ser, por outro lado, que crie apenas expectativas irrealistas e, pois, mais frustração quanto à carestia de ovo, gasolina, diesel, óleo de soja etc.

    Quem sabe conte com a sorte. Com um dólar mais ameno e com a provável grande safra, poderia surfar em uma possível onda minguante de preços.

    Lula parece desnorteado e boa parte do governo também. Nem é de hoje. Vide a frustração com o desempenho ou com o efeito político prático das ações na saúde, na segurança ou na energia elétrica. Lula 3 não tinha plano ou lideranças capazes de fazer reformas e dar conta de gargalos maiores nesses setores —tanto que a coisa não andou ou deu com os burros n’água.

    Lula acredita mesmo nas fantasias intervencionistas?

    A carestia do ovo ainda nem começou no varejo, na média. Desde que Lula assumiu, o preço do ovo caiu 1%. Nos últimos 12 meses, até janeiro, baixou quase 2%. A encrenca deve começar agora. O preço subiu, no atacado, pois a produtividade das galinhas cai com o calorão e, além do mais, milho e soja ficaram mais caros, também por causa do dólar. Frangos e galinha são milho ambulante. Não há “Ovos para Todos” que resolva o problema, no curto prazo.

    O óleo de soja ficou 25% mais caro nos últimos 12 meses, outra preocupação de Lula. Ficou mais caro porque a safra de soja de 2023/2024 foi menor, porque o dólar ficou mais caro, um tantinho mais por causa de compras extras da China e, efeito pequeno, por causa do biodiesel.

    Dia sim, dia não, Lula diz que vai “conversar” com empresários. Agora, quer “abrasileirar” os preços, quer que o dólar não tenha efeito em custos e preços de insumos e alimentos. Quer um tabelamento voluntário, enfim —não vai dar certo, como o tabelamento obrigatório. Quanto a combustíveis, começou a atacar “atravessadores”, uma demagogia velhíssima e, no Brasil, esquecida desde o Real.

    Em casos extremos, pode haver medidas extremas (compras públicas excepcionais, racionamentos, tabelamentos): no caso de guerra, fomes abruptas. Mudanças na agropecuária dependem de políticas de prazo médio a longo, de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, crédito, assistência técnica, infraestrutura, logística, impostos, uso da terra.

    O que temos quanto a isso, sob Lula 3? Não temos.

    No curto prazo, um ano, por aí, o que dá para fazer é não criar problema. Isto é, ter uma política macroeconômica razoável e um governo que não crie instabilidades outras, de modo a não provocar saltos nas taxas de juros e de câmbio (o “preço do dólar”).

    Quanto a isso, Lula deu tiros no pé mesmo antes do começo do terceiro mandato.

    1. Miguel José Teixeira

      Ooops. . .em relação aos ovos, lula já muito fez, e o autor do texto omitiu:
      Lula já comeu ovos de patas, está comendo ovos de emas, infestadas de cloroquina pelo capitão zero zero, e, pretende comer ovos de jabutis.
      Todos da Granja do Torto, portanto, públicos!
      Daí a implicância de alguns parlamentares que não babam os ovos do lula. . .

  16. TOFOLLI PERSISTE EM DESMONTE METÓDICO DA LAVA JATO, editorial do jornal O Globo

    Em mais uma decisão monocrática, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anulou todos os processos contra Antonio Palocci no âmbito da Operação Lava-Jato. Ex-ministro da Fazenda de Luiz Inácio Lula da Silva e da Casa Civil de Dilma Rousseff, Palocci foi condenado em 2016 por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ainda que ele tivesse confessado tudo em delação às autoridades, sua defesa entrou com pedido junto ao Supremo para que recebesse o mesmo tratamento dado ao empresário Marcelo Odebrecht. Em maio do ano passado, Toffoli tornou nulos os atos praticados pelo então juiz Sergio Moro contra Odebrecht, decisão depois referendada pela maioria da Segunda Turma da Corte.

    O desmonte metódico da Lava-Jato por Toffoli começou no fim de 2023, quando ele anulou todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht, entre elas os sistemas do Departamento de Operações Estruturadas, que mantinha a contabilidade do pagamento de propinas. Depois, também suspendeu uma multa de R$ 10,3 bilhões aplicada ao grupo J&F (não ligada à Lava-Jato) e outra de R$ 8,5 bilhões da Odebrecht. Segundo o relatório Retrospectiva Brasil, da Transparência Internacional, Toffoli chegou a proibir procuradores de tomar depoimentos de funcionários da Odebrecht para auxiliar investigações internacionais.

    O principal argumento usado por Toffoli nos casos envolvendo a Lava-Jato é aquilo que ele costuma chamar de ação “conjunta e coordenada” entre Moro e Ministério Público. A mistura de papéis, no entender dele, prejudicou a defesa dos réus e o devido processo legal. O ponto defendido por Toffoli é da mais alta relevância. Não se resume ao combate à corrupção nem a processos envolvendo ex-ministros, empresários ou executivos. Mas o argumento de que todos os processos da Lava-Jato padecem de uma espécie de “pecado original” é frágil. Os eventuais desvios de Moro não implicam que tudo deva ser anulado, obliterando a operação que desbaratou um sem-número de esquemas bilionários e expôs a relação promíscua entre Estado e empreiteiras no Brasil.

    Além disso, a convicção de Toffoli de que houve ação combinada entre o julgador e a acusação está baseada em mensagens trocadas por aplicativo, obtidas de forma ilegal. Uma operação policial para investigar a invasão digital desse aplicativo acabou por legalizar as mensagens capturadas ilegalmente. Pela lei, desde que sejam usadas como prova para defesa dos acusados, o “pecado original” nesse caso pode ser perdoado.

    Naturalmente as decisões de Toffoli despertaram reações. Procuradoria-Geral da República, Ministério Público de São Paulo e Associação Nacional dos Procuradores da República apresentaram recursos. Mas até o momento todos têm sido rejeitados na Segunda Turma. Ainda que isso garanta solidez jurídica às decisões, o desmonte da maior operação contra a corrupção da História do Brasil não pode ser fato trivial. Os beneficiados confessaram crimes, houve prova material do dinheiro desviado e até devolução. Com a Lava-Jato, o Brasil havia se tornado um expoente no combate aos corruptos. Agora, com as decisões tomadas por Toffoli, voltou a ser símbolo de impunidade.

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